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PERFORMANCE MANAGEMENT IN THE PUBLIC SECTOR «Contabilidade de Gestão: no presente olhando o futuro» 28.mar.2014 – Faculdade de Economia do Porto PAULINO SILVA DOCENTE DO ISCAP | IPP [email protected] Paulino Silva - ISCAP / IPP

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Esta apresentação foi efetuada durante a I Conferência do Colégio da Especialidade de Contabilidade de Gestão da OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas "Contabilidade de Gestão: no presente olhando o futuro", realizada na Faculdade de Economia da Universidade do Porto em 28 de março de 2014.

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PERFORMANCE  MANAGEMENT  IN  THE  PUBLIC  SECTOR  

     

«Contabilidade  de  Gestão:  no  presente  olhando  o  futuro»  28.mar.2014  –  Faculdade  de  Economia  do  Porto  

 PAULINO  SILVA  

DOCENTE  DO  ISCAP  |  IPP  [email protected]  

       

Paulino Silva - ISCAP / IPP

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AGENDA

•  Introdução    •  Medição  do  Desempenho  •  Sistemas  de  Controlo  de  Gestão  •  A  Gestão  no  Setor  Público:  NPM  •  Estudo  de  Caso  •  Conclusão  

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"Não se pode gerir aquilo que não se pode medir.”

Peter  Drucker  ??    

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INTRODUÇÃO

•  Muito  recentemente  (agosto  de  2013),  no  editorial  de  uma  das  principais  revistas  científicas  de  contabilidade  de  gestão,  ‘Management  Accounting  Research’  Mike  Bourne  publicou  ‘Emerging  issues  in  performance  measurement’,  onde  destaca  o  desenvolvimento  dos  sistemas  de  medição  do  desempenho.  

4 Paulino Silva - ISCAP / IPP

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INTRODUÇÃO

Indicadores-­‐chave  de  desempenho  (KPI  -­‐  Key  Performance  Indicators)  Financeiros ou Não Financeiros  

Indicadores  contabilís8cos  tradicionais  

5 Paulino Silva - ISCAP / IPP

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MEDIÇÃO DO DESEMPENHO

Existe  muita  inves-gação  no  

desenvolvimento  e  implementação  de  sistemas  de  medição  do  desempenho,  

mas…  

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Page 7: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

MEDIÇÃO DO DESEMPENHO

...  Mas  a  inves-gação  emergente  tem  a  ver  com  a  forma  como  a  

medição  do  desempenho  é  e  deveria  ser  u-lizada  para  gerir  o  

desempenho  da  organização.  

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SISTEMAS DE MEDIÇÃO DO DESEMPENHO

•  São  uma  das  componentes  dos  sistemas  de  controlo  de  gestão;  

•  Representam  uma  das  ferramentas  mais  utilizadas  para  aumentar  a  probabilidade  de  se  alcançarem  os  objetivos  delineados,  quer  pela  gestão,  quer  pelos  proprietários.  

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FUNÇÕES DOS SMD

1ª  Proporcionar  informação  para  apoiar  a  tomada  de  decisão;  

2ª  Influenciar  a  tomada  de  decisão  ao  apoiar  o  processo  de  planeamento  e  controlo;  

3ª  Influenciar  os  comportamentos  dos  diversos  colaboradores  para  assegurar  que  os  mesmos  estejam  alinhados  com  os  obje8vos  organizacionais;  

4ª  Chamar  a  atenção  para  determinadas  questões  a  nível  interno  e  externo  (ex:  internamente,  comunica  com  os  colaboradores  evidenciando  as  áreas  chave  a  ter  em  conta;  externamente,  comunica  com  os  stakeholders  através  do  reporte  de  informação  não  financeira  rela8va  ao  desempenho  organizacional.  

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Ferreira  (2009)  

Paulino Silva - ISCAP / IPP

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CARACTERÍSTICAS DOS SMD

•  Incluem  medidas  de  desempenho  financeiras  e  não  financeiras;  

•  Utilizam  medidas  de  desempenho  críticas,  associadas  à  implementação  da  estratégia;  

•  Uso  frequente  de  benchmarking  externo;  •  Incluem  mecanismos  de  melhoria  contínua  ao  nível  das  metas  de  desempenho  e  da  medição  do  desempenho.  

