ivo bianchin1; joÃo b. catto1 abstract:- bianchin…helminto.inta.gob.ar/congreso brasil...

24
1 EPIDEMIOLOGIA E ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE HELMINTOS EM BOVINOS DE CORTE NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL . IVO BIANCHIN 1 ; JOÃO B. CATTO 1 ABSTRACT:- BIANCHIN, I; CATTO, J.B. (Epidemiology and alternatives for control of helminths in beef cattle in the central region of Brazil . XV Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária. Embrapa Gado de Corte, Caixa Postal 154, Campo Grande, MS, 79002-970, Brazil. E-mail: [email protected] Research studies developed in Brazil have demonstrated that parasites affect animal production not 1 only raising the mortality rates but also reducing the overall efficiency of the system. The most common species of nematodes found are Cooperia spp., Haemonchus spp., Trichostrongylus spp., and Oesophagostomum sp. The number of adult worms and the counts of nematode eggs per gram of feces (FEC) tend to reduce as animals become adult, this way, cattle acquire immunity around 18 months of age. Infecting larvae (L3) can be found in the pasture all over the year but they are more frequent during the raining season. The strategic use of anti-helminth drugs (May, July, and September) for calves from weaning up to 18-24 months has the potential to reduce the mortality in 2% and increase the average gain in 23 to 40 kg. Nowadays, parasite control is done with synthetic chemical products that harm the environment by acting against live organisms not planned to kill; furthermore, they might contaminate food with dangerous residuals when used in an inappropriate way. Moreover, the association of chemicals used without technical orientation and their massive application led to the appearance of worm resistance to several drugs. Consumers are becoming more and more demanding in terms of food quality and environmental care throughout food production chains; thus, there is a crescent demand for alternative systems of parasite control. Alternative controls are based on pasture management (rotational grazing, agriculture and cattle raising integrated), biological control of parasites (dung beetle, nematophagous fungi), phytotherapy, nutrition, host resistance selection, vaccine, and homeopathy. The use of alternative methods of parasite control together with traditional chemical drugs would be the best, but it is unlikely to happen, because it would be necessary to involve government, cattle raising associations, pharmaceutical industry, 1 Embrapa Gado de Corte, Caixa Postal 154, Campo Grande, MS, 79002-970, Brazil. E-mail: [email protected]

Upload: vuongkhanh

Post on 07-Feb-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

1

EPIDEMIOLOGIA E ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE HELMINTOS EM

BOVINOS DE CORTE NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL.

IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1

ABSTRACT:- BIANCHIN, I; CATTO, J.B. (Epidemiology and alternatives for

control of helminths in beef cattle in the central region of Brazil. XV Congresso

Brasileiro de Parasitologia Veterinária. Embrapa Gado de Corte, Caixa Postal 154,

Campo Grande, MS, 79002-970, Brazil. E-mail: [email protected]

Research studies deve loped in Brazil have demonstrated that parasites affect

animal production not1 only raising the mortality rates but also reducing the overall

efficiency of the system. The most common species of nematodes found are Cooperia

spp., Haemonchus spp., Trichostrongylus spp., and Oesophagostomum sp. The number

of adult worms and the counts of nematode eggs per gram of feces (FEC) tend to reduce

as animals become adult, this way, cattle acquire immunity around 18 months of age.

Infecting larvae (L3) can be found in the pasture all over the year but they are more

frequent during the raining season. The strategic use of anti-helminth drugs (May, July,

and September) for calves from weaning up to 18-24 months has the potential to reduce

the mortality in 2% and increase the average gain in 23 to 40 kg. Nowadays, parasite

control is done with synthetic chemical products that harm the environment by acting

against live organisms not planned to kill; furthermore, they might contaminate food

with dangerous residuals when used in an inappropriate way. Moreover, the association

of chemicals used without technical orientation and their massive application led to the

appearance of worm resistance to several drugs. Consumers are becoming more and

more demanding in terms of food quality and environmental care throughout food

production chains; thus, there is a crescent demand for alternative systems of parasite

control. Alternative controls are based on pasture management (rotational grazing,

agriculture and cattle raising integrated), biological control of parasites (dung beetle,

nematophagous fungi), phytotherapy, nutrition, host resistance selection, vaccine, and

homeopathy. The use of alternative methods of parasite control together with traditional

chemical drugs would be the best, but it is unlikely to happen, because it would be

necessary to involve government, cattle raising associations, pharmaceutical industry,

1 Embrapa Gado de Corte, Caixa Postal 154, Campo Grande, MS, 79002-970, Brazil. E-mail: [email protected]

Page 2: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

2

class organizations, and public and private technical assistance companies to

accomplish it. Considering that the involvement of such different organizations is

practically impossible, the best choice is to wait for the development of successful

vaccines and new drugs; otherwise, there is the risk of helminth resistance reaching a

status similar to the sheep production, where it is critical.

KEY WORDS: Gastrintestinal parasites, anthelmintic, strategic control, cattle, nematode.

RESUMO

Trabalhos de pesquisa realizados no País demonstram que os parasitos influenciam de

maneira significativa não apenas a mortalidade, mas também a eficiência produtiva dos

animais. As principais espécies de nematódeos encontrados são Cooperia spp.;

Haemonchus spp.; Trichostrongylus spp. e Oesophagostomum sp. O número de vermes

adultos e de ovos nas fezes (OPG) tende a diminuir nos animais à medida que se tornam

adultos. Os animais adquirem imunidade ao redor dos 18 meses de idade. O clima

permite a disponibilidade de larvas infectantes (L3) no pasto durante todo o ano, mas é

maior no período chuvoso. O uso estratégico de anti-helmínticos, nos meses de maio,

julho e setembro, na faixa etária do desmame aos 18-24 meses de idade, tem potencial

para proporcionar redução de 2% na mortalidade e ganho médio de 23 a 40 kg a mais de

peso vivo por animal, até o abate. Atualmente, o controle dos parasitos é feito com o

uso de produtos químicos sintéticos, que produzem danos ao ambiente atuando em

organismos não-alvos e podem contaminar os alimentos com resíduos. O uso desses

produtos sem orientação técnica adequada e o acesso fácil pelo produtor tem aumentado

o aparecimento da resistência. O consumidor está cada vez mais exigente quanto à

qualidade dos alimentos e aos riscos ambientais relacionados a sua produção, criando

demandas por sistemas alternativos de controle dos parasitos. O controle alterna tivo

baseia-se no manejo da pastagem (pastejo rotacionado, integração agricultura pecuária),

controle biológico (besouros coprófagos, fungos nematófagos), fitoterapia, nutrição,

seleção de hospedeiros resistentes, vacina e homeopatia. A combinação de métodos

alternativos de controle, aliada aos produtos químicos tradicionais seria o ideal, mas

para isso ocorrer na prática é necessário envolver o governo, as associações de

criadores, a indústria farmacêutica, os órgãos de classe e assistência técnica pública e

privada. Como o envolvimento dos diferentes órgãos é praticamente impossível resta

Page 3: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

3

esperar que a busca por vacinas tenha êxito e que a indústria farmacêutica atente para

novos princípios ativos, pois a tendência é chegar ao que acontece atualmente com os

ovinos, em que a resistência anti-helmíntica é o maior problema.

