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Recuperação Biotecnológica do Solo Inerte em Extinta Área de Erosão no Residencial Geovanni Braga na Cidade de Anápolis no Estado de Goiás Welvis Furtado da Silva 1 , Ernane Rosa Martins 2 1 Department of Environmental Engineering, Metropolitan College of Anápolis Goyaz, Anápolis, Brazil 2 Coordination of Information Technology Area, Federal Institute of Education Science and Technology Goiaz, Luziânia, Brazil Email address: [email protected] (Welvis Furtado da Silva), [email protected] (Ernane Rosa Martins), Abstract: Este artigo tem como objetivo apresentar as práticas biotecnológicas utilizadas na recuperação do Solo Inerte em extinta área de erosão no Residencial Geovanni Braga, pela Prefeitura Municipal de Anápolis no Estado de Goiás, por meio de técnicas de revegetação com adubação e plantio de forrageira braquiária para melhorar a cama da vegetal e estrutura microbiológica e química do solo. Os procedimentos metodológicos adotados compreenderam revisão bibliográfica, para fundamentar as atividades desenvolvidas e trabalho de campo, para levantamento de dados, caracterizando-se como descritiva em relação à natureza do objetivo, já que tem como propósito principal descrever a recuperação do solo degradado pela erosão. Os resultados obtidos mostraram-se surpreendentes, não apresentando nenhum foco erosivo e o impacto visual do local foi sensivelmente melhorado, agradando a população vizinha a erosão. Os custos de execução foram menores que as técnicas tradicionais, demostrando que as técnicas utilizadas foram adequadas, eficientes e econômicas. Keywords: Degradação ambiental, erosão do solo, meio ambiente, áreas degradadas, biotecnologia. 1. Introduction As erosões destacam-se como os maiores processos degradantes do solo, causando danos ambientais irreversíveis, produzindo prejuízos econômicos e sociais [1]. Ao longo do tempo, imensas áreas que anteriormente eram cobertas por vegetação nativa, foram sendo destruídas pelas erosões. O problema é que as ações antrópicas expõem o solo comprometendo rapidamente toda a área [2]. As voçorocas são um tipo mais acentuado de erosão [3], constituindo o estágio mais avançado de uma erosão e, portanto, mais difícil de ser contida. São produtos de águas superficiais que, correndo na superfície, provocam desgaste, desbarrancamentos, arrastamentos de solos, podendo também ser provocadas por águas profundas que, infiltrando-se no solo, caminham pelo perfil adentro, mais ou menos verticalmente, até encontrar uma camada impermeável ou menos permeável onde se acumulam e se deslocam no sentido horizontal, causando deslizamentos e desmoronamentos [4]. Para proporcionar a redução da velocidade da água da chuva na cabeceira da voçoroca, são construídos terraços, que são uma espécie de canal [5, 6]. É importante o desenvolvimento de estudos direcionados a elaboração de estratégias que visem controlar a degradação ambiental, visto que, caso não sejam tomadas medidas adequadas para a recuperação da área degradada, todo o ambiente é colocado em risco, comprometendo, os recursos naturais [7]. A técnica de revegetação atua na ciclagem de nutrientes, na fertilidade e sombreamento do solo, melhorando as condições ecológicas e facilitando o desenvolvimento de espécies [8]. Outra técnica é o reflorestamento que atua na redução do impacto da chuva sobre o solo e fornecem nutrientes para organismos presentes no local, favorecendo a fixação de nitrogênio pelas leguminosas [9]. O plantio de mudas é importante porque logo após surgir às primeiras plantas, o solo é coberto por serrapilheira e húmus, o que atrai animais dispersores de sementes e dessa forma auxiliam no processo de recuperação da área degradada. Com base no que foi exposto, este artigo tem como objetivo apresentar as práticas utilizadas na Recuperação Biotecnológica do Solo Inerte em Extinta Área de Erosão no Residencial Geovanni Braga, pela Prefeitura Municipal de Anápolis no Estado de Goiás, por meio de técnicas de revegetação com adubação e plantio de forrageira braquiária para melhorar a cama da vegetal e estrutura microbiológica e química do solo. Esta pesquisa justifica-se pela escassa literatura encontrada sobre a recuperação do solo degradado por erosão e pelas técnicas empregadas. A metodologia adotada compreendeu revisão bibliográfica, para fundamentar as atividades desenvolvidas e trabalho de campo, para levantamento de dados. Este artigo está estruturado em cinco seções, nesta presente seção apresenta-se além da introdução, a definição da problemática de pesquisa, o objetivo, a justificativa e importância do estudo e a estrutura da presente pesquisa. A seção dois (2) traz o referencial teórico, com a formação de uma base conceitual e teórica, que fornecem subsídios para o desenvolvimento deste estudo. Na seção três (3) são apresentados o método empregado e as técnicas e procedimentos metodológicos utilizados para a realização do estudo. Na seção quatro (4) são apresentadas as análises e discussões dos resultados obtidos na pesquisa. Por fim, na seção cinco (5) são apresentadas as conclusões.

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Page 1: Recuperação Biotecnológica do Solo Inerte em Extinta Área de … · 2017. 3. 14. · Recuperação Biotecnológica do Solo Inerte em Extinta Área de Erosão no Residencial Geovanni

Recuperação Biotecnológica do Solo Inerte em Extinta Área de Erosão no Residencial Geovanni Braga na Cidade de Anápolis no Estado de Goiás

Welvis Furtado da Silva1, Ernane Rosa Martins2

1Department of Environmental Engineering, Metropolitan College of Anápolis Goyaz, Anápolis, Brazil 2Coordination of Information Technology Area, Federal Institute of Education Science and Technology Goiaz, Luziânia, Brazil

Email address: [email protected] (Welvis Furtado da Silva), [email protected] (Ernane Rosa

Martins),

Abstract: Este artigo tem como objetivo apresentar as práticas biotecnológicas utilizadas na recuperação do Solo Inerte em

extinta área de erosão no Residencial Geovanni Braga, pela Prefeitura Municipal de Anápolis no Estado de Goiás, por meio de

técnicas de revegetação com adubação e plantio de forrageira braquiária para melhorar a cama da vegetal e estrutura

microbiológica e química do solo. Os procedimentos metodológicos adotados compreenderam revisão bibliográfica, para

fundamentar as atividades desenvolvidas e trabalho de campo, para levantamento de dados, caracterizando-se como descritiva

em relação à natureza do objetivo, já que tem como propósito principal descrever a recuperação do solo degradado pela erosão.

