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ANNO XIV Subscreve-se no escriptorio dai iypographialMPAncui,, Kua d; Iraporura n. 21, para a capitai a /SA rs, por anno. e 6fl rs.por se- moitre. o para fora a 15J ra.por anne. A assignatura pôde começar em dcialquer dia do anno, mas acaba lempre ora fim do Junho eüezem- nrs. PAGAMENTO ADIANTADO QUARTA-FEIRA 17 DE ABRIL DE 1867 K. 3267 CORREIO Publicações. Antiuncios 100 r$. par linha Publicações Htterariá. 50 ri. » Ditas particulares ICO r». > Noticias diversas 500 ri; » Folha avulsa custa 'ÀQO rt. As (5Òrresponáfinciaí<e comam nlaarini >e.8o dirigida s_q <"'ta ficlada a* escriUM-l* ,ts tda« lio. Mxtctox ha rttaqõo c proprietário 5o eBtabeiectmtttto—OMftQQm 111» M WM Dl^Wilí^CaUabortòorM hmxBos flftHllQ PADUSTANO S. Paulo, 4-S <lc Abril de f 8tt? Ha mais ou menos dez dias que a popu- lação d'esta capital tem-se conservado em sobresalto, e constantemente agitada, como se graves acontecimentos ou os primeiros symptomas de uma séria tempestade social estivessem á vista. Como é muito natural, a noticia deste estado de cousas, que na capital não passa de mera estupefacção e susto, deve ter e tem echoado no interior da provincia e na corte com proporções exageradas e phantasticas de uma agitação popular—definida, orga- nisada, séria e conseqüente. temos visto cartas particulares do inte- rior da provincia n'esse sentido ; notando- se mais ou menos a mesma idéa do que a respeito dizem jornaes da corte, incontesta- velmente mal informados ou informados por pessoa parcialmente interessada na exposi- ção incompleta dos fados. Sendo isto assim, é dever nosso referir o que ha, e somente o que ha, para que pos- sam todos julgar por si mesmos dos factos oceorridos e da nenhuma importância que merecem pelo lado por que tem sido vistos. As origens directas de taes factos foram, de um lado, uma reacção sem consequen- cia, pela rapidez com que esfriou, de ai- guns membros do corpo acadêmico contra a redacção do Cabrião, jornal semanário de caricaturas, publicado nesta capital; de ou- tro lado, e fado mais grave, a luta entre um grupo de acadêmicos e outro de portu- guezes, a principio luta de vozerias, vaias, pateadas, e finalmente luta de cacete, bra- ço á braço, de que resultou alguns ferimen- (os, embora sem gravidade. Denominamos essas duas oceurrencias— origens directas—do que tem havido, por- que ha uma outra origem ou fonte, que embora indirecta, é entretanto mais impor- tante. Estaroutra origem é o procedimento da policia. De feito, quem pôz a população em alar- ma; quem deu incremento e caracter odioso aos acontecimentos; quem fez acreditará muita gente, que na capital estava iminen- te o incêndio de ódios nacionaes entre por- tuguezes e brasileiros foi o próprio sr. dr. chefe de policia: pela incúria com que dei- xou que grupos de particulares tomassem por suas próprias mãos o desforço de offen- sas que á tudo poderiam dar azo, menos á manifestações publicas com o inteiro carac- FOLHETIM O PALÁCIO DE NIORRES 0oi ó. L/a>pen2ií TERCEIRA PARTE A RUA DO CHAPE (Continuação do n. 3,266) VI-A hora Aquella arvore era effectivamente a que servira na véspera a Maliurec para entrar no jardim e depois para sahir. 0 marquez e o visconde redobraram de attençâo. —Effectivamente, disse o primeiro ao ouvido de U. de Renuevilie, parece-me ouvir o murmúrio de pala- \ras pronunciadas em voz baixa. —Espera-me aqui. Disse o visconde. E esgueirando-se ao longo do muro dirigiu-se para aquelle lado, oceulto na sombra. Por sua parte o marquez internou-se no aposento em que tinha entrado, e que não distava muito das cosi- nhas do palácio, abriu uma porta interna e peneirou em outro aposento mais espaçoso ainda que o primeiro. Esta aposento dava para a rua do Chaume. As ja- ml Ias que tinha para aquelle lado, conforme o uso, eram guarnecidas de grades de ferro, e, talvez porcau- sa do calor, as portas de taes janellas eram conservadas abertas. O marquez dirigiu-se com precaução para ama d'el- Ias e mettendo cautelosamente a cabeça pelas grades' I poz-se d espreitar o que havia na roa.' ter de perturbações e desacatos átranquilli- dade e ao respeito social: pela revoltante parcialidade com que não consentio mas até fomentou as desavenças e distúrbios oc- corridos no theatro á propósito de applausos e pateadas desencontradas que foram diri- gidas á certos adores da companhia drama- tica: e ainda pelo espirito arbitrário e rai- voso que tem manifestado no acto de reali- sar averiguações policiaes, sem lembrar-se que suas paixões individuaes como filho de uma provincia do norte nenhum cabimento podiam ter em S. Paulo, onde ha muito es- ses sentimentos desappareceram de todos os espirites, conservando-se apenas na mémo- ria da geração actual como uma lembrança histórica de outras eras. Mo vale a pena citar peripécias deter- minadas, menos ainda nomes próprios. Se descêssemos á esse trabalho ver-nos- hiamos obrigados a reproduzir aqui muitos factos que correm pela capital, de boca em boca, servindo paracaraderisar tudo quanto alludimos acima sobre o modo de proceder do sr. dr. chefe de policia. O que dizemos, sobre ser a verdade, pois que tem como prova a affirmação da maio- ria dos habitantes da capital, é, sem o me- nor commentario, a indicação evidente da idéa que acima deixamos posta, quando af- firmamos—que o sr. dr. chefe de policia foi e é a causa principal dos encommodos, sustos etropelias que ultimamente aííligem os habitantes da capital, e ao mesmo tem- popreoecupam os espirites no interior da provincia e na corte. A' todos esses declaramos, sem o menor receio de errar, que a capital de S. Paulo está perfeitamente tranquilla. O que ha nella com algum caracter anor- mal e com seus laivos de revoluecionario e sinistro é pura e simplesmente creado pelos terrores tardios e intempestivos da alta po- licia: patrulhas, tomada de bengalas e ca- cetes á todos os transeuntes, prisões extern- poraneas e sem motivo à cada passo, ordem ás guardas dos principaes postos da guarni- ção para conservarem as armas embaladas, prohibição de espectaculos no theatro, e uma série de factos miúdos que o sr. dr. chefe de policia denomina—policia preven- tiva, especial, urgente, expressamente dic- tada pelo famoso principio—salus popidisu- prema lex est. Yê-se de tudo isto, que o caracter ordei- ro e sensato dos paulistas não deixou nas emergências actuaes de ser o que sempre foi. A poeira erguida pela incúria e pelo de- satino mal entendido não os cegou. Elles continuam a sua maneira calma erefiedida de Yere julgar todas as oceurrencias, sepa- rando com lúcida intuição o bom do máu, o prudente do precipitado, e o que é sim- pies phantasmagoria do que é a verdade mia, severa e positiva. Honra ao espirito justo e recto dos pau- listas.. A' sua firmeza de caracter, á franca ma- nifestação de seu modo de pensar á respei- to dos últimos desatinos da policia, deve-se em grande parte o resfriamento e retraiu- mento d'esta no caminho de arbilrios e violências que parecia disposta a pôr em pratica no drama que expôz aos olhos de todos, e que, felizmente, parece destinado a ficar nos primeiros actos, pois que a policia comprehende que não tem espectadores e muito menosapplaudidores paraosultimos. O que acima dizemos não tem outra fon- te além da verdade. Nosso trabalho de hoje consistio unicamente em resumir em cur- tas linhas o que unanime e francamente re- pete a opinião publica, representada pe- ía maioria da população séria e cordata des- ta capital. Nada mais fazemos senão trazer á im- prensa o juizo de reprovação publica for- mulado pelos habitantes sensatos da capital, isto é pela máxima parte da população a respeito do sr. dr. chefe de policia e de°seus últimos actos, que, em todo caso, ficam sendo uma pagina interessante da historia paulistana. Paixão—Arcipreste Joaquim Anselmo'de Oliveira. Soledade—Dr.cura Marcellino Ferreira Bueno. Ressurreição—Dr.conegoJoão Jacynlho Gonçalves de Andrade. Tentativa de morte—Lú se no «Pindamo- nhangaben.se» de 7 do correnlo : « Foi cruelmente espancado na madrugada de 29 do passado, no baiiro do Moura, districto de S.Bento do Sapucahy-mirim, Antônio Di is Moreira, pelo seu pro- prio cunhado Benediuto Xavier. 0 delinqüente, apezar dos exforços empregados pelo inspector Amaro Leite de Oliveira, evadiu-se, ficando Antônio Dias era estado tal, que talvez tenha suecum- bido por falta de facultativo. Quanto ao auto de corpo de delido, con3ta-nos que até agora, ainda a autoridade nào procedeu, e cremos ficar impune mais um perturbador da ordem publica. Marcha de forças-IIontem seguiu pela estra- de de ferro para Sanios cora destino d corte, um con- tingenle composto De voluntários da pátria1 Designados21 Recrutasjg Total41 Foi commandada a escolta pelo snr.capitão Pimenta. Correio—Hoje às 5 horas da tarde fecha-se a ma- Ia do correio da marinha. Benção papal—No domingo da Ressurreição, depois da missa pontificai, s.ex.rvdma.dará em nome doSS.P.Plo íx a BançSo Papal. Foro—Principia hoje o feriado da Semana Santa, devendo terminar em 1. ° de maio, inclusive. Transcripçào— Sob esse titulo damos hoje um curioso artigo edictorial do «Diário do Rio», relativo d interessante questão da emigração americana para o Brasil. Era razão da Importância de tal assumpto chamamoi sobre esse escripto a attençâo publica. Sermões—Os da «emana santa consta-nos que serio pregados pelos reverendos senhores: Manda'to—Dr.chantre Ildefonso Xavier Ferreira. Algum tempo depois o marquez retirou a cabeça su- bitamente. Percebera na rua do Chaume, na altura da arvore em que na véspera estivera Mahurec. dous homens que procuravam subir ao muro do jardim do palácio. Voltando pelo caminho que seguira até ali, ornar- quez ganhou de novo e rapidamente a janella que dava para o jardim, epela qual havia entrado. O visconde apparecia n'esse mesmo instante de outro lado da janella. —Ha um homem trepado na arvore, disse o vis- conde. —E ha dous outros na rua que tratam de escalar o muro do jardim. Accrescentou o marquez. —Mas, que significará, tudo isto? —Oh I disse o marquez apertando com força as rafios de seu amigo ; sa Deos nos permittisse apanhar os mal- feitores, auetores dos crimes que tem sido praticados contra esta familia I O visconde saltou rapidamente para dentro do apo- sento em que se conservara o marquez. —Escuta I disse; os três homens deíceram da arvo- re. Ouço perfeitamente seus passos nas ruas do jar- dica.. —Prepara tua armai disse o marquez, armando por sua parte uma das pistolas que lhe fora dada por Ma- hurec. O visconde executou a ordem, e ambos os ofliciaes recuaram um pouco para que ficassem bem oceultos na sombra. O murmúrio confuzo de vozes aproximava-se. Mas. embora distinguissem perfeitamente o som das palavras não podiam comprehender-ihes o sentido. Três homens passaram logo depois por nma alameda visinha. A sombra das arvores impedia ao marquez o ao visconde de ver-lhes as feições e reconhecel-os. Entretanto, ao passarem os três desconhecidos por uma estreita clareira, o visconde e o marquez poderão. Garibaldi em movimento—Lô-se no «Dia- rio du Rio»—0 projecto da lei Langrand Pumunan des- pertou emtoda a Itália, aversão contra o jury clerical. As eleições se preparam ; serão calorosamente dispu- lailas; o manifesto dos 72 angaria novas adhesões. A senha acceita por todos os partidos ó esta: acabe-se o feudalismo clerical. GaribalJi partiu para Veneza. Garibaldi é quasi invariavelmente quando apparece na setna política o precursor de uma grande crise. O homem legendário deixou Caprera para correspon- der aos d-.sjjos dos venezianos que o convidavam nübli- camente a assistir as festas do carnaval na cidadeMber- ta. Garibaldi tinha um outro alvo; elle queria limitar- se ao papel de expictador benevolo das loucuras cama- valescas da cidade dos doges, mas suas festas não são estas. Nascido com a lucta. Giribaldi apenas havia cha- gado a Florença espalhava uma prochmaçào eleito- rai para convidar seus amigos a combater com seus vo- tos, as croaturas da rescçào cleiical: « Cidaslàos, á urna I 4 E' preciso assegurar na Itália a liberdade ameaçada e correndo perigo peloclericanisrao e seus complices. «Oi esforços de todos os homens livres devem serdi- rígidos para esle fim supremo. « Na câmara nova, nào devem ter votos os partidários de projectos liberticidas nem os satellitesdasdymnastias derrocadas, todos solidários do império e do papado. « As eleições geraes podem perder ou salvar a naçã-», fazer de vosso paiz uma arena de reacção ou um foco de progresso. « Os clericaes sào subditos e soldados de um poder extraiiho, auetoridade mixta e universal, espiritual e política, que ordena e não se sujeita a discussão, que semea a discórdia e que corrompe. «A esses inimigos obstinados de nossa pátria e da civllisaçao, é preciso tirar os meios de fa/ar mal. « O patriotismo deve ser consagrado ao progresso in- tellectual, moral o material do povo, e vir em auxilio da fortuna publica. « Como a nossa lucta com os clericaes conserva hoje suspenso todo o mundo civilisado, nossa victoria sobre elles sara a revindicação da liberdade de consciência e o tnumpho da rasào sobre os prejuízos. « A urna, pois, cidadãos I á urna todos 1 « Vossos votos dirão ao mundo de que governo so- mos dignos, e se merecemos ser uma nação grande e livre.° « Florençi, 22 de Fevereiro de 1861. J. GAniBALDI.» « Por toda a parte Garibaldi tem sido objecto de ova- Coes, qua nada se assemelham ás pompas ofiiciaos. Em Uolonha o sr. Pelopauti, membro da junta romana an- nunciou aos operários a chegada de Garibaldi nestes termos: « O homem que os séculos futuros lamentarão não ler podido admirar, José Garibaldi, chega a estação de Bo- lonha hoje, ás 3 horas da tarde.» a Chega com effeito Garibaldi, ó acclamado, e suas pnraeirís palavras são as seguintes: « Meus amigos, Roma nos pertence; nosso direito é sagrado, imprescriptivel; procuremos pois attingir ao nu? pelos caminhos legaes; a insurreição deve ser reser. notar que um d'elles trazia chapéo agaloado de ouro, e nas vestes botões que pareciam ser de pedras pre- ciosas. Esta observação encheu de espanto os dous ofliciaes de marinha. Olharamie mutuamente, como para assentarem em alguma resolução. —Devemos seguil-os. Disse afinal o marquez em voz baixa. Immediatamente saltaram ambos para o jardim ; mas, no mesmo instante ouviu-se no interior do pala- cio um grito agudo, violento e afllictivo; e quasi ao mesmo tempo uma grande explosão abalou o edifício Inteiro, ficando parte do jardim illuminado pelas laba- reilas de um incêndio. Ao primeiro grito, seguiram-se outros ainda mais do- lorosos no interior do palácio. A' principio estupefactos, o marquez e o visconde partiram logo depois ás carreiras, porque lhes viera a idéa de que um grande perigo ameaçava a familia. N'esse Ínterim ouviu-se a detonação de dous tiros e gritos violentos do lado da pequena porta do jardim, onde havia ficado Mahurec de vigia. Ainda que tenhamos o desejo de satisfazer a curiosi- dade dos leitores, continuando a seguir os dous ofliciaes de marinha, que haviam corrido para o lado do palácio em que parecia haver-se declarado o incêndio, somos obrigados a deixar a rua do Chaume para dirigirrao- nos á rua BUnche, situada em ura quarteirão distante. No ponlo central d'es«.a rua, não mui distante da rua de Saint Lazare, havia em H85 uma velha habitação que parecia prestas a cahir. Um lado da porta de entrada estava ató estaqueada para não cahir. Parecia uma casa pertencente á classe mais ínfima do povo. A casa estava sempre fechada. Entretanto, quem tivesse descuberto uma entrada mysteriosa que dava communicaçáo aquella morada, penetrasse no interior, enchia-se du espanto á vista da esplendida riqueza de todos os aposentos. Colomnas, pórticos, jardins ricamente aformoseados com esta" tuas, fontes, flores, estufas, etc. Tudo n*aquelle recinto tinha o cunho delicioso e at- traheote dos quadros phantasticos dos contos orientaes lista habitação original não era a única do gênero que havia era Pariz. Havia muitas; e todas tinham a de- nommaçáo genérica e commum de—Folie. Assim co- nnecia-se a Folie-Mericourt, a Folie-Genlis, a Folie- Sam -James, a Folie-Baajon. a Folle-Chartres. cujas construcçoes estão hoje destruídas, mas cujas denomi- naçoas consarvam-se ainda, guardadas pela tradicção. A moda d estas pequenas casas de recreio datava do tempo de Luiz xv. Ditada pelo fausto e pelo luxo escandaloso da época, semelhante moda generalisou se em pouco tempo era grande escala. No fim do reinado de Luiz xv multipli- caram-se tanto estes retiros consagrados ao vicio, que não havia um so fidalgo, solteiro ou casado, moço ou ve ho, que não tivesse o seu ; disputando todos no ca- prirlioso empenho de fazer sobresahir seu esplendor e magnificência. Os architectos, os decoradores, pintores, estatuarios e machinistas, por sua parte, nâo poupavam exforços para dar largis a seu espirito artístico e inventivo, e todos elles empenhavam-se em fazer d'aquellas habita- çoes verdadeiras maravilhas. A Folie para onde conduzimos os nossos leitores no momento em qua deixamos o marquez d'Herbois e o visconde de Rnoneville no jardim do palácio de Niorres era uma das mais recentemente construídas, e das mais afamadas no mundo elegante que freqüentava a corta do rei. quer em Pariz. quar ern Versalhes. Pertencia ao barão da Cadore, um dos mais Íntimos favoritos do duque de Clnrtres, que tinha ali estabele- cido sen quartel geral de prazeres e devassidõ»s em- quanto mandava reconstruir e aformosear a sua Folie situada no parque de Monceau, e conhecida pela deno- minaçào de Folie-Chartres. (Contínua),

