revista municipal nº 8

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QUADRIMESTRAL • Nº 8 • JULHO / OUTUBRO 2002

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Revista Municpal Nº 8 - Novembro 2002

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Depósito Legal N.º 166330/01ISSN: 0872-22129

SUMÁRIO

Propriedade e EdiçãoCÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL

DirecçãoARISTIDES LOURENÇO SÉCIO (PRESIDENTE)

Coordenação GeralEUGÉNIA CORREIA DE SOUSA (VEREADORA DA

CULTURA)VITOR PINT O LEMOS (CHEFE DE GAB. DEAPOIO

AO PRESIDENTE)

Coordenação RedactorialBRUNO FIALHO

(GABINETE D E INFORMAÇÃO E RELAÇÕES

PÚBLICAS)

Equipa de Colaboração PermanenteAMÂNDIO CAETANO, ANTÓNIO CUSTÓDIO,EDGAR EMIDIO, JOÃO LUDGERO, PAULA

FRANCO

Colaboraram ainda nesta edição:RICARDO COELHO, TERESA PORFÍRIO

FotografiaARQUIVO FOTOGRÁFICO DA C.M.C.

Concepção e Composição GráficaANTÓNIO PEDRO / BRUNO FIALHO (G.I.R.P.)

Acabamento e ImpressãoLITOMAIOR, LDA.

Publicação QUADRIMESTRAL

Tiragem 5000 EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

REVISTA DACÂMARA MUNICIPAL DE CADAVALSérie III • Nº 8 • Julho a Outubrode 2002

Editorial 3

Investir no Concelho 4Infra-estruturas e acessos à zona de expansão do Vale de AbrigoRequalificar e Valorizar as nossas freguesiasRequalificar o Largo da Igreja e Zona Envolvente

A História do Concelho 6Inaugurado Museu Municipal do Cadaval

Cultura & Educação 9Agrupamento de Escolas: por um ensino melhorNovo modelo para a Componente de Apoio à FamíliaFesta pedagógica recebe alunos do Concelho

Centrais 12FESTA DAS ADIAFAS: Agraciar o que da terra saiu

Informar o Munícipe 14“Os Nossos Recursos Humanos”: equipa do “Ambiente”Modernização administrativa da CMC será financiada

Ambiente & Turismo 16Educação Ambiental: uma disciplina da vidaAves foram observadas em Montejunto

A Economia do Concelho 17Conferência: “O vinho e a sua importância na economianacional”

Desporto & Tempos Livres 1824º Troféu Joaquim Agostinho passou por MontejuntoTorneio de chinquilho mantém viva a tradição1º Passeio de BTT do Cadaval

Acção Social & Saúde 20Rescaldo das Colónias de Férias para crianças e idososSexo, Sida e Droga: uma trilogia a não esquecer

Parar p’ra conversar 21Rui Nunes Lopes: «Sentia a obrigação de fazer qualquer coisa»IMPRESSO EM PAPEL RECICLADO

Em Separata:Deliberar sobre o ConcelhoOutras Obras

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EditorialEditorial

Caros Munícipes,

Esta edição trata de um conjunto importante de rubricas que, no seutodo, retractam a actividade do Município e cada uma delas elucida,