Os resultados obtidos mostraram-se surpreendentes, não apresentando nenhum foco erosivo e o impacto visual do local foi

sensivelmente melhorado, agradando a população vizinha a erosão. Os custos de execução foram menores que as técnicas

tradicionais, demostrando que as técnicas utilizadas foram adequadas, eficientes e econômicas.

Keywords: Degradação ambiental, erosão do solo, meio ambiente, áreas degradadas, biotecnologia.

1. Introduction

As erosões destacam-se como os maiores processos

degradantes do solo, causando danos ambientais irreversíveis,

produzindo prejuízos econômicos e sociais [1]. Ao longo do

tempo, imensas áreas que anteriormente eram cobertas por

vegetação nativa, foram sendo destruídas pelas erosões. O

problema é que as ações antrópicas expõem o solo

comprometendo rapidamente toda a área [2].

As voçorocas são um tipo mais acentuado de erosão [3],

constituindo o estágio mais avançado de uma erosão e,

portanto, mais difícil de ser contida. São produtos de águas

superficiais que, correndo na superfície, provocam desgaste,

desbarrancamentos, arrastamentos de solos, podendo também

ser provocadas por águas profundas que, infiltrando-se no solo,

caminham pelo perfil adentro, mais ou menos verticalmente,

até encontrar uma camada impermeável ou menos permeável

onde se acumulam e se deslocam no sentido horizontal,

causando deslizamentos e desmoronamentos [4].

Para proporcionar a redução da velocidade da água da

chuva na cabeceira da voçoroca, são construídos terraços, que

são uma espécie de canal [5, 6]. É importante o

desenvolvimento de estudos direcionados a elaboração de

estratégias que visem controlar a degradação ambiental, visto

que, caso não sejam tomadas medidas adequadas para a

recuperação da área degradada, todo o ambiente é colocado

em risco, comprometendo, os recursos naturais [7].

A técnica de revegetação atua na ciclagem de nutrientes, na

fertilidade e sombreamento do solo, melhorando as condições

ecológicas e facilitando o desenvolvimento de espécies [8].

Outra técnica é o reflorestamento que atua na redução do

impacto da chuva sobre o solo e fornecem nutrientes para

organismos presentes no local, favorecendo a fixação de

nitrogênio pelas leguminosas [9].

O plantio de mudas é importante porque logo após surgir às

primeiras plantas, o solo é coberto por serrapilheira e húmus, o

que atrai animais dispersores de sementes e dessa forma

auxiliam no processo de recuperação da área degradada.

Com base no que foi exposto, este artigo tem como objetivo

apresentar as práticas utilizadas na Recuperação

Biotecnológica do Solo Inerte em Extinta Área de Erosão no

Residencial Geovanni Braga, pela Prefeitura Municipal de

Anápolis no Estado de Goiás, por meio de técnicas de

revegetação com adubação e plantio de forrageira braquiária

para melhorar a cama da vegetal e estrutura microbiológica e

química do solo. Esta pesquisa justifica-se pela escassa

literatura encontrada sobre a recuperação do solo degradado

por erosão e pelas técnicas empregadas. A metodologia

adotada compreendeu revisão bibliográfica, para

fundamentar as atividades desenvolvidas e trabalho de campo,

para levantamento de dados.

Este artigo está estruturado em cinco seções, nesta presente

seção apresenta-se além da introdução, a definição da

problemática de pesquisa, o objetivo, a justificativa e

importância do estudo e a estrutura da presente pesquisa. A

seção dois (2) traz o referencial teórico, com a formação de

uma base conceitual e teórica, que fornecem subsídios para o

desenvolvimento deste estudo. Na seção três (3) são

apresentados o método empregado e as técnicas e

procedimentos metodológicos utilizados para a realização do

estudo. Na seção quatro (4) são apresentadas as análises e

discussões dos resultados obtidos na pesquisa. Por fim, na

seção cinco (5) são apresentadas as conclusões.

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2. Literature Review

A restauração ecológica é um processo a longo tempo, pois

existem espécies de plantas nativas que demoram até 32 anos

para estarem formadas da mesma maneira que a espécie

presente no local antes da degradação [10]. A biorremediação

é um método que utiliza microrganismos presentes ou

inseridos no local para realização da degradação bioquímica

de contaminantes [11]. A manutenção da fertilidade do solo é

fundamental para a persistência das pastagens. Para restaurar

a fertilidade do solo, geralmente é necessário compensar as

deficiências nutricionais, aplicando fertilizantes [3].

A qualidade do solo depende da extensão em que o solo

será utilizado para o benefício humano, relacionado com as

práticas intervencionistas do homem [12]. A revegetação

consiste na cobertura vegetal do solo, a fim de reduzir a ação

das chuvas e do vento evitando, o desenvolvimento de

processos erosivos que favorece o carreamento de partículas

e a degradação do ambiente [13, 14].

Para a cobertura do solo podem ser utilizadas diversas

espécies [15, 16], tais como: Amarathus cruentus (amaranto),

Avena strigosa (aveia), Cajanus cajan (guandu-super e

guandu normal), Canavalia ensiformes (feijão de porco),

Eleusine coracana (capim pé-de-galinha), Guizotia abyssinica

(niger), Hybiscus cannabinus (kenaf), Pennisetum glaucum

(milheto), Raphanus sativus (nabo forrageiro), Sesamun

indicus (gergelim), Stizolobium aterrimum (mucuna-preta)

[17]. Os vegetais formam uma barreira no solo, reduzindo a

incidência de raios solares, aumentando a umidade e a

temperatura. Afetando a germinação de sementes [18].