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ANNO XIV

Subscreve-se no escriptorio daiiypographialMPAncui,, Kua d;Iraporura n. 21, para a capitai a/SA rs, por anno. e 6fl rs.por se-moitre. o para fora a 15J ra.poranne.

A assignatura pôde começar emdcialquer dia do anno, mas acabalempre ora fim do Junho eüezem-nrs. PAGAMENTO ADIANTADO

QUARTA-FEIRA 17 DE ABRIL DE 1867 K. 3267

CORREIO Publicações.Antiuncios 100 r$. par linha

Publicações Htterariá. 50 ri. »Ditas particulares ICO r». >Noticias diversas 500 ri; »Folha avulsa custa 'ÀQO rt.

As (5Òrresponáfinciaí<e comamnlaarini >e.8o dirigida s_q <"'taficlada a* escriUM-l* ,ts tda«lio.

Mxtctox ha rttaqõo c proprietário 5o eBtabeiectmtttto—OMftQQm 111» M WM Dl^Wilí^CaUabortòorM hmxBos

flftHllQ PADUSTANOS. Paulo, 4-S <lc Abril de f 8tt?

Ha mais ou menos dez dias que a popu-lação d'esta capital tem-se conservado emsobresalto, e constantemente agitada, comose graves acontecimentos ou os primeirossymptomas de uma séria tempestade socialestivessem á vista.

Como é muito natural, a noticia desteestado de cousas, que na capital não passade mera estupefacção e susto, deve ter e temechoado no interior da provincia e na cortecom proporções exageradas e phantasticasde uma agitação popular—definida, orga-nisada, séria e conseqüente.

Já temos visto cartas particulares do inte-rior da provincia n'esse sentido ; notando-se mais ou menos a mesma idéa do que arespeito dizem jornaes da corte, incontesta-velmente mal informados ou informados porpessoa parcialmente interessada na exposi-ção incompleta dos fados.

Sendo isto assim, é dever nosso referir oque ha, e somente o que ha, para que pos-sam todos julgar por si mesmos dos factosoceorridos e da nenhuma importância quemerecem pelo lado por que tem sido vistos.

As origens directas de taes factos foram,de um lado, uma reacção sem consequen-cia, pela rapidez com que esfriou, de ai-guns membros do corpo acadêmico contra aredacção do Cabrião, jornal semanário decaricaturas, publicado nesta capital; de ou-tro lado, e fado mais grave, a luta entreum grupo de acadêmicos e outro de portu-guezes, a principio luta de vozerias, vaias,pateadas, e finalmente luta de cacete, bra-ço á braço, de que resultou alguns ferimen-(os, embora sem gravidade.

Denominamos essas duas oceurrencias—origens directas—do que tem havido, por-que ha uma outra origem ou fonte, queembora indirecta, é entretanto mais impor-tante.

Estaroutra origem é o procedimento dapolicia.

De feito, quem pôz a população em alar-ma; quem deu incremento e caracter odiosoaos acontecimentos; quem fez acreditarámuita gente, que na capital estava iminen-te o incêndio de ódios nacionaes entre por-tuguezes e brasileiros foi o próprio sr. dr.chefe de policia: pela incúria com que dei-xou que grupos de particulares tomassempor suas próprias mãos o desforço de offen-sas que á tudo poderiam dar azo, menos ámanifestações publicas com o inteiro carac-

FOLHETIMO PALÁCIO DE NIORRES

0oi ó. L/a>pen2ií

TERCEIRA PARTEA RUA DO CHAPE

(Continuação do n. 3,266)VI-A hora

Aquella arvore era effectivamente a que servira navéspera a Maliurec para entrar no jardim e depois parasahir.

0 marquez e o visconde redobraram de attençâo.—Effectivamente, disse o primeiro ao ouvido de U.

de Renuevilie, parece-me ouvir o murmúrio de pala-\ras pronunciadas em voz baixa.

—Espera-me aqui. Disse o visconde.E esgueirando-se ao longo do muro dirigiu-se para

aquelle lado, oceulto na sombra.Por sua parte o marquez internou-se no aposento em

que já tinha entrado, e que não distava muito das cosi-nhas do palácio, abriu uma porta interna e peneirouem outro aposento mais espaçoso ainda que o primeiro.

Esta aposento dava para a rua do Chaume. As ja-ml Ias que tinha para aquelle lado, conforme o uso,eram guarnecidas de grades de ferro, e, talvez porcau-sa do calor, as portas de taes janellas eram conservadasabertas.

O marquez dirigiu-se com precaução para ama d'el-Ias e mettendo cautelosamente a cabeça pelas grades' Ipoz-se d espreitar o que havia na roa. '

ter de perturbações e desacatos átranquilli-dade e ao respeito social: pela revoltanteparcialidade com que não só consentio masaté fomentou as desavenças e distúrbios oc-corridos no theatro á propósito de applausose pateadas desencontradas que foram diri-gidas á certos adores da companhia drama-tica: e ainda pelo espirito arbitrário e rai-voso que tem manifestado no acto de reali-sar averiguações policiaes, sem lembrar-seque suas paixões individuaes como filho deuma provincia do norte nenhum cabimentopodiam ter em S. Paulo, onde ha muito es-ses sentimentos desappareceram de todos osespirites, conservando-se apenas na mémo-ria da geração actual como uma lembrançahistórica de outras eras.

Mo vale a pena citar peripécias deter-minadas, menos ainda nomes próprios.Se descêssemos á esse trabalho ver-nos-hiamos obrigados a reproduzir aqui muitosfactos que correm pela capital, de boca emboca, servindo paracaraderisar tudo quantoalludimos acima sobre o modo de procederdo sr. dr. chefe de policia.O que dizemos, sobre ser a verdade, poisque tem como prova a affirmação da maio-ria dos habitantes da capital, é, sem o me-nor commentario, a indicação evidente daidéa que acima deixamos posta, quando af-firmamos—que o sr. dr. chefe de policiafoi e é a causa principal dos encommodos,sustos etropelias que ultimamente aííligemos habitantes da capital, e ao mesmo tem-popreoecupam os espirites no interior daprovincia e na corte.

