norma tÉcnica de distribuiÇÃo ntd-007 006 critérios... · 2017. 5. 31. · parte de uma rede de...

140
NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA NDU-006 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS URBANAS

Upload: others

Post on 31-Jan-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • NORMA DE DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA – NDU-006

    CRITÉRIOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS

    URBANAS

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1 2. APLICAÇÃO ..................................................................................................................... 1 3. TENSÕES DE FORNECIMENTO .................................................................................... 1 4. DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 2 4.1. Alimentador de Distribuição .......................................................................................... 2 4.2. Alimentador Exclusivo ................................................................................................... 2 4.3. Carga Instalada ............................................................................................................. 2 4.4. Circuito Secundário de Distribuição .............................................................................. 2 4.5. Condomínio ................................................................................................................... 2 4.6. Condomínio edificado ................................................................................................... 2 4.7. Condomínio não edificado ............................................................................................ 2 4.8. Concessionária ou Permissionária de Distribuição de Energia Elétrica ........................ 3 4.9. Consumidor Atendido ................................................................................................... 3 4.10. Demanda ................................................................................................................... 3 4.11. Demanda Diversificada .............................................................................................. 3 4.12. Demanda Máxima ...................................................................................................... 3 4.13. Derivação de Distribuição .......................................................................................... 3 4.14. Empreendimento Habitacional Urbano de Interesse Social ....................................... 3 4.15. Fator de Agrupamento de Medidores ........................................................................ 4 4.16. Fator de Carga........................................................................................................... 4 4.17. Fator de Coincidência ................................................................................................ 4 4.18. Fator de Demanda ..................................................................................................... 4 4.19. Fator de Diversidade ................................................................................................. 4 4.20. Fator de Potência ...................................................................................................... 4 4.21. Fator de Utilização ..................................................................................................... 5 4.22. Rede de Distribuição para Iluminação Pública .......................................................... 5 4.23. Loteamento ................................................................................................................ 5 4.24. Ramal de Alimentador ............................................................................................... 5 4.25. Ramal de Ligação ...................................................................................................... 5 4.26. Rede de Distribuição ................................................................................................. 5 4.27. Rede de Distribuição Urbana - RDU .......................................................................... 5 4.28. Rede Primária ............................................................................................................ 6 4.29. Rede Secundária ....................................................................................................... 6 4.30. Regularização Fundiária de Interesse Social ............................................................ 6 4.31. Tensão Secundária de Distribuição ........................................................................... 6 4.32. Tensão Primária de Distribuição ................................................................................ 6 4.33. Tronco do Alimentador .............................................................................................. 6 5. TIPOS DE PROJETOS .................................................................................................... 7 5.1. Projetos de Rede Nova ................................................................................................. 7 5.2. Projetos de Extensão de Rede de Distribuição Primária .............................................. 7 5.3. Projetos de Extensão de Rede de Distribuição Secundária .......................................... 7 5.4. Projetos de Reforma/Melhoramento de Rede ............................................................... 7 5.5. Projetos de Reforço ...................................................................................................... 7

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    5.6. Projetos em Loteamento e Assentamento de Interesse Social em Área Urbana .......... 8 6. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS PARA OTIMIZAÇÃO DE PROJETOS DE REDE ............ 8 DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................................ 8 6.1. Critérios Otimizados de Projetos ................................................................................... 9 7. OBTENÇÃO DE DADOS PRELIMINARES .................................................................... 10 7.1. Mapas e Plantas ......................................................................................................... 10 7.2. Levantamento da Carga e Determinação de Demandas ............................................ 10 7.3. Determinação de Demanda nas Unidades Consumidoras já Ligadas ........................ 10 7.4. Determinação de Demandas para Novas Unidades Consumidoras ........................... 11 8. LOCAÇÃO DE POSTES ................................................................................................ 13 8.1. Marcação .................................................................................................................... 13 8.2. Localização ................................................................................................................. 13 8.3. Disposição .................................................................................................................. 15 8.4. Vão ............................................................................................................................. 16 8.5. Outros Cuidados a Serem Observados Durante a Locação ....................................... 16 8.6. Afastamentos Mínimos................................................................................................ 17 9. DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO ................................................................................. 17 9.1. Rede Primária ............................................................................................................. 18 9.2. Transformador de Distribuição .................................................................................... 30 9.3. Rede Secundária ........................................................................................................ 31 9.4. Previsão de Crescimento de Carga ............................................................................ 37 10. DIMENSIONAMENTO MECÂNICO ............................................................................ 38 10.1. Posteação ................................................................................................................ 38 11. RELAÇÃO DE MATERIAL E ORÇAMENTO .............................................................. 43 11.1. Relação de Material ................................................................................................. 43 11.2. Mão-de-Obra ........................................................................................................... 44 11.3. Projeto e Orçamento em Estrutura com Uso Mútuo ................................................ 44 12. LEVANTAMENTO DE CAMPO ................................................................................... 45 13. APRESENTAÇÃO DO PROJETO .............................................................................. 45 13.1. Desenho .................................................................................................................. 47 13.2. Relação de Material e Orçamento ........................................................................... 49 13.3. ART – Anotação de Responsabilidade Técnica ...................................................... 49 13.4. Memorial Descritivo ................................................................................................. 49 13.5. Diagrama Unifilar ..................................................................................................... 49 13.6. Autorização de Passagem ....................................................................................... 49 13.7. Travessias ............................................................................................................... 50 13.8. Desenhos Especiais ................................................................................................ 50 14. PROJETOS DE RDU ELABORADOS POR TERCEIROS .......................................... 50 15. NOTAS COMPLEMENTARES .................................................................................... 51 16. ANEXO I – PEDIDO DE APROVAÇÃO DE PROJETO .............................................. 52 17. ANEXO II – FISCALIZAÇÃO E/OU CONCLUSÃO DE OBRA .................................... 53 18. ANEXO III – MEMORIAL DESCRITIVO (MODELO) ................................................... 54 19. ANEXO IV – AUTORIZAÇÃO DE PASSAGEM .......................................................... 56 20. TABELAS .................................................................................................................... 57 21. DESENHOS .............................................................................................................. 125

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    1

    1. INTRODUÇÃO

    Essa norma tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos necessários para

    elaboração de projetos de redes aéreas de distribuição urbanas, na classe de tensão

    15/25/34,5kv, em toda área de concessão do Grupo ENERGISA, de modo a assegurar as

    condições técnicas, econômicas e de segurança necessárias ao adequado fornecimento de

    energia elétrica.

    2. APLICAÇÃO

    Aplica-se aos projetos de redes novas, reformas/melhoramentos, extensões, e

    reforços de rede, apresentando os critérios básicos para levantamento de carga,

    dimensionamento elétrico e mecânico, proteção, interligação, seccionamento, além de

    metodologia para elaboração, apresentação e aprovação de projetos na ENERGISA.

    3. TENSÕES DE FORNECIMENTO

    Esta padronização se aplicará em redes de distribuição tanto de características urbanas

    como rurais, para circuitos monofásicos, bifásicos e trifásicos, nas tensões primárias e

    secundárias de acordo com as Concessionárias de Energia do grupo Energisa.

    Tensão Primária

    TENSÃO (KV) Empresa

    34,5 / 19,9 EMS EMT ESS ETO

    22,0 / 12,7 EMG

    13,8 / 7,96 EBO EMS EMT EPB ESE ESS ETO

    11,4 / 6,58 EMG ENF ESS

    Tensão Secundária

    Tensão (V) Empresa

    440 / 220 ETO

    380 / 220 EBO ENF EPB ETO

    254 / 127 EMT ESS

    230 / 115 ESS

    220 / 127 EMG EMS ESE ESS

    Legenda:

    EBO – Energisa Borborema

    EMG – Energisa Minas Gerais

    EMS – Energisa Mato Grosso do Sul

    EMT – Energisa Mato Grosso

    ENF – Energisa Nova Friburgo

    EPB – Energisa Paraíba

    ESE – Energisa Sergipe

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    2

    ESS – Energisa Sul Sudeste (compostas pelas concessionárias: Caiuá Distribuição de Energia S.A., Companhia Força e Luz do Oeste, Companhia Nacional de Energia Elétrica, Empresa de Distribuição de Energia Elétrica Vale Paranapanema S.A. e Empresa Elétrica Bragantina.) ETO – Energisa Tocantins

    4. DEFINIÇÕES

    4.1. Alimentador de Distribuição

    Parte de uma rede primária numa determinada área de uma localidade que alimenta,

    diretamente ou por intermédio de seus ramais, transformadores de distribuição da

    concessionária e/ou de consumidores.

    4.2. Alimentador Exclusivo

    Alimentador de distribuição sem derivações ao longo de seu percurso que atende

    somente a um ponto de entrega.