PALAVRAS CHAVES: Parasitos gastrintestinais, anti-helmíntico, controle

estratégico, bovino, nematódeo

INTRODUÇÃO

Segundo EMBRAPA GADO DE CORTE (2000), a pecuária de corte brasileira,

que vinha almejando aumento na eficiência produtiva, desde o início da década de 1990,

passa a ter essa demanda exacerbada como resultado das pressões impostas pela

globalização da economia. A exposição dos mercados dos diversos países a essa

competitividade globalizada, que se observa nos últimos anos, fez com que a

necessidade de se produzir de forma eficiente e eficaz se tornasse, em muitos casos,

sinônimo de permanência no negócio.

A pecuária de corte, no Brasil, se caracteriza principalmente pelo sistema de

criação fundamentado em pasto, e dentre os fatores que provocam a redução na

produção e na produtividade do rebanho, estão as flutuações estacionais na

disponibilidade e qualidade da pastagem, o manejo inadequado, a incidência alta de

parasitos, doenças e carências minerais (BIANCHIN, 1987). Trabalhos de pesquisa

realizados no País demonstram que os parasitos influenciam de maneira significativa

não apenas a mortalidade, mas também a eficiência produtiva dos animais.

O controle de parasitos é feito, praticamente, com o uso de produtos químicos e

que produzem, sabidamente, resíduos na carne, bem como danos ao ambiente. A

população mundial está cada vez mais exigindo alimentos saudáveis e oriundos de

sistemas produtivos com menor risco ambiental. Dessa maneira, o uso de produtos

químicos que deixam resíduos na carne sofrerá restrições cada vez mais intensas. Para

atender essas demandas o sistema produtivo de bovinos busca tecnologias alternativas

que sejam viáveis técnica e economicamente, envolvendo tanto a saúde animal como a

saúde pública.

EYSKER (2001) comentou que os nematódeos gastrintestinais prejudicam a

produção dos ruminantes no mundo todo. Particularmente, o controle destas infestações

é agravada, pelo desenvolvimento de resistência dos parasitos às drogas. Isto implica no

desenvolvimento e aplicação de alternativas de controle para se manter a produção.

Dentre as alternativas cita o manejo da pastagem, as raças resistentes, o controle

Page 4: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

4

biológico, a nutrição e o uso de plantas medicinais. A combinação destas alternativas

aliadas aos anti-helmínticos seria ideal.

2. EPIDEMIOLOGIA

2.1. Prevalência das Espécies

Os resultados obtidos por BIANCHIN et al. (1990) e BIANCHIN (1991) sobre

epidemiologia dos nematódeos no Estado de Mato Grosso do Sul, através de necropsias

mensais de animais permanentes e traçadores, demonstraram que, do total de helmintos

encontrados, 75,8% foram Cooperia spp. (C. punctata 92%, C. pectinata 6% e C.

spatulata 2%); 14,4% Haemonchus spp.; 6,8% Trichostrongylus axei; 2,6%

Oesophagostomum radiatum; 0,3% Trichuris discolor; 0,1% Trichostrongylus

longispicularis. Os autores observaram ainda infecções esporádicas por Bunostomum

phlebotomum e que o Dictyocaulus viviparus ocorreu em níveis baixos durante todo o

ano.

2.2.OPG e Imunidade Adquirida

O OPG (Ovos por Grama de Fezes) tende a diminuir nos animais à medida que

se tornam adultos. Os animais adquirem imunidade ao redor dos 18 meses de idade. Isto

se deve ao fato de que as condições, no Brasil Central, permitem que os animais

adquiram infecções por nematódeos durante o ano inteiro (BIANCHIN et al., 1995,

2007; CATTO et al., 2008).

A imunidade adquirida pelos animais pode ser quebrada por problemas

nutricionais como mudanças na alimentação (deficiência de proteína e minerais,

especialmente fósforo ou cobalto) e diminuição da disponibilidade de pastagem,

particularmente em estiagem prolongada no final do período seco do ano; pelo estresse

de longas caminhadas ou transporte; pela administração de esteróides de efeito

duradouro, e pela administração de anti-helmínticos que pode causar uma supressão

temporária da resposta imunitária. O uso de anti-helmínticos de pequeno espectro pode

provocar, devido ao efeito interativo entre as espécies de helmintos, especialmente do

abomaso, um aumento da carga parasitária

2.3. Larvas na Pastagem

O método mais eficiente de vermifugação é o que mantém as pastagens livres de

contaminação por períodos mais prolongados. Estudos realizados no Centro-Oeste

Page 5: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

5

indicam que o número de larvas de terceiro estágio (L3) na pastagem é maior no período

chuvoso do que no período seco. No período seco do ano, as fezes podem funcionar

como reservatório de L3 mas não existe umidade suficiente para que as larvas se

espalhem na pastagem (Cooperia spp. é mais resistente). Por outro lado, no período

chuvoso, o calor favorece o desenvolvimento da L3, mas também diminui a sua

sobrevivência.

3. CONTROLE

3.1. Faixa Etária, Prejuízos e Controle

Os prejuízos causados pelos helmintos dependem, entre outros fatores, da idade

dos animais, e o melhor custo-benefício é obtido tratando os animais conforme a Tabela

1.

TABELA 1. Categoria animal, prejuízo e número de doses anti-helmínticas nos Cerrados.

Categoria animal Prejuízo Dosificações

Bezerro antes da desmama Baixo Depende do manejo

Desmama até 18-24 meses Alto Maio-Julho-Setembro

Acima dos 24 meses Baixo Táticas

3.1.1. Bezerros antes da desmama

O crescimento de bezerros antes do desmame pode ser prejudicado pelo

parasitismo gastrintestinal subclínico, porém a recomendação de tratamento não pode

ser generalizada para todos os sistemas produtivos. A prática é particularmente

recomendada para sistemas de ciclo curto, com os animais entrando na fase de

terminação após o desmame. Em sistemas de ciclo longo, ganhos compensatórios de

peso pelos animais controle podem não compensar financeiramente a adoção da

vermifugação de bezerros antes do desmame. Bezerros tratados antes da desmama aos

3-5 meses de idade ganharam de 4 a 7 kg a mais do que os não tratados (CATTO et al.,

2005).

3.1.2. Desmama até 18-24 meses - Controle estratégico

Os resultados de pesquisa na região Central do Brasil, resumidos por

BIANCHIN et al. (1996), indicam que o melhor esquema de controle de nematódeos

Page 6: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

6

deve englobar o período seco do ano. O uso estratégico de anti-helmínticos, em animais

nelores, nos meses de maio, julho e setembro, na faixa etária do desmame aos 18-24

meses de idade tem potencial para proporcionar redução de 2% em mortalidade e ganho

médio de 41 kg a mais de peso vivo por animal, até o abate, propiciando com isso,

potencial de retorno econômico, no Brasil Central, de cerca de 167 milhões de dólares

anuais (BIANCHIN et al., 1995).

No Brasil é crescente o uso de animais mestiços, no entanto, sabe-se que estes

animais exigem melhores condições nutricionais e sanitárias do que o zebu. O controle

estratégico dos nematódeos nestes animais foi testado, no mesmo local do trabalho

descrito acima para os animais nelores, em dois estudos. O primeiro deles com seis anos

de duração (BIANCHIN et al., 2007), os animais tratados estrategicamente com anti-

helmínticos em maio, julho e setembro ganharam 33 kg a mais do que os controles até

os 20 meses de idade. No segundo estudo, com três anos de duração (CATTO et al.,

2008), os animais tratados estrategicamente ganharam cerca de 23 kg a mais que os

controles.