de forma clara, os diferentes aspectos abordados fazendo, estou certo,desta publicação um veículo de informação importante, como naturalmenteseria de esperar deste tipo de revista.Chegou, pois, a hora de voltar ao contacto com os Munícipes, atravésdeste editorial que quero que constitua, também, outro espaço onde possadar-vos conta, ainda que de uma forma sucinta, das linhas-mestras dotrabalho que vimos realizando ou pensamos realizar, no desempenhodas funções de que estamos investidos.Quando este número chegar às mãos dos leitores já estaremos no novo anoe, por conseguinte, fora do período de publicação inicialmente traçado. Asdificuldades que se prendem com a regular publicação e a necessidade dereduzir custos, levaram-nos a reequacionar a periodicidade da mesma.Assim, a Revista Municipal passará a ser publicada quadrimestralmente,para que se coadune mais com o calendário dos acontecimentos munici-pais mais importantes, ou seja, três edições por ano - Novembro a Feve-reiro, Março a Junho e Julho a Outubro.Depois de uma análise apurada ao estado caótico em que encontrámos aautarquia, verificámos, ao nível financeiro, que as dívidas encontradas -como já referimos no número anterior - ascendiam a três milhões e quinhen-tos mil euros (setecentos mil contos), deparando-nos, também, com compro-missos, assumidos no âmbito do Programa Operacional, cujos valores ron-davam um milhão e quinhentos mil euros (trezentos mil contos). Em termosorgânicos, viemos encontrar os serviços insuficientemente dimensionadospara o conjunto de tarefas, para as quais a Câmara tem que dar respostacom serviços céleres e de qualidade, de modo a poderem ir ao encontro damelhoria do nível de vida de um Concelho que, depois de vários QuadrosComunitários de Apoio, ainda tem necessidades básicas, tais como a falta deredes de águas e esgotos em muitas das suas localidades, a começar logopela própria Vila.Por outro lado, encontrámos um conjunto de projectos - com obras já emcurso, em vias de execução ou construídas - que têm sido problemáticosde executar ou de pôr em funcionamento, resultando na prestação de umserviço deficiente por parte da autarquia. Veja-se o caso da piscina muni-cipal que, tendo a sua construção sido de péssima qualidade, a gestãoanterior recepcionou a obra sem antes ter verificado se a mesma estavade acordo com o projecto ou se haviam sido cumpridos todos os preceitoslegais, inviabilizando, agora, a aplicação de multas ao empreiteiro porparte da Câmara.Em termos da rede viária, o cenário tem sido igualmente complicado. Veja-se o caso do Painho que tendo a ponte sido construída à pressa, nãoforam negociados, com os proprietários, os terrenos necessários para oalargamento do acesso àquela estrutura.

O Presidente,

«O ano de 2003 será o ano de viragem para uma prestação de serviços da autarquia, modernae qualificada. Para isso, irão verificar-se alterações significativas, de um modo geral,

em toda a Câmara, com vista a alcançar os objectivos a que nos propusemos»

A Estrada Nacional 115 - Alto do Bacalhau/Palhoça é outro caso que nãofoi bem conduzido pela anterior gestão. Foi esquecido que era necessárioum projecto para substituição da rede de águas e esgotos dentro daVermelha e também não foi tido em linha de conta que o projecto nãoprevia a camada de regularização de alcatrão.Igualmente foi esquecida a necessidade de negociar, com os proprietári-os, os terrenos para as duas rotundas previstas na Dagorda e na Palho-ça. Não se julgue que tudo isto foi uma questão meramente técnica, oproblema resultou da insuficiência de meios técnicos humanos para darresposta à actividade da autarquia.Apesar de tudo, encontrámos uma equipa de colaboradores competentesque, na generalidade, estava ávida de organização, de formação erequalificação profissional.A falta de preparação para implementar o POCAL (Programa Oficial deContabilidade das Autarquias Locais) constitui, entre outras, uma dasmaiores lacunas de gestão do anterior executivo, facto que teve, tem eterá, ainda no início de 2003, efeitos negativos no funcionamento adequa-do da Câmara.Identificados que estão os estrangulamentos que têm condicionadoum maior dinamismo e eficiência dos serviços, conhecidos os secto-res onde há excesso e, sobretudo, falta de recursos materiais ehumanos, agendadas que estão acções de formação de funcionári-os, de acordo com as reais necessidades dos serviços, continuare-mos a implementar acções concretas,indo ao encontro das expectativas dapopulação do Concelho.O ano de 2003 será o ano de viragempara uma prestação de serviços daautarquia, moderna e qualificada. Para isso,irão verificar-se alterações significativas, deum modo geral, em toda a Câmara, comvista a alcançar os objectivos a quenos propusemos.Confiante na equipa de trabalhado-res da autarquia para levar por dian-te as reformas necessárias à mudan-ça que se impõe, tenho a certeza quecontarei com todos os Munícipespara, todos juntos, puxarmos oConcelho para a frente.Conto consigo, Caro Munícipe,juntos faremos um Cadavalmelhor.BOM ANO!