    4.3. Carga Instalada

    Somatório das potências nominais de uma unidade consumidora, excluindo-se os

    equipamentos de reserva.

    4.4. Circuito Secundário de Distribuição

    Parte de uma rede secundária associada a um transformador de distribuição.

    4.5. Condomínio

    Edificações ou conjunto de edificações, de um ou mais pavimentos construídos sob a

    sob a forma de unidades isoladas entre si, destinadas a fins residenciais ou não

    residenciais, em loteamento com áreas de uso comuns e administração, regidas de acordo

    com a lei em vigor.

    4.6. Condomínio edificado

    Condomínio com todos os serviços de infraestrutura (água, energia elétrica, telefone,

    pavimentação e outros) e residências construídas. (Nota: Nos condomínios edificados são

    colocadas à venda as residências para ocupações imediatas).

    4.7. Condomínio não edificado

    Condomínio somente com os serviços de infraestrutura (água, energia elétrica,

    telefone, pavimentação e outros) construídos. (Nota: Nos condomínios não edificados são

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    3

    colocados à venda terrenos, sendo de responsabilidade dos compradores as futuras

    construções das residências e as ligações dos serviços de infraestrutura).

    4.8. Concessionária ou Permissionária de Distribuição de Energia Elétrica

    Agente titular de concessão ou permissão Federal para prestar o serviço público de

    distribuição de energia elétrica, referenciada, doravante, apenas pelo termo:

    Concessionária.

    4.9. Consumidor Atendido

    Titular de Unidade Consumidora atendida diretamente por sistema da

    Concessionária, conforme regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica -

    ANEEL.

    4.10. Demanda

    Soma das potências elétricas instantâneas médias solicitadas por consumidores,

    durante um período de tempo especificado.

    4.11. Demanda Diversificada

    Demanda média de um consumidor em um grupo de consumidores de mesma

    classe, tomando em conjunto a soma das demandas máximas individuais, dividida pelo

    número de consumidores considerados.

    4.12. Demanda Máxima

    Maior demanda verificada durante um período de tempo especificado.

    4.13. Derivação de Distribuição

    Ligação feita em qualquer ponto de uma rede de distribuição para um alimentador,

    ramal de alimentador, transformador de distribuição ou ponto de entrega.

    4.14. Empreendimento Habitacional Urbano de Interesse Social

    Empreendimentos habitacionais destinados predominantemente às famílias de baixa

    renda, em uma das seguintes situações:

    a) implantados em zona habitacional declarada por lei como de

    interesse social; ou

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    4

    b) promovidos pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou

    suas entidades delegadas, estas autorizadas por lei a implantar projetos de

    habitação, na forma da legislação em vigor; ou

    c) construídos no âmbito de programas habitacionais de interesse

    sociais implantados pelo poder público.

    Nota: Conforme Resolução Normativa ANEEL nº 414 de 09 de Setembro de 2010.

    4.15. Fator de Agrupamento de Medidores

    Esse fator leva em consideração a diversificação das cargas e a coincidência das

    demandas máximas dos consumidores individuais da edificação de uso coletivo, que

    definirão a demanda dessa edificação.

    4.16. Fator de Carga

    Razão da demanda média pela demanda máxima ocorrida no mesmo intervalo de

    tempo especificado.

    4.17. Fator de Coincidência

    É o inverso do fator de diversidade.

    Fc = 1 / Fdi

    4.18. Fator de Demanda

    Razão da demanda máxima pela carga instalada do sistema ou da instalação

    considerada:

    FD = Dmáx. / Cinst

    4.19. Fator de Diversidade

    Razão entre a soma das demandas máximas individuais de um determinado grupo

    de consumidores e a demanda máxima real total desse mesmo grupo, ou a razão entre a

    demanda máxima de um consumidor e a sua demanda diversificada:

    Fdi = Dmáx. indiv. / Dd

    4.20. Fator de Potência

    Razão entre a potência ativa (kW) e a potência aparente (kVA) da instalação:

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    5

    FP = Pativa / Paparente

    4.21. Fator de Utilização

    Razão da máxima demanda verificada pela capacidade nominal de um sistema.

    4.22. Rede de Distribuição para Iluminação Pública

    Parte de uma rede de distribuição destinada a iluminação de avenidas, ruas, praças,

    etc., incluindo condutores (específicos para esse fim), comandos, braços, postes

    ornamentais, luminárias, lâmpadas, etc.

    4.23. Loteamento

    Subdivisão da gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de

    circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias

    existentes, nos termos das leis em vigor.

    4.24. Ramal de Alimentador

    Parte de um alimentador de distribuição que deriva diretamente do tronco do

    alimentador.

    4.25. Ramal de Ligação

    Conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da rede

    da Concessionária e o ponto de entrega.

    4.26. Rede de Distribuição

    Conjunto de redes elétricas com equipamentos e materiais diretamente associados,

    destinado à distribuição de energia elétrica.

    4.27. Rede de Distribuição Urbana - RDU

    Rede de distribuição situada dentro do perímetro urbano de cidades, vilas,

    assentamentos e povoados.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    6

    4.28. Rede Primária

    Parte de uma rede de distribuição que alimenta transformadores de distribuição e/ou

    pontos de entrega sob a mesma tensão primária nominal.

    4.29. Rede Secundária

    Parte de uma rede de distribuição alimentada pelos secundários dos transformadores

    de distribuição.

    4.30. Regularização Fundiária de Interesse Social

    Regularização fundiária de ocupações inseridas em parcelamentos informais

    ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas, utilizadas

    predominantemente para fins de moradia por população de baixa renda, na forma

    da legislação em vigor; conforme resolução normativa ANEEL.

    4.31. Tensão Secundária de Distribuição

    Tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária, com valores

    padronizados inferiores a 1kV.

    4.32. Tensão Primária de Distribuição

    Tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária, com valores

    padronizados iguais ou superiores a 1 kV.

    4.33. Tronco do Alimentador

    Parte de um alimentador de distribuição que transporta a parcela principal da carga

    total. Normalmente é constituído por condutor de bitola mais elevada, caracterizado por um

    dos seguintes fatores:

    Transporte do total ou de parcela ponderável da carga servida pelo alimentador.

    Alimentação ao principal consumidor do alimentador.

    Interligação com outro alimentador, permitindo transferência de carga entre os alimentadores.

    Vão - Distância horizontal entre dois suportes consecutivos de uma linha aérea.

    Vão Básico do Gabarito - Vão adotado na elaboração da tabela de flechas, a

    partir da tração horizontal correspondente, para construção do gabarito.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    7

    Vão Ancorado - Vão compreendido entre duas estruturas de ancoragem.

    Vão Contínuo - Série de 02 (dois) ou mais vãos compreendidos entre estruturas

    de ancoragem.

    Vão Regulador - Vão fictício, mecanicamente equivalente a uma série de vãos

    contínuos, compreendidos entre estruturas ancoradas, e que serve para a definição

    do valor do vão para tração de montagem.

    5. TIPOS DE PROJETOS

    Os projetos de RDU são executados para os seguintes tipos de obras:

    5.1. Projetos de Rede Nova

    Visa à implantação de todo o sistema de distribuição para o atendimento a uma

    determinada localidade (vila, povoado, distrito, etc.).

    5.2. Projetos de Extensão de Rede de Distribuição Primária

    Novo circuito de rede primária ou acréscimo de um trecho de rede primária de

    distribuição, inclusive adição de fases, construído a partir de um ponto da rede existente.

    5.3. Projetos de Extensão de Rede de Distribuição Secundária

    Novo circuito de rede secundária ou acréscimo de um trecho de rede secundária de

    distribuição, inclusive adição de fases, construído a partir de um ponto da rede existente.

    5.4. Projetos de Reforma/Melhoramento de Rede

    Visa a substituição de parte ou mesmo total da rede existente, por motivo de

    segurança, evolução tecnológica, qualidade de serviço, saturação, adequação das

    instalações ao meio ambiente ou adequações às modificações características topográficas

    de um determinado local (afastamento de rede, deslocamento de postes, etc.).

    5.5. Projetos de Reforço

    Visam as mudanças das características físicas da rede existente visando aumentar a

    sua capacidade.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    8

    5.6. Projetos em Loteamento e Assentamento de Interesse Social em Área Urbana

    O projeto de rede de energia elétrica para atendimento de unidades consumidoras

    situadas em empreendimentos habitacionais urbanos de interesse social ou em

    regularização fundiária de interesse social, destinados às classes de baixa renda, deverá

    ser elaborado para rede aérea nua nas tensões primárias, podendo ser instalado rede aérea

    compacta protegida em casos específicos, e rede secundária multiplexada nas tensões

    secundárias. O projeto compreenderá obras de distribuição até o ponto de entrega, não

    incluindo o sistema de iluminação pública ou de iluminação das vias internas.