Um método utilizado para reduzir o vento excessivo,

protegendo a área, é a técnica de quebra-ventos que consiste

no plantio de fileiras de árvores e arbustos a fim de reduzir o

vento excessivo, reduzindo a velocidade do vento,

minimizando os efeitos deste sobre o solo, protegendo-o do

processo de erosão eólica, além de, reduzir a incidência de

raios solares que retiram a umidade do solo [19].

O plantio direto é uma técnica que consiste na manutenção

do solo coberto por vegetação em desenvolvimento e restos

vegetais, visando protegê-lo contra o impacto da chuva,

reduzindo o carreamento de nutrientes pelo processo de

lixiviação e erosão hídrica [20]. Para a prevenção e o

controle do escoamento superficial e de sedimentos, bem

como para a minimização das consequências negativas

provocadas pela intervenção antrópica, pode-se implantar

caixas de contenção, para garantir a estabilização dos

processos decorrentes da produção de sedimentos, bem como

recuperar as áreas degradadas [21].

Outra técnica para a revegetação do terreno é o plantio em

curvas de nível, que consiste em um manejo mais sustentável

do solo, evitando os processos erosivos por meio do plantio

da vegetação seguindo as curvas do terreno [22]. As curvas

de nível são implantadas a partir da marcação de pontos da

mesma altura, conforme o nível do ambiente a ser plantado e

a direção inversa do escoamento pluvial ou irrigação [23].

É imprescindível para o desenvolvimento e implantação de

técnicas de recuperação do solo, realizar pesquisas sobre as

diferentes condições ambientais, metodologias para recuperar

cada local, avaliar o ecossistema e os processos ecológicos

que ocorrem no ambiente [24].

As técnicas de recuperação de ambientes degradados são:

as técnicas de revegetação, técnicas de remediações e

geotécnicas. A técnica de revegetação consiste no plantio

localizado de espécies vegetais que não ocorriam mais ou

nunca ocorreram no local. Já as tecnologias de remediação

são desenvolvidas a partir de métodos de tratamentos

químicos ou biorremediação destinados a neutralizar ou

eliminar contaminantes no solo e na água. As geotécnicas

envolvem a construção de estruturas de contenção e retenção

visando à estabilidade física do ambiente [25, 13].

A técnica de remediação na recuperação de ambientes

degradados consiste na tentativa de reduzir os níveis de

contaminação conforme o indicado a saúde humana e ao

meio ambiente [26]. Tem ainda, a lavagem do solo que é

realizada com auxilio de soluções de tensoativos [27]. E a

biorremediação, que utiliza microrganismos presentes ou

inseridos no local para realização da degradação bioquímica

de contaminantes [11].

3. Research Methodology

O trabalho foi realizado na área que comportava a

voçoroca Geovane Braga que estava localizada ao sul de

Anápolis no bairro de mesmo nome, inserida na bacia do

córrego Góes tributário pela margem direita do rio das Antas,

no município de Anápolis no Estado de Goiás.

O surgimento da erosão teve uma forte relação com o

lançamento à meia encosta de águas pluviais captadas a

montante. Esse lançamento não conta com dissipação da

energia dos fluxos d’água que erodiram com facilidade o solo

pouco espesso sobre saprólito muito friável existente no local

que também conta com declividades acentuadas.

A erosão tinha limitação em aproximadamente cerca de 53

metros do limite com a Rua 04 com aproximadamente 75

metros de comprimento, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1: Voçoroca Geovane Braga.

Os procedimentos metodológicos adotados

compreenderam revisão bibliográfica, para fundamentar as

atividades desenvolvidas e trabalho de campo, para

levantamento de dados.

Este estudo caracterizou-se como descritivo em relação à

natureza do objetivo, já que tem com o propósito descrever a

recuperação do solo degradado pela erosão no residencial

Geovane Braga em Anápolis no Estado de Goiás [28].

4. Analysis and discussion of the results

A área erodida foi isolada com cercas de arame para que

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animais, máquinas e pessoas não circulassem por ela ou em

áreas vizinhas (sobretudo à montante). As atividades

agrícolas no entorno da área foram interrompidas por

intensificarem a degradação no local. Foram construídos

aceiros em volta das cercas para proteger a vegetação

implantada de possíveis queimadas.

O nível de degradação do solo foi definido a partir da

determinação da espessura de horizonte superficial e

posterior comparação com outros perfis de solos de áreas

próximas que apresentam as mesmas características da

avaliada, mas que ainda se encontram com cobertura vegetal.

Segundo informações contidas no Manual Técnico de

Pedologia do IBGE, a área degradada por erosão em questão

estava na fase erodida, que apresenta classe de erosão

extremamente forte, ou seja, o solo apresenta sulcos muito

profundos (voçoroca) [29].

A área foi dividida em subáreas com características

homogêneas, considerando-se o sistema de drenagem natural,

o estágio dos processos erosivos, diferenças na cor e textura

do solo, posicionamento no relevo, vegetação presente na

área e histórico de uso.

Após a subdivisão, amostras de terra das diferentes

subáreas foram enviadas para análise físico-química em

laboratório, para avaliar a fertilidade de cada uma e, assim,

estabelecer a melhor estratégia para sua recuperação

conforme ilustra a Figura 2.

Figura 2: Recolhimento de amostras para análise físico-química.

Para a análise foi utilizada uma amostra composta de cada

subárea, formada por 10 a 20 amostras simples. As amostras

de terra simples foram retiradas ao acaso, seguindo caminho

em zigue-zague, sendo colhidas por meio de uma pá de corte.