As diferenças no ganho de peso dos animais tratados estrategicamente nos

trabalhos acima se devem, principalmente, ao nível nutricional oferecido aos animais.

No primeiro experimento foram utilizados bezerros da raça Nelore em três ciclos de

recria de dois anos. Os bezerros do grupo controle nunca foram everminados, a

pastagem recém-formada não foi adubada durante todo o período experimental e os

animais receberam apenas suplemento mineral (BIANCHIN et al., 1995). O segundo

experimento (BIANCHIN et al., 2007) foi realizado com animais cruzados Bos taurus x

Bos indicus da mesma faixa etária. A pastagem foi recuperada e adubada anualmente e

os animais receberam mistura mineral e sal protéico, 300 g/animal/dia na estação seca.

No terceiro estudo (CATTO et al., 2008) os animais estavam bem nutridos durante o

período experimental (disponibilidade alta de MS e arraçoados no período seco e

chuvoso).

Estudos sobre o efeito da suplementação protéica e mineral na resistência

(habilidade de regular o parasitismo) e/ou tolerância (habilidade de produzir quando

parasitado) são abundantes em ovinos (COOP e KYRIAZAKIS, 1999; 2001), pouco

estudado em caprinos (HOSTE et al., 2005; 2008), mas escassos com bovinos.

A importância do arraçoamento dos animais no controle dos nematódeos de

bovinos foi demonstrada por MAGAYA et al. (2000) em novilhos de 18 meses e

Page 7: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

7

SOUTELLO et al. (2002), do desmame aos 24 meses. Ambos os trabalhos evidenciam

que a suplementação protéica torna os animais mais tolerantes aos nematódeos.

3.1.3. Acima de 24 meses de idade.

Em pastagens vedadas por certo período e destinadas para terminação de animais

acima de 24 meses de idade, os resultados de pesquisa demonstram vantagem em tratar os

animais na entrada da pastagem e sugerem também que o uso de anti-helmínticos em

bovinos na entrada do confinamento pode ser econômico (BIANCHIN, 1982).

O pico de parição das vacas, no Brasil Central, ocorre nos meses de agosto e

setembro. Neste caso, seria recomendável vermífugar as novilhas (em julho ou agosto),

para prevenir possíveis problemas por parasitos devido ao estresse do primeiro parto. Esta

recomendação se aplica nos sistemas de produção em que o primeiro parto ocorra com

cerca de 24 meses de idade.

4. ALTERNATIVAS DE CONTROLE

Com o crescente aparecimento de resistência aos parasitas e o perigo associado à

contaminação dos alimentos e ambiental tem aumentado a procura pelo controle

alternativo dos ecto e endoparasitas, entre eles a fitoterapia, o deferimento da pastagem

em sistemas de pastejo rotacionado e na integração agricultura-pecuária, o controle

biológico (besouros coprófagos e fungos nematófagos), seleção animal, vacinas e

homeopatia. A seguir serão feitos alguns comentários sobre elas.

4.1. Manejo de pastagem

BARGER (1997) salientou que estudos sobre pastejo alternado e pastejo

rotacionado estão começando recentemente em clima tropical. Apesar de se ter um

consenso geral de que o manejo da pastagem pode oferecer uma solução simples e

rápida para ajudar no controle de nematódeos diminuindo o uso de produtos químicos, o

fato é que não se tem nenhum exemplo de controle de nematódeos em sistema intensivo

de pastejo, no qual o uso de anti-helmínticos se faz mais necessário.

O maior problema a ser considerado na rotação é o número de dias de pastejo

com o número de dias de descanso. Com as principais espécies de gramíneas utilizadas,

o sistema de rotação empregado não permite eficiência no controle de parasitos, uma

vez que a prioridade é a alimentação. O período de descanso de cerca de 30 dias é

insuficiente para ter influência no controle de parasitos.

Page 8: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

8

CATTO et al. (2007) e CATTO et al. (2008) observaram que em sistemas de

pastejo contínuo ou rotacionado, as infestações por ecto e endoparasitas foram sempre

próximas e as diferenças sem importância epidemiológica. Apesar de produtores e

técnicos ligados à pecuária orgânica o recomendarem, não há resultados experimentais

ou estudos de caso que tenham demonstrado o seu efeito no controle dos nematódeos

gastrintestinais de bovinos no Brasil.

O pastejo rotacionado pode se tornar eficiente se realizado com espécies de

animais diferentes, como por exemplo ovinos permitindo um descanso de pastagem

maior para as larvas infectantes dos nematódeos de ambas as espécies de animais

conforme o sugerido por NARI et al. (1987) e FERNANDES et al. (2004).

Sistemas integrados de rotação de lavouras e pastagens têm-se mostrado

eficientes na melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, quebra de

ciclo de pragas e doenças, controle de invasoras, aproveitamento de subprodutos,

pastejo de outono em pastagens anuais, melhorando e mantendo a produção animal e de

grãos, com fluxo de caixa mais freqüente ao produtor. Essa integração, sem dúvida,

diminuí a infestação das pastagens por larvas infectantes dos nematódeos e,

conseqüentemente, pode ser uma ferramenta eficiente para o controle integrado dos

parasitas.

4.2. Controle biológico

4.2.1. Besouros coprófagos

Ao bolo fecal de bovinos estão associados cerca de 266 espécies de insetos que,

na sua maioria, são benéficos (SKIMORE, 1988, 1991). Os insetos ajudam na

destruição do bolo fecal, na reciclagem de nutrientes, na aeração do solo, na produção

de húmus, na penetração de água no solo, no aumento de produt ividade de pastagem e

no controle de nematóides e mosca-dos-chifres. Além disso, estes insetos, destruindo o

bolo fecal, fazem com que se aumente a área de pastejo (HERD, 1995). A Embrapa

Gado de Corte importou, em 1989, a espécie de besouro coprófago Digitonthophagus

gazella para compor um programa integrado de controle de helmintos gastrintestinais e

mosca-dos-chifres, a exemplo do que tem sido feito em outros países (DOUBE et al.,

1991). Os produtos químicos utilizados no controle de nematódeos, tais como as

avermectinas, são liberadas, principalmente, pelas fezes e interferem na sobrevivência e

reprodução de moscas, minhocas e besouros. Estas drogas mereceram inúmeros estudos

Page 9: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

9

de pesquisadores do mundo inteiro, como pode ser verificado na revisão feita por

BULMAN et al. (1996).

Os inseticidas e acaricidas usados no controle de moscas e carrapatos, na sua

maioria à base de piretróides e organofosforados, são os que mais prejudicam o controle

biológico realizado pelos besouros. Estes produtos químicos, quando liberados nas

fezes, provocam mortalidade significativa dos besouros coprófagos por até 20 dias após

a sua utilização (BIANCHIN et al., 1997, 1998). Com isso, os benefícios do controle

biológico (BORNEMISSAZA, 1979; FINCHER, 1981; HERD, 1995; MIRANDA et

al., 1990a, b e MIRANDA et al.,1998), ficam diminuídos.