    Conforme resolução normativa ANEEL.

    Para Energisa Sul Sudeste, Energisa Tocantins, Energisa Minas Gerais e Energisa Nova

    Friburgo o projeto deverá ser elaborado apenas em rede aérea compacta protegida para

    tensão primária.

    6. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS PARA OTIMIZAÇÃO DE PROJETOS DE REDE

    DE DISTRIBUIÇÃO

    O dimensionamento elétrico é definido sobre os parâmetros: perdas, queda de

    tensão, índice de desequilíbrio e o limite térmico dos cabos.

    Os dimensionamentos dos circuitos das redes de distribuição de média tensão e

    baixa tensão deverão prever também o crescimento vegetativo para a região que os

    mesmos atendem.

    Em bairros residenciais estáveis, onde a possibilidade de grandes alterações nos

    tipos de carga é pequena, pode-se reduzir ao mínimo o custo da instalação e da operação

    da rede de distribuição com o menor número possível de transformadores e menor

    extensão de rede primária, com o uso de circuitos secundários e seções maiores,

    respeitando-se os valores máximos de queda de tensão e o comprimento máximo radial de

    200m, (para as tensões de 220/127V ou 254 / 127V ou 230 /115V e de 400m para as

    tensões de 380/220V.

    Exceto em casos de múltiplas unidades consumidoras (condomínios verticais), a

    potência dos transformadores instalados fica limitada a 75kVA, visando minimizar os

    impactos nos indicadores de continuidade

    Em bairros comerciais ou com pequenas indústrias ligadas a rede secundária, é

    conveniente que se tenha a rede primária estendendo-se por um número maior de ruas e

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    9

    com um número maior de transformadores, postes com altura mínima de 11m, e condutores

    da rede secundária com seções maiores. Isso fará com que se reduza os ônus devido a não

    necessidade de substituição antes do término da sua vida útil, tornando-se a rede mais

    flexível para futuras alterações.

    6.1. Critérios Otimizados de Projetos

    a) As seguintes prioridades deverão ser seguidas nas análises e estudos de

    extensões, reforma/melhoramento e reforço de rede:

    Solicitação de clientes;

    Reclamação de clientes;

    Queda de tensão e as perdas decorrentes;

    DEC – FEC – DIC – FIC;

    Carregamento;

    Índice de desequilíbrio;

    Aspectos de segurança (exemplo: afastamento de rede).

    b) No caso do projeto ser elaborado pela concessionária, deverá ser maximizada a

    utilização do Sistema de Informação Geográfica, simulando situações cabíveis aos projetos

    e estudos como, por exemplo, capacidade de corrente dos cabos, carregamento das

    transformadores e queda máxima de tensão admissível..

    c) Para a adequação dos níveis de tensão deverão ser consideradas as seguintes

    possibilidades:

    Remanejamento de cargas para circuitos adjacentes.

    Promover a re-divisão de circuitos.

    Substituir os transformadores sobrecarregados e subcarregados. A

    concessionária deverá proceder a identificação dos transformadores

    sobrecarregados ou subcarregados nas proximidades, para que se possa efetivar

    o devido remanejamento..

    Balanceamento dos circuitos em desequilíbrio.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    10

    d) Deverão ser mantidos na rede os ramais de ligação multiplexados em bom

    estado, nos projetos de substituição de cabo nu para cabo multiplexado ou cabo

    concêntrico.

    e) Durante a elaboração de projetos de extensão de redes de distribuição, a

    extensão futura deverá prever a possibilidade de futuros atendimentos, de modo que seja

    possível o atendimento imediato das unidades consumidoras solicitantes e posteriormente

    das demais que irão solicitar a ligação de energia.

    7. OBTENÇÃO DE DADOS PRELIMINARES

    Consiste na obtenção de dados que irão subsidiar o projetista na escolha da melhor

    solução para cada caso, bem como possibilitar a confecção do mesmo.

    Caso o projeto seja elaborado pela concessionária, esses dados poderão ser obtidos

    através do Sistema de Informação Geográfica.

    7.1. Mapas e Plantas

    Caso o projeto seja elaborado pela concessionária, deverá ser utilizado como base o

    Sistema de Informação Geográfica

    No caso de novos loteamentos ou áreas ainda não mapeadas, devem ser obtidos

    mapas precisos com as coordenadas geográficas e amarradas com o arruamento existente

    e já mapeadas.

    Em qualquer projeto de terceiros com extensão de rede seja ela de BT e/ou MT, é

    necessária a apresentação do arquivo digital georreferenciado.

    No caso dos projetos desenvolvidos pela própria Concessionária, deverá ser tomado

    como base o próprio sistema georreferenciado.

    7.2. Levantamento da Carga e Determinação de Demandas

    Consiste no levantamento da carga quando necessário, dos consumidores primários

    e secundários, medições necessárias de carga, verificação das condições locais para

    estimativa de crescimento (histórico e perspectivas), e determinação de demandas atuais e

    projetos de demandas futuras de todos os outros consumidores, existentes e potenciais.

    7.3. Determinação de Demanda nas Unidades Consumidoras já Ligadas

    7.3.1 - Rede Primária

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    11

    A demanda da Rede Primária será determinada de acordo com os dados elétricos

    dos circuitos de Média Tensão existentes, levantados em campo, ou no caso da

    Concessionária através do Sistema de Informação Geográfica.

    7.3.2 - Rede Secundária

    A demanda da Rede Secundária será determinada de acordo com os dados elétricos

    dos circuitos de Baixa Tensão existentes levantados em campo e aplicando as tabelas 01 e

    02, ou no caso da Concessionária através do Sistema de Informação Geográfica e

    Medições.

    7.4. Determinação de Demandas para Novas Unidades Consumidoras

    Os critérios serão conforme demanda e carga instalada do projeto, seguindo-se o

    estabelecido nesta norma e conforme NDUs 001, 002 e 003.

    7.4.1 - Rede Secundária

    a) Consumidores Ligados a 4 Fios

    As demandas máximas deverão ser determinadas individualmente, de acordo com os

    métodos constantes nas tabelas 01 e 02.

    A determinação do horário de ocorrência dessa demanda máxima (curva de carga)

    bem como valor da demanda do consumidor no horário de ponta do transformador, deve ser

    feita levando-se em conta as características de funcionamento da(s) carga(s) do

    consumidor(es).

    b) Edificações de Uso Coletivo

    As demandas máximas também serão determinadas individualmente.

    c) Consumidores Ligados a 2 e 3 Fios

    A demanda máxima para o conjunto de consumidores de cada circuito secundário

    poderá ser determinada de acordo com o seguinte processo:

    - Estimativa através da demanda diversificada conforme tabela 02.

    7.4.2 - Rede Primária

    A determinação das cargas para dimensionamento da rede primária será feita

    basicamente do seguinte modo:

    a) Cargas concentradas

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    12

    Consumidores com carga instalada acima de 75kW, ou edificações de uso coletivo

    com demandada superior a 225kVA no caso da Energisa Minas Gerais, Energisa Tocantins

    , Energisa Sul Sudeste, Energisa Mato Grosso do Sul e Energisa Sergipe, 300kVA no caso

    da Energisa mato Grosso, e Energisa Nova Friburgo e 45kVA no caso da Energisa

    Paraíba e Energisa Borborema:

    a.1) Edificações de Uso Coletivo

    Determinação da demanda conforme NDU-003.

    a.2) Consumidores Industriais e comerciais

    Pode-se determinar a demanda das seguintes formas:

    Através dados de faturamento de consumidores do mesmo ramo de atividade

    conforme tabela 01, item 2.

    Estimativa a partir da carga instalada:

    Cinst = carga instalada em kVA

    FDmáx. = fator de demanda máxima, conforme tabela n.º 03.

    b) Cargas distribuídas

    Terão suas demandas determinadas a partir do fator de demanda máxima e

    capacidade instalada em transformador, conforme estabelecido a seguir:

    Obter medição do alimentador ou trecho da rede primária em estudo; seja DMM o

    valor da Demanda Máxima Medida, em kVA.

    Obter a Demanda Máxima das cargas concentradas, coincidente com a ponta de

    carga do alimentador ou da parte da rede primária considerada; seja DMC este valor.

    Obter a Demanda Máxima das Cargas Distribuídas pela fórmula:

    Dmáx. = Cinst x FDmáx.

    DMD = DMM - DMC

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    13

    8. LOCAÇÃO DE POSTES

    Consiste na locação física dos postes, observando-se os requisitos de espaçamento,

    segurança, grau de iluminamento mínimo, estética, etc.

    8.1. Marcação

    A marcação física da posição dos postes segue os critérios básicos abaixo indicados:

    Havendo passeio ou meio fio, os postes são locados através de um triângulo

    vermelho, pintado no passeio ou no meio fio.

