leishmaniose - veterinaria leme · 2 leishmaniose protozoário parasita intracelular de macrófagos...
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Leishmaniose
Gênero Gênero LeishmaniaLeishmania
HistHist óóricorico
• século XIX – a febre negra ou Kala-azar era temida na Índia
• 1885 – Cunningham viu amastigotas em fragmento de lesõ es do Botão do Oriente na Índia – pensou ser um fungo
• 1898 – Borovsky reconheceu que era um protozoário
• 1903 – Leishman e Donovan viram os mesmos corpúsculos intracelulares nas vísceras de casos fatais de Kala -azar indiano achando-os parecidos com Trypanosoma
• 1903 – Laveran & Mesnil denominaram-no Piroplasma donovanie Ross corrigiu para Leishmania donovani
• doença semelhante matava crianças no Mediterrâneo
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Leishmaniose
Protozoário parasita intracelular de macrófagos
Zoonose causada por Leishmania spp
Distribuição geográfica
• África, Europa (países mediterrâneos), Ásia Central,
India, América Central e do Sul
Distribuição geral mundial da leishmaniose
Estima-se a existência de 12 milhões de casos no mundo todo. (WHO/CID/Leish/98.9 Add.1)
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Principais espécies de Leishmania
• Velho Mundo – Leishmania donovani
Leishmania infantum
• Américas – Leishmania chagasi
Leishmania braziliensis
Hospedeiros
• Vertebrados:
- mamíferos silvestres: canídeos, roedores, marsupiais, edentados
- homem
- cão doméstico (principal reservatório doméstico)
• Invertebrados:
- mosquitos flebotomíneos
→ Américas: Gênero Lutzommyia
(“mosquito-palha” )
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amastigota
promastigota
Formas evolutivas Leishmania spp
Hospedeiro vertebrado
Hospedeiro invertebrado
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Doença no cão
Manifestações variáveis, determinadas pelo reação imune do hospedeiro
* (Sinais clínicos de progressão lenta)
- Úlceras superficiais nos lábios, pinas e pálpebras
(possível remissão espontânea)
- Dermatite descamativa, perda de pelo generalizada , alopecia ao
redor dos olhos , ceratoconjuntivite , onicogrifose
- Febre intermitente, anemia, caquexia, aumento dos l infonodos,
esplenomegalia
Leishmanias inoculadas penetram macrófagos da pele
Patogenia
* atuação da imunidade celular – cura das lesões
Lesões cutâneas
↓
Multiplicação das amastigotas no interior de macrófa gos da pele
↓
Rompimento da célula hospedeira ↓
Invasão de novas células (instalação de processo in flamatório)
↓
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Amastigotas fagocitadas - distribuição sistêmica
Medula óssea - macrófagos parasitados substituem tec ido hematopoiético
Hipertrofia e hiperplasia do sistema macrofágico das vísceras
↓
Aumento volume dos linfonodos e baço
↓
Multiplicação em células de órgãos do SFM
↓
Anemia↓
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Doença no homem
Leishmaniose tegumentar
forma cutânea: lesões nodulares não ulcerativas
lesões ulcerosas em “botão”
Leishmaniose visceral:
“Kalazar” – forma grave - crônica e progressiva
emagrecimento, anemia, hepatomegalia, esplenomegalia ...
forma mucocutânea: lesões ulcerativas e destrutivas das
mucosas (desfigurantes)
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Diagnóstico
• Clínico: sinais inespecíficos
• Hematologia:
- Hiperprotinemia (hiperglobulinemia e hipoalbuminemia)
- Pancitopenia
• Imunológico:
ELISA, IFI, RFC – detecção de anticorpos anti-leishmania
• Parasitológico:
- Citologia – observação de amastigotas em esfregaço de
punção de medula óssea, baço,linfonodos,
biópsia e imprintings de pele
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• Tratamento disponível não totalmente efetivo
* antimoniato de meglumine (Glucantine®)
- ameniza os sintomas – animal continua portador
- caro, longo, doloroso (via IM)
- efeitos adversos (mialgia,, cefaléia, vômito, náusea...)
Controle e prevenção para o homem
• Sacrifício de cães infectados
• Controle mosquitos (controle químico) – área do foco
• Medidas de proteção individual
* Anfoterecina B
- extremamente caro
- apenas 10 dias tratamento
Distribuição da LTA no BrasilFUNASA / 2000
1999
Coeficiente de detecção por 100.000 hab
�caso não registrado�baixo < 3�médio 3 < 11�alto 11 < 71�muito alto > 71
Distribuição da LV no BrasilFUNASA / 2000
90% dos casos estão no NE
Situação no Brasil
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Número de casos de leishmaniose no Brasil 80 a 99
LV
0
5000
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15000
20000
25000
30000
35000
40000
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99
LTA
Nú
mer
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sos
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• De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é ainda um grave
problema de saúde pública (WHO,2002)
�350 milhões de pessoas no mundo sob risco,
�1,5 milhões de casos novos/ano (1 milhão de LT e 0,5 milhão de LV)
• É uma doença intimamente relacionada à pobreza e cresce com o
aumento da desigualdade social
• O avanço da urbanização e conseqüente desmatamento contribuem
para aumento do número de casos da doença