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Ferreira  (2009)  

Paulino Silva - ISCAP / IPP

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PRINCIPAIS MODELOS

SMD  

BALANCED  SCORECARD  (Kaplan  e  Norton,  1992)  

SMART  PYRAMID  (Cross  e  Lynch,  1990)  

PERFORMANCE  PRISM  (Neely  et  al.  2002)  

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SMART PYRAMID

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Fonte: Cross e Lynch (1990)

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SMART PYRAMID

Cross  e  Lynch  (1990)  •  S  -­‐  Strategic    •  M  -­‐  Measurements  •  A  -­‐  Analysis    •  R  -­‐  Reporting    •  T  -­‐  Technique  PYRAMID  

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SMART PYRAMID

•  Pirâmide  de  4  níveis  de  objetivos  estratégicos  de  forma  top-­‐down  (baseada  nas  necessidades  dos  clientes)  e  é  alimentado  pelas  medidas  de  forma  bottom-­‐up.  

•  É  um  modelo  que  integra  e  sustenta  o  foco  da  organização  na  estratégia  do  negócio,  gere  as  expetativas  dos  clientes  assim  como  o  próprio  desempenho  organizacional  de  forma  a  satisfazer  essas  mesmas  expetativas.  

•  Permite  transpor  a  visão  corporativa  para  os  departamentos  e  centros  de  trabalho.  

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PERFORMANCE PRISM

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 •  O  ‘Performance  Prism’  é  um  modelo  que  procura  integrar  5  perspetivas  relacionadas  e  proporciona  uma  estrutura  que  permite  aos  gestores  responder  a  5  questões  fundamentais:  

PERFORMANCE PRISM

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PERFORMANCE PRISM

1.  Satisfação  do  Stakeholder:  Quem  são  os  nossos  stakeholders  e  o  que  querem  e  precisam?  2.  Contribuição  do  Stakeholder:  O  que  queremos  e  precisamos  dos  nossos  stakeholders?    3.  Estratégias:  Que  estratégias  precisamos  por  em  prática  para  satisfazer  o  conjunto  das  nossas  vontades  de  necessidades?    4.  Processos:  Que  processos  precisamos  por  em  prática  para  satisfazer  o  conjunto  das  nossas  vontades  e  necessidades?    5.  Capacidades:  Que  recursos  –  pessoas,  práticas,  tecnologia,  e  infraestrutura  –  precisamos  por  em  prática  para  nos  permitir  operacionalizar  os  nossos  processos  de  forma  mais  eficaz  e  eficiente?  

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PERFORMANCE PRISM

•  Estas  cinco  perspetivas  proporcionam  um  modelo  completo  e  integrado  para  a  medição  do  desempenho  organizacional  e,  através  da  resposta  às  questões  relacionadas,  as  organizações  podem  construir  um  modelo  de  desempenho  do  negócio  estruturado.  

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BALANCED SCORECARD

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Fonte: Kaplan e Norton (1992)

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BALANCED SCORECARD

•  É  um  dos  modelos  de  sistemas  de  medição  de  desempenho  mais  difundidos  na  literatura;  

•  O  Balanced  Scorecard  (BSC)  surge  no  início  da  década  de  1990,  através  do  contributo  dos  professores  Robert  Kaplan  e  David  Norton,  da  Harvard  Business  School.  

•  Inclui  medidas  financeiras  e  não  financeiras;  •  Inclui  medidas  históricas  e  medidas  prospetivas.  

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BALANCED SCORECARD

•  Com  a  visão  e  a  estratégia  da  organização  no  centro,  o  modelo  apresenta  quatro  perspetivas:    –  1)  Perspetiva  de  aprendizagem  e  crescimento;  – 2)  Perspetiva  de  processos  internos  de  negócio;  – 3)  Perspetiva  do  cliente;  – 4)  Perspetiva  financeira.    

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BALANCED SCORECARD

•  Começou  por  ser  apenas  um  sistema  de  medição  de  desempenho,  mas...  