    Neste caso o alinhamento é dado pelo próprio meio fio, conforme desenho 005 da

    NDU-004.

    Não havendo passeio ou meio fio, os postes são locados através de piquetes de

    madeira, pintados de vermelho na sua extremidade superior e ainda, se possível, deixar

    pintada alguma testemunha (muro, mourão, cerca, árvore, etc.).

    Neste caso há necessidade de definição do alinhamento do meio fio, sempre com a

    participação da área competente da Prefeitura do Município onde será implantado o projeto,

    nos casos de loteamentos, conjuntos habitacionais e condomínios a definição do

    alinhamento é de responsabilidade do empreendedor.

    8.2. Localização

    A localização dos postes, ao longo das ruas e avenidas, deve ser escolhida levando-

    se em conta os seguintes aspectos:

    a) O projetista deve sempre avaliar o efeito da rede proposta no meio ambiente onde

    será construída, procurando sempre minimizar ou eliminar os aspectos que

    possam interferir diretamente no desempenho do fornecimento de energia elétrica

    e evitando desmate de árvores e demais formas de vegetação. Os postes devem

    ficar do lado da rua onde houver menos arborização, devendo ser implantados

    sempre que possível do lado oposto da rua em relação às árvores ou em relação

    às árvores de maior tamanho no caso de arborização bilateral.

    Quando possível, deverá realizar a posteação nas calçadas lado do sol poente,

    ficando reservadas as calçadas do lado oposto para futura arborização de porte

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    14

    médio. O desenho abaixo fornece as regras para localização dos postes e das

    árvores em função do seu porte.

    b) Sempre locar na divisa dos lotes, quando não for possível, verificar melhor

    posicionamento com relação à frente do terreno.

    c) Os postes deverão ser locados de tal forma que se garanta o comprimento do

    ramal de ligação de no máximo 40 (quarenta) metros nas redes secundárias.

    d) Procurar locar prevendo-se futuras extensões, para evitar remoções

    desnecessárias.

    e) locação de postes em frente a portas, janelas, sacadas, garagens, marquises,

    anúncios luminosos, etc..

    f) Evitar que a posteação passe do mesmo lado de praças, jardins, igrejas, templos

    e postos de gasolina que ocupam grande parte da quadra.

    g) Verificar junto aos órgãos municipais, planos futuros de urbanização, em especial

    a possibilidade de plantio de árvores.

    h) Verificar a possibilidade de arrancamento na estrutura, função do esforço dos

    cabos em relação ao perfil da rua.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    15

    i) Tomar cuidado com as possíveis tubulações subterrâneas de água, esgoto, rede

    telefônica, galerias de águas pluviais, gás, etc. quando assinaladas em planta. Quando não

    assinalados tais locais devem ser evitados, na locação de campo.

    j) Quando não for possível a instalação de um único poste na esquina, por razões

    de segurança, desalinhamento pronunciado na posteação e impossibilidade de manter o

    menor espaçamento entre postes, devem ser previstos os cruzamentos ou derivações

    conforme desenhos 01 e 02. Na Energisa Sergipe, Energisa Paraíba e Energisa

    Borborema não é permitida a instalação de cruzamento aéreo (flying tap) na rede primária e

    secundária.

    k) Existindo desnível acentuado no terreno em cruzamento de ruas/avenidas, os

    postes devem ser locados preferencialmente nas esquinas. Não sendo possível, a distância

    máxima entre o eixo do poste e o ponto de cruzamento da rede não deve ser superior a 5 m.

    l) A distância do eixo do poste ao meio fio é definida no desenho 05 da NDU-004.

    m) Evitar, quando possível, posteação em rotatórias e em curvas de ruas e avenidas.

    n) Em lados de rua com arborização existente de grande porte, jardins ou praças

    públicas; quando a posteação tiver que ser colocada em calçadas com arvores,

    deve-se procurar locar pelo menos a 5 metros dos troncos das mesmas,

    especialmente se houver transformador ou outros equipamentos projetados.

    8.3. Disposição

    A disposição pode ser unilateral ou bilateral.

    a) Em ruas com até 15 metros de largura, incluindo-se o passeio, os postes deverão

    ser locados de um mesmo lado (disposição unilateral) observando-se a sequência da rede

    existente. A mudança de lado da posteação numa mesma rua, somente deve ocorrer em

    casos excepcionais, para atender principalmente o aspecto de segurança, onde não for

    possível se obter os espaçamentos recomendados.

    b) Em ruas com larguras superiores a 15 metros, os postes deverão ser locados dos

    dois lados da rua (disposição bilateral).

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    16

    c) A disposição escolhida deve permitir atender aos requisitos de qualidade de

    iluminação pública (ver item 9.3.8) e atender aos consumidores dentro das exigências

    previstas nas normas NDU 001, 002 e 003.

    NOTA: Na Energisa Tocantins e Energisa Sul Sudeste não será aceito o “cruzamento de

    rua – passeio reto” e “derivação de rua – passeio reto”.

    8.4. Vão

    O vão entre os postes irá variar de acordo com a configuração da rede e do perfil do

    terreno, sendo tomados como base os seguintes vãos máximos:

    VÃO MÁXIMO (m)

    Configuração Vão Máximo (m)

    MT (Nua) sem BT 80

    MT (Nua) com BT

    40 MT (compacta) com ou sem BT

    Somente BT

    Onde esta configuração não for possível, é necessária uma análise prévia do projeto

    pela Concessionária.

    8.5. Outros Cuidados a Serem Observados Durante a Locação

    Durante a locação são anotados, na planta, detalhes necessários ao projeto tais

    como:

    a) Estrutura primária e ou secundaria a ser usada.

    b) Afastamento mínimo da rede primária, secundária e comunicação, conforme

    tabela 20.

    c) Desnível para conexões aéreas.

    d) Concretagem de poste.

    e) Saídas de ramais aéreos e subterrâneos.

    f) Derivações para consumidores a serem ligados no primário.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    17

    g) Instalação de equipamentos em postes perto de janelas, sacadas, etc..

    h) Levantamento de travessias.

    i) Altura de linhas de comunicação nos cruzamentos com a rede.

    j) Localização do padrão de entrada de energia.

    k) Estado físico do arruamento.

    l) Pedidos de serviço/ligação.

    m) Interferência com arborização.

    n) Reparo de calçadas pavimentadas.

    o) Braço de iluminação pública.

    p) Interferência com redes de água e esgoto e gás natural.

    q) Identificação de pontos de referência (equipamentos com códigos da

    concessionária, exemplo: chaves, transformadores, etc.).

    8.6. Afastamentos Mínimos

    As distâncias entre a rede elétrica e as construções, fachadas, letreiros, luminosos,

    reformas, etc., devem ser avaliadas prevendo futuras ampliações destas e o futuro

    afastamento das redes elétricas, evitando condições inseguras, bem como gastos futuros

    com remoção e interrupções de energia. Os afastamentos mínimos para as redes

    secundárias isoladas e para redes primárias convencionais (condutores nus) ou compactas

    (condutores cobertos) conforme tabelas 20 a 23 desta norma e desenhos 001 a 010 e 112

    da NDU-04.

    9. DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO

    Consiste na definição da configuração, carregamento e seção dos condutores da

    rede primária e secundária, características da iluminação pública, localização e

    carregamento de transformadores, definição e coordenação da proteção e seccionamento

    da rede primária.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    18

    9.1. Rede Primária

    9.1.1 - Definição Básica

    A rede primária será trifásica a 3 fios.

    9.1.2 - Tipos de Redes

    a) Rede com condutores nus (convencional), utilizada na área de concessão da

    Energisa Tocantins (apenas 34,5 kV), Energisa Mato Grosso, Energisa

    Borborema, Energisa Paraíba e Energisa Sergipe;

    b) Rede com condutores protegidos (rede compacta), utilizada na área de

    concessão da Energisa Nova Friburgo, Energisa Minas Gerais, Energisa

    Tocantins, Energisa Mato Grosso do Sul, Energisa Mato Grosso, Energisa

    Borborema, Energisa Paraíba, Energisa Sergipe e Energisa Sul Sudeste.

    9.1.3 – Aplicação

    As redes compactas aplicam-se a sistemas de distribuição urbanos, onde são

    verificados os seguintes problemas:

    a) Desligamentos provocados por interferência da arborização com a rede;

    b) Desligamentos provocados por descargas atmosféricas;

    c) Locais de frequentes ocorrências de objetos lançados à rede;

    d) Congestionamentos de estruturas;

    e) Podas drásticas de árvores;

    f) Saída de alimentadores das Subestações (alternativa técnico-econômica).

    g) Em derivações de redes compactas com até 150 metros (alternativa técnico-

    econômica).