4.2.2. Fungos nematófagos

Os estudos sobre o emprego de fungos nematófagos no controle de larvas de

nematódeos gastrintestinais têm aumentado nos últimos anos (FAO, 2002; MOTA et al.,

2003). Em pesquisas in vivo e in vitro, observou-se que a espécie Duddingtonia

flagrans, devido a sua alta capacidade de produzir clamidósporos resistentes aos

processos digestivos, apresentou os melhores resultados (LARSEN & FAEDO, 1998).

Os gêneros Arthrobotrys, Monacrosporium e Duddingtonia têm sidos

amplamente estudados e apontados como alternativas viáveis para o controle biológico

das nematodíases em ruminantes e outros animais domésticos (PADILHA, 1996;

ROOS, 1997; FERNÁNDEZ et al., 1999; FONTENOT et al., 2003; MOTA et al., 2003;

CHANDRAWATHANI et al., 2004; GRAMINHA et al., 2005; ARAÚJO et al., 2004 e

2006), e dentre estes, a espécie Duddingtonia flagrans tem se destacado com resultados

positivos em diversos estudos conduzidos em várias regiões do mundo. Uma boa

revisão sobre o assunto pode ser encontrada no trabalho de tese de CAMPOS (2006), no

qual se observa que a eficiência do fungo é demonstrada em maior número em trabalhos

de laboratório do que no campo.

Embora já se tenha demonstrado os fungos nematófagos como uma alternativa

viável de controle biológico em sistemas comerciais manejados por fazendeiros

(WALLER et al., 2004), a ausência de formulações que permitam a sua comercialização

em larga escala e a custos compatíveis com os benefícios ainda é um fator limitante

deste método.

Page 10: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

10

4.3. Fitoterapia

O uso empírico de plantas ou de extratos de plantas é bastante comum e de

grande importância em algumas regiões, inclusive no combate aos nematódeos

gastrintestinais de ruminantes (ATHANASIADOU & KYRIAZAKIS, 2004). A

fitoterapia pode reduzir custos com tratamentos (VIEIRA et al., 1999), além de não

apresentar efeito nocivo ao meio ambiente (FAJIMI & TAIWO, 2005).

Contudo, muitos dos fitoterápicos utilizados popularmente podem não ter o

efeito a eles atribuído ou sua ação na diminuição do parasitismo ser demasiado baixa

para uso terapêutico (GITHIORI et al., 2002, 2003). Além disso, o efeito nematicida,

em muitos casos atribuído aos metabólitos secundários (alcalóides, saponinas, terpenos,

compostos fenólicos, glicosídeos, etc.), são compostos com efeitos antinutricionais,

utilizados como defesa contra os animais herbívoros (GITHIORI et al., 2006).

A validação de fitoterápicos a partir de testes in vitro e in vivo é dificultada por

falta de uma metodologia que assegure correção aos resultados (ATHANASIADOU e

KYRIAZAKIS, 2004). Os testes in vitro apenas podem demonstrar o efeito potencial de

uma determinada planta ou extrato, e nos testes in vivo, além da análise de propriedades

anti-helmínticas, é necessário avaliar possíveis efeitos negativos na performance dos

animais que possam ser provocados por fatores antinutricionais do fitoterápico ou

toxicidade (CABARET et al., 2002, ATHANASIADOU & KYRIAZAKIS, 2004;

KETZIS et al., 2006).

Por outro lado os metabólitos secundários denominados taninos, além da ação

nematicida, podem influenciar a disponibilidade de proteína no trato gastrointestinal

inferior. Sua ação pode, portanto, ser direta sobre os helmintos, diminuindo o nível de

infecção, ou indiretamente, promovendo um aumento do teor protéico da dieta pela

proteção da proteína ingerida da degradação ruminal n (KETZIS et al., 2006), o que

torna difícil isolar o efeito anti-helmíntico do valor nutricional da forrageira em questão

(ATHANASIADOU & KYRIAZAKIS, 2004) ou do incremento da disponibilidade

protéica no trato gastrintestinal inferior (BUTTER, 2000; HOSTE et al., 2006; KETZIS

et al., 2006).

Diversas estratégias de manejo de forragens ricas em metabólitos secundários

com ação anti-helmíntica incluem manter os animais em pastejo por períodos curtos,

para promover a desverminação e evitar perdas pelos fatores antinutricionais ou tóxicos;

manter acesso ad libitum a essas plantas que seriam procuradas pelos animais

parasitados; manter os animais em pastejo contínuo quando os benefícios nutricionais e

Page 11: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

11

antiparasitários forem superiores aos antinutricionais e associação de forragens diluindo

fatores antinutricionais e com efeito sinérgico no combate aos parasitas

(ATHANASIADOU & KYRIAZAKIS, 2004),

De modo geral, tanto as forragens ricas em taninos quanto os demais

fitoterápicos à base de extratos vegetais carecem ainda de estudos que comprovem sua

aplicabilidade no combate aos nematódeos gastrintestinais nos sistemas produtivos. O

teor de tanino nas pastagens deveria ser um item a ser avaliado no lançamento de novas

cultivares de pastagem.

4.4. Vacinas

Com exceção da vacina atenuada por irradiação de larvas para Dictyocaulus

viviparus não existem vacinas comerciais para o controle de nematódeos em

ruminantes. A estratégia de irradiação não funcionou para outros helmintos. Atualmente

as tentativas para obter vacinas estão concentradas em alvos nos parasitas ou nas

proteínas secretadas pelos parasitas, como moléculas da superfície da oncosfera de

Taenia e Echinococcus, proteínas secretadas/excretadas por Haemonchus e Ostertagia e

em proteínas da superfície intestinal do parasita. Vacinas com antígenos recombinantes

muito eficazes foram desenvolvidas para os hospedeiros intermediários de T. saginata,

E. multilocularis e T. solium (LIGTOWLERS et al., 2003) mas não têm sido

comercializadas por serem zoonoses características das populações pobres nos países

em desenvolvimento (SMITH e ZARLENGA, 2006).

Apesar do aumento extraordinário do entendimento da imunidade inata e

adquirida nos últ imos anos e o enorme avanço nas técnicas para descobrimento de

antígenos e genes, a ausência de vacinas monovalentes indica as dificuldades para se

desenvolver vacinas multivalentes necessárias para o controle dos nematódeos

gastrintestinais de ruminantes. A diversidade genética e milhões de anos de coevolução

e adaptação entre hospedeiro e parasitas são fatores difíceis de serem transpostos na

produção de vacinas contra os nematódeos gastrintestinais.

4.5.Seleção de hospedeiros

A seleção genética para a resistência é a melhor solução para o controle dos

nematódeos por ser permanente e de custo não elevado. Três possíveis estratégias

utilizando a variação genética podem ser utilizadas para aumentar a resistência aos

helmintos: seleção entre raças, cruzamentos e seleção individual (MACKINNON et al.,

Page 12: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

12

1991). Aumentar a resistência ou tolerância do rebanho é uma maneira de evitar os

danos causados pelos nematódeos gastrintestinais e tem sido mais estudada e utilizada

em ovinos e caprinos devido a importância desses parasitos nesses sistemas produtivos

(AMARANTE et al., 2004).