O material coletado de cada subárea foi bem misturado em

um balde e, posteriormente, retirou-se de 300 a 500g de terra

para formar a amostra composta que foi encaminhada ao

laboratório para análise. A profundidade de coleta foi de,

aproximadamente 20 cm.

Algumas das características do solo da erosão são descritos

na Figura 3.

Figura 3: Resultados de uma das analises de solo.

Para estabilização de áreas afetadas pelo processo de

voçorocamento, optou-se por, conduzir adequadamente as

águas provenientes do escoamento superficial na área à

montante, de forma a reduzir sua velocidade e aumentar sua

infiltração.

Esta situação ocorreu devido à locação de estradas em

áreas impróprias, com canais de drenagem mal

dimensionados, sem qualquer dreno.

Para que as águas fossem desviadas e escoassem de forma

ordenada para fora das áreas erodidas, aplicaram-se técnicas

de terraços em desnível associados a canais escoadouros

vegetados, para reter a água forram usados terraços. A

escolha da melhor técnica a ser utilizada levou em

consideração as características do local, o tipo de solo,

declividade do terreno, disponibilidade de máquinas e

intensidade das precipitações, entre outros fatores.

Como não foi possível desviar ou reter totalmente as águas

que escoriam para dentro da voçoroca, utilizaram-se técnicas

que reduziu sua velocidade quando percorre a parte interna,

como o uso de paliçadas.

Para reduzir custos e por apresentarem maior diâmetro, as

escoras foram feitas com manilhas de agua e esgoto como

apresentado na Figura 4. Para evitar que a água abrisse

caminho por baixo das paliçadas, causando seu solapamento,

colocou-se pedras no fundo da paliçada e posteriormente

encaixaram-se estacas de bambu na vertical.

Figura 4: Paliçada de manilhas de agua e esgoto instalado na voçoroca.

Em seguida, acomodaram-se pneus disponíveis na região

para absorver o impacto da água que atravessavam a paliçada

como apresentado na Figura 5.

Figura 5: Pneus utilizados dentro da voçoroca.

É importante destacar que o uso desses materiais impediu

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que a água fizesse uma enculturação após a paliçada,

comprometendo a sua estrutura.

Como nas voçorocas ocorrem partes com barrancos e/ou

taludes instáveis, foi necessário à realização da

reconformação para garantir sua estabilização e permitir o

plantio e estabelecimento da vegetação conforme ilustra a

Figura 6.

Figura 6: Reconformação da voçoroca.

Para isto usou-se máquinas, por causa da extensão e da

altura do barranco ou talude. Esse trabalho foi realizado no

período mais seco, de forma a ter a área toda preparada para

receber o plantio no início do período chuvoso.

Após a realização das práticas mecânicas, como a

construção de paliçadas e a reconformação de taludes e

barrancos, aplicaram-se restos vegetais para a formação de

cobertura morta sobre a superfície erodida até que as espécies

herbáceas, arbustivas e arbóreas implantadas se

estabelecessem e garantissem boa proteção ao solo. Para isso,

foram usados resíduos de origem vegetal disponíveis na

região, dando preferência a materiais mais fibrosos, para

recobrir o solo por mais tempo, tais como: palhas, cascas,

serragem e todo tipo de material disponível. Aliado a isso, o

plantio de leguminosas herbáceas e gramíneas de

crescimento rápido deram proteção ao solo exposto em pouco

tempo, além de melhorar as características físicas e químicas

do solo. Utilizaram-se espécies de leguminosas e gramíneas

de acordo com o clima da região.

Em toda área erodida, predominou a baixa fertilidade do

solo, e essa característica limitou o estabelecimento das

plantas. Assim, o uso de plantas da família das leguminosas

(Angico, Garapa, Pau Jacaré, Vinhático, Farinha Seca etc.)

foi priorizado. Essa escolha se justifica pela formação de

simbiose entre suas raízes e bactérias (rizóbios), que fixam o

nitrogênio atmosférico e o disponibilizam para as plantas, e

também com fungos (micorrizas), que aumentam a área de

absorção das raízes, fazendo com que a planta consiga

aproveitar melhor os nutrientes do solo. É recomendável o

uso de adubos minerais e orgânicos na época do plantio para

garantir o estabelecimento e o desenvolvimento da vegetação

implantada. Utilizaram-se as espécies nativas como parte do

plano de recuperação, em menor porcentagem, porque

serviram para atrair animais dispersores de sementes (aves e

morcegos), que trazem sementes de outras espécies,

enriquecendo a biodiversidade e contribuindo para o

processo de sucessão. O plantio dessas espécies foi feito com

espaçamento de 2x2 metros para que a vegetação recubra a

área o mais rápido possível. As covas tiveram dimensão de

30x30x30cm, e o plantio foi feito em nível, de forma que

uma linha fica-se desencontrada da outra, formando um

triângulo entre as plantas.

Para a recuperação da fertilidade do solo foram utilizados

fertiliza

ntes

orgânof

osforad

os, e

implant

ação da

Braquiá

ria como cobertura vegetal, após a recomposição do solo, na

área degradada.

Foram utilizados para adubação o composto Ciclofértil

como condicionador de solo e o fertilizante

Orgânofosforados para adubação de base no plantio do capim

Braquiária, conforme apresentado na Figura 7.

Figura 7: Fertilizante e sementes utilizadas no plantio.

A semente a ser utilizada foi a de Brachiaria Bizantha

(Braquiarão) com Valor Cultural (VC) de 50% aplicada na

quantidade demostra na Tabela 1.

Conforme Branco, Murgel e Cavinatto (2001) a Brachiaria

Bizantha adubada com organo fosfatado apresentam teores de

proteínas 19,75% maiores que plantas adubadas com

químicos e com custo 40,2% menor. A atividade microbiana

no processo de compostagem do lixo municipal permitiu a

solubilização da rocha fosfática. Os microrganismos

envolvidos nessa atividade são bactérias e fungos saprófitos

que, por carência de fósforo, são capazes de solubilizar

formas insolúveis de fosfatos, tornando o fosforo disponível

para o crescimento bacteriano e para o desenvolvimento de

plantas superiores. Para o desenvolvimento dessa microflora

saprófita é indispensável à presença de matéria orgânica

como fonte de carbono e energia. Formando um fertilizante

organo-fosfatado de baixo custo, alta eficácia e que contribui

para

solucio

nar o

problem

a do

lixo

orgânic

o

presente

na

erosão.