    Demais casos pode-se adotar a rede com condutores nus (convencional), desde que

    esse tipo de rede seja utilizada pela concessionaria conforme item 9.1.2.

    9.1.4 - Níveis de Tensão

    O nível de tensão na rede primária, de acordo com a legislação em vigor, admite uma

    variação no ponto de entrega, em relação à tensão nominal de + 5 % e – 7 %.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    19

    Em condições normais de operação, o sistema deverá operar na faixa adequada.

    9.1.5 - Configuração Básica, Trajeto e Faseamento

    a) Configuração Básica

    Os alimentadores deverão ser radiais, constituídos de um tronco principal que,

    partindo da subestação de distribuição, alimentará os diversos ramais.

    O tronco do alimentador será sempre trifásico.

    Verificar se existe algum critério de comprimento da rede para solicitação de análise

    de viabilidade.

    b) Trajeto

    Para a escolha do trajeto de uma rede de distribuição, deverão ser observados os

    seguintes aspectos:

    O tronco do alimentador deverá passar o mais próximo possível do centro da

    carga.

    As avenidas ou ruas, escolhidas para o trajeto, deverão estar bem definidas.

    Os ramais derivados do tronco do alimentador, deverão ser projetados de tal

    maneira que sejam os menos carregados e extensos possível.

    Os trajetos dos ramais deverão ser planejados de forma a evitar voltas

    desnecessárias nos quarteirões.

    Evitar, sempre que possível, ruas de tráfego intenso.

    Evitar, sempre que possível, circuito s duplos (rede convencional).

    Prever-se interligação, entre alimentadores diferentes, para as contingências

    operativas do sistema.

    O caminhamento deve ser seguido, preferencialmente, do lado não arborizado

    das ruas ou avenidas (rede nua), observando-se o norte magnético e os desníveis do

    terreno.

    Manter, em relação a sacadas e marquises, a distância recomendada em norma.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    20

    No caso da rede de distribuição atravessar áreas arborizadas ou de grande

    agressividade poluente o projeto deverá prever redes com cabos protegidos.

    c) Faseamento

    A sequência de fases na saída da Subestação será, considerando-se o

    observador de costas (de frente Energisa Mato Grosso do Sul) para o pórtico de saída, a

    seguinte:

    Placa Vermelha Fase A (esquerda)

    Placa Azul Fase B (centro)

    Placa Branca Fase C (direita)

    A confirmação do faseamento, nas saídas dos alimentadores existentes, deve ser

    feito observando-se as placas indicativas instaladas no pórtico da Subestação, quando

    existirem.

    Em caso de interligação entre alimentadores deverá ser observada a sequência

    de fases dos mesmos, a qual deverá ser sempre indicada no projeto e na execução deverá

    ser verificado esse faseamento.

    9.1.6 - Condutores Utilizados

    a) Tipo e Seção

    Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede primária serão de alumínio

    (CAA), cujas características básicas estão indicadas nas tabelas 23 e 25. Deverão ser

    utilizadas as seguintes seções: 2 AWG, 1/0 AWG, 4/0 AWG e 336,4 MCM para rede

    convencional e cabos protegidos de 50, 120 e 185mm² para redes compactas.

    b) Carregamento

    O dimensionamento dos condutores de uma rede primária deve ser feito observando-

    se os seguintes pontos básicos:

    Máxima queda de tensão admissível, em condições normais e de emergência.

    Capacidade térmica dos condutores, considerando-se o carregamento em

    condições normais (corrente admissível a 30ºC ambiente + 40ºC de elevação) e de

    emergência (corrente admissível a 30ºC ambiente + 70ºC de elevação).

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    21

    De acordo com os critérios de seccionamento e manobra, o carregamento máximo

    de tronco de alimentadores interligáveis deverá ser de 60% em relação à sua capacidade

    térmica, para localidades com mais de 2 alimentadores, e 50% para localidades com 2

    alimentadores.

    9.1.7 - Equilíbrio de Carga

    O desequilíbrio máximo permissível em qualquer ponto de um circuito primário é de

    15 %.

    9.1.8 - Queda de Tensão e Correção dos Níveis de Tensão

    a) Queda de tensão primária é a queda compreendida entre o barramento da

    Subestação e o ponto mais desfavorável onde se situa o último transformador de

    distribuição ou o último consumidor primário.

    De acordo com a Legislação em vigor, a queda de tensão máxima no atendimento a

    consumidor primário é de 5 % (cinco por cento), com relação à tensão nominal do sistema.

    O cálculo desse segmento da rede deverá ser feito na planilha de cálculo de queda

    de tensão, com o auxílio dos coeficientes de queda de tensão e com base no traçado da

    rede primária e bitola do condutor, calcula-se a queda de tensão considerando a carga

    estimada no fim do horizonte de projeto.

    b) Nos grandes projetos de reforma e extensão de rede, devem ser cuidadosamente

    analisados os critérios utilizados para correção ou regulação de tensão.

    Caso o nível de tensão fique abaixo do nível adequado, devemos verificar se o

    problema pode ser resolvido com transferência de carga de um alimentador para outro com

    simples operação de chave, ou revisão de ajustes de equipamentos de regulação

    existentes, ou equilíbrio de carga.

    c) O limite máximo de queda de tensão para projeto é de 3%.

    9.1.9 - Interligação

    Na definição de critérios de interligação, deve-se distinguir interligação entre os

    troncos de alimentadores e entre ramais.

    Ao se projetar estas interligações, considerar o atendimento aos seguintes requisitos:

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    22

    Transferência de toda a carga de um alimentador para alimentadores vizinhos,

    com o menor número de manobras de transferências possíveis.

    Transferência de carga em excesso de uma Subestação para outra vizinha, de

    acordo com o planejamento elétrico da localidade.

    Carga em excesso de uma Subestação é a diferença entre sua demanda e a

    capacidade firme, no caso da perda, da maior unidade transformadora.

    Para cumprir os requisitos acima, em localidades servidas por mais de um

    alimentador, em cada um deve ser previstas no mínimo, duas interligações do tronco, de

    preferência com alimentadores diferentes.

    Os critérios para localização das chaves estão indicados no desenho 03.

    A primeira interligação (no início do alimentador) deverá permitir a transferência de

    carga entre alimentadores da mesma Subestação.

    A segunda interligação (no meio do alimentador) deverá permitir, preferencialmente,

    a transferência de carga entre alimentadores de Subestações diferentes.

    Durante as operações de transferência de carga, deverão ser observados os limites

    máximos de queda de tensão, o limite térmico dos condutores e os ajustes dos

    equipamentos de proteção (Religador ou Disjuntor) dos alimentadores da subestação.

    Além das interligações citadas acima, poderão ser previstas, também, interligações

    entre ramais que atendam consumidores especiais, de modo a transferir parte da carga de

    um ramal para outro em condições de manobra, quando então os dispositivos de proteção

    de ambos os ramais deverão suportar esta transferência.

    9.1.10 - Seccionamento

    O seccionamento projetado deve prever a complementação dos recursos operativos

    necessários após a conclusão do projeto de proteção. Deve-se proceder a uma análise

    criteriosa da localização e dos tipos de chaves a serem utilizados, de modo a assegurar

    maior eficiência na continuidade e segurança no fornecimento de energia.

    Serão utilizadas as chaves seccionadoras unipolares de 400 A, para 15 kV, 25 kV e

    34,5kV com gancho para abertura em carga tipo “Loadburster”, e chaves de transferência

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    23

    automática comandadas à distância. As chaves com isolamento para 15 kV só poderão ser

    utilizadas após o limite de 0,5 km da orla marítima.

    A localização das chaves deve ser definida usando a minimização do tempo e das

    áreas afetadas pela interrupção, durante os serviços de manutenção ou situações de

    emergência, bem como nos casos de transferência de carga de um alimentador para outro,

    nas interligações.

    As chaves seccionadoras devem ser previstas onde não for possível a instalação de

    dispositivo de proteção (seja por problema de nível de curto-circuito ou de coordenação),

    nos troncos de alimentadores, nos pontos de interligação e ao longo dos mesmos, de tal

    forma a dividi-los, normalmente, em quatro ou seis trechos, de cargas aproximadamente

    iguais. Deve-se instalar as chaves em locais de fácil acesso e identificação.

    Na transição da Rede Nua para a Rede compacta é facultada a utilização de chaves

    seccionadoras. Quando adotadas, podem ser instaladas na própria estrutura de transição,

    havendo impossibilidade para tal, esta deverá ser instalada em estrutura imediatamente

    anterior ou posterior a transição.

    Os critérios e o esquema básico de seccionamento e proteção estão mostrados nos

    desenhos 04 e 05.

    Ramais longos, de uma forma geral, deverão ser seccionados aproximadamente de 5

    em 5 km por chaves faca, chaves fusíveis, ou outros equipamentos, conforme estudos

    específicos.