A' todos esses declaramos, sem o menorreceio de errar, que a capital de S. Pauloestá perfeitamente tranquilla.

O que ha nella com algum caracter anor-mal e com seus laivos de revoluecionario esinistro é pura e simplesmente creado pelosterrores tardios e intempestivos da alta po-licia: patrulhas, tomada de bengalas e ca-cetes á todos os transeuntes, prisões extern-poraneas e sem motivo à cada passo, ordemás guardas dos principaes postos da guarni-ção para conservarem as armas embaladas,prohibição de espectaculos no theatro, euma série de factos miúdos que o sr. dr.chefe de policia denomina—policia preven-tiva, especial, urgente, expressamente dic-tada pelo famoso principio—salus popidisu-prema lex est.

Yê-se de tudo isto, que o caracter ordei-ro e sensato dos paulistas não deixou nasemergências actuaes de ser o que semprefoi.

A poeira erguida pela incúria e pelo de-satino mal entendido não os cegou. Elles

continuam a sua maneira calma erefiedidade Yere julgar todas as oceurrencias, sepa-rando com lúcida intuição o bom do máu,o prudente do precipitado, e o que é sim-pies phantasmagoria do que é a verdademia, severa e positiva.

Honra ao espirito justo e recto dos pau-listas..A' sua firmeza de caracter, á franca ma-

nifestação de seu modo de pensar á respei-to dos últimos desatinos da policia, deve-seem grande parte o resfriamento e retraiu-mento d'esta no caminho de arbilrios eviolências que parecia disposta a pôr empratica no drama que expôz aos olhos detodos, e que, felizmente, parece destinado aficar nos primeiros actos, pois que a policiacomprehende que não tem espectadores emuito menosapplaudidores paraosultimos.O que acima dizemos não tem outra fon-te além da verdade. Nosso trabalho de hojeconsistio unicamente em resumir em cur-tas linhas o que unanime e francamente re-pete a opinião publica, representada pe-ía maioria da população séria e cordata des-ta capital.

Nada mais fazemos senão trazer á im-prensa o juizo de reprovação publica for-mulado pelos habitantes sensatos da capital,isto é pela máxima parte da população arespeito do sr. dr. chefe de policia e de°seusúltimos actos, que, em todo caso, ficamsendo uma pagina interessante da historiapaulistana.

Paixão—Arcipreste Joaquim Anselmo'de Oliveira.Soledade—Dr.cura Marcellino Ferreira Bueno.Ressurreição—Dr.conegoJoão Jacynlho Gonçalves deAndrade.

Tentativa de morte—Lú se no «Pindamo-nhangaben.se» de 7 do correnlo :« Foi cruelmente espancado na madrugada de 29 dopassado, no baiiro do Moura, districto de S.Bento doSapucahy-mirim, Antônio Di is Moreira, pelo seu pro-prio cunhado Benediuto Xavier.

0 delinqüente, apezar dos exforços empregados peloinspector Amaro Leite de Oliveira, evadiu-se, ficandoAntônio Dias era estado tal, que talvez tenha suecum-bido por falta de facultativo.Quanto ao auto de corpo de delido, con3ta-nos queaté agora, ainda a autoridade nào procedeu, e cremosficar impune mais um perturbador da ordem publica.

Marcha de forças-IIontem seguiu pela estra-de de ferro para Sanios cora destino d corte, um con-tingenle composto

De voluntários da pátria 1Designados 21Recrutas jg

Total 41Foi commandada a escolta pelo snr.capitão Pimenta.

Correio—Hoje às 5 horas da tarde fecha-se a ma-Ia do correio da marinha.

Benção papal—No domingo da Ressurreição,depois da missa pontificai, s.ex.rvdma.dará em nomedoSS.P.Plo íx a BançSo Papal.

Foro—Principia hoje o feriado da Semana Santa,devendo terminar em 1. ° de maio, inclusive.

Transcripçào— Sob esse titulo damos hoje umcurioso artigo edictorial do «Diário do Rio», relativo dinteressante questão da emigração americana para oBrasil.

Era razão da Importância de tal assumpto chamamoisobre esse escripto a attençâo publica.

Sermões—Os da «emana santa consta-nos queserio pregados pelos reverendos senhores:Manda'to—Dr.chantre Ildefonso Xavier Ferreira.

Algum tempo depois o marquez retirou a cabeça su-bitamente.Percebera na rua do Chaume, na altura da arvore em

que na véspera estivera Mahurec. dous homens queprocuravam subir ao muro do jardim do palácio.Voltando pelo caminho que seguira até ali, ornar-quez ganhou de novo e rapidamente a janella que davapara o jardim, epela qual havia entrado.

O visconde apparecia n'esse mesmo instante de outrolado da janella.

—Ha um homem trepado na arvore, disse o vis-conde.—E ha dous outros na rua que tratam de escalar omuro do jardim. Accrescentou o marquez.—Mas, que significará, tudo isto?—Oh I disse o marquez apertando com força as rafiosde seu amigo ; sa Deos nos permittisse apanhar os mal-feitores, auetores dos crimes que tem sido praticadoscontra esta familia IO visconde saltou rapidamente para dentro do apo-

sento em que se conservara o marquez.—Escuta I disse; os três homens deíceram da arvo-

re. Ouço perfeitamente seus passos nas ruas do jar-dica..—Prepara tua armai disse o marquez, armando porsua parte uma das pistolas que lhe fora dada por Ma-hurec.O visconde executou a ordem, e ambos os ofliciaes

recuaram um pouco para que ficassem bem oceultos nasombra.

O murmúrio confuzo de vozes aproximava-se. Mas.embora distinguissem perfeitamente o som das palavrasnão podiam comprehender-ihes o sentido.

Três homens passaram logo depois por nma alamedavisinha. A sombra das arvores impedia ao marquez oao visconde de ver-lhes as feições e reconhecel-os.

Entretanto, ao passarem os três desconhecidos poruma estreita clareira, o visconde e o marquez poderão.

Garibaldi em movimento—Lô-se no «Dia-rio du Rio»—0 projecto da lei Langrand Pumunan des-pertou emtoda a Itália, aversão contra o jury clerical.As eleições se preparam ; serão calorosamente dispu-lailas; o manifesto dos 72 angaria novas adhesões. Asenha acceita por todos os partidos ó esta: acabe-se ofeudalismo clerical.

GaribalJi partiu para Veneza.Garibaldi é quasi invariavelmente quando apparecena setna política o precursor de uma grande crise.O homem legendário deixou Caprera para correspon-der aos d-.sjjos dos venezianos que o convidavam nübli-camente a assistir as festas do carnaval na cidadeMber-ta. Garibaldi tinha um outro alvo; elle queria limitar-se ao papel de expictador benevolo das loucuras cama-valescas da cidade dos doges, mas suas festas não sãoestas. Nascido com a lucta. Giribaldi apenas havia cha-

gado a Florença já espalhava uma prochmaçào eleito-rai para convidar seus amigos a combater com seus vo-tos, as croaturas da rescçào cleiical:« Cidaslàos, á urna I4 E' preciso assegurar na Itália a liberdade ameaçadae correndo perigo peloclericanisrao e seus complices.«Oi esforços de todos os homens livres devem serdi-rígidos para esle fim supremo.« Na câmara nova, nào devem ter votos os partidáriosde projectos liberticidas nem os satellitesdasdymnastiasderrocadas, todos solidários do império e do papado.« As eleições geraes podem perder ou salvar a naçã-»,fazer de vosso paiz uma arena de reacção ou um foco deprogresso.« Os clericaes sào subditos e soldados de um poderextraiiho, auetoridade mixta e universal, espiritual epolítica, que ordena e não se sujeita a discussão, quesemea a discórdia e que corrompe.«A esses inimigos obstinados de nossa pátria e dacivllisaçao, é preciso tirar os meios de fa/ar mal.« O patriotismo deve ser consagrado ao progresso in-tellectual, moral o material do povo, e vir em auxilio dafortuna publica.« Como a nossa lucta com os clericaes conserva hojesuspenso todo o mundo civilisado, nossa victoria sobreelles sara a revindicação da liberdade de consciência eo tnumpho da rasào sobre os prejuízos.« A urna, pois, cidadãos I á urna todos 1« Vossos votos dirão ao mundo de que governo so-mos dignos, e se merecemos ser uma nação grande elivre. °

« Florençi, 22 de Fevereiro de 1861.J. GAniBALDI.»

« Por toda a parte Garibaldi tem sido objecto de ova-Coes, qua nada se assemelham ás pompas ofiiciaos. EmUolonha o sr. Pelopauti, membro da junta romana an-nunciou aos operários a chegada de Garibaldi nestestermos:

« O homem que os séculos futuros lamentarão não lerpodido admirar, José Garibaldi, chega a estação de Bo-lonha hoje, ás 3 horas da tarde.»

a Chega com effeito Garibaldi, ó acclamado, e suaspnraeirís palavras são as seguintes:« Meus amigos, Roma nos pertence; nosso direito ésagrado, imprescriptivel; procuremos pois attingir aonu? pelos caminhos legaes; a insurreição deve ser reser.

notar que um d'elles trazia chapéo agaloado de ouro, enas vestes botões que pareciam ser de pedras pre-ciosas.Esta observação encheu de espanto os dous ofliciaes

de marinha.Olharamie mutuamente, como para assentarem emalguma resolução.—Devemos seguil-os. Disse afinal o marquez em vozbaixa.Immediatamente saltaram ambos para o jardim ;mas, no mesmo instante ouviu-se no interior do pala-cio um grito agudo, violento e afllictivo; e quasi aomesmo tempo uma grande explosão abalou o edifício

Inteiro, ficando parte do jardim illuminado pelas laba-reilas de um incêndio.Ao primeiro grito, seguiram-se outros ainda mais do-lorosos no interior do palácio.A' principio estupefactos, o marquez e o visconde

partiram logo depois ás carreiras, porque lhes viera aidéa de que um grande perigo ameaçava a familia.N'esse Ínterim ouviu-se a detonação de dous tiros e

gritos violentos do lado da pequena porta do jardim,onde havia ficado Mahurec de vigia.Ainda que tenhamos o desejo de satisfazer a curiosi-

dade dos leitores, continuando a seguir os dous ofliciaesde marinha, que haviam corrido para o lado do palácioem que parecia haver-se declarado o incêndio, somosobrigados a deixar a rua do Chaume para dirigirrao-nos á rua BUnche, situada em ura quarteirão distante.

No ponlo central d'es«.a rua, não mui distante da ruade Saint Lazare, havia em H85 uma velha habitaçãoque parecia prestas a cahir.

Um lado da porta de entrada estava ató estaqueadapara não cahir. Parecia uma casa pertencente á classemais ínfima do povo. A casa estava sempre fechada.