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Considerada área prioritária de intervenção,a sinalização rodoviária é elemento indispen-sável de informação ao condutor e peões.Na sequência do Protocolo celebrado entre aAutarquia, o Governo Civil e a DGV ( videRev. 6), foi consignada a emprei-tada para a colocação dosseguintes sistemas de sinali-zação: Luminosa Automática:

– Casarão, freguesia dePainho – Cruzamento daEN-115 com a EN-361;– Charco, freguesia deLamas – Cruzamento da EN-1 com a Em-517.

Detecção e controlo de excesso de velo-cidade e sistema de travessia de peões –Redutores de Velocidade:

– Chão do Sapo, freguesia de Lamas –Junto à Escola e no Cruzamento da EN-1com a EM 574;– Vermelha , freguesia de Vermelha – juntoàs Escolas Primária e Pré-Primária.

A intervenção nos Caminhos Ru-rais que ligam os lugares de: Ver-melha/Vale Canada, Murteira/Pó-voa e Boiça do Louro/Casais Gai-ola, decorrentes da medida AGRISanteriormente explanada (vide Rev.6) tem o objectivo de melhorar asacessibilidades e facilitar a circu-lação de pessoas e equipamentos,nas zonas rurais do Concelho.

INFRA-ESTRUTURAS E ACESSOS À ZONA DE EXPANSÃOURBANA DO VALE DE ABRIGO – 1ª Fase

Este Projecto caracteriza-se pela execução de arruamentos, passeios e rede de saneamento na zona de expansão do Vale deAbrigo, nas imediações da Central de Camionagem e do edifício do Palácio da Justiça, ambos em fase de construção.

Intervenção em Caminhos Rurais

A obra foi adjudicada à firma “Mário Pe-reira Cartaxo”, pelo valor de 105.585,69€.Os pavimentos dos arruamentos serão embetume asfáltico, sendo os estacionamen-tos, passeios e Rua (em frente ao Palácioda Justiça), em blocos de betão.

Acções no domínio daSegurança Rodoviária

... Investir n

o Con

celho

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PAVIMENTO EM CALÇADA

Na 1ª Fase de Requalificação Urbana das Freguesias está incluído o Arranjo Urbanísticoda Rua Principal, em Alguber.O concurso para execução da obra encontra-se em fase de audiência prévia dosconcorrentes, prevendo-se que as obras sejam iniciadas em Janeiro de 2003.Este projecto tem por objectivo uma intervenção no eixo principal de Alguber e largo daIgreja. Propõe-se a demolição do apoio sanitário existente bem como recuperação desseespaço, a plantação junto ao talude e a colocação de bancos ao longo do passeio, sendogarantidos os estacionamentos no largo da Igreja.

... Investir n

o Con

celho

Arranjo Urbanístico do Painho (em fase de conclusão)

Arranjo Urbanísticode Alguber

REQUALIFICARE VALORIZARAS NOSSASFREGUESIAS

A Requalificação Urbanística da Rua das Escolas Velhas, na Dagorda, foi adjudicada à firma “Asibel”, pelo valor de

29.989,87 euros, e encontra-se em fase de conclusão.O projecto de execução foi elaborado pelos serviços técnicos daAutarquia, e visa criar (a sul) uma zona de passeio junto aosedifícios, em calçada, assim como a pavimentação do arruamentoprincipal e da praça, destacando-se a existência de um bebedouro