    Nas empresas Energisa Paraíba e Energisa Borborema chaves facas devem ser

    instaladas nos troncos dos alimentadores a cada 2 km, aproximadamente.

    9.1.11 - Proteção Contra Sobrecorrentes

    As diretrizes detalhadas de proteção, incluindo critérios de instalação,

    dimensionamento, ajustes e coordenação de equipamentos de proteção, constam na Norma

    de Proteção da Distribuição - NDU 017. As principais diretrizes estão resumidas a seguir:

    a) Critério de instalação

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    24

    Os critérios orientativos a seguir descritos estão indicados na tabela 04:

    Na saída de alimentadores nas Subestações de distribuição:

    - Religadores ou equipamentos com proteção de terra, nos circuitos alimentadores

    onde se deseja coordenação ou seletividade com os demais equipamentos de proteção

    instalados na rede.

    Nos troncos de alimentadores:

    Em troncos interligáveis normalmente não devem ser previstos dispositivos de

    proteção. Quando necessário devem ser usados:

    - Religador de linha: em redes de distribuição onde se deseja suprir áreas sujeitas

    a falhas transitórias, cuja probabilidade elevada de interrupção tenha sido constatada

    através de dados estatísticos.

    - Seccionalizador: ao longo do alimentador, após cargas cuja continuidade de

    serviços seja desejada.

    Nos ramais e sub-ramais:

    - Religador de linha: em circuitos longos onde se deve criar zonas de proteção,

    através de ajustes apropriados, devido aos níveis de curto-circuito.

    - Seccionalizador: em redes de distribuição onde se deseja suprir áreas sujeitas a

    falhas transitórias, cuja probabilidade elevada de interrupção tenha sido constatada através

    de dados estatísticos.

    - Chave fusível: em ramais, os elos fusíveis instalados, em serie, devem obedecer

    a coordenação, seletividade e sensibilidade do trecho.

    Recomenda-se instalar chave-fusível nos seguintes pontos:

    No início dos ramais com extensões até 300m, que possuem apenas um

    transformador, dispensando a instalação da chave no ponto de transformação, desde que

    exista visualização do ponto de transformação a partir do ponto de derivação. Na Energisa

    Tocantins todos os transformadores deverão ter chaves no ponto de transformação

    Em locais de grande arborização ou grande incidência de pipas, etc..

    Após cargas, cuja importância recomende maior continuidade de serviço.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    25

    Em alguns sub-ramais derivados de ramais longos, ou de ramais protegidos por

    religadores ou seccionalizadores ou quando tenham, em sua derivação, chaves faca.

    Para proteger transformadores de distribuição, deslocando a proteção quando

    viável.

    Em derivações monofásicas de redes trifásicas.

    Como proteção de bancos de capacitores.

    Para proteger os ramais de ligação em MT, conforme NDU-002.

    Estrutura de entrada (tomada de corrente) de Loteamentos, condomínios, etc. com

    potência de transformação instalada até 1000 kVA (11,4 e 13,8 kV) e 2000 kVA em 22

    ou 34,5 kV

    b) Escolha das Chaves-Fusíveis

    As chaves fusíveis projetadas deverão estar de acordo com as chaves padronizadas

    pelas ENERGISA na norma de Padrões de Materiais NDU-010, observando-se o seguinte

    aspecto:

    Deve ser seguido o mesmo critério na escolha da tensão nominal de isolamento

    que o utilizado para as chaves seccionalizadoras.

    c) Dimensionamento e Ajustes

    Para proteção de ramais com chaves fusíveis devem ser utilizados elos fusíveis,

    de acordo com a tabela 05 desta norma.

    O elo fusível será determinado conforme indicado a seguir:

    - Para ramais exclusivamente com transformadores de distribuição e/ou prédios

    residenciais ligados em MT, os elos serão determinados de acordo com a demanda (kW).

    - Ramal com transformadores trifásicos: conforme a tabela 07, considerando:

    1. Carga: IN (elo-fusível) > Icarga, considerar sempre que possível a evolução do

    sistema para 3 anos.

    2. Coordenação: Os elos-fusíveis deverão estar coordenados entre si e para o valor

    da máxima corrente de curto circuito no ponto de instalação do elo fusível protetor.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    26

    3. Sensibilidade: A corrente nominal do elo fusível deve ser menor ou igual à quarta

    parte da corrente curto-circuito fase-terra mínimo no fim do trecho protegido pelo fusível.

    4. O elo-fusível deverá suportar a corrente transitória de magnetização durante, pelo

    menos 0,1 s.

    - Nas derivações para atendimento à consumidores em MT os elos são

    dimensionados a partir da demanda do consumidor, de acordo com a tabela 05, exceto

    quando se tratar de alimentador exclusivo para um consumidor.

    - Nos transformadores de distribuição os elos são dimensionados a partir da

    capacidade do transformador, de acordo com as tabelas 06 e 07.

    - Nos bancos de capacitores, os elos deverão ser dimensionados de acordo com a

    tabela 08.

    9.1.12 - Proteção Contra Sobretensões

    Os para-raios de média tensão devem ser instalados próximos das buchas primárias

    do equipamento a ser protegido.

    Deverão ser projetados nos seguintes pontos:

    Em estruturas que contenham reguladores, religadores, seccionalizadores e

    chaves facas normalmente abertas (NA), nos lados fonte e carga. Exceto nas Energisa

    Mato Grosso do Sul, Energisa Tocantins e Energisa Sul Sudeste onde não é instado para-

    raios em chaves facas NA.

    Banco de capacitores.

    Transição de rede aérea para subterrânea ou vice-versa.

    Transformadores de distribuição.

    Em transição de rede convencional para rede protegida ou vice-versa.

    Em transição de RDU para RDR ou vice-versa.

    Opcional, em todo final de rede.

    Deverão ser projetados para-raios de baixa tensão, em saídas de

    transformadores que possuam rede distribuição secundária, que atenda unidade

    consumidora, conforme desenho 117 da NDU-004.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    27

    9.1.13 - Aterramento

    O aterramento da rede de distribuição obedecerá aos seguintes critérios:

    Utilizar hastes de terra de aço cobreado de 2400mm x 5/8” com cabo de aço

    cobreado de 3 x 9 AWG (obrigatório para municípios com orla marítima) ou hastes de terra

    tipo cantoneira de aço galvanizado de 2400mm x 25mm e cabo de aço de 1/4”.

    Todos os para-raios e carcaças dos religadores, seccionalizadores, reguladores,

    capacitores e dos transformadores terão o condutor do aterramento interligado ao neutro da

    rede, com uma malha de no mínimo 3 (três) hastes e a resistência do aterramento atingir os

    valores conforme NDU 007, conforme desenho 120 e 121 da NDU-004.

    A ligação do condutor neutro, dos para-raios e das carcaças dos equipamentos a

    serem protegidos à terra, deverá ser comum e estar conectada ao condutor de aterramento.

    O condutor neutro deverá ser contínuo, multiaterrado e conectado à malha da

    Subestação.

    Em redes de distribuição, o neutro deve ser aterrado em intervalo de

    aproximadamente 300m, com 3 (três) hastes de terra, conforme desenho 120 e 121 da

    NDU-004 de modo que nenhum ponto da rede se distancie mais de 200 m de um ponto de

    aterramento.

    Todo fim de rede e nos pontos de abertura de circuitos (divisão de área/setor) ,

    terá o seu neutro aterrado com uma malha de, no mínimo, 1 (uma) haste e a resistência do

    aterramento atingir os valores conforme NDU 007.

    É necessária a conexão do estai ao condutor neutro. Não aplicado na Energisa

    Mato Grosso do Sul quando o estai é de contra poste ou de ancora.

    Nas redes compactas o cabo mensageiro deverá estar interligado ao neutro da

    BT.

    NOTA: Aterramento Temporário em rede protegida - nos circuitos primários com

    cabos cobertos, em intervalos de aproximadamente 300 (trezentos) metros, deverá ser

    instalados estribos para conexão do conjunto de aterramento temporário quando da

    execução de serviços de manutenção com a rede desenergizada. Os pontos de

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    28

    aterramento preferencialmente serão os estribos dos transformadores. Nos trechos de rede

    compacta onde não existam transformadores instalados ao longo da faixa dos 300 metros,

    deverão ser instalados estribos de espera para aterramentos.