Entretanto, quem tivesse descuberto uma entradamysteriosa que dava communicaçáo aquella morada,penetrasse no interior, enchia-se du espanto á vista daesplendida riqueza de todos os aposentos. Colomnas,

pórticos, jardins ricamente aformoseados com esta"tuas, fontes, flores, estufas, etc.Tudo n*aquelle recinto tinha o cunho delicioso e at-traheote dos quadros phantasticos dos contos orientaeslista habitação original não era a única do gênero quehavia era Pariz. Havia muitas; e todas tinham a de-nommaçáo genérica e commum de—Folie. Assim co-nnecia-se a Folie-Mericourt, a Folie-Genlis, a Folie-Sam -James, a Folie-Baajon. a Folle-Chartres. cujasconstrucçoes estão hoje destruídas, mas cujas denomi-naçoas consarvam-se ainda, guardadas pela tradicção.A moda d estas pequenas casas de recreio datava dotempo de Luiz xv.Ditada pelo fausto e pelo luxo escandaloso da época,semelhante moda generalisou se em pouco tempo eragrande escala. No fim do reinado de Luiz xv multipli-caram-se tanto estes retiros consagrados ao vicio, quenão havia um so fidalgo, solteiro ou casado, moço ouve ho, que não tivesse o seu ; disputando todos no ca-prirlioso empenho de fazer sobresahir seu esplendor emagnificência.Os architectos, os decoradores, pintores, estatuariose machinistas, por sua parte, nâo poupavam exforçospara dar largis a seu espirito artístico e inventivo, etodos elles empenhavam-se em fazer d'aquellas habita-

çoes verdadeiras maravilhas.A Folie para onde conduzimos os nossos leitores nomomento em qua deixamos o marquez d'Herbois e ovisconde de Rnoneville no jardim do palácio de Niorresera uma das mais recentemente construídas, e das maisafamadas no mundo elegante que freqüentava a cortado rei. quer em Pariz. quar ern Versalhes.Pertencia ao barão da Cadore, um dos mais Íntimosfavoritos do duque de Clnrtres, que tinha ali estabele-cido sen quartel geral de prazeres e devassidõ»s em-

quanto mandava reconstruir e aformosear a sua Foliesituada no parque de Monceau, e conhecida pela deno-minaçào de Folie-Chartres.(Contínua),

*ri.,>..-...,-.„^:.-;wi'::v

CORREIO PAULISTANO

vada como ultima ratio para os cisos em que outrosmeios sejam improficuo3.»

« Um deleitoso episódio da viagem de Guibaldi a Ve-neza é contido por testemunha ocular. Em oma ele-gante gondola duas senhoras, ricamente vestidas levan-taram-se, e uma dellas disse: «General, ea vos envioum beijo em nome de todas as venezianas.» Garibaldiretribuiu í bella /eneziana o gracioso beijo.

« Depois, de outra gondoU, segunda mulher, gritou:• —General, envio-vosum b<ijo por mini e todas as mu-lheres de Triesta;—» O general retribuiu o beijo a mu-íhar de Triests. Isto é bonito e romântico. Felizmentepara o ministério as mulheres nào votam.

« Por outro lado os patriotas de alera-mõnt>8 se mo-vem para preparar a annexaçáo do Tyrol italiano á pe-ninsula. Uma junta central, dependente da sociedadenacional italiana, acabi de dirigir aos habitantes deTrento uma proclamaçâo, cujo pnncip.il trecho é o se-

guinte:« Nossas demonstrarõis devera ser continu?s porque

continuo é em nós o sentimento nacional; demonstra-çõe3 calmas, porque temos a certeza do bom êxito ;dignas, porque nossa missão é grande... A. nós eslãoconfiadas as chaves da Itália. Com ellas, a Ilalia estáera segurança; sem elles a Itália fica exposta a conti-nuas ameaças.»

INCÊNDIO A BORDO.—Um navio de alto lote da na-çio italiana denominado < Príncipe de Ventiniglia,» cs-pitão Bertoldi. teve fogo a bordo quando navegava nomar das índias. . . y, .

Manifestou-sa o incêndio era conseqüência de falta decuidado da parte da officialidade quando se entertin'iaera "fazer arder sobre uma mesa algumas serpentes dePharaó; suppõe-se que alguns resíduos inllammadoscdhindo sobre uma porção dealcatrão deu lugar aquelledesastre; uma parte da tripulação pôJé salvar-se pormeio de lanchas, a outra foi en^ullda pelas ondas.

Os infelizes náufragos lograram aportar a uma ilha de-serta, onde estiveram durante 15 dias alimentando-se deararas e gaivotas; um medonho temporal cahiu sobre ailha e afugentou aquellãs aves Ceando os desgraçadosnautas sem recursos para proverem á sua sustentação.

Começou então uma lucta desesperada; a fome per-seguia-os e decidiram matar um gordo frade seu companheiio, paranas suas succolentas carnes saciarem a suafome devoraJora. Discutiam o gênero de morte que lhedariam, e a maneira porque o haviam de cosinhar;quando felizmente appareceu um juncochinez, queacos-sado pelos piratas ia recolher-se e fazar aguada aquellaIlha.

Por três dias se demorou o junco, até qu •¦ ao quartotransportou p^ra a China os italianos, que pagaramlàovalioso serviço cantando o coro das bruxa3 dechbet. •

buminado para a photographia. Era toda a Inglaterrao numero de claras de ovos empregadas annualmentenaquella f«bricação é de perto de 1G milhões.

—Nos Estados Unidos ha 3,268 minas de carvão, nasquaes se occupam 30T.542 trabalhadores qua em 1865extrahiram 98,150:58" toneladas de carvão.

—O casamento do rei daBaviera está fixado para odia 15 de Maio, anniversario uatalicio da sua noiva.

—Os jornaes de Pariz annunciam que as jóias da co-rôa ingleza serão expostas no campo de Marta n'um pa-vilhâo qua faz parte do parque reservado.

Esta collecção de pedras preciosas tem um valor demais de 4:300 contos.

—O governo russo puldieou om ikase para que osempregados na Polônia pe tençam á religião grega ortho-doxa.

—OKeick-YorkTimes publica dados estatísticos sobrea ultima guerra nos Estados Unidos, pelos quaes se váque o numero de mortos foi de 280.739 entre offl:iaes esoldados. Destes 5,221 officiaes e90.886 soldados mor-reram no campo da bitalhi ou em conseqüência de fe-ridas; 182.329 succumbiram por doenças ou outros dl-versos accidentes.

os qae sio devorados pela fome. Q.iinhentos mil sereshumanos, consla-nos que eslâo ameaçados no Sul deparecer pela fome.

«Os donativos são recebidos por Mr. James Brown,thesoureiro da commissão. residente Wail slreet n. 61.Mas não é tudo. Formou-se uma commissão de senho-ras prolectoras qae se propõem fazer, em relação aosinfelizes do Sul, o que outr'ora se fez no Norte, por oc-casião da famosa sanily-fair. No numero dessas senho-ras generos?s • delicadas se acha a sra.lnroneza Gaul-drée-Boileau. Concerios, representações serão dados: aelles voltaremos para narrar os pormenores.

• Si ha obra que mereça symp.thia é a de que aca-bamos de nos occupar.e esperamos que o Norte sa mos-trará digno de soa victoria estendendo a mão ao Sul porelle arruinado.»

PEDIDO

__ THMSCRIPQÃOdo Rio de Janeiro)(Da Diário

Aquestãida emigração é uma questão vital parao Brazil. O dever da imprensa é trazer ao terreno dapublicidade todos quantos eltmentos possam sjudar ogoverno nas suai medidas e o paiz nns seus esforços.

As populações do Sul dos Eatados-Uniios olham pa-ra o Brazil como uma nova e melhor pátria. As condições de vida n'»queila parte da União Americana tor-nam-se cada dia mais pesadas. Ellas querem melhorarera mais abençoado lólo, e é o império br»zileiro, terrade liberdade e de riqueza, que lhes parece dar melhore»garantias no presente e no futuro.

O estado de sitio decretado pelo congresso é limples-mente uma aggravaçio do mal, porque antes desse, jáoutro estado de sitio pesava e pesa sobre aquellas in-felizes populações,—a miséria. O artigo que abaixopublicamos instruirá a esse respeito os leitores brazi-leiros.

O conhecimento perfeito do estado daqnelles povosinteressa-nos muito. Façamos todos com que a nossaterra seja a Canaan dos hebrôos da Ameriea.

A MISÉRIA NO SUL

Ma-

ENGANO APROVEITÁVEL.-Hi algum tempo acha-va-se o rei da Prússia caçando a bastante distancia deBerlim, e devia almoçar num pequeno povo proxi-mo. . , ,

A povoaçáo prevenida da vinda do rei esperava-o, eo professor da aldeia, na ausência do cura, leu um dis-curso mui bem escripto e que por tal fôrma agradou aS. Magestade que no momento de se despedir pediu ao

professor o papel onde elle estava escripto. O professorconfundido espantou os olhos, e levou raachinalmenteasmãos á algibeira tirou o papel e entregou-o ao rei. Masímmediatamente conheceu que por equivoco dera umaconta do alfaiate com a importância do fato qua man-dára fazer para aquella recepção, e tratou ímmediata-mente de trocar a conta pelo discurso, porém o rei co-nhecendo o engano, sorrio-se, guardou a conta e disseeu pagarei essa despeza.

Nesse mesmo dia recebia o alfaiate a importância quese lhe devia.

LA TOUR E TAXIS.—Os príncipes da familia LaTour e Taxis parecera ter o fraco mais pronunciado pa-Us mulheres de theatro.

Uma folha francezi couta o seguinte:Uma das actrizes mais populares do theatro de Uri,

em Vienna, acaba de retirar-se da scena em consequen-cia do seu próximo casamento com um príncipe de LaTour e Taxis, o qual tem ura irmão casado com uma ir-mã da imperatriz da Áustria.

Um outro irmão do referido príncipe, que serviu comoajudante no exercito do rei da Baviera, fugiu ha poucosdias com uma celebre actriz de ura dos thealros deMunich, casando-se com >-lla na Suissa.

A NOMEAÇÃO DO REI DAYJD.-Lê-se na Talrie:« Dias antes da revolução de 1818, Lamartine passa-

va o tempo em meditaçõjs que o levavam aos seus maiibellos dias.

« Um fragmento dos Psalmoe do grande Rei David

pareceu-lhe offerecer uma idéa mais particularmentedigna de ser acolhida e paraphraseada em verso, a afimde achar inspirarão em tempo e lugar próprios, escreveuna sua carteira uma única palavra, um nome: David.

«t A revolução de 1848 atirou brmeamente o poeta noturbilhão da política: e o ingrato deixou a harpa liaraoniosa pelo novo idolo.

* Aconteceu com Lamartine o que acontece a todos os

qua sobam ao poder • foi esmagado por petições, arras-Udo por sollicitadores, que em nenhuma época se mos-traram mais numerosos e famintos.

« Para responder a tantos e tão urgentes pedidos, se-ria insulMente a cabeça mais solidamente organisada:Lamartine aos meios mais vulgares; a os nomes dos di-

plomaticos aspirantes; embaixadores, ministros, encar-regados de negócios, secretários, adidos, cônsules e vi-ce-consules, foram escriptos na carteira.

« Chegou o grande dia das nomeações.« O poeta abrio a carteira e cada nome escolhido por

elle foi posto em decreto.«Todas as nomeações foram postas nas mãos dos eleitos,

todas, menos uma, que ficou na secretaria do ministrodos negócios estrangeiros. Ninguém a reclamava.

« Depois de 15 dias de espera recorreu-se ao ministro

para saber onde morava o «cidadão Divid nomeado con-sul de França em Bremen.»

« Lamartine náo pôte lembrar se. Foi á cartel^abriu-a, achou a nota lacônica, e lembrou-se do pro-'iecto de meditação sobre os psalmos do grande Rei.

—Que fizeste ? disse ella rindo ás gargalhadas.«—Seguimos pura e simplesmente as indicações do

cidadão-ministro.«—Mas, desgraçado I fizestes cônsul de França ao Rei

David !«—Que Rei ? balbociou o director.«—Aquelle Rei que dansava á roda da arcai...« No dia seguinte lia se no Monitor;« O cidadão X.foi nomeado cônsul de França, em Bre-

men era substituição do cidadão David, fallecido. »« Fallecido ? De certo que sim,—ha 2819 annos | »

VARIAS NOTICIAS.—Na Rússia está combinado o

«ervico postal com o telegraphico de tal modo que quan-do se Ver remetter um despacho de qualquer ponto on-do se quer...de nào lu estação tel-graphica, env.a-se.pelo cr, reio,atô

o lugar onde se acha a mais próxima etido.

—Uma casa de Londres consome

por dia, ou 600,000 por anno na fabricado de papel ai

Emquanto as paixões políticas fermenlim ainda nocongresso, temos ao menos em Nova-York a consolaçãode ver que a humanidade nunca perde seus direitos, eque os homens mais eminentes d'esla cidade vêem, aci-ma de tudo, nos vencidos de hontem homens e irmãosque soífrera. Sob a direcção dos srs.Bucher, Greehy,Cooper, Jeronymo, etc, etc, formou se uma commis-são para soecorrer os povos do Sul e alliviar quanto se-ja possível a terrível miséria de qua são victimas.