A Requalificação e Valorização das Fre-guesias trata-se, como se explicou emedições anteriores, da execução de obrasessenciais em termos de estratégia de va-lorização urbana das Freguesias, tendoem vista uma melhor circulação de pes-soas e veículos e pela necessidade de secriarem pequenos espaços de lazer, nasnossas aldeias.

colocado a Norte, do qual se forma uma guia de pavimento em jeito de valeta que encaminha as águas para a zona central da praça.Optou-setambém pela execução de caldeiras para a colocação de árvores, que se dispõem de forma a criar uma “cortina” visual e física em relação ao espaçode lazer e a rua de circulação automóvel. No alinhamento das árvores foram colocados bancos.

Arranjo Urbanístico da Rua das Escolas Velhas, na Dagorda

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... Investir n

o Con

celho Este projecto está inserido no Programa Estratégico de Requalificação Urbana do Cadaval e representa uma

operação urbanística prioritária para a Autarquia. Com a recuperação da Igreja Matriz da Vila em execução, aintervenção proposta vem reforçar o caracter polarizador do núcleo antigo da Vila.

P retende-se, com este projecto, dotar este espaço de uma dignida-de própria, incidindo o arranjo, fundamentalmente, nos pavimen-

tos, com a introdução de uma malha reticular composta por algumaspedras nobres, como o granito e o lioz. É necessário, também, concluiros muros que ladeiam o adro e introduzir iluminação adequada.Naquele espaço, será preconizado um mobiliário urbano de grandequalidade, composto por bancos de exterior, papeleiras, dissuadoresde tráfego e apoios de bicicletas.O projecto procura não só a integração paisagística da Igreja como acriação de espaços de estadia e lazer.

A escolha dos carvalhos para o adro da Igreja, prende-se com a simbó-lica secularidade dos mesmos, com referências à própria instituiçãocatólica, bem como os ciprestes que representam uma ligação ao cultosagrado e toda a ambiência exigida para o local.No talude adjacente as tonalidades dominantes são a purpura e obranco.A reconversão do largo da Igreja e zona envolvente vem potenciar aqualificação do conjunto habitacional periférico, oferecendo apetênciapara a fixação da população e para o aumento da oferta comercial.

Valorizar o núcleo antigo da Vila

Requalificar o Largo da Igrejae Zona Envolvente

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Inaugurado Museu Municipal do Cadaval

Para gáudio da população concelhia e integrando-se no programada “Festa das Adiafas” deste ano, foi inaugurado, a 12 de Outubro,

o Museu Municipal do Cadaval. A cerimónia inaugural contou com apresença de Sua Excelência o Senhor Ministro da Cultura, Dr. PedroRoseta e de Aristides Sécio, Presidente desta edilidade.A comitiva participante neste evento, composta por elementos dos dife-rentes Órgãos do Município, representantes de diversas instituições epopulação local, foi recebida por uma breve actuação da Banda Filar-mónica 1º de Dezembro, de Pragança. Após a recepção, procedeu-seao descerramento da placa inaugural do novo espaço museológico,seguido por uma visita oficial ao seu interior. A cerimónia culminou comuma palestra onde discursaram ilustres individualidades presentes.

Um diversificado espólio a visitar

O Museu Municipal convida a uma “viagem” desde os tempos maisremotos até à actualidade, num percurso que abrange a Paleontologia,a Arqueologia, a História e o Património Cultural do Concelho.Logo no átrio, podem observar-se alguns fósseis de animaisinvertebrados e de dinossauros aqui descobertos.Na sala de arqueologia, por seu turno, estão expostos materiais pré-

Baluarte do património concelhioCom a abertura do Museu Municipal, o Concelho do Cadaval passa, finalmente, a ter umespaço privilegiado para a perpetuação da sua memória, permitindo conciliar as vertentes deconservação, investigação e divulgação dos vestígios legados por antepassados, que hojeconstituem seu incontestável património.