Além da capacidade de solubilizar eficazmente o fosforo,

estes também contribuem para o enriquecimento do solo por

fixar nitrogênio [30].

O fertilizante utilizado apresentou eficiência idêntica ou

superior, em termos de produtividade, aos adubos químicos,

além de beneficiar significativamente a composição foliar

especialmente no que diz respeito aos teores de proteínas,

importante para a qualidade de gramíneas forrageiras. A

continuidade de sua aplicação poderá resultar a um longo

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prazo no aumento do teor de matérias húmicas do solo [30].

O fósforo oferecido pelos fertilizantes comuns não condiz,

em tempo, com as necessidades da planta. Isso, pois, quando

o fosforo é adicionado ao solo ele passa a reagir com o ferro

e alumínio presentes neste, tornando-se novamente

indisponível para o consumo da planta. Como é feito a partir

de matérias orgânicas, o fósforo contido no

Orgânofosforados é mais resistente às reações com o ferro e

o alumínio. Não reagindo, ele fica disponível para o consumo

da planta por mais tempo e em períodos que condizem com

as necessidades da planta, conforme demostrado na Figura 8.

Figura 8: Diferença na recepção da planta ao fosforo. Fonte IFB (2016)

Conforme apresentado no primeiro gráfico da Figura 8,

utilizando fertilizantes comuns o fósforo em pouco tempo

torna-se indisponível para o consumo das plantas. Quando

utilizando o Orgânofosforados IFB (segundo gráfico da Figura

8), por ser feito a partir de matéria orgânica, este fica

disponível por mais tempo, conforme as necessidades das

plantas.

Tabela 1: Quantidade de Pontos de Valor Cultural, por hectare de cada espécie, baseado nas condições de semeadura.

QUANTIDADE DE VC NECESSÁRIO PARA PLANTAR 48400 m2 (ha)

Sementes Condições

Ideais

Condições

Médias

Condições

Adversas

Profundidade

plantio

Brachiárias 350 450 550 1,0 a 2,0cm

Andropogon 350 450 550 0,5 a 1,0cm

Panicuns 300 350 400 0,5 a 1,0cm

Fonte: Descrição da embalagem do orgânofosforado

O Valor Cultural (VC) representa um índice que articula

dois dos principais parâmetros de qualidade de semente.

Percentual de pureza física (P%) e o seu percentual de

germinação (G%), e é calculado da seguinte forma:

100

%%)( xGPVC

Pois bem, aplicando essa fórmula para os padrões mínimos

indicados acima, teríamos um VC de 50% (P-84% x G-60%).

O padrão mínimo para a germinação ser de 60%, a grande

maioria das sementes sai do campo de produção com 80% a

85% de germinação. Assumindo o valor de G-80%, que é o

mais utilizado para a comercialização, teríamos um VC de 48%

(P-60 x G-80%). Para o projeto adotamos G-84 %.

A dose recomendada para o plantio da Braquiária nas

condições das áreas é:

A adubação foi realizada com aplicação a lanço de 10 ton./ha

de composto Ciclofértil, para adubação orgânica e 1.200 kg/ha

de Fertilizante organofosofrado na adubação de base,

aplicados a lanço.

A semente foi aplicada a lanço manualmente na dose de 11

kg/ha. Para facilitar a distribuição recomendado misturar a

semente com o orgânofosforado.

O fósforo oferecido no tempo que a planta precisa,

contribui para o crescimento prematuro da raiz, como

apresentado na figura 9.

Figura 9: Crescimento da raiz com o Orgânofosforados. Fonte IFB (2016)

O crescimento prematuro da raiz proporciona maior

resistência e maior quantidade de ‘canais’ de abastecimento de

alimentos. Além do que, contribui com o meio ambiente, pois

reutiliza o adubo produzido pela área, evitando o desperdício

e acúmulo.

A deficiência de zinco é a mais comum para o

desenvolvimento das gramíneas, e mais evidente em solos de

cerrado. Alguns trabalhos apresentam aproximação de

interpretação deste micronutriente. Assim, é incluídas classes

de fertilidade para zinco, manganês, ferro e cobre, extraídos

com o extrator Mehlich-1, e para boro, extraído com água

quente.

Os valores encontrados na análise de solo realizada pelo

laboratório da SOLOCRIA Laboratório Agropecuário Ltda

para os nutrientes Ca+Mg, Ca, MG, Al, H+Al, K em

cmolc/dm3 (mE/100 ml) e P(Melich) mg/dm3 (ppm) mais o

micronutriente Zn em mg/dm3 (ppm) considerando dados

complementares para CTC Sat.Bases Sat.Al Ca/Mg Ca/CTC

Mg/CTC K/CTC H+Al/CTC e Mat.Org. Carbono g/dm3,

justificam o uso do fertilizante orgânofosforado no plantio

plantio da forrageira do gênero Brachiaria, família Poaceae,

reino Plantae e domínio Eukaryota.