A seleção de animais com maior resistência diminui a contaminação das

pastagens, o uso de anti-helmínticos e os danos causados pelos nematódeos, mas pode

também influenciar negativamente a produtividade quando não se consideram outros

fatores produtivos (GRAY, 1997). Os conceitos de resistência, que se trata da

capacidade do animal de evitar a infecção, e de tolerância, que se trata da capacidade do

animal limitar as conseqüências patológicas da infecção sobrepõem-se, o que dificulta o

processo de seleção genética (GRAY, 1997).

Diferença na resistência entre raças, principalmente para H. contortus, tem

sido bastante documentada em ovinos e caprinos (STEAR et al., 2007), mas pouco em

bovinos. Bezerros da raça Holandesa quando experimentalmente infectados são mais

susceptíveis à infecçäo e aos efeitos patogênicos de H. placei do que bezerros da raça

Nelore (LOPES et al., 1997). Em região com predominância de Ostertagia, bezerros da

raça Santa Gertrudis (Bos indicus X Bos taurus) estavam mais parasitados, ganharam

menos peso que os da raça Aberdeen Angus (SUAREZ et al., 1995). Em contraste, em

região com predominância de Haemonchus e Cooperia, animais de origem européia

estavam mais infectados e responderam melhor ao tratamento anti-helmíntico que

animais de origem indiana (PENA et al., 2000; PRAYAGA, 2003).

Devido à importância dos nematódeos na ovinocultura em alguns países já

existem programas de seleção orientados para produzir animais com diferença esperada

de progênie (DEP) para OPG. O estudo dos genomas e genes marcadores de resistência

aos nematódeos gastrintestinais (SONSTGARD & GASBARRE, 2001; DOMINIK,

2005; ESCOBEDO et al., 2005; CRAWFORD et al., 2006; HU & GASSER, 2006)

aumenta a possibilidade de otimizar o processo de seleção genética para hospedeiros

resistentes aos nematódeos gastrintestinais. Essas técnicas aumentam a possibilidade do

uso da seleção na bovinocultura, na qual a fertilização artificial é bastante difundida

(FAO http://cnia.inta.gov.ar/helminto/Guidelines/hel10.htm).

A despeito dos benefícios que se obteria com o uso de controle genético dos

nematódeos, o progresso provavelmente será lento (intervalo de geração longo nos

bovinos) e controverso, pela possível evolução dos parasitas e relação inversa entre

resistência e performance dos animais (WALLER E THAMSBORG, 2004)

Page 13: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

13

4.6. Homeopatia

A demanda dos consumidores por produtos oriundos de sistemas ecológicos e

com garantia de ausência de resíduos, dos produtores por produtos mais baratos e de

fácil utilização e o aumento da resistência dos parasitos aos produtos alopáticos tem, nos

últimos anos, aumentado a utilização da homeopatia para o controle das parasitoses.

Apesar de recomendado nos sistemas orgânicos, sua eficiência ainda não tem sido

demonstrada (CABARET et al. 2002).

O uso de homeopatia no controle de doenças é bastante estudado em seres

humanos e continua a ser um dos temas mais controversos na terapêutica. ERNST

(2002) localizou e analisou onze independentes revisões sistemáticas sobre homeopatia

e a conclusão é de que, de uma maneira geral, não se consegue apresentar uma forte

evidência a favor da homeopatia, ou de que, na maioria dos casos, faltam provas

conclusivas sobre a eficácia da homeopatia (JONAS et al., 2003). Na medicina

veterinária, a maioria das publicações são estudos de observação e documentação de

casos e não são suficientes como prova de eficácia da homeopatia (PINHEIRO, 2007).

São relatos em jornais, revistas rurais, entrevistas, palestras, etc., geralmente

divulgados por pessoas ligadas à manufatura e comercialização de produtos

homeopáticos, especialmente aqueles indicados no controle de parasitos de bovinos,

ovinos, caprinos e eqüinos.

Dois trabalhos (ZACARIAS et al., 2003 e ZACARIAS, 2004), no Brasil,

relatam que o uso da homeopatia reduziu o OPG de caprinos e ovinos, mas ROCHA et

al. (2006) observaram que ovinos tratados com homeopatia tiveram OPG e ganho de

peso semelhantes aos de animais não tratados e OPG mais elevado e ganho de peso

significativamente menor que animais tratados com anti-helmínticos. CAVALCANTI et

al. (2007) e CHAGAS et al. (2007) também não observaram redução de OPG com o uso

de medicamentos homeopáticos em ovinos.

PINHEIRO (2007) acompanhou o desempenho de dois grupos de bovinos

tratados com homeopatia contra parasitos e anti-helmíntico, do desmame ao abate, e

observou ganho de peso significativamente maior, maior peso de carcaça quente e

resfriada e espessura de gordura do lombo nos animais tratados com anti-helmíntico

alopático.

Page 14: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

14

5. CONCLUSÃO

Para reduzir o número de tratamentos anti-helmínticos nos animais e evitar o

agravamento de resistência é necessário levar em consideração os estudos

epidemiológicos, utilizando os produtos somente em épocas e categorias de animais que

necessitam. A utilização de um único método de controle alternativo não tem se

mostrado eficiente para dispensar o uso de anti-helmínticos em animais que necessitam

ganhar peso e isso dificilmente vai acontecer. Levando em consideração que as

fazendas, em sua maioria, não têm assistência técnica e os seus gerentes relutam em

introduzir tecnologias de longo prazo, pode-se esperar que a resistência dos parasitos

vai continuar aumentando. A combinação de vários métodos alternativos de controle,

aliada aos produtos químicos tradicionais, seria o ideal. Mas para colocar isso em

prática, deveria-se envolver o governo, organizações nacionais e internacionais,

associações de criadores, indústria farmacêutica, órgãos de classe (assistência técnica

pública e privada). Como esse envolvimento é praticamente impossível, deve-se torcer

para que a busca por vacinas contra helmintos tenham êxito e que a indústria

farmacêutica atente para novos princípios ativos que sejam eficientes, pois a tendência é

chegar ao que acontece atualmente em ovinos, em que a resistência dos helmintos é

generalizada. O fazendeiro culturalmente não gosta de trazer os animais no curral e,

quando o faz por ocasião da vacinação da aftosa (obrigatória), trata os animais também

com vermífugo. A maioria das indústrias farmacêuticas sabe disso e indicam os

produtos para esses meses do ano; com isso se perde uma grande oportunidade de

difundir o controle estratégico indicado pela pesquisa para o Brasil Central e Sul do

País. Com isso, cerca de 70% do que é gasto anualmente em anti-helmínticos no Brasil

(cerca de 134 milhões de dólares) não se reverte em benefício ao produtor por usar em

épocas e categorias de animais sem necessidade de tratamento.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARANTE, A.F.T., BRICARELLO, P.A., ROCHA, R.A., GENNARI, S.M.

Resistance of Santa Ines, Sulffolk and Ile de France lambs to naturally acquired

gastrointestinal nematode infections. Veterinary Parasitology, v.120, p. 91-106, 2004.

Page 15: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

15

ARAÚJO, J.V., ASSIS, R.C.L., CAMPOS, A.K., MOTA, M.A. Atividade in vitro dos

fungos nematófagos dos gêneros Arthobotrys, Duddingtonia e Monacrosporium sobre

nematóides trichostrongilídeos (Nematoda:Trichostrongyloidea) parasitos

gastrintestinais de bovinos. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v.13, n.2,

p.65-71, 2004.