    9.1.14 - Miscelânea

    Isolador de Pino

    a) Isolador antipoluição multicorpo (RT-15):

    Terão sua utilização exclusiva na orla marítima da área de concessão da Energisa

    Sergipe, até 1 km distante perpendicularmente à orla e em áreas onde exista poluição

    industrial.

    b) Isolador Pilar de porcelana:

    Para Energisa Tocantins, Mato Grosso do Sul, Energisa Mato Grosso, Energisa

    Sul Sudeste, Energisa Nova Friburgo e Energisa Minas Gerais terão sua

    utilização em redes convencionais (nuas). Na área de concessão da Energisa

    Paraíba será utilizado isolador de 25 kV até 500 metros da orla. Entre 500

    metros e 2 km utilizar isoladores de 15 kV.

    c) Isolador de polimérico:

    Terão sua utilização na área de concessão da Energisa Borborema e na Energisa

    Paraíba terão sua utilização nos casos não enquadrados na letra b, na Energisa Sergipe,

    deverá ser usado nos casos não enquadrados na letra a.

    Em todas as distribuidoras terão sua utilização nas redes compactas.

    NOTA: O isolador polimérico quando usado na rede convencional (nua), terá que ser

    instalado acompanhado do coxim.

    Conexões

    Nas redes primárias serão utilizados os conectores a compressão Tipo H, nas

    empresas Energisa Nova Friburgo e Energisa Minas Gerais e conectores de derivação Tipo

    Cunha na Energisa Tocantins, Mato Grosso do Sul, Energisa Mato Grosso, Energisa Sul

    Sudeste, Energisa Borborema, Energisa Sergipe e Energisa Paraíba; aplicados com o uso

    de ferramenta própria e com cartucho adequado. No caso da rede compacta este conector

    deverá ser aplicado com capa de proteção.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    29

    Em todas as conexões nos condutores fases com cabo coberto, é necessário o

    restabelecimento da cobertura do cabo.

    Nas conexões de neutro da rede serão utilizados conectores a compressão Tipo “H”

    na Energisa Nova Friburgo e Energisa Minas Gerais e conectores Tipo “Cunha” na Energisa

    Sergipe, Energisa Tocantins, Mato Grosso do Sul, Energisa Mato Grosso, Energisa Sul

    Sudeste, Energisa Borborema e Energisa Paraíba.

    Onde houver necessidade de se instalar o grampo de linha viva deverá ser utilizado o

    conector estribo.

    Emendas

    Quando forem necessárias emendas nos condutores das redes de distribuição, em

    MT ou BT a concessionária deverá ser consultada.

    Alças pré-formadas

    As alças adotadas para condutores de alumínio serão de aço galvanizado e aço

    aluminizado, devendo esta última ser utilizada em toda área de concessão da Energisa

    Sergipe, Energisa Borborema e Energisa Paraíba.

    Espaçadores Losangular

    Na instalação dos espaçadores em intervalos regulares ao longo do vão conforme

    desenhos 74,76 e 77 da NDU-004 deverão ser adotados os seguintes critérios:

    - Em estruturas ancoradas ou com instalação de equipamentos de manobra serão

    instalados a 10m aproximadamente, á direita e a esquerda do poste.

    - Ao longo do vão serão instalados em intervalos de 7 a 11m, obedecidas as

    condições anteriores.

    Separador vertical

    Terá sua utilização na rede compacta, com a finalidade de permitir a conexão de

    circuitos no meio de vãos, conforme desenho 76 da NDU-004, exceto para Energisa

    Paraíba, Energisa Borborema e Energisa Mato Grosso do Sul, Cruzamentos com

    conexão.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    30

    - No cruzamento entre redes convencionais (cabos nus), o ramal deverá sempre

    passar no nível inferior ao tronco da rede.

    - No cruzamento entre redes convencionais (cabos nus) e redes compactas (cabos

    protegidos), esta última deverá sempre passar no nível superior.

    - No cruzamento entre redes compactas (cabos protegidos) as mesmas deverão

    passar em disposição vertical fazendo uso do separador e no mesmo nível.

    NOTA: Na Energisa Paraíba e Energisa Borborema não são permitidas cruzamentos

    com conexão aérea (flying-tap).

    Tipos de conexão e amarração

    - Conexão/amarração para rede convencional conforme desenhos 39 a 43 da

    NDU- 004.

    - Conexão/amarração para rede protegida conforme desenhos 74 a 88 da NDU-

    004.

    9.2. Transformador de Distribuição

    Serão utilizados transformadores trifásicos conforme padronização da norma NDU-

    008.

    9.2.1 - Potências Padronizadas

    As potências nominais, padronizadas para transformadores de distribuição para

    postes a serem utilizados em redes aéreas urbanas, são as seguintes:

    Transformadores trifásicos: 15; 30; 45; 75; 112,5; 150; 225 e 300 kVA, sendo este

    último somente para Energisa Sul Sudeste, Energisa Paraíba, Energisa Borborema e

    Energisa Nova Friburgo.

    Os transformadores trifásicos de 112,5, 150, 225 e 300 KVA devem ser utilizados

    em áreas tipicamente comerciais, industriais ou nos casos de atendimento a múltiplas

    unidades.

    Nota: Na área de concessão da Energisa Sergipe, os transformadores com classe de

    15kV deverão possuir as buchas de média tensão classe 25kV.

    9.2.2 - Dimensionamento

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    31

    Os transformadores deverão ser dimensionados de tal forma a minimizar os custos

    anuais de investimento inicial, substituição e perdas, dentro de um horizonte considerado

    adequado, conforme desenho 06.

    Carregamento

    O carregamento máximo dos transformadores deverá ser fixado em função da

    impedância interna, perfil de tensão adotado e levando-se também em conta os limites de

    aquecimento, sem prejuízo da sua vida útil conforme os desenhos 06, 07 e 08. Os valores

    da queda de tensão interna dos transformadores de distribuição estão na tabela 09.

    9.2.3 - Localização

    A instalação de transformadores deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos

    básicos:

    a) Estar tanto quanto possível no centro de carga.

    b) Estar próximo às cargas concentradas, principalmente as que possam ocasionar

    flutuações de tensão.

    c) Localizado de tal forma que as futuras relocações sejam minimizadas.

    d) Localizado em locais de fácil acesso, visando facilitar a operação e substituição.

    e) Não instalar em esquinas. Em casos específicos consultar a concessionária.

    9.2.4 - Proteção Contra Sobrecorrentes

    A proteção de transformadores contra sobrecorrentes deve ser feita através da

    instalação de chaves fusíveis cujos elos fusíveis estão definidos nas tabelas 06 e 07.

    9.3. Rede Secundária

    O dimensionamento elétrico de um circuito de distribuição em Baixa Tensão é feito

    verificando-se os 02 (dois) parâmetros principais, a saber: queda de tensão e o limite

    térmico dos cabos. Os comprimentos usuais das redes secundárias fazem com que, na

    maioria dos casos, seja suficiente o cálculo de queda de tensão; no entanto, em casos

    especiais de circuitos muito curtos (cargas elevadas), é necessário fazer a verificação do

    limite térmico. Não são feitas restrições quanto às perdas nos projetos de redes

    secundárias, porque os limites de queda de tensão estabelecidos são suficientes para

    restringir as perdas a níveis aceitáveis.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    32

    9.3.1 - Definição

    A rede secundária deverá ser alimentada por transformadores trifásicos

    9.3.2 - Níveis de Tensão

    As faixas de tensão favorável e tensão tolerável permitida estão definidas nas

    tabelas 10 e 11.

    9.3.3 - Configuração Básica

    A configuração da rede secundária dependerá basicamente das condições de projeto

    em virtude do traçado das ruas e densidade de carga, buscando-se sempre a otimização

    técnico-econômica.

    9.3.4 - Condutores Utilizados

    Os condutores a serem utilizados nos projetos de rede secundária serão cabos de

    alumínio multiplexados, com condutores fase em alumínio isolados em polietileno (XLPE-

    90°C) para 0,6/ 1 kV e condutor mensageiro (neutro) nu em liga de alumínio, nas seguintes

    formações, cujas características básicas estão indicadas nas tabelas 28 e 29.

    Circuitos monofásicos (2 fios) - (Energisa Mato Grosso, Energisa Nova Friburgo,

    Energisa Borborema e Energisa Paraíba)

    - 2 x 1x 25 + 25 mm²

    - 2 x 1x 35 + 35 mm2

    Circuitos bifásicos (3 fios) - (Energisa Tocantins, Energisa Sul Sudeste, , Energisa

    Minas Gerais e Energisa Sergipe)

    - 2 x 1 x 25 + 25 mm²

    - 2 x 1 x 35 + 35 mm²

    Circuitos trifásicos (4 fios)

    - 3 x 1 x 35 + 35 mm²

    - 3 x 1 x 70 + 70 mm²

    - 3 x 1 x 120 + 70 mm²

    - 3 x 1 x 185 + 120 mm²

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    33

    NOTA: Utilização de cabo multiplex com neutro isolado de 35 (35), 70 (70) e 120

    (70) ou (120) mm2 e utilização de alça de aço aluminizado para as empresas Energisa

    Paraíba, Energisa Borborema e Energisa Sergipe em áreas litorâneas.