A guerra que o Norte fez ao Sul, por demais está nalembriça de todos, foi uma guerra de vândalos. Quemnão se lembra das medonhas devastações com que Grant,Sherman e Sheridam assignalaram sua passagem? Dir-se-hia que o gemo do mal e da distruição inspirava osexércitos do Norte. Não só se queimaram as provisõesexistsntes, as casas, as fazendas com suas plantações,mas aind* se destruíram os instrumentos aratorios.afimde que não só os confederados loffressem no presente,mas também fossem sacrificados no futuro. Depois deGanserlco e Attilla, nenhum furacão humano havia pro-duzido semelhantes desastres: pelo deserto que substi-tuia férteis e risonhos terrenos reconhecia-se que umcorpo federal por elle havia passado.

Como se não fosse bastante a cólera de seus adversa-rios, o Sul tem supportado mil males depois de finali-s&da a guerra. Os negros, em grande parte sustentadospelos funecionarios federaes,recusavam trabalhar. Mui-tos lavradores, arruinados completamente, não tinhammeios de reedificarsuas habitações nem mesmo de com-pr&r sementes para a próxima cultura. A naturfza,táo implacável quanto os homens, f>-z p^zar sobre amaior parte dos Estados do Sul os effeitos d'uma seccaque anniquillou o pouco cora que se contava. D'ahiproveio uma miséria inaudita, que afíligiu particul- r-mente os Estados do Atlântico, os quaes foram os queficaram mais devastados.

Escutae o que escreveu de Atlante (Geórgia) ura ec-clesiastico d'essa cidade :

«Este Estado e a maior parte dos outros ficaram completamente arruinados pela guerra. As f-izendas fo-ram incendiadas, as represas destruídas, os gados mor-tos, o material anniquillado. Milhares de mulheres e fi-lhos estão sem abrigo; os raros lugares respeitados peloshoirores da guerra estão entulhados.

«Fui eu o primeiro que visitou esta cidade depois dequeimada pelo exercito de Sherman ; para este fim tiveda percorrer vinte cinco milhas. Darante o trajecto nãovi um só animal vivo. Em outra oceasião passei pelamesma estrada : era ainda um deserto. Este assolamen-to sa estende por toda a linha da marcha de Sher-man.

Oi habitantes voltaram quando puderam;fizeram mil esforços para sameire colher, mas debalde.A sô;ca tudo mattoo. Sob a acção de um céu de fogo, aterra tornou-se mais dura do que o ferro. Toda esperança de colheita desappnreceu. Não ha n* Geórgia bas-tantas cereaes para nutrir os habitantes até fins de Mar-ço e ninguém tem dinheiro para os comprar. No con-dado de Chenkee, mil e duzantas pessoas tem necessi-dade de soecorros immedialo», no de Henry oitocentasestão desprovidas de tudo. Nesta cidade dous mil indi-viduos estão sem emprego e sem meios de subsistência.O mesmo acontece nas Carolinas e no Alabama— >

Por outro lado nos escrevem de Columbus:«Não podeis fazer idéa da miséria a que estamos re-

duzidos. Tenho visto senhoras que outr'ora brilharamnoi salões de Charlestoflrn ou de Nova York obrigadas ase alimentarem durante o dia inteiro com um peauenopunhado de milho. Nio f»llo de seus vestidos esfarra-pados e da quasi nudez das crianças. O inverno, ordi-nariamen'e clemente em nossos clima», veio este annotornar seus males mais sensíveis.

«Nos campos ainda ô peior: a penúria, a fome se de-senha em todo3 os semblantes pallidos, magros, cadavericos, descarnados. Se nào formos soecorridos, a fo-me bem depressa teri dizimado uma parte da popula-ção, etc.etc.

«Aos principaes auetores desla horrível calamidadecabe procurar-lhe allivlo, fazendo por esse maio esque-cer até que ponto calcaram os pés, durante a guerra,todas as tais da civil saçío e d» humanidade.

«E' grande e bella a obraemprehendida pela commis-são de que acima falíamos, e a imprensa deve ajudal-aem todas as suas forças.

«Embora tenha feito appello nào só para os cidadãosde Nova York, como também para todos os cidadãos doNorte, todavia a commissão não chegou ainda a recebersenão 22,000 pesos (44:0003000). Esta somma é insig

Até quando ficam presos sem formaçío de culpa osdesvalidos que não tem pae alcaide ?

Viva a alia policia.Viva a autoridade consular.

O JCSTO.

Aos eleitores do primeirodistrietoi

aos meus amigos

Sigo amanhã para o Rio de Jinero afrn de pleitear orr.eu diie.lo a uma cadeira na cimara dos deputados.

Ignoro qual a sorte que ráe está reservada, como con-servali.r, nesse pleito, ante uma grande maioria pro-gress'sta. Seja, porém, qaal fôr, não mudarei a convic-ção de ser um dos legitmios representantes do primeirodisiríetq desta provincia; e, reconhecido ou não deputa-do, darei aos eleitores, que me honraram com seas votosconts detilhada do modo por que fiz valer a confiançaem mim depositada.

Aproveito a oceailão para despedir-me de todos osmeus amigos, não o tendo feito pessoalmente por cusados síT-izerei iuherentei á investigação minuciosa do pro-cesso eleitoral.

Concluindo, devo declarar que ainda nâo me fã pos-sivel obter os documentos requeridos ao presidente daprovincia, apezar de haver desistido dos mais extensos.Levo, porém, a esperança de que serão entregues ao meuprocurador aind j. e n tempo de serem me remettidos pa-Io vapor Paulista.

S. Paulo, 15 de Abril de 186".JoÃo Mendes de Alhkida.

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ÁGUA FLORIDA DE MURRAY E LANMAN-Os gos-tos são tão variáveis relativamente á perfumes como osvinhos. Comtudo todos os gourmetes admiram e apre-ciam a champagne deCliquot; e as senhoras de bomgosto e refinadas percepções, admittem que a fragrancia da—Água di Florida de Hurr^y e Lanman, excedea toda qualquer outra essência floral.

E' o unieo perfume usado na America do Sul, e sebem que pouco ha qae ella foi introduzida n'este mer-cado comtudo encontra igual favor e aceitação por meiodas nossas bellas patrícias. Ella é extrahida de florescolhidas em toda a sua fresquidão, porém desde que avegetação aromatica da Florida, é mais odorifera doque a da Europa, a Água Florida (Ia marca commercialacima mencionada), possne por sem duvida, um aromamais rico e delicado do que qualquer uma outra com-posição Européa.

—r—1ÜT?=rí>S<i3>ÜI» a-

Itinerário do Rio de Janeiro á §. Paulo

nifbante quando se considera a extensão da miséria2 000 clara» de ovos I qae cumpre dar remédio. A commissão poderia des-

pender 50,000 pesos por semana sem soecorrer a todos

Sr. redactorCertamente nem todos os leiteres do «Correio Pau-

listano » conhecem o itinerário do Rio de Janeiro á essacapiUl e eu julgo fazer um serviço importante, serviçomaior ainda dos que fez o—mal das vinhas—a huma-nidade escrevendo esle e pedindo á v. s. que o mandepublicar de seu jornal.

Do Rio de Janeiro á Barra do Pirahy pela estrada deferro Pedro II tem 19 léguas em cuja extensão gasta se3 horas e 50 minutos e passa-se por 12 estações que são,5. Christováo, S. Francisco Xavier, Engenhonovo, Cas-cadura.Sapopemba, Machambomba, Queimados, Belém,Rodeio, Mendes, S. Anna e Birra, além da da Macaco,que fica á um lado da linha principal.

De Sapopemba em diante é que o—trem da serra—pára em todas as estações alguns minutos e na de Belémpara trocar o vapor 10 minuios que, chegam sufflclen-temente para se tomar café e comer alguns doces.Ao serviço da estrada faltam ainda muitos cuidados daadministração para que seja bom ou mesmo sofTrivel.

A Barra é uma pequena povoação de commerclantas,com grandes armazéns, bons e iifi-los entre os quaes sedistinguem a hospedaria da companhia, e um grandeburacão semicircular que parece ser oflieina, muitashospedarias e uma bella ponte de f-rro sobre o rio Pirahy.

E' para admirar que n'um lugar de tanta concarren-cia não hajam ranchos e quartos de aluguel para se passar algumas horas de descanço independentemente dasestalagens que, sem excepçào, são muito caras e poucoescrupulosas nas contas e no tratamento de animaes.

Dt Barra segue se a estrada pela margem direita doParahyba e à duas léguas pouco mais ou menos na fa-zenda do Barão da Vargem-Alegre acha-se ao pé da pon-te o hotel de Gonçalves e Ferreira, com bons commo-dos e preços rasoaveis; é uma das boas hospedariasdesta estrada. Desta hospedaria à de F. Rocha na fazendado commendador José Breves tem 2 léguas e estahospedaria é boa, porém inferior á primeira, quer quan-lo aos commodos, quer quanto aos preços que excedembastante. Gasta se da Dirra á primeira, uma hora e 25minutos a á segunda uma hora e 35 minutos.

Deste lugar à Barra-Mansa dizem que tem 4 léguas eanda sa em 3 horas.

Ha nesta extensão alguns ranchos e na—Volta-Re-donda—uma ruim estalagem.

Barra-Mansa é uma cidade bonita, de muito commercio e rica; tem bons edifícios e muitas estalagens sendoas principaes a do Lima na Figueira, pelo bom trata-mento e modicidads de preços e a da Boa-Vista. A' duase meia léguas desta cidade eslá a capella do Reme lioaonde haduas hospedarias,a da Andrade que não conhe-ço e a do Pereira que trata bem, é alegre e moderadonos preços. Meia légua adiante ha na—Cachoeirinha—a estalagem do Lomba que é soffrivel. Da Barra-Man-sa á este lugar gasta-se2 horas e 10 minutos, sendo ahipouco mais ou menos a metade do caminho entre Re-zende e aquella cidade. Da—Cachoeirinha—ao Brunoha duas léguas e do Bruno á Rezende uma, e anda-seas 3 léguas em 2 horas. O Bruno tem uma boa estala-gem e é moderado nos preços.

Rezende, uma das melhores cidades da margem doParahyba, tem muitas estalagens, sendo dellas a me-lhor, a do Antunes além da poete. !'.' pena qua esta

cidade tàoflorecente e bonita tenha de decahir com aestrada de ferro que, em Campo Bello lhe tirará todo oeommerc'0 até mesmo o da circumvizinhança I

Dista esta cidade, de Campo Bello 3 léguas e gasta-seem viagem 2 horas, havendo duas estradas, uma á di-reita e outra á esquerda do Parahyba sendo esta ame-lhor e de mais recursos.

Campo Bello que, se devia chamar—Campo triste—tem apenas 2 estalagens ordinárias. Ha sobre o Para-hyba uma ponte particular cuja passagem custa 160 rs.por cada animal, tornando-se por isso mesmo preferi-vel a estrada da esquerda que dá passagem grátis emRezende.

Ha de Campo Bello para esta provincia 3 estradas,duas das quaes vão sahir em Arôas e a oulra nas—Mi-nhocas— passando pelo Salto, Queluz e Porto da Ca-choeira. Desta ultioia fallarei mais abaixo quando che-gar ao ponto de juneção delia com a que segue de Arêase por agora só vou tratar das outras duas.

Pela margem direita do Parahyba passa uma destasestradas e vai ter A Sant'Anna dos Tocos, lugarejo feio,sem recurso algum para o viajante; de máos caminhosmontuosos e deve ter pelo menos até Arôas 5 e meialéguas, gastando-se de viagem 5 e meia horas, em quevomita-se mais de 5 e meia dúzias de pragas contra esse¦ desgoverno» de nosso paiz.

A outra estrada passa pelas fazendas de Rocha Leãoe dr. Ovidio a tem trechos bera ruins, além de se pagarna ponte, a passagem de cada animal por 500 rs. e mui-tas vezes esperar-se meia hora para abrirem o portão.Com tudo gasta-se apenas 3 horas e lõ minutos na via-gem e é de suppôr que não tenha mais de quatro léguasaté Arôas.