ARAÚJO, J.V., ASSIS, R.C.L., CAMPOS, A.K., MOTA, M.A. Efeito antagônico de

fungos predadores dos gêneros Monacrosporium ,Arthobotrys e Duddingtonia sobre

larvas infectantes de Cooperia sp. e Oesophagostomum sp. Arquivo Brasileiro de

Medicina Veterinária e Zootecnia, v.58, n.6, p.373-380, 2006.

ATHANASIADOU, S. & KYRIAZAKIS, I. Plant secondary metabolites: antiparasitic

effects and their role in ruminant production systems. Proceedings of the Nutrition

Society, 63, 631–639, 2004

BARGER, I.A. Control by management. Veterinary Parasitoly, v.72, p. 493-506, 1997.

BIANCHIN, I. Uso de anti-helmínticos em animais em confinamento. In:

CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 18, 1982,

Camboriú,SC, Balneário Camboriú-SC, 1982. Florianópolis. Anais,

SBMV/SOMEVESC, 1982. p.125.

BIANCHIN, I. Controles estratégicos dos nematódeos gastrintestinais em bovinos de

corte no Brasil. Hora Veterinária, v.39, p.49-53, 1987

BIANCHIN, I. Epidemiologia e controle de helmintos gastrintestinais em bezerros a

partir da desmama, em pastagem melhorada, em clima tropical do Brasil. 1991. 162 p.

Tese (Doutorado) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 1991.

BIANCHIN, I.; HONER, M.R. & NASCIMENTO, Y.A.do. The epidemiology of

helminths in Nellore beef cattle in the cerrados of Brazil. In: Symposium

"Epidemiology of bovine nematode parasites in the Americas". Eds. J. Guerrero and

W.H.D. Leaning. XVI World Buiatrics Congress, Salvador, Bahia, Brazil, 1990,

P.41-47.

Page 16: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

16

BIANCHIN, I.; HONER, M.R.; NUNES, S.; NASCIMENTO, Y.A.do. The effect of

stocking rates and treatment schemes on the weight gain of weaned Nellore steers in the

Brazilian savanna. Tropical Animal Health and Production, v. 27, p.1-8, 1995.

BIANCHIN, I. ; HONER, M.R. ; NUNEZ, S.G.; NASCIMENTO, y. A. do; CURVO,

J.B.E. ; COSTA, F.P. Epidemiologia dos Nematódeos Gastrintestinais em Bovinos de

Corte nos cerrados e o Controle Estratégico no Brasil. EMBRAPA-Gado de Corte,

Circular Técnica, v.24 120p, 1996.

BIANCHIN, I., ALVES, R.G.O. & KOLLER, W.W. Efeito de

Carrapaticidas/Inseticidas Aspersão Sobre Adultos do Besouro Coprófago Africano

Onthophagus gazella (F.). Ecossistema , v. 22, p.116-119, 1997.

BIANCHIN, I., ALVES, R.G.O. & KOLLER, W.W. Efeito de

Carrapaticidas/Inseticidas “Pour-on” Sobre Adultos do Besouro Coprófago Africano

Onthophagus gazella Fabr. (Coleoptera:Scarabaeidae). Anais da Sociedade

Entomológica do Brasil, v.27, p.275-279, 1998.

BIANCHIN, I.; CATTO, J.B.; KICHEL, A.N. ; TORRES JÚNIOR, R.A.A.; HONER,

M.R. The effect of the control of endo and ectoparasites on the weight gains in

crossbred cattle (Bos taurus x Bos indicus) in the central region of Brazil.. Tropical

Animal Health and Production, Estados Unidos, v. 39, p. 287-296, 2007.

BORNEMISSZA, G.F. The Australian dung beetle research unit in Pretoria. South

African Journal of Science, v.75, p. 257-260, 1979.

BULMAN, G.M., MUÑOZ COBEÑAS, M.E., AMBRÚSTOLO, R.R. El impacto

ecologico de las lactonas macrociclicas (endectocidas): una atua lizacion comprensiva y

comparativa. Veterinaria Argentina, v.13 p.1-16, 1996.

BUTTER, N. L.; DAWSON, J. M.; WAKELIN, D.; BUTTERY, P. J. Efect of dietary

tannin and protein concent ration on nematode infection (Trichostrongylus

columbriformis) in lambs. Journal of Agricultural Science, v. 134, p. 89-99, 2000.

Page 17: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

17

CABARET, J.; BOUILHOL, M.; MAGE, C. Managing helminths of ruminants in

organic farming. Veterinary Research, v. 33, p. 625–640, 2002.

CAMPOS, A.K. Fungos nematófagos no controle de nematóides gastrintestinais de

ruminantes. 2006. 138 f. Dissertação (Doutorado).Universidade Federal de Minas

Gerais, Belo Horizonte, Brasil.

CATTO, J.B., BIANCHIN, I., TORRES JUNIOR, R.A.A. Effects of deworming of

cow-calf beef herds in brazilian savannas. Pesquisa Veterinaria Brasileira., v.25, n.3,

p.188-194, 2005.

CATTO, J.B., BIANCHIN, I. Efeito de sistema de pastejo e de espécies forrageiras na

contaminação da pastagem e no parasitismo por nematóides gastrintestinais em bovinos

de corte, Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 9, n. 4, p. 343-353, 2007.

CATTO, J.B., BIANCHIN, I., SANTURIO, J.M., FEIJÓ, G.L.D., KICHEL, A.N.,

SILVA, J.M. Sistema de pastejo, rotenona e controle de parasitas: Efeito sobre o ganho

de peso e níveis de parasitismo em bovinos cruzados. Revista Brasileira de Parasitologia

Veterinária, 2008, Prelo.

CAVALCANTI, A.S.R., ALMEIDA, M.A.O.,DIAS, A.V.S. Efeito de medicamentos

homeopáticos no número de ovos de nematódeos nas fezes (OPG) e no ganho de peso

em ovinos. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.8, n.3, p. 162-169, 2007.

CHAGAS, A.C.S.; VIEIRA, L.S.; FREITAS, A.R.; ARAÚJO, M.R.A.;ARAÚJO-

FILHO, J.A.; ARAGUÃO, W.R; NAVARRO, A.M.C. Anthelmithic efficcacy of neem

(Azidirachta indica A. Juss) and the homeopathic product Fator Vermes in morada

sheep. Veterinary Parasitology , v. 151, 68-73, 2007

CHANDRAWATHANI P., JAMNAH O., ADNAN, M., WALLER P.J., LARSEN M.,

GILLESPIE A.T. Field studies on the biological control of nematode parasites of sheep

in the tropics, using the microfungus Duddingtonia flagrans. Veterinary Parasitology,

v.120, p.177–187, 2004.

Page 18: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

18

COOP, R.L., KYRIAZAKIS, I. Nutrition-parasite interaction. Veterinary Parasitology,

v. 84, n. 3-4, p. 187–204, 1999.

COOP, R.L., KYRIAZAKIS, I. Influence of host nutrition on the development and

consequences of nematode parasitism in ruminants. Trends Parasitololgy, v. 17, n. 7, p.

325–330, 2001.