Para a avaliação do Potencial hdrogênionico no solo (pH),

considerou características de acidez ativa ( pH ) mais alumínio

trocável, observando a saturação por alumínio e por bases, a

acidez potencial e o teor de matéria orgânica, que estão

relacionadas entre si. Observa também para a acidez do solo a

disponibilidade do cálcio e magnésio, manganês, ferro, cobre

e zinco descritas nas Tabelas 2, 3 e 8.

ha

sementedeKg

CulturalValor

espéciedaCulturalValordePontoshasementedeKg

11

11

550/

(2)

(1)

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Tabela 2: Classes de interpretação para a acidez ativa do solo

Classificação química

Acidez

muito

elevada

Acidez

elevada

Acidez

média

Acidez

Fraca

Neutra Alcalinidade

fraca

Alcalinidade

elevada

> 4,5 4,5 - 5,0 5,1 - 6,0 6,1 - 6,9 7,0 7,1 - 7,8 >7,8

Classificação agronômica

Muito baixo Baixo Bom Alto Muito alto

< 4,5 4,5 - 5,4 5,5 - 6,0 6,1 - 7,0 > 7,0

Fonte: ALVAREZ V.et al.(1999).pH em H2O,relação 1:2,5,Terra Fina Seca ao Ar (TFSA):H2O.

Tabela 3: Classes de interpretação de fertilidade do solo para. a matéria orgânica e para o complexo de troca catiônica

Característica

Unidade 1

Classificação

Muito

baixo

Baixo Médio 2 Bom Muito

Bom

Carbono orgânico

(C.O.) 2

dag/kg <0,41 0,41 - 1,16 1,17 - 2,32 2,33 - 4,06 > 4,06

Matéria orgânica (M.O.) 3 dag/kg <0,71 0,71 - 2,00 2,01 - 4,00 4,01 - 7,00 > 7,00

Cálcio trocável (Ca2+) 4 cmolc/dm3 <0,41 0,41 -1,20 1,21 - 2,40 2,41 - 4,00 > 4,00

Magnésio trocável

(Mg2+)4

cmolc/dm3 <0,16 0,16 - 0,45 0,46 - 0,90 0,91 - 1,50 > 1,50

Acidez trocável (Al3+) 4 cmolc/dm3 <0,21 0,21 - 0,50 0,51 - 1,00 1,01 - 2,0011 > 2,00 11

Soma de bases (SB) 5 cmolc/dm3 <0,61 0,61 - 1,80 1,81 - 3,60 3,61 - 6,00 > 6,00

Ac. Potencial

(H + Al) 6

cmolc/dm3 <1,01 1,01 - 2,50 2,51 - 5,00 5,01 - 9,0011 > 9,00 11

CTC efetiva (t) 7 cmolc/dm3 <0,81 0,81 - 2,30 2,31 - 4,60 4,61 - 8,00 > 8,00

CTC pH 7 (T) 8 cmolc/dm3 <1,61 1,61 - 4,30 4,31 - 8,60 8,61 - 15,00 > 15,00

Saturação por Al3+(m) 9 % <15,1 15,1 - 30,0 30,1 - 50,0 50,1 - 75,011 > 75,0 11

Saturação por bases (V) 10 % <20,1 20,1 - 40,0 40,1 - 60,0 60,1 - 80,0 > 80,0

Fonte: ALVAREZ V. et al. (1999)

Para interpretação desta tabela, é importante subentender que:

1- dag/kg = % (m/m); cmol c /dm3;

2- O limite superior desta classe indica o nível crítico.;

3- Método Walkley & Black; M.O. = 1,724 x C.O.;

4- Método KCl 1 mol/L;

5- SB = Ca 2+ + Mg 2+ + K + + Na + ;

6- H + Al, Método Ca(OAc) 2 0,5 mol/L, pH 7;

7- t = SB + Al 3+ ;

8- T = SB + (H + Al);

9- m = 100 Al 3+/t;

10- V = 100 SB/T;

11- A interpretação dessas características nessas classes deve ser alta e muito alta em lugar de bom e muito bom.

Tabela 4: Classes de interpretação da disponibilidade para o fósforo, de acordo com o teor de argila do solo ou do valor de fósforo remanescente (P-rem) e para

o potássio

Característica Classificação

Muito baixo Baixo Médio Bom Muito bom

(mg/dm3)1

Argila (%) Fósforo disponível (P)2

60 - 100 <2,7 2,8 - 5,4 5,5 - 8,03 8,1 - 12,0 > 12,0

35 - 60 <4,1 4,1 - 8,0 8,1 - 12,0 12,1 - 18,0 > 18,0

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15 - 35 <6,7 6,7 - 12,0 12,1 - 20,0 20,1 - 30,0 > 30,0

0 - 15 <10,1 10,1 - 20,0 20,1 - 30,0 30,1 - 45,0 > 45,0

P-rem4 (mg/L)

0 - 4 <3,1 3,1 - 4,3 4,4 - 6,03 6,1 - 9,0 > 9,0

4 - 10 <4,1 4,1 - 6,0 6,1 - 8,3 8,4 - 12,5 > 12,5

10 - 19 <6,1 6,1 - 8,3 8,4 - 11,4 11,5 - 17,5 > 17,5

19 - 30 <8,1 8,1 - 11,4 11,5 - 15,8 15,9 - 24,0 > 24,0

30 - 44 <11,1 11,1 - 15,8 15,9 - 21,8 21,9 - 33,0 > 33,0

44 - 60 <15,1 15,1 - 21,8 21,9 - 30,0 30,1 - 45,0 > 45,0

Potássio disponível (K)2

<16 16 - 40 41 - 70 71 - 120 > 120

Fonte: ALVAREZ V. et al. (1999).

Para interpretação desta tabela, é importante subentender que:

1- mg/dm 3 = ppm (m/v);

2- Método Mehlich-1;

3- Nesta classe apresentam-se os níveis críticos de acordo com o teor de argila ou com o valor do fósforo remanescente. O

limite superior desta classe indica o nível crítico. P-rem = Fósforo remanescente. Não serão consideradas faixas de

disponibilidade do fósforo obtido pela Resina, pois não houve análise por esse método.