Consta que trata-se presentemente de melhorar a es-trada que de Arôas passa por Sant'Anna e vai á CampoBello, porém eu supponho que é um dinheiro mal em-pregadoo que se despender com ella, náo só por ser adistancia muito maior, como também por ser imprópriaa localidade.

A única e verdadeira communicaçãi de Arôas paraCampo Bailo é pelas fazendas do dr. Ovidio e RochaLeão e é para lastimar que as duas municipalidades deArêas e Rezende nâo tenham até hoje tratado dessadesapropriação que será necessariamente de tanta uli-lidade para as duas provincial.

Neste trecho de caminho ha ainda mais uma coisadigna de se admirar e que mostra perfeitamente o quesão—«empenhos»—-no Brazil: refiro me i divisa dasduas províncias, que é um verdadeiro chefe de obra—ese conserva n'esse estado para mostrar á posteridade stéonde chega nossa inércia.

Em Aiôas,cidade homU e de moçs-s bonitas ha diver-sas estalagens, d'entre as quaes snbreiahe a do Augustoque é uma das melhores da provincia e a primeira donorte.

Tem desta cidade á Silveiras 4 léguas que anda-sa em3 horas e 40 minutos, lh n'esla extensão alguns ran-chos com quartos de aluguel, mas deve-se evitar semprepousar n'estBS lugares tão frequenUdos por um ceie-berrimo creoulo Júlio ou Julião que traz os viajantes emsobresallo cora os nus jogos de bolinha, trapaças de to-da sorte e armado dos pés á cabeça, contando, segundodizem, com o apoio de algumas auetoridades policia-sde Aráa.

E entretanto quantos moços trabalhadores e de bomcomportamento, não terão seguido deise mesmo lugarpara o Paraguay I I

lh misérias em que se não pôde crôr. Silveiras éumavilla raettida n'um burseo e tem alguns bons edifícios.Só conheço o hotel de L. Rodrigues, que já foi boai eagora um pouco deixado, talvez por ter crescidonos preços e diminuído no tratamento. Ha duas legu»sdesta villa á freguezia do Sapé e gasta-se 1 hora e 25minutos de viagem.

Conheço n'esle lugar a casa de João Pinto que é umbom homem que tem rancho e quarto de aluguel e fazcomida por preço módico.

Da Sapé ás Minhocas, que é o lugar do encontro da3. "* estrada para Campo Bello, temlduas léguas poucomais ou menos e gasta se de viagem uma hora e 30 mi-nutos. Sindo aqui o ponto da encontro da 3.» estrada,vou tratar delia.

A' duas léguas pouco mais ou menos, de Campo Bel-lo, pala m.rgera esquerda do Parahyba, deixa-se á di-reita a e»trada de Minas e passa-se o Rio, no Salto queé uma pequena aldôa e tem estalagem softYinel. Atéaqui gasta-se uma hora e 55 minutos—e o caminho ébom, ao menos até a encruzilhada de Minas.

Do Salto ã Queluz dizem qua ha duas legoas e gasta-se de viagemX minuto; IO caminho è péssimo e não ha em toda a extensão se-

nào slguns ranchos ruins e fazendas velhas.Em Queluz ha a estalagem do Ricardo que trata bem

e é obsequioso.De Queluz ao Porto da Cachoeira tem 7 léguas e?pe-

nas ha nesta extensão a hospedaria do bom velho LuizAntônio que ó muito obsequioso, trata bem e é muitoraioavel nos preços.

Gasta-se n'esta extensão 6 horas e 5 minutos e o ca-minho é muito ruim e em certos lugares é mesmo pe-rigoso.

Do porto da Cachoeira ao encontro da oulra estradadeve ter mela legoa e anda-se em 12 minutos.

Proximamente 4 esta encruzilhada ha nas—Minho-cas—uma pequena estalagem e rancho com quartos e Apequena distancia desta antes da ponte do pequeno Riodas Minhocas ha outra melhor, quer quanto aos preçosquer quanto aos commodos eobséquios dos donos da ca-sa que sào alegres. O dono da casa ô um sr.José de tal,genro dobom velho Luiz Antônio, da quem já fallei.

Tera d'este lugar á Lorena três léguas que anda-se em2 horas e 15 minutos e o caminho é muito bom e pia-no.

Lorena a «cidade das facas» é bonita,tem boas caias ealgumas hospedarias boas das quaes só conheço o Res-taurant que é bem caro e a do Monteiro que é muitomoderad" nas suas contas.

Esta cidade dista da de Guaratinguetá 2 e meia legoase anda-ia em hora e meia.

O melhor hotel de Guaratinguetá é o do Commerciona entrada da cidade e ha outros soffriveis na Figueira,aonde paga-se barreira. E' pena que esta boa cidade es-leji tão mal collocada e alguns de seus edifícios sejamde tão máo gosto.

Comtudo é forçoso reconhecer que Guaratinguetá óuma das mais populosas cidades do norte da provincia« habitada por um povo mais civilisadoqueode outras.Grandes edifícios, ruas calçadas com aceio, bonitos tem-pios e oma boa imprensa.

A' uma legoa desta cidade está a capella de Nossa Sa-nhura da Apparecida e gasta-se dt viagem 40 minutos.Pelos annos da existência d'esta capella, pela grandeconcurrencia de devotos de Ioda parto qae levara suasesmolas e demorara-se muitos dias ahi, cumprindo sa?ipromessai eemfim por outras muitas circumstáncias de-via esta povoação s*r mais importante e sobretudo otemplo podia ser magnífico.

O dinheiro que entra para esse lugar annnalmente éextraordinário e entretantoo que se vô ahi? Uma egre-ja, cujas obras estão abandonadas, uma povoação mas-quinha, coberta de mendigos imraoraes, da jogidores,e emfim a miséria mais compieta.

Seis léguas é a distancia que ha da Apparecida á bel-

*-4

>,

*

CORREIO PAULISTANO

v*

Ia cid.de de Piiidamonhangaba o apenas era 3 e meiahoras se faz essa viagem.Ha diversos ranchos e duas hospedadas ordináriasnesta extensão, sendo uma na Floresta e outra no Do-mingão.Com excepção da cidade de Campos na provincia do«io, considero Pindamonhangaba como a primeira ei-dade da margem do Paiahyba. Possue esta cidade nmdos primeiros templos da provincia, tem um bom thpa-

tro, bellas ruas e bem alinhadas, um ou dous pai icetcse muitos edifícios.bons—algumas hospedaria», das quaesso conheço a do—Boas Noves—na entrada, e é optima.

Em duas horas e vinte minutos faz-se a viagem dePindamonhangaba â Taubaté e tem 3 léguas, lia apenasnesta extensão dous ou três ranchos, cora tavernas.

Taubaté é uma grande cidade do máu gosto e costu-mes antiquissiraos. Suas ruas estreitas e casas baixasdão a esse todo om aspecto desagradável e monótono.Tem esta cidade algumas hospadariassoffriveis parecen-do-me melhor a do Soares, no largo do Convento. (E apropósito: porque é que não fazem desse convento urahospital e não se manda passear para outra parte o pequeno resto desses felizes da terra ?)

Todavia a cidade de Taubaté ó a mais populosa donorte de S. Paulo e uma das mais ricas ede mais recursos.

Gista-seem viagem de Taubutó á Caçapava 2 horas e40 minutos e ó de suppor que não tenha mais de 3 omeia léguas.

Caçapava tem feito progresso em poucos annos e éuma villa regular. Possue algumas estalagens entre asquaes prefiro a do Ferreira por ser mais alegre. De Ca-capava á S. José ha 4 léguas em que gasta-se 2 horas e50 minutos.

Esta ultima foi elevada á cidade, parece que de pro-posito para attrahir o ridículo sobre si. Nâo se achanesta cidade um só edifício, um estabelecimento publicoqUnlquer que chame a attenção do viajante. Tudo ahiprova que é desconhecida perfeitamente a palavra —ei-vlÜsaçào—por quanto, nem moral e nem materialmentetem ella desenvolvimento.

Quando por ahi passei a ultima vez, uma pessoa dologar dice-nie que essa cidade parecia predestinada pa-ra ser um colosso no futuro, mas só com a terceira ouquarta geração. II» nessa cidade uma ou duas esta-lagens sendo uma da Figueira e outra de Joana Bara-cho.

O local é soberbo, e segundo dizem mui saudável. OParahyba ahi é magnífico e suas margens próprias paratoda a edificação.

Jacarehy a cidade aristocrática desta estrala, está dis-tante da de S. José do Parahyba 3 léguas e em duas ho-ras ffZ-se a viagem. O caminho é bom e alegre. Umacidade como a de Jacarehy não póie e nem deve terruins hospedarias e muito menos «baratas» e é por issoque, principalmente o Ferreira trata bem, é obzequiosoe «cobra» melhor.

Tem esta cidade bons edifícios públicos e particulares,uma boa casa bancaria, muitos capitalistas e commer-dantes ricos.

O povo no geral ô tratavel e obsequioso, porém umpouco bairrista

Desta cidado para S. Paulo existem Ires estradas eeu só fallarel da que conheço e chamam a estrada domeio.

Da Jacarehy á capella dos Remédios ha duas léguase desta á José Benedicto 4 e anda-se as 6 léguas em 5e meia horas.

No Remédio ha a casa da Albina que faz boa comidapor preço baixo e a estalagem do José Benedicto é tara-beTi solfrivel.

A' Iiaquaquecetuba, tem do José Benedicto 2 léguas edesta á S. Miguel outras 2 em que gasta-se de viagem 3e mela horas.

Em S. Miguel ha uma boa estalagem que 6 a de Joãodos Santos e d'ahi á S. Paulo deve ter 4 léguas que seanda em duas e meia horas.

Ha portanto, do Rio de Janeiro á S. Paulo oitenta eoito léguas, isto é pela estrada que de Aròas vai ter âCampo Bello pelas fazendas de Rocha Leão e dr.Ovidio,oitenta e nove e mela pela estrada de Sant'Anna dos Tocos e oitenta e seis pela estrada de Queluz e Porto daCachoeira.

Por este se faz a viagem toda em 54 horas e 43 minn-tos; pela primeira em 55 horas e 5 minutos e pela se-gunda em 5T horas e 20 minuU.s.

Em toda a extensão desta estrada só existem algunsmorros, de José Benedicto á capella do Remédio e doSapé á ponte do Rocha Leão, pouco mais ou menos 13léguas. Se levarmos em conta a extensão de outros pj-quenos morros taremos no máximo umas 15 léguas nalinha toda.

Não se pôde percorrer esta estrada tão antiga sem quenos venha a idéa a nossa inércia, o nosso indiilerentismopor tudo quanto é melhorar, progredir.O absurdo traço que deram em muitos lugares dessaestrada alguns ignorantes antigos, conserva-se religiosamente alé agora. Em muitos lugares passa-se um gran-de trecho de caminho por dentro d'agua que a maior

arte das vezes pódeser removida com o trabalho de umornem em 5 horas! Note se, isto entre Pindamonhanga-

ba e Apparecida.N'outros o mato faz quasi desapparercr a estrada, dei-

xando apenas a largura de uma braça que os cascos dosanimaes se incumbem de capinar.

Aqui encontra se uma ponte que ha muitos annos ca-hiu e oslá abandonada, ali outra toda esburacada; aquié uma Infernal porteira que nos atrapalha a marcha, aliumaencrusilhada que nos deixa de bocea aberta sem sa-ber por onde seguir.

Se houvesse mais algum cuidado, se se tratasse de fa-zer alguns concertos e atalhos nesta estrada que, certa-mente é a mais importante no Norte o correio poderiasem dificuldade percorrer alinha toda em 5 dias e paraisso era tão somente bastante ter em dois pontos conve-nientes as mudas que fossem necessárias e dividir a li-nha em duas secções uma de Lorena para a Corte e ou-tr». para S. Paulo, e regular a marcha de 46 milhas porhora ou 15 léguas por dia.

Já vai muito longo e3te Itinerário e eu não tendo cer-teza de que a paciência do henevolo leitor seja do mes-mo comprimento, concluo pedindo lhe desculpa.

Guaraná 10 de Abril de 1807.Anacoreta.

E

pai suprlente em exercicio d'esta imperial cidade da S.Paulo e sen termo etc.