CRAWFORD, A. M.; PATERSON, K. A.; DODDS, K. G.; TASCON, C. D.;

WILLIAMSON, P. A.; THOMSON, M. R.; BISSET, S. A.; BEATTIE, A. E.; GREER,

G. J.; GREEN, R. S.; WHEELER, R.; SHAW, R. J.; KNOWLER, K.; McEWAN, J. C.

Discovery of quantitative trait loci for resistance to parasitic nematode infection in

sheep: I. Analysis of outcross pedigrees. BMC Genomics, v.7, p.178, 2006.

DOMINIK, S. Quantitative trait loci for internal nematode resistance in sheep: a review.

Genetics Selection Evolution Genet, v. 37, p. 83-96, 2005.

DOUBE, B.M., MACQUEEN, A., RIDSDILL-SMITH, T.J. WEIR. T.A. 1991. Native

and introduced dung beetles in Australia. p. 255-278. In: I. Hanski Y. Cambefort (eds.),

Dung Beetle Ecology. Princeton University Press, New Jersey, 481p.

EMBRAPA GADO DE CORTE. Programa Embrapa carne de qualidade,

subprograma carne bovina. Campo Grande, 2000. 75p.

ERNST, E. A systematic review of systematic reviews of homeopathy. British Journal

of Clinical Pharmacology, v.54, p. 577–582, 2002.

ESCOBEDO, G.; ROBERTS, C. W.; CARRERO, J. C.; MORALES-MONTOR, J.

Parasite regulation by host hormones: an old mechanism of host exploitation? Trends in

Parasitology, v. 21, n.12, p. 588-593, 2005.

EYSKER, M.Gastrointestinal nemetode infection in grazing domestic

ruminants. Congresso Internacional de pastagem, fevereiro de 2001, àguas de

São Pedro, Cd roon. 14p.,2001.

Page 19: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

19

FAO. Animal Production and Health Division. Biological control of nematode parasites

of small ruminants in Asia. Final Proceedings of FAO Techinal Co-operation Projet in

Malaysia TCP/MAL/0065 (t) 2002. (Rome), 2002. 104p. (FAO Animal Production and

Health Paper).

FAJIMI, A.K.; TAIWO, A.A. Herbal remedies in animal parasitic diseases in Nigeria;

A review. African journal of Biotecnology, v.4, p. 303-307, 2005

FERNÁNDEZ, A.S.; LARSEN, M.; NANSEN, P.; GRØNVOLD, J.; HENRIKSEN,

S.A.; BJØRN H.; WOLSTRUP, J. The efficacy of two isolates of the nematode-

trapping fungus Duddingtonia flagrans against Dictyocaulus viviparus larvae in faeces.

Veterinary Parasitology, v.85, p.289–304, 1999.

FERNANDES, L.H., SENO, M.C.Z., AMARANTE, A.F.T., SOUZA, H., BELUZZO,

C.E.C. Efeito do pastejo rotacionado e alternado com bovinos adultos no controle da

verminose em ovelhas. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.56,

n.6, p.733-740, 2004.

FINCHER, G.T. The potencial value of dung beetles in pasture ecosystems. Journal of

the Georgia Entomological Society, v.16, p.316-333, 1981.

FONTENOT, M.E., MILLER J.E.; PEÑA M.T., LARSEN M., GILLESPIE, V.

Efficiency of feeding Duddingtonia flagrans chlamydospores to grazing ewes on

reducing availability of parasitic nematode larvae on pasture. Veterinary Parasitology,

v.118, p.203–213, 2003.

GITHIORI, J.B.; HOGLUND, J.; WALLER, P.J.; BAKER. R.L Anthelmintic activity

of preparations derived from Mysine africana and Rapanea melanophloeos against the

nematode parasite, Haemonchus contortus, of sheep. Journal of Ethnopharmacology, v.

80, p. 187–191, 2002.

Page 20: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

20

GITHIORI, J.B.; HOGLUND, J.; WALLER, P.J.; BAKER. R.L.The anthelmintic

efficacy of the plant, Albizia anthelmintica, against the nematode parasites

Haemonchus contortus, of sheep and Heligmosomoides polygyrus of mice. Veterinary

Parasitology, v. 116, p. 23–34, 2003.

GITHIORI,-J-B; ATHANASIADOU,-S; THAMSBORG,-S-M. Use of plants in novel

approaches for control of gastrointestinal helminths in livestock with emphasis on

small ruminants. Veterinary-Parasitology, v. 139, n 4, p. 308-320, 2006.

GRAMINHA, É.B.N., MONTEIRO, A.C., SILVA, H.C. da, OLIVEIRA, G.P.,

COSTA, A.J. da. Controle de nematóides parasitos gastrintestinais por Arthrobotrys

musiformis em ovinos naturalmente infestados mantidos em pastagens. Pesquisa

Agropecuária Brasileira, v.40, n.9, p.927-933, 2005.

GRAY, G. D. The use of genetically resistant sheep to control nematode parasitism.

Veterinary Parasitology, v. 72, p.345-366, 1997.

HERD, R. Endectocidal drugs: Ecological risks and counter-measyres. International

Journal for Parasitology, v.25 p.875-885, 1995.

HOSTE, H., , TORRES-ACOSTA, J.F., PAOLINI, V., AGUILAR-CABALLERO,

A.J., ETTER, E., LEFRILEUX, Y., CHARTIER, C., BROQUA, C. Interactions

between nutrition and gastrointestinal infections with parasitic nematodes in goats.

Small Ruminant Research, v. 60, p. 141–151, 2005.

HOSTE, H.; JACKSON, F.; ATHANASIADOU, S., THAMSBORG, S. M. HOSKIN,

S. O. The effects of tannin-rich plants on parasitic nematodes in ruminants. Trends in

Parasitology, v. 22, n. 6, 2006.

HOSTE, H., TORRES-ACOSTA, J.F., AGUILAR-CABALLERO, A.J. Nutrition-

parasite interactions in goats: is immunoregulation involved in the control of

gastrointestinal nematodes? Parasite Immunology, v. 30, n. 2, p. 79–88, 2008.

Page 21: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

21

HU, M. & GASSER, R. B. Mitochondrial genomes of parasitic nematodes – progress

and perspectives. Trends in Parasitology, v. 22, n. 2, p.78-84, 2006.

JONAS, W.B., KAPTCHUK, TJ., LINDE, K. A Critical Overview of Homeopathy.

http://cam.utmb.edu/resources/journalclubarticles/a%20critical%20overview%20og%20

homepathy.pdf . Acessado em 26 de junho de 2008.

KETZIS, J.K.; VERCRUYSSE, J.; STROMBERG, B.E.; LARSEN, M.;

ATHANASIADOU, S.; HOUDIJK, J.G.M. Evaluation of efficacy expectations for

novel and non-chemical helminth control strategies in ruminants. Veterinary

Parasitology, v. 139, p. 321–335, 2006. LARSEN, M., FAEDO, M. Nematophagous fungi, new agents for biological control of

nematode parasites of livestock- ecology, identification and cultivation. FAO Animal

Production and Health Paper, v.141, p.15-22, 1998.

LIGHTOWLERS, M.W., GAUCI, C.G., CHOW, C., DREW, D.R. , GAUCI, S.M.,

HEATH, D.D., JACKSON, D.C., DADLEY-MOORE, D.L., READ, A.J. Molecular

and genetic characterisation of the host-protective oncosphere antigens of taeniid

cestode parasites. International Journal for Parasitology, v. 33, p. 1207–1217, 2003.