Tabela 5: Classes de interpretação da disponibilidade para o enxofre 1 , de acordo com o valor de fósforo remanescente (P-rem)

P-rem Classificação

Muito baixo Baixo Médio2 Bom Muito bom

mg/L (mg/dm3)3

Enxofre disponível (S)

0 - 4 <1,8 1,8 - 2,5 2,6 - 3,6 3,7 - 5,4 > 5,4

4 - 10 < 2,5 2,5 - 3,6 3,7 - 5,0 5,1 - 7,5 > 7,5

10 - 19 <3,4 3,4 - 5,0 5,1 - 6,9 7,0 - 10,3 > 10,3

19 - 30 <4,7 4,7 - 6,9 7,0 - 9,4 9,5 - 14,2 > 14,2

30 - 44 <6,5 6,5 - 9,4 9,5 - 13,0 13,1 - 19,6 > 19,6

44 - 60 8,9 9,0 - 13,0 13,1 - 18,0 18,1 - 27,0 > 27,0

Fonte: ALVAREZ V. et al. (1999).

Para interpretação desta tabela, é importante subentender que:

1- Extrator Ca(H2PO4)2, 500 mg/L de P, em HOAc 2 mol/L.

2- Esta classe indica os níveis críticos de acordo com o valor de P-rem.

3- mg/dm 3 = ppm (m/v).

Tabela 6: Classes de interpretação da disponibilidade para os micronutrientes

Micronutrientes Classificação

Muito baixo Baixo Médio1 Bom Muito bom

mg/L (mg/dm3)2

Zn disponível (Zn) 3 <0,5 0,5 - 0,9 1,0 - 1,5 1,6 - 2,2 > 2,2

Mn disponível (Mn) 3 <3,0 3 - 5 6 - 8 9 - 12 > 12

Fe disponível (Fe) 3 <9,0 9 - 18 19 - 30 31 - 45 > 45

Cu disponível (Cu) 3 <0,4 0,4 - 0,7 0,8 - 1,2 1,3 - 1,8 > 1,8

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B disponível (B) 4 <0,16 0,16 - 0,35 0,36 -0,6 0,61 - 0,9 > 0,90

Fonte: ALVAREZ V. et al. (1999).

Para interpretação desta tabela, é importante subentender que:

1- O limite superior desta classe indica o nível crítico.

2- mg/dm 3 = ppm (m/v).

3- Método Mehlich-1.

4- Método água quente.

Tabela 7: Interpretação das classes de teores de P no solo indicadas para gramíneas

Classe textural do solo1 Extrator de fósforo Classes de teor de fósforo no solo

Baixo Médio Alto

ppm

Argilosa (36 a 60%) Mehlich-1 < 6 6 a 10 > 10

Média (15 a 35%) Mehlich-1 < 11 11 a 20 > 20

Arenosa (< 15%) Mehlich-1 < 21 21 a 30 > 30

Resina < 16 16 a 40 > 40

Fonte: COELHO & FRANÇA (1995).

Para interpretação desta tabela, é importante subentender que: 1 Porcentagem de argila.

Tabela 8. Exemplos de efeitos interiônicos

Íon Segundo Íon Presente Efeito do Segundo sobre o Primeiro

Cu Ca Antagonismo

Mg, Ca K Inibição competitiva

H2PO4 Al Inibição competitiva

K, Ca, Mg Al Inibição não competitiva

H2BO3 NO3, NH4 Inibição competitiva

K Ca (alta concentração) Inibição competitiva

SO4 SO4 Inibição competitiva

SO4 Cl Inibição competitiva

MoO4 SO4 Inibição competitiva

Zn Mg Inibição competitiva

Zn H2BO3 Inibição competitiva

Fe Mn Inibição competitiva

Zn H2PO4 Inibição não competitiva

K Ca (baixa concentração) Sinergismo

MoO4 H2PO4 Sinergismo

Cu MoO4 Inibição não competitiva

Fonte: (MALAVOLTA, et al. 1997).

CORRÊA & HAAG (1993), citam vários estudos

conduzidos no sentido de determinar as exigências de P de

forrageiras que procuraram relacionar características dos solos

como teor de argila, com os níveis críticos de P para as plantas

forrageiras. Os resultados não têm sido satisfatórios,

dificultando a extrapolação dos resultados para outros tipos de

solos e, aliado a esse fato, a maioria dos estudos dessa

natureza foi realizado em casa de vegetação que segundo

COPE & EVANS (1985), tem limitado valor como base para

se fazer recomendação de fertilizantes. A extrapolação de

dados de produção obtidos em casa de vegetação é arriscada,

por causa das diferenças no grau de exploração das raízes das

plantas confinadas no vaso e da cultura no campo. Os níveis

dos nutrientes nos quais as plantas respondem, podem ser

muito mais elevados em casa de vegetação do que em

experimentos a campo [34, 35].

As raízes das plantas são capazes de absorver fosfato de

soluções com concentrações muito baixas desse ânion [36].

Geralmente o conteúdo de fosfato nas células das raízes e na

seiva do xilema é cerca de 100 a 1000 vezes maior que o da

solução do solo. Isso mostra que o fosfato é absorvido pelas

células da planta, contra um gradiente de concentração muito

grande e, portanto, a absorção é ativa. A absorção de fosfato é

considerada como sendo feita por intermédio de

H+cotransportador [37].

Em observância a análise de solo pode-se realizar

comparativos com as tabelas supracitadas (Tabelas 2 a 8).

Onde os valores dos elementos: Ca se apresenta em doses 3,3

cmolc/dm3 com diagnóstico adequado, Mg 0,5 cmolc/dm3

com diagnóstico baixo, K 0,12 em mg/dm3 com diagnóstico

baixo, Matéria Orgânica 80% alta, Zn 1,7 em mg/dm3 alto,

pH CaCl2 6,4 muito alto e argila 80% muito argilosa.

CTC é a capacidade de troca de cátions que

o solo possui. Solos tropicais têm menor capacidade de

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realizar essa troca em comparação a solos temperados, a

decomposição da matéria orgânica é mais rápida e a absorção

de água pelas plantas é maior nos com menor CTC. A

participação dos nutrientes analisados no solo de interesse

oferecendo a CTC pH 7,0 será: Ca 80%, H + Al 20,83%, K

0,01 e Mg 10,42%. E a participação efetiva será: Ca 86,84%,

Mg 13,86% e K 0,01%.