•  ...  Atualmente  é  também  um  eficaz  sistema  de  gestão  do  desempenho  organizacional.  

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PORQUE É TÃO POPULAR?

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BSC: EVOLUÇÃO PARA O SETOR PÚBLICO

BSC  SETOR  PRIVADO  

KAPLAN  E  NORTON  (1992)  

BSC  SETOR  PÚBLICO  

KAPLAN  E  NORTON  (2001)  

NIVEN  (2003)  

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BALANCED SCORECARD – SETOR PÚBLICO

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PROCESSOS INTERNOS

Para satisfazer os clientes sem exceder o orçamento, em que

processos de negócio devermos ser excelentes?

FINANCEIRA

Como acrescentamos valor aos clientes, controlando os custos?

CLIENTE

Quem definimos como nosso cliente? Como criamos valor ao

nosso cliente?

APRENDIZAGEM E CRESCIMENTOS DOS

TRABALHADORES

Como é possível o nosso crescimento e a nossa própria mudança, tendo em conta as

questões externas?

MISSÃO

ESTRATÉGIA

Fonte: Niven (2003)

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BALANCED SCORECARD – SETOR PÚBLICO

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Fonte: Kaplan e Norton (2001)

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INDICADORES BSC – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO (EXEMPLO)

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Fonte: Silva e Silva (2012)

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INDICADORES BSC – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO (EXEMPLO)

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Fonte: Silva e Silva (2012)

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INDICADORES BSC – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO (EXEMPLO)

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Fonte: Silva e Silva (2012)

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INDICADORES BSC – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO (EXEMPLO)

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Fonte: Silva e Silva (2012)

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INDICADORES BSC – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO (EXEMPLO)

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Fonte: Silva e Silva (2012)

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INDICADORES BSC – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO (EXEMPLO)

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Fonte: Silva e Silva (2012)

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GESTÃO DO DESEMPENHO

SISTEMAS  DE  

CONTROLO  DE  GESTÃO  

   

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Page 34: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

VISÃO ECONÓMICA

“Controlo  de  gestão  é  o  processo  no  qual  os  gestores  asseguram  que  os  recursos  obtidos  e  utilizados  eficiente  e  eficazmente  no  cumprimento  dos  objetivos  organizacionais.”    

 (Anthony,  1965,  p.  10)  

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VISÃO SOCIOLÓGICA

“O  controlo  de  gestão  é  um  sistema  que  engloba  uma  combinação  de  mecanismos  de  controlo  concebidos  e  implementados  para  aumentar  a  probabilidade  de  que  os  atores  organizacionais  irão  comportar-­‐se  de  forma  consistente  com  os  objetivos  da  coligação  organizacional  dominante.”  

 (Abernethy  e  Chua,  1996,  p.  573)  

35 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 36: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

Abordagem  com  a  ideia  de  maximização  do  valor  da  organização  na  óp8ca  dos  

proprietários.  

Abordagem  de  um  processo  complexo  de  equilíbrio  de  forças,  

do  qual  a  força  dominante  determina  os  obje8vos  a  alcançar.  

MUDANÇA DE ABORDAGEM

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Abordagem  económica   Abordagem  

sociológica  

Anthony (1965)

Abernethy e Chua (1996)

Paulino Silva - ISCAP / IPP

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SISTEMAS DE CONTROLO DE GESTÃO

•  Utilizam  várias  medidas  de  desempenho  (para  conectarem  a  estratégia  aos  resultados  organizacionais);  

•  A  estratégia  é  influenciada  pela  envolvente  externa,  a  qual  afeta  também  a  conceção  e  a  utilização  dos  sistemas  de  controlo  de  gestão;  

•  Os  sistemas  de  controlo  de  gestão  possibilitam  o  alcance  dos  objetivos  estratégicos.  

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MODELO DE OTLEY (1999)

Obje8vos   Estratégias  e  Planos  

Definição  de  Metas   Recompensas   Fluxos  de  

informação  

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1   2   3   4   5  

Paulino Silva - ISCAP / IPP

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MODELO DE OTLEY (1999)

1.  Quais  os  objetivos  fundamentais  da  organização?  2.  Quais  as  estratégias  e  planos  adotados  pela  

organização?  3.  Qual  o  nível  de  desempenho  que  a  organização  

precisa  de  atingir?  4.  Que  recompensas  receberão  os  colaboradores  por  

atingir  esse  nível  de  desempenho?  5.  Quais  são  os  fluxos  de  informação  necessários  

para  possibilitar  à  organização  aprender  com  a  sua  própria  experiência?  