LOPES, R. S; VIEIRA BRESSAN, M. C. R; KOHAYAGAVA, A; SEQUEIRA, J. L;

CURI, P. R. Comparaçäo entre patogenia e susceptibilidade de bezerros Nelore e

Holandês à infecçäo experimental com Haemonchus placei (Place, 1893). Arquivo

Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 49, n 3, p. 279-90, 1997.

MACKINNON, M.J.; MEYER, K.; HETZEL, D.J.S. Genetic variation and covaration

for growth, parasite resistance and heat tolerance in tropical cattle. Livestock Production

Science, v. 27, p. 105-122, 1991.

MAGAYA, A., MUKARATIRWA,S., WILLINGHAM, A.L., KYVSGAARD, N.,

THAMSBORG, S. Effects of anthelmintic treatment and feed supplementation on

grazing Tuli weaner steers naturally infected with gastrointestinal nematodes. Journal of

the South African Veterinary Association, v. 71, n. 1, p. 31-37, 2000.

Page 22: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

22

MIRANDA, C.H.B., Y.A.DO NASCIMENTO & I.BIANCHIN. Desenvolvi-mento de

um programa integrado de controle dos nematódeos e a mosca-dos-chifres na região

dos cerrados. Fase 3. Potencial de Onthophagus gazella no enterrio de fezes bovinas.

EMBRAPA-Gado de Corte, Pesquisa em Andamento, v.42. 5p, 1990 a.

MIRANDA, C.H.B., Y.A.DO NASCIMENTO & I.BIANCHIN. Desenvolvi-mento de

um programa integrado de controle dos nematódeos e a mosca-dos-chifres na região

dos cerrados. Fase 4. Contribuição de Onthophagus gazella à fertilidade do solo pelo

enterrio de fezes bovinas. EMBRAPA-Gado de Corte, Pesquisa em Andamento, v.43.

5p, 1990b.

MIRANDA, C.H.BB.;SANTOS, J.C.C.dos & BIANCHIN, I. Contribuição de

Onthophagus gazella à melhoria da fertilidade do solo pelo enterrio de massa fecal

bovina fresca. I. Estudo em casa de vegetação. Revista Brasileira de Zootecnia,

27(4):681-685, 1998.

MOTA, M.A., CAMPOS, A.K.C., ARAÚJO, J.C. Controle biológico de helmintos

parasitos de animais: estágio atual e perspectivas futuras. Pesquisa Veterinária

Brasileira, v.23, n.3, p.93-100, 2003.

NARI, A., PEPE, C.,ZABALA, E., QUINTANA, S., IRBARBURU, A., MARMOL, E.,

FABREGAS, B. Manejo parasitário Del cordero,de destete en campo natural. Iii

Pastoreo Rotativo Alterno con bovinos en un área de basalto superficial. Veterinaria, v.

23, p. 23-30, 1987.

PADILHA, T. Atividade de fungos nematófagos nos estágios pré-parasitários de

nematódeos trichostrongilídeos. Ciência Rural, v.26, n.1, p.333-341, 1996.

PENA, M.T., MILLER, J.E., WYATT, W., KEARNEY, M.T. Differences in

susceptibility to gastrointestinal nematode infection between Angus and Brangus cattle

in south Louisiana Veterinary Parasitology, v. 89,p. 51-56, 2000.

Page 23: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

23

PRAYAGA, K.C. Evaluation of beef cattle genotypes and estimation of direct and

maternal genetic effects in a tropical environment. 2. Adaptive and temperament traits.

Australian Journal of Agricultural Research, v. 54, p. 1027-1038, 2003.

PINHEIRO, R.M.K. Influência do grupo genético, condição sexual e uso de bioterápico,

nas características de carcaça e qualidade da carne de bovinos de corte. Tese mestrado

Medina veterinária, Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ. 2007, 116 p.

ROCHA, R.A.; PACHECO, R.D.L.; AMARANTE, A.F.T. Efficacy of homeophathic

treatment against natural infection of sheep by gastrointestinal namatodes. Rev. Bras.

Parasitol. Veterinaria, v. 15, n. 1, 23-27, 2006

ROOS, M.H. The role of drugs in the control of parasitic nematode infections: must we

do without? Parasitology, v.13, p.137–114, 1997.

SKIDMORE, P. 1988. The insects of the cow-dung community. Richmond Publishing

Company, Richmond, Surrey, 124 p.

SKIDMORE, p. 1991. Insects of the British cow-dung community. Occasional

Publication of the Field Studies Council, v.21.

SMITH, W.D.; ZARLENGA, D.S. developments and hurdles in generating vaccines for

controlling helminth parasites of grazing ruminants. Veterinary Parasitology, v. 139, p.

347-359, 2006.

SONSTEGARD T. S.; GASBARRE, L. C. Genomic tools to improve parasite

resistance. Veterinary Parasitology, v. 101, p. 387–403, 2001.

SOUTELLO, R.V.G. DE, CONDI, G.K., PAES, F., FONZAR, J.F. Influence of the

parasitism and of protein supplementation in the development of mestizo bullocks angu-

nelore and of the guzera breed. Ciências Agrárias e da Saúde, v. 2, n. 1, p. 21-27, . 2002.

Page 24: IVO BIANCHIN1; JOÃO B. CATTO1 ABSTRACT:- BIANCHIN…helminto.inta.gob.ar/Congreso Brasil 2008/EPIDEMIOLOGIA E... · 1 epidemiologia e alternativas de controle de helmintos em bovinos

24

STEAR, M.J. DOLIGALSKA, M. DONSKOW-SCHMELTER, K. Alternatives to

anthelmintics for the control of nematodes in livestock. Parasitology, v.134, p.139-151,

2007

SUAREZ,V.H.; BUSETTI, M.R.; LORENZO, R.M. Comparative effects of nematode

infection on Bos taurus and Bos indicus crossbred calves grazing on Argentina's

Western Pampas. Veterinary Parasitology, v. 58, p. 263-271, 1995.

WALLER, P.J.; SCHWAN, O.; LJUNGSTRÖM, B.-L.; RYDZIK, A.; YEATES, G.W.

Evaluation of biological control of sheep parasites using Duddingtonia flagrans under

commercial farming conditions on the island of Gotland, Sweden. Veterinary

Parasitology, v.126, p.299-315, 2004.

VIEIRA, L. S.; CAVALCANTE, A. C. R.; PEREIRA, M. F.; DANTAS, L. B;

XIMENES, L. J. F. Evaluation of anthelmintic efficacy of plants avaiable in Ceará

State, North –East Brazil, for the control of goat gastrointestinal nematodes. Revue de

MedecineVeterinaire, Toulouse, v. 150, n. 5, p. 447-452, 1999.

WALLER. P.; THAMSBORG, S.M. nematode control in green ruminant production

systems. Trends in Parasitology, v.20,n. 10, 493-496, 2004

ZACARIAS, F. 2004. Controle alternativo do Haemonchus contortus em ovinos:

avaliação do tratamento homeopático. 2004. 130 f. Dissertação (Mestrado) –Escola de

Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2004.

ZACARIAS, F; DIAS, A.V.S.; ALMEIDA, M.A.O. Helmintoses em Caprinos –

Tratamento com Homeopatia. In: I Congresso Brasileiro de Homeopatia Veterinária,

São Paulo. Anais... 2003.