Observando o alto teor de matéria orgânica contida no solo

e a porcentagem de fósforo, se aceita a adubação mais

indicada para a cultura das gramíneas para esse solo sendo a

adubação organofosfatada, pois em toda atividade

decompositora há uma produção de CO2 contribuindo para o

enriquecimento do solo nesse composto. Nessas condições, as

seguintes reações são possíveis:

C6H12O6 + 6O2 ———— 6CO2 + 6H2O

Isto é, a glicose resultante do metabolismo dos seres

decompositores combina-se ao oxigênio, na respiração

aeróbia, formando gás carbônico e água. Esse gás carbônico

combina-se ao fosfato tricálcico, insolúvel, formando fosfato

dicálcico, através da reação:

Ca3(PO4)2 +CO2 + H2O— Ca2 (HPO4)2 + CaCO3

Finalmente, o fosfato dicálcico, em presença de excesso de

CO2 reage com este, formando o fosfato bicálcico, solúvel,

através da reação:

Ca2(HPO4)2+ CO2 + H2O ——— Ca (H2PO4)2+ CaCO3

Essas reações não se dão em condições normais de

laboratório, a não ser sob temperatura e pressão muito

elevadas. Em presença dos microrganismos elas se realizam

com facilidade, fazendo uso, provavelmente, da energia que

obtêm com a metabolização da matéria orgânica. Neste caso, a

solubilização dos fosfatos se dá independentemente da

demanda específica de fósforo dos microrganismos

envolvidos e passa a ser proporcional às quantidades de rocha

fosfática existentes bem como, naturalmente, das

disponibilidades de matéria orgânica a ser degradada, como

fonte de carbono e de energia.

Em relação aos gastos ocorridos, registrou-se que em todo

o processo de recuperação da área estes foram de 4593,25

(quatro mil quinhentos e noventa e três reais e vinte e cinco

centavos) referentes aos produtos Ciclofértil, BioAtivo e as

sementes de brachiária, conforme apresentado na Tabela 9.

Tabela 9: Orçamento total

Produto R$ / kg e ton ton / ha Área (ha) Kg e ton / ha Total (R$)

Ciclofértil 115,00 ton 10 ton / ha 2,5 25 ton / ha 2.875,00

BioAtivo 482,00 ton 1,2 ton / ha 2,5 3 ton / ha 1.446,00

brachiária 9,90 kg 11 kg / ha 2,5 27,5 kg 272,25

TOTAL 4.593,25

Fonte: Descrição da embalagem do orgânofosforado

Foi registrada baixa manutenção em relação a replantio e

não foram necessárias novas fertilizações na área recuperada.

Os resultados foram avaliados, por três vezes: imediatamente

após a execução dos serviços, em seis e doze meses.

Na avaliação realizada logo após a realização do trabalho

sobre a qualidade e segurança do serviço executado, não

foram constatados pontos de fragilidade que pudesse

ocasionar novos focos erosivos, apresentando aspecto visual

agradável, cuja avaliação dos moradores locais foi de que

jamais houve intervenção do homem neste local.

Na avaliação realizada com seis meses após a adubação e

plantio, o Especialista em Ciências Biológica, Química e Meio

Ambiente, da prefeitura Municipal de Anápolis constatou o

completo estabelecimento da vegetação, pois já havia coberto

toda área, como apresentado na Figura 10.

Figura 10: Área recuperada da voçoroca.

Nesta avaliação já haviam ocorrido várias chuvas fortes, e

percorrendo toda a área não se encontrou nenhum foco erosivo

e nem mesmo carreamento de sedimentos mostrando assim a

eficiência das técnicas utilizadas.

5. Conclusion

Esta pesquisa teve como objetivo apresentar as práticas

utilizadas na recuperação do solo degradado pela erosão no

residencial Geovane Braga em Anápolis no Estado de Goiás,

por meio de técnicas de revegetação com adubação e plantio

de forrageira braquiária para melhorar a cama da vegetal e

estrutura microbiológica e química do solo.

O Instituto de Fosfato Biológico (IFB) possui os

fertilizantes orgânofosforados e compostos que recuperam as

características físicas, química e microbiológica do solo

fornecendo matérias orgânicas e nutrientes, recuperando a

fertilidade e favorecendo implantação da cobertura vegetal.

Conclui-se que a aplicação dos processos e tecnologias de

recuperação de áreas degradadas proporciona ganhos

socioambientais, como: Minimização e/ou erradicação do

risco de acidentes por deslizamentos de encosta com a

população menos abastada que invade essas áreas,

reaproveitamento de área, manutenção da fauna e flora nativa,

(3)

(4)

(5)

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manutenção da qualidade dos corpos hídricos.

Ressalte-se ainda, o ganho na qualidade de vida e a

consequente elevação da região no ranking de qualidade

ambiental, haja vista que áreas verdes, áreas de preservação e

menores índices de degradação são indicadores positivos que

elevam, de um modo geral, a qualidade de vida e saúde

ambiental de uma região.

As técnicas utilizadas e os resultados mostraram-se

surpreendentes, não apresentando nenhum foco erosivo, além

disso, o impacto visual do local foi sensivelmente melhorado.

Os custos de execução foram menores que as técnicas

tradicionais, ou seja, concluiu-se que as técnicas utilizadas

foram adequadas, eficientes e econômicas.

Os resultados agradaram a população vizinha à erosão

melhorando o visual não apresentando que houve intervenção

do homem naquele local. Com o uso das técnicas de

bioengenharia não há grandes movimentações de terra,

utiliza-se produtos biodegradáveis ocorrendo mais infiltração

de água, o solo fica totalmente protegido e oferece condições

a natureza de recomposição da vegetação original num

período de tempo mais curto.

Para continuidade desta pesquisa sugere-se a realização de

estudos semelhantes em outras regiões com erosões.

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