Faço sab r que acha-se designado o dia 21 do cor-rente ás 9 horas da manhã na sala do sobrado coniiguoá egreja ua Sé, para a reunião do conselho municipalde recurso, que funecionarâ por espaço de 15 dias sue-cessiyos. E para que chegue ao conhecimento de todosmandei passar o presente que será affirado em lugarpublico, e publicado pela imprensa. Dado e passadon «ia imperial cidade de S.Paulo, aos 15 de abril de1867. Eu Emílio José Alvares, escrivão que o subs-crevi.

Antônio José de Moraes Pupo,V.s.s.ex causa.

Moraes Pupo.Edital pelo qual v.s.ha por bem faier publico o

dia, lugar e hora em que deve ter lugar a reunião doconselho municipal de recurso. Para v.s.ver e assig-nar.

11111PR0VED0R1A

Por despacho do merilissimo jniz provedor supplenteem exercício, dr. Moraes Pupo, faço publico que na ter-ça-feira, 23 do corrente as 11 horas, hão de ser arrema-lados, á frente da casa da residência do mesmo juiz,rua do Riachuelo, os animaes seguintes: um cavallovermelho, meio rosilho, altura regular, avaliado por208rs.; um macho preto, avaliado por 16# rs.; um dito pel-lo de rato, claro, avaliado por 16JJ rs.; e uma egoa tor-dilha sabina, pequena, avaliada por 10fJ rs.

S. Paulo, 16 de Abril de 1867. 4—1O escrivão

F. L. de Abreu Medeiros.

CATHEDRALS. ex. rvma. manda fazer publico que no

domingo da Ressureição, 21 do corrente de-pois da Missa Pontificai, dará em nome doSS. P. Pio IX a benção papal com indulgen-cia plenária a todis os fieis que se tiveremconfessado e commungado.—Câmara Eccle-siastica do Bispado de S. Paulo, 16 de Abrilde 1867.

O conego—A.A.de Araujo Muniz.2—1

Ostras frescaschegaram á

Rua da Fundiçãoem frente ao Palácio.

SorvetesHoje do meio dia ás 3 horas da larde

na Serôa PaulistaHua de S. Bento.

Vende-se por preço rasoavel um escravopardo, de 21 annos, sem vícios nem defeito, éde vigorosa saúde, bom cosinheiro, copeiro epagein fiel, com todo o prestimo para uma ca-sa de familia, inclusive o de engommar, e boafigura.

Trata-se na rua Alegre n. 55. 3—3

VENDE-SE ~a fazenda do Morro Vermelho, sita no munici-pio e a 3 e meia léguas da cidade de llú, é vas-tissima, e com abundância de maltas desde asproximidades da casa de morada; produz comabundância todos os gêneros de cultura e comespecialidade o assucar, para o que tem umgrande morro de terras, roxa apurada e ver-melha de superior qualidade, qne pode acom-modar para m-iis de 300 quartéis de cannas, eé perfeitamente livre de geada, tem além dissoum bom campo de criar, grande porção de can-nas maduras, e algodão muito bom, tudo comose pode ver. A sua produetibilidade é geral-mente reconhecida. k— 2

PHOTOGRAPHIA ACADÊMICADE

CARNEIRO & GASPARRua da Imperatriz n. 3S (sobrado)Tirão-se retratos em pholograpbia só, pho-tographia colorida a óleo, pastel, aquarella, e

nanquim, desde o tamanho naiurol alé a maispequena miniatura.

Trabalha-se todos os dias, não influindo naperfeição do relrato o tempo chuvoso. 20—6

200$000Da fazenda—Sinta B.ubara—município de Barreiro,

de S. Paulo, fugio o escravo Thomaz, pertencente aElias Dias Novaes, com os seguintes signaes: officio deferreiro, rôr preta, corpo e altura regular, falta de den-tes na frente, orelhas furadas; em uma dellas levouuma argolinha de metal, que poderá ter tirado, assimcomo terá mudado o nome, o melhor signal é ter umasegunda orelhinha para o lado da fonte, em orna dasorelhas, edade 30 annos mais ou menos. Será gratifi-cado com a quantia acima quem entregar á seu dono ouder noticias certas. A fuga foi a 18 de outubro de1865. (3_3

Ao Commercio1 resma de papel de peso com 200 envelop-

pes commerciaes, pelo baratissimo preço de5© rs.

Na casa Garraux. 15—1.5

fedi

D. Angela Maria do Pillar, irmã, eManoel Eufrasio de Azevedo Marques,D.Maria Cândida da Silva Marques,Francisco Marciano de Azevedo Mar-quês, José Xavier de Azevedo Mar-ques, D.Joaquina Eufrasia Xavier deAzevedo, D.Maria deCupertino Xa-vier de Azevedo e D. Anna CândidaXavier, sobrinhos de Francisco Ma-riano de Abreu, fallécido a 13 do cor-rente mez, fazem celebrar uma missapelo descanço elemo do dito seu ir-mão, e lio, na quarta-feira 17 do cor-renle, na igreja do convento do Car-mo, as 8 horas da manhã; convidãoportanto a todos os seus parentes eamigos para assistirem a este acto re-ligioso.

Salão Parisiense5§—Kua da Imperatriz—5§

FRANCISCO BOSSIGNONtem a honra de participar ao respeitável publi-co que acaba de receber um grande e lindo sor-timento de perfumarias de todas as qualidades,da casa Violei, fornecedor de S. M. a Impera-triz dos francezes, perfumarias conhecidas atéhoje como uma das melhores. Grande sorti-mento de escovas de chapeos, de cabello e defacto, de madreperola; bonitos estojos de via-gem para homem, lindos estojos de custura pa-ra senhoras, grande novidade de gravatas parasenhoras, ditas para homem.

AVISO. Para a Semana Santa: laços moder-nos. Também se encarrega de qualquer en-commenda de cabellos tanto para homem comopara senhoras, com toda a perfeição. Penteadosnovos dos últimos figurinos.

Francisco Bossignon não lem poupado ex-forços alim de poder corresponder a iílimitadaconfiança que lhe tem prodigalisado o publicopaulistano, e espera continuar a merecel-a,para o que acaba de fazer uma reforma comple-ta no seu salão de cortar, barbear e frisar ca-bellos.

Especialidade—banha para tirar caspa, suacomposição, e já vantajosamente conhecida dopublico, 5_3

Bacalháo(hegou á rua de S. Bento n. 33, bacalháo

da marca CR.C, o que ha de melhor nestegênero, que se vende por atacado e a varejo;ricas cebolas em réstias muito grandes; ricaspassas em meias caixas e quartos; nozes muitosuperiores; um rico sortimento de vinhos en-garrafados do Porto e Lisboa, sendo brancos etintos, que se dá amostra sem pejo que hajamelhor, vinho Palhela em quintos e em garrafas,cerveja Bass legitima, Tenent, Estrella, e Rai-nha Vicioria; e ultimamente chegada cham-pagne superior, licores francezes, finos, em cai-xas de uma dúzia, sonidos, sendo uma garrafade cada qualidade. Novo sorlimento de Pilu-Ias da Vida, já bem conhecidas do publico peloseu bom effeilo, salsaparrilha legitima de Bris-to], aííiança-se.

Na mesma casa continua a ter sempre depo-sito de cal.

Um variado sortimento de charutos da Bahia;e carne secca superior. 3—2

CURAEspanta c Admirável

DE UMA CHAGA

CANCROSA E ROEDORAou

P0LYP0 NO NARIZ.

EDITALO doutor Antônio José de Horaes Pupo, juiz munici-

Rua do Commercio, esquina da doPalácio n. 38 A

José Tavares Santiago participa ao respeita-vel publico, e com especialidade a seus fregue-zes, que acaba de reunir as suas duas casas emuma só, á rua do Commercio n.38 A, esquinade frenle á casa do snr. Macedo, onde de bojeem diante pôde ser procurado por todos os seusfreguezes que ali acharão um completo e varia-dissimo sortimento de calçado de todas as qua-lidades, tanto para homens como para senho-ras e crianças, por preços muito rasoaveis, en-carregando-se de toda e qualquer encomméndaque lhe seja confiada, para cujo fim tem peri-tos ofliciaes em sua casa. 8 8

José With retirando-se para a Europa, e nãolendo tempo para despedir-se de seus amigose conhecidos, o faz por meio deste.

Bísc-ràvo fugidoDe João Leite Ferraz de Sampaio da cidade

da Constituição, fugiu um escravo creoulo, denome Bento, no dia 20 de Janeiro de 1867,com os signaes seguintes: alto, bem preto,pouca barba, lem um signal de golpe na gar-ganta, não lem unhas nos pés, é trabalhadorde roça, e entende de officio de pedreiro, temos cabellos grenhos. Sahiu com tenção de as-sentar praça como voluntário. Quem prendel-oeleva l-o ao seu senhor, ou delle der noticiascertas será bem gratificado. 25-—3

Enfeites cresposcom cachos, imitando cabello.

Luvas de pellica, brancas, pretas e de cores.Chalés de lã, grandes e muito encorpados.Lãzinhas lisas, havana, roxa, cor de rape.Cintos com borlas prateadas.

Acabão de chegar á casa deCUSTÓDIO FERNANDES DA SILVA19—Rua da Imperatriz—19. 3—3

Da-se dinheiro a prêmio módico com hy-potheca. Diriga-se a P. M. S. X. em cartafechada enlregue n'esla Typographia. 6—6

Uma creada de servir residente em Pernam.buco e pertencente á Ex1?.* Sefir". ViscondesbaDE Qoianna, foi attacada d'uraa terrível cha-ga cancrosa e roedora—ou Polypo no Nariz.A mesma involvia e tomava todo a parte in-fftrior do nariz, ameaçando já digtruir tanto aparte cartilaginosa como o mesmo oao; Come-çou primeiro por apparecer sob o beiço supe-rior e parte da face, extendendo-se por talforma e com tal rapidez, que em pouco amea-cava transformar todo o rosto n'uma enormecbarga viva e asquerosa. Duranto todo esteterrível estado, todos os recursos medicínaesque em taes cazos so uzão forão abundante-mente empregados, sem que de leve fizesseparar a marcha lenta e distruidora de tão hor-rivel enfermidade, o todos os meios e esforçosforão baldados, o no em tanto o mal crescia eisque por milagrosa fortuna da infeliz estandoas couzas neste ponto, se experimentou pela\ tíz primeira a

SALSAPARRILHADE BRISTOL

O effeito produzido, quasi quo instantâneopor este inestimável remédio foi verdadeiramente maravilhoso e sem ignnl; este grandepurificador do sangue o dos humores do sya-tema, immediatamente póz um termo á mar-cha disastroza e fatal da moléstia, derramando-se e infiltrando-se através dos tecidos os maisdelicados do corpo, expellindo até á ultimapropriedade ou vestígio virulento da moléstia,e dentro d'um curto espaço de tempo produziouma

CURACompleta e Radical.Este feliz quão admirável resultado foi obtl

do apenas com o simples uso

D'uma so única Garrafa!d'este incomparavel e inapreciavel depuratorio,recommendamos portanto á todos os Doentesque procurem obter com o maior cuidado aúnica e verdadeira Salsaparrilha de Bristol,unicamente preparada por

LANMAN & KEMP,De NOVA YORK,

Ba certeza de que, todas as mais preparaçõesimitativas não valem para couza alguma.

GRADE CURAPARA TODAS AS MOLÉSTIAS DO

wm i no i is imiM

AS

Pílulas Vcgetaes AssucaradasBe Kemp

Compostas dos dois novos resinoides chama-dos Podophiuna c Leptandrina, o inteira-mente livres de Mercúrio ou outros venenosmineraes ou metallicos, são de grande utili-dade nos paizes cálidos em cazos do

DYSPEPSIA, ENCHAQÜECA,Constipação ou Prizüo do Ventre,

PADECIMENTOS DO FÍGADO,Affecçoes Biliosas,

' HEMORRHOIDAS, COUCA,Ictericia,

FEBRE GASTRO-HEPATTCA,E outras enfermidadei análoga*

Elias vão rapidamente substituindo os antigospurgantes drásticos.