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Page 40: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

MODELO DE OTLEY (1999)

•  Características:  – Muito  genérico  e  suficientemente  abrangente  (Stringer,  2004);  

– Modelo  robusto,  capaz  de  capturar  uma  abrangência  de  questões  de  controlo  dentro  das  organizações  (Ferreira  &  Otley,  2005);  

– Como  o  modelo  é  genérico,  permite  ser  complementado  com  outros  modelos  de  controlo  de  gestão  (Ferreira  &  Otley,  2005).  

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Page 41: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

NO SETOR PÚBLICO

Gestão  tradicional  do  Setor  Público  

New  Public  Management  

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Page 42: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

NEW PUBLIC MANAGEMENT (NPM)

•  Um  novo  conceito  de  gestão  pública  (Aucoin,  1990;  Hood,  1991,  1995);  

•  Teve  as  suas  origens  no  final  da  década  de  1980  no  Reino  Unido  e  em  outros  países  Anglo-­‐Americanos;  

•  Facilmente  transferível:  diversos  países,  diversos  tipos  de  serviços  públicos,  diversos  níveis  de  governo  (Newberry  e  Pallot,  2004;  Torres  e  Pina,  2004;  Cairney,  2002;  Pettersen,  2004;  Bogt,  2003;  Budding,  2004);  

•  Não  associado  a  nenhuma  ideologia  política  em  particular  (Boden  et  al,  2006;  Harrison  e  Smith,  2003).  

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Page 43: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

NPM: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

•  Divisão  de  grandes  unidades  organizacionais  em  unidades  mais  pequenas;  

•  Promoção  de  um  maior  nível  de  competitividade  dentro  do  setor  público;  

•  Ênfase  na  utilização  eficiente  de  recursos;  •  Ênfase  numa  gestão  de  topo  profissional;  •  Ênfase  em  regras  claras  e  percetíveis;  •  Alteração  do  foco  de  processos  para  resultados.  

(Aucoin,  1990;  Hood,  1991,  1995)  

43 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 44: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

ESTUDO DE CASO (SILVA E FERREIRA, 2010)

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Page 45: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

ESTUDO DE CASO

•  Método  de  investigação  cada  vez  mais  utilizado  em  contextos  específicos  (Yin,  2003,  2011;  Kaplan,  1984;  Otley,  2003;  Scapens,  1990);  

•  Estudo  de  caso  múltiplo,  exploratório  e  descritivo  (Yin,  2011;  Otley  &  Berry,  1998).  

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Page 46: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

DADOS GERAIS

•  Reuniões  preliminares  com  vários  profissionais-­‐chave  da  ARS  (Administração  Regional  de  Saúde);  

•  3  Organizações  de  Cuidados  Primários  Portuguesas;  •  22  Entrevistas;  •  Diretores,  Médicos  de  Família,  Enfermeiros-­‐Chefe,  

Responsáveis  Administrativos,  Profissionais  da  ARS;  •  Vários  Documentos  Internos  e  de  Acesso  

Condicionado;  •  Estudo  conduzido  durante  2004  e  2005.  

46 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 47: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

DADOS GERAIS

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O1 Semi-urbano

O2 Urbano

O3 Rural

Nº Pacientes 62 000 45 000 54 000

Nº Médicos de Família 35 23 20

Nº Enfermeiros 38 25 27 Nº Administrativos 31 17 23 Pacientes / MF 1 771 1 870 2 700

Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 48: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

MODELO DE OTLEY (1999)

Obje8vos   Estratégias  e  Planos  

Definição  de  Metas   Recompensas   Fluxos  de  

informação  

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1   2   3   4   5  

Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 49: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

OBJETIVOS

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OBJETIVOS

“Apesar  da  falta  de  pessoal,  nós  tentamos  prestar  cuidados  de  saúde  com  qualidade.”    