    Formação

    O cabo completo compreende:

    a) 2 ou 3 condutores fase, constituídos por fios de alumínio, de seção circular,

    recobertos por uma camada isolante;

    b) Condutor neutro (mensageiro) será nu, formado por fios de liga de alumínio de

    seção circular ou neutro isolado em áreas litorâneas.

    Identificação

    A isolação dos todos os condutores fase deve ser marcada, de forma legível e

    indelével, em intervalos regulares de 500 mm, com as seguintes informações mínimas:

    a) Nome e/ou marca comercial do fabricante;

    b) Tensão de isolamento (0,6/1kV);

    c) Material de isolação (XLPE);

    d) Ano de fabricação.

    Nos cabos com mais de um condutor por fase, cada uma delas deve ser diferenciada

    conforme tabela a seguir, desde que essa marcação não interfira na identificação dos

    condutores:

    Condutor Cores

    Fase 1 (A) Preta

    Fase 2 (B) Cinza

    Fase 3 (C) Vermelha

    Neutro (quando isolado) Azul-clara

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    34

    Dimensionamento de Condutores

    Critérios gerais:

    A rede secundária deverá ser dimensionada de tal forma a minimizar os custos de

    investimento inicial, ampliações e modificações dentro do horizonte de projeto,

    considerando a bitola mínima recomendada para o condutor tronco em função da

    ampacidade, de acordo com a tabela 12.

    Importante:

    - Na elaboração do projeto, deve-se atentar para os critérios relativos à máxima

    queda de tensão admissível, levando-se em conta o crescimento vegetativo para o local.

    - No dimensionamento elétrico deve-se considerar que o atendimento ao

    crescimento da carga será feito procurando-se esgotar a capacidade de corrente dos

    condutores e a máxima queda de tensão permitida.

    9.3.5 - Queda de tensão

    Queda de tensão secundária é a queda compreendida entre os bornes secundários

    do transformador de distribuição e o ponto de maior valor distância x corrente, conforme

    desenhos 07 e 08.

    O horizonte de projeto deverá ser de 12 anos e os valores das máximas quedas de

    tensão no final deste horizonte limita-se a:

    - Rede secundária monofásica: 3 %

    - Rede secundária bifásica: 3 %

    - Rede secundária trifásica: 3 %

    Para o cálculo de queda de tensão deve ser usado o formulário constante na tabela

    34. No cálculo de circuitos ou trechos em anel não é necessário que as quedas de tensão

    no ponto escolhido para abertura sejam iguais, bastando que ambas sejam inferiores aos

    máximos permitidos.

    Os coeficientes de queda de tensão a serem empregados são os constantes nas

    tabelas 31, 32 e 33.

    9.3.6 - Reformas/melhoramentos e Reforço

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    35

    Ao elaborar projetos de reformas/melhoramentos e reforço, deve-se analisar uma

    área representativa, de forma a se otimizar o dimensionamento dos circuitos, mediante o

    aproveitamento da potência disponível em transformadores. Isso deve ser feito analisando

    não só os circuitos em questão, mas também os adjacentes, os adjacentes aos adjacentes

    e assim sucessivamente, até que mediante remanejamento de carga entre circuitos, troca

    e/ou deslocamento de transformadores e divisão de circuitos, se consiga atender toda uma

    área dentro dos critérios técnicos - econômicos mais adequados, conforme estabelecido

    nessa norma.

    9.3.7 - Equilíbrio de fases

    No processo de cálculo elétrico utilizado para fins de projeto de redes secundárias, a

    carga deve ser considerada como equilibrada.

    Aplicável a qualquer tipo de projeto (reforma/ melhoramento, extensão ou rede nova),

    o estudo do balanceamento de fases no secundário de cada transformador deve ser

    efetuado, uma vez que o desequilíbrio sensível de cargas provoca queda de tensão elevada

    na fase mais carregada e o aparecimento de altas correntes no neutro, sobrecarregando

    condutores e transformadores.

    Para avaliar a influência do desequilíbrio de fases é utilizado como indicador, o índice

    de desequilíbrio determinado pela expressão:

    100

    ||%M

    MF

    I

    IIId

    3

    CBA

    M

    IIII

    IM = Corrente média das fases. IF = Corrente da fase. Id %= Índice de desequilíbrio por fase.

    Se Id% de pelo menos uma das fases for maior que 15%, deverá ser feito estudo de

    remanejamento dos consumidores monofásicos ou bifásicos, bem como os ramais da rede

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    36

    de distribuição monofásicos ou bifásicos, procurando-se eliminar o desequilíbrio nos bornes

    secundários do transformador. Apesar de se procurar equilibrar as cargas entre as fases,

    os resultados desse balanceamento devem ser periodicamente aferidos através de

    medições posteriores dos circuitos.

    Critérios de projeto

    Nos projetos de modificações, reformas/melhoramentos e reforço, quando o

    desequilíbrio verificado for superior ao valor máximo permissível, deve ser previsto o

    correspondente equilíbrio, discriminando-se as fases de cada ramal de ligação. Também

    devem ser seguidos os seguintes procedimentos:

    Remanejamento de cargas para circuitos adjacentes;

    Remanejamento de transformadores, substituindo os sobrecarregados pelos

    subcarregados, realizando isto, sempre que possível, dentro da mesma localidade.

    Para os projetos de redes novas e extensões de rede, os eletricistas devem ser

    orientados para procurarem distribuir convenientemente as fases nas novas ligações.

    Especificar as fases, nos dois trechos, quando derivar uma rede com número de

    fases menor que o da rede principal.

    Preferencialmente deve-se projetar a posteação no lado oposto ao da arborização.

    9.3.8 - Iluminação Pública

    A responsabilidade sobre a Iluminação Pública é sempre da Prefeitura Municipal,

    para projetos elétricos e execuções deve-se consultar a concessionaria.

    9.3.10 - Iluminação Interna de condomínios

    Para projetos elétricos e execuções deve-se consultar a concessionaria.

    9.3.11 - Miscelânea

    Conexões

    Nas redes secundárias serão utilizados os conectores Tipo Perfuração para os

    condutores fase dos ramais de ligação e rede de BT e conector Tipo Cunha para o condutor

    neutro dos ramais de ligação.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    37

    Nas conexões de neutro da rede serão utilizados conectores a compressão Tipo H

    na Energisa Nova Friburgo e na Energisa Minas Gerais e conectores Tipo Cunha na

    Energisa Tocantins, Energisa Mato Grosso do Sul, Energisa Mato Grosso, Energisa Sul

    Sudeste, Energisa Borborema, Energisa Sergipe e Energisa Paraíba.

    Nas saídas dos transformadores, as conexões à rede secundária serão feitas através

    de terminais à compressão ligados diretamente às buchas do transformador, conforme

    NDU-004.

    Na Energisa Tocantins, os cabos de saída do secundário do transformador para

    conexão com a rede secundária isolada, devem ser de cobre isolado para 0,6/1kV, com

    bitola de 95mm² para transformadores trifásicos e de 50mm² para transformadores

    monofásicos, conforme mostrado na NDU 004.

    Deixar uma sobra nos cabos de saída do secundário do transformador para

    instalação de aparelhos de medição.

    Com o objetivo de evitar a penetração de umidade, comprometendo a isolação do

    condutor, todos os pontos de conexão, onde o cabo isolado for aberto, deverão ter sua

    isolação recomposta com fita de autofusão + fita isolante.

    As conexões dos ramais de serviços deverão ser conforme a tabela 14.

    9.4. Previsão de Crescimento de Carga

    Em projetos de redes novas, extensões de rede e reformas, é necessário estimar o

    crescimento vegetativo da carga, de forma a otimizar o dimensionamento das redes

    secundária e primária, bem como do transformador de distribuição.

    Os desenhos 06, 07 e 08 apresentam os valores iniciais máximos de carregamento

    para transformadores e de queda de tensão para circuitos secundários monofásicos e

    trifásicos respectivamente, levando-se em consideração o índice de crescimento vegetativo

    da carga e o horizonte de projeto considerado.

    Esses gráficos devem ser usados para o dimensionamento dos transformadores e

    dos circuitos secundários, sendo necessário ressaltar que, em função do exposto no

    primeiro parágrafo deste item, o horizonte de projeto e o crescimento vegetativo adotados

    devem ser valores invariavelmente pequenos, ficando sua definição pautada nos aspectos

    técnicos e econômicos.

  • ______________________________________________________________________________________ NDU-006 VERSÃO 4.0 FEVEREIRO/2017

    38

    A escolha do transformador adequado a um determinado circuito deve obedecer aos

    seguintes passos:

    a) Determinar a demanda atual do circuito conforme o item 7;

    b) Definir o índice de crescimento vegetat