CORREIO PAULISTANO

ínslriicçào primaria e secundaria

pfftfHjl@k ín

agora sõe> queliverçm a p igaras pessoas que quizeremmandar alguns ülíios da mes ..a cisa, visio qui)u edifício pôde bccòmrnqilHi* grande numero dealumnos, e por isso pôdem os interessadosencontrar vantagens piocuiatido-njs directa-mente.

Todas as pessoas que quizerem, podem mau-djr seus filhos, pupilas e reeummend.idos em

, direitura a esle collegio, com suas recommen-de persuadir-se que esle collegio está no caso. daç5es escriptaS, ficando pienumeale convenci-de corresponder ás suas vistas, e concorrer para (|os )e e|jas serao fíel e terminanteménté cum-a verdadeira felicidade de seus filhos, instruindo-', .)r j[jas nej0os convenientemente. Director

O collegio fará rasoavel abatimento nas pen-! Julio Mariaio Galvão de Moura Lacerda.

mnit.is o;dras que se GzerJo, levão oestabelecimento ás condições precisas em quedeve estar uma boa c-asj de educação.

Os snrs. pais de f.-milia e mais interessadosdevem vir visitar o estabelecimento, conhecera situação em que se ueba fundado, em um bel-lo e agrddavel local, muito saudável e arejado,em (tente á cidade e longa; do meio delLi, alim

~w©YmjmmM

chesadas de i"aris

outras fôrmas.

AOS SRS. PAIS X>E FAMÍLIAQuod Er.unus adferre majus me-liasve reipubliccn possumns,qaam si docernus et erud nosiaventutecn?

Cie.

Tendo estabelecido o collegio que sob o ti- Sendo este o verdadeiro estado desle colle-tolo COLLEGIO-UNIÃO dirijo nesta capital, na Igio, onde os pais encontrao tudo quanto _dese-grande chaciára n.1 da rua Alegre, que pertenceti ao fallecido brigadeiro llapliacl Tobias deAguiar, e hoje pertence ao snr. dr. AnionioFrancisco de Aguiar e Castro, lenho sido guia-do pela experiência que tenho de dirigir a mo-cidade desde 1855, a ampliar a capacidade doroeu estabelecimento, de modo alornal-o com-modo aos collegiaes, e poder corresponder áainda não desmentida confiança que o publicome tem prodigalisado.

Em conseqüência estão quasi concluidas asobras que julguei mister apromptar, como se-

jão recreios cobertos e independentes, comassentos, para as horas do descanço; salão des-afogado e arejado para o estudo commum, salãopara almoço e jantar, enfermarias separadas docommum do collegio no mesmo pavimento eperlo dos commodos da família, para que oscollegiaes que adoecerem fiquem sujeitos aomaior zelo e relevante cuidado que é notórioque costumamos prodig;ilisar aos nossos alum-nos; dormitórios separados; casa para banhoscom divisões apropriadas—onde os collegiaeslavão-se isoladamente á porta fechada—e n3oem commum em um só quarto de um modoinconveniente; lavatorio separadamente em salacommum; finalmente, tod&s as accorarnodaçõesesüío disposias de modo a garantir todas asconveniências que os interessados devem en-contrar em um estabelecimento de-taordem.

Se isto dá se quanto ao material do collegio,maior interesse merece a sua parte moral e lit-teraria—provindo dahi o adiantamento que ospróprios pais notão em seus lilbos—que feliz-mente progridem—não perdem o tempo desdeque estudão 9 1/2 horas por dia, nem o dinheiro que lhes é devidamente compensado.

A'par de tudo isto, a educação religiosa a quese acostumão os collegiaes,ministrada ao lempoem que a docilidade deve leval-os a abraçar asverdades que se lhes trausmjtte, o habito deouvir missa, etc, faz com que nãoincorrão nafalta de gravíssimas conseqüências de entrare sahir do collegio sem aprender as regras maistriviaes da doutrina chrislã que felizmente nãosão ignoradas—ainda pelos menores dos nossosalumnos.

Ao passo que isto dá-se, é exaclo que osnossos collegiaes recebem uma educação livre—banida de todo o espirito de superstição—es-ludão pelos mesmos compêndios adaptados aoscu-sos jurídicos do império—fazem os seus es-ludos pelo syslema e methodo exigidos nasmesmas academias—medião pelo sopro vivifi-cante da sciencia—educados com hábitos pro-prios a desenvolver o espirito novel da moci-dade segundo o fim a que cada um se destina nasociedade.

Vivem sujeitos a uma bem entendida vigi-lancia— peroiiltindo-se-lhes sabidas— diverti-mentos, passeios, visitas aos parentes da ca-pitai e de fora, com a precisa regularidade,mas não vivem apartados do systema commume parlicular=pois que os passeios moderadose uma justa liberdade—animão o collegíal—íasem cumprir melhor os seus deveres—rea-nima-lüeso espirito e não os leva á condiçãotriste (íos que se vem privados da sociedade deseus semelhantes, que quando nella entrão.moslrão-se acanhados e envergonhados', sem omenor desenvolvimento, sem mesmo poderemmostrar nos actos da vida social o que sabem.o que aprendem, o acanhamento não lhesdeixa tinir, frueto sadio de seus trabalhos—porque as privações incompatíveis com o es-lado dos homens os inutilisão para o resto davida.

fã o a bem de seus filhos—não teme ser julgadosuspeito, nem que suas informações sejãodesmentidas, desde que os pais de família, nãosó da capital como do interior, distrahindo umpouco o lempo de suas habituaes oecupações,appliquem sua attenção fiara esle estabeleci-mento, um dos mais necessários nesta capital,fação-lhe uma visita inesperada, e reconheçãopor si mesmo se são ou não exacias as condi-ções com que nos propomos a receber colle-giaes, e são as que consião do manifestoseguinte:

COLLEGIO UNIÃO

Grande e variado sortimento de toucados etoücãdirihüs, forma Imperatriz,Lamballa, Catalana e Veneziana.

Toucados de luio.Chapéos de palha r]'ilalia, a Paslora, JardinciraEnfeites pretos com contas para a Semana Santa.Coques de canudos imitando o cabello, da fôrma a mais moderna.Paietots de nobreza ricamente enfeitados.Nobreza preta a 2.^pã00 o covado, e de muito boa qualidade.Dragonas e gregas com vidrilho.Galões para encobrir as nesgas, com vidrilhos e de diversas cores.Bolões pandelotos e de vidrilho.Galões de seda prela e branca, ultima novidade.Grinaldas e véos de casamento.Gravalinhas modernas.Fivellas e cintos de todas as cores.Todos os objectos de armarinho.Grande sortimento de miudezasEm casa de Mme. Louise

RUA DA IMPERATRIZ N. 17. 5-5

ESTABELECIDO NO PALACETE DA RUA ALEGREi\. 1

Neste collegio o mais bem estabelecido destacapital, que conia os filhos e recommendadosdas principaes pessoas aqui residentes, cumpre-se coDscienciosamente todos os importaniesdeveres inherenies ao cargo de quem toma aárdua e importante tarefa de implantar no es-pirilo verde da mocidade os sábios preceitos davida.

Ensina-se latim, francez, inglez, rheiorica epoética, arithmetica e geometria, philosophia,historia e geographia, que são as humanidadesque se exigem para serem admitlidos os colle-giaes á matricula nos cursos jurídicos do im-perio.

Ministra-se a inslrucção primaria por um cur-so que comprehende: ler e escrever, exercíciosürammaticaes, rudimentos arithmeticos, e dou-trina chrislã.

TraU-se da educação religiosa como base detodas ás outras, não se permitiiudo aos colle-giaes sahir.aos domingos e dias santos sem ouvirmissa, autorisada pela provisão dada pelo exm.snr. bispo diocesano, em 30 de Agosto de 1862,com os previlegios concedidos pelo despachodo rvdm.dr.vigário capitular conego JoaquimManoel Gonsalves de Andrade, em 13 de Se-lembro do mesmo anno.

Encarrega-se doiratamento das enfermidadescom inimitável zelo, ficando livre aos collegiaesa escolha de médicos de sua confiança.

A roupa pôde ser traiada no collegio ou foradelle, segundo a determinação dos pais e cor-respondentes.

Garante-se regularidade nos estudos, em quese oecupão os collegiaes 9 i/2 horas por dia,com assistência de um commissitnado pelodirector, bom tratamento, sendo os refeitóriossempre presididos pelo direcior e pelos demaisempregados, toda a vigilância durante a noite,recreios etc.

Toma-se a árdua tarefa de regularisar comtoda a economia, sem interesse ou commissaoalguma, as assistências e despezas somente doscollegiaes para quem seus pais fizerem osadiantamentos precisos.

Incumbe-se completamente de tudo quantofor necessário aos seus educandos do interior eoutras províncias.

Recebe-se os collegiaes:Internos morando no collegio, com

assistência de lodo o preciso, emcommum, pagando por trimestre I002WOO

Dilos em separado « 120S*u00Jóia por uma só vez.... I03&000

Meio pensionistas, vindo as 7 horasda manhã e sahindo as 5 da tarde 75#000

Externos, freqüentando uma aula.. 15#l)00Ditos, freqüentando duas « .. 243SOOÜDitos, freqüentando três « .. 30^000

Os pagamentos são adiantados,O collegio acha-se fundado em um grande

palacele que tinha vastas accommodações, e

PE CAMPINASPrevine-se ao publLo que as diligencias partirão de Jundiahy ás

seis horas da manhã, o de Campinas ás mesmas horas; os bilhetes são ven-didos nos pontos das diligencias, em Jundiahy na rua do Commercio n.18, e em Campinas no Hotel Cazes.

O proprietárioJosé Cazes.

s^m©@ © Jk rasEncontra-se os artigos seguintes

Papel para desenho.Papel He luto.Papel de peso.Papel almasso.Papel florete.PapM IklUnda.Papel d ¦ phantasia.Papel de cartas.Eiivelopp<i8 brancos.Enveloppes de cores.Enveloppes de luto.Enveloppes còmínerciaes.Enveloppes forrados de panno.Cartões de visita.Dilos para casamentos.Tinteiro de vidro.Tinteiro decrystal.Tinteiro de bronie.Tinteiros ricos de phantasia.Pennas de aço, de varias qualidades.Pennas de ave.Sineteü.Canivetes.Facas de cortar papel.Lacre.Obreias.Imagens.Quadros de devoção.Desenhos.Álbuns para desenho.

Álbuns para photographia.Quadros para photographia.Carteiras.Estojos de viagem.Caixas de perfumaria.Caixas de papelaria.Caixas de costu;* com musica.Caixas de mathematicas.Caixas d« tintas.Tintas de escrever.Livros de direito.Livros de litteralura.Livros de devoção.Livros de educação.Livros di homoeopathi».Livros de missa.Horas Marianas.Livros de luxo para presentes.Objectos de phantasia para presentes.Lápis.Baralhos de cartas.Baralhos de cartas de phantasia. .Bengallas.Livros para apontamentos.Slereoscopos.Vistas para stereoscopos.Folhinhas do anno.Pastas'.E muito mais objectos.

Grande sortimento de papel pintadopara forrar casas, fabricados em Paris

desde 500 rs. a peça para cimaGuarnição, roda-pé, paisagens etc.

Esta casa recebe directamente da Europa todos seus livros e mercado-rias, e dest'arte pôde offerecer ás pessoas que a ella se dirigem considera-veis vantagens. 60—41

Pèras e Maçãsò

Chegaram ao armazém de louçasde Antônio Pereira de Mello.

Rua da Quitanda n. 61 11..Roga-se ao snr.Josô Cardoso de Oliveira o favor

de rhígar i rua de S.Bento n.3l para receber umacarta que por oalradb Igual nome foi tirada no cor-reio. 3—1

Na padaria do sr.[Marques na roa do Commercio sinforma quem lem para vender carne sei-ca, assacaisal e figos; tudo pelo preço mais rasovel.

O advogado João Mendes de Almeida, deixi encarre-ga Io dos njgocios de seu escriptorio ao dr. FranciscoAntônio Datra Rodrigues e a seu irtnâo o sr. FernandoMendes de Almeida. Para os negócios, que uio foremdo foro, ;i :.i exclusivamente encarregado o mesmo seuiraiào.

Rua do Imperador n. 5. 3—1

Typ. Imparcial