 Diretor  da  O2  

 

50 Paulino Silva - ISCAP / IPP

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ESTRATÉGIAS E PLANOS

51 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 52: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

ESTRATÉGIAS E PLANOS

“Nós  realizámos  um  diagnóstico  da  situação  (interno  e  externo)  para  perceber  quais  as  

áreas  principais  a  intervir.”    

 Médico  de  Família  da  O1  

 

52 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 53: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

METAS

53 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 54: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

METAS

“Não  temos  metas  definidas,  o  que  é  um  problema  para  a  medição  do  desempenho.  

Devíamos  receber  isso  de  cima  [ARS],  mas  não  recebemos  nada.”    

 Responsável  Administrativo  da  O3  

 

54 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 55: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

RECOMPENSAS

55 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 56: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

RECOMPENSAS

“Uma  vez  tentei  poupar  dinheiro  através  da  mudança  do  nosso  fornecedor  de  limpeza.  Tive  problemas  profissionais  com  o  Diretor,  porque  o  fornecedor  falou  com  ele  a  exigir  uma  compensação  totalmente  desajustada  

pela  mudança.”    

 Responsável  Administrativo  da  O3  

 

56 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 57: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

RECOMPENSAS

“Algumas  pessoas  dentro  da  administração  pública  fazem  troça  daqueles  que  se  esforçam  para  melhorar.  Utilizam  expressões  do  tipo  ‘vais  receber  uma  medalha  de  cortiça’  .”    

 Médico  de  Família  e  Antigo  Diretor  da  O2  

 

57 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 58: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

FLUXOS DE INFORMAÇÃO

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Page 59: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

FLUXOS DE INFORMAÇÃO

“É  engraçado,  mas  nós  aprendemos  imenso  com  os  nossos  pacientes.  Eles  dão-­‐nos  sugestões  

que  nós  utilizamos  para  melhorar.”    

 Diretor  da  O1  

 

59 Paulino Silva - ISCAP / IPP

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ORIGINALIDADE

•  Este  é  o  primeiro  estudo  que  utiliza  o  modelo  de  gestão  do  desempenho  de  Otley  (1999)  para  analisar  as  práticas  de  gestão  do  desempenho  em  Organizações  de  Cuidados  Primários.  

•  Este  modelo  demonstrou  ser  muito  útil  no  contexto  do  setor  público.  

60 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 61: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

•  Apesar  do  número  significativo  de  entrevistas  e  de  ter  havido  a  análise  de  mais  do  que  uma  organização,  a  evidência  foi  recolhida  tendo  em  conta  essencialmente  os  pontos  de  vista  dos  entrevistados;  

•  Devido  a  restrição  de  tempo  disponível,  não  foi  possível  aprofundar  significativamente  o  estudo;  

•  O  estudo  foca  apenas  uma  das  regiões  do  país,  pelo  que  não  podemos  dizer  que  seja  representativa  do  que  acontece  nas  outras  regiões.  

61 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 62: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

Parecem  afetar  

nega8vamente  o  desempenho  

...  na  medição  do  

desempenho  

...  nas  prá8cas  de  gestão  

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Falta  de  consistência  e  coerência...  

Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 63: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

Falta  de  direção  e  mo8vação  

...  ARS   e  OCP  

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Controlos  ver8cais  fracos  entre...  

Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 64: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

CONCLUSÃO

•  Apesar  do  panorama  geral  menos  positivo  no  setor  público  da  saúde,  já  existem  em  Portugal  extraordinários  exemplos  de  preocupação  com  a  medição  e  gestão  do  desempenho  organizacional.  

64 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 65: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

CONCLUSÃO

Mas  convém  não  esquecer  que  a  implementação  destes  sistemas  (apenas)  

“aumentam  a  probabilidade  de  que  os  atores  organizacionais  se  comportem  de  forma  

consistente  com  os  objetivos  da  organização”.    

65 Paulino Silva - ISCAP / IPP

Page 66: Performance Management in the Public Sector - Paulino Silva

Muito  obrigado  pela  vossa  atenção!  

J  Questões?  

66 Paulino Silva - ISCAP / IPP