históricos das grutas e dos castrosda Serra de Montejunto, com des-taque para as peças metálicas dasIdades do Cobre e do Bronze.Da época romana, podem serapreciados objectos provenientesde diversos locais do Concelho.E no exterior do Museu podemainda ver-se colunas romanas empedra recolhidas na villa romanade Borjigas.Remontando à época medieval,expõem-se algumas cabeceirasde sepultura e um importantecapitel decorado de época mo-çárabe, recolhido na Igreja doCadaval.No que toca à História do Con-celho, destacam-se o Foral doCadaval de 1513 e o Mapa davila do Cadaval que mostra,numa pintura, como era estapovoação no final do séculoXVIII.Num conjunto de fotografias an-

Ministro da Cultura na Cerimónia Inaugural

... a História do C

oncelh

o

tigas, pode observar-se como era a vila do Cadaval e a sua vidacultural e recreativa, desde o início do século XX. Os diversos as-pectos do património cultural são apresentados em imagens quemostram os moinhos, as fontes e as igrejas mais importantes. Destepatrimónio, destaca-se a Real Fábrica do Gelo, Monumento Nacio-nal situado na Serra de Montejunto.No Museu Municipal, visitantes e estudiosos podem ainda consultarjornais e documentos antigos, no Arquivo Histórico, e ler livros nabiblioteca.Finalmente, no espaço de audiovisual podem ser vistas imagens dodiverso património cultural do Concelho.

No que toca a custos de recuperação do edifício, adaptação da salaconsagrada ao Museu e espaço exterior orçou em mais de 21 mil contos(acima dos €104.748,00), tendo este valor sido co-financiado pela“LeaderOeste” em mais de 15 mil contos ( acima dos €74.820,00), valorcorrespondente a 75 por cento daquele investimento.Quanto a custos relacionados, essencialmente, com o apetrechamento eexposição ultrapassaram os 30 mil contos (mais de €149.639,00).

Custos de Investimento

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Neste Monumento Nacional, situado naSerra de Montejunto, os jovens inscritosno programa Ocupação de Tempos Li-vres realizaram, nos turnos do mês deAgosto, a limpeza de um tanque / cisternae de cinco tabuleiros para o fabrico dogelo. O trabalho consistiu na retirada deervas e algum mato que cobriam estasestruturas e de alguma terra que se en-contrava acumulada no seu interior.Esta acção, orientada pelo Museu Muni-cipal do Cadaval, visou permitir que osvisitantes da Fábrica do Gelo pudessem,apreciar estas estruturas do século XVIIIcom mais clareza, além de se prevenir asua degradação. No entanto, ficaram ain-da 39 tabuleiros por limpar, sendo um tra-balho que se espera poder ser retomadopara o próximo ano.

... a História do C

oncelh

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Texto de José Alberto Duarte, Cadaval

Ajude-nos a recordar o Cadavalde outrora, contando-nos antigaslendas ou histórias de vida, envi-ando fotos ou fornecendo o con-tacto de pessoas que tenham re-latos sobre a vida concelhia de ou-tros tempos.Faça chegar a sua documenta-ção, devidamente identificada -com nome, localidade e contac-to - ao Gabinete de Informaçãoe Relações Públicas da CâmaraMunicipal, Av. Dr. Francisco SáCarneiro, 2550 – 103 CADAVAL.Poderá, ainda, contactar-nosatravés do correio electrónico [email protected],pelo telefone 262.699 060 ou ain-da através do fax 262 695 270.Caso pretenda reaver a sua do-cumentação, deverá mencioná-lo, caso contrário, ela ficará de-positada na C.M.C. ou no Mu-seu Municipal do Cadaval.

Memóriasdo Concelho

Memórias do Concelho

Programa OTL 2002 - Projecto Cultura

Jovens do OTL limpam estruturas da Real Fábrica de Gelo

Os Jardins de Infância: Antes e Depois do 25 de Abril

Antes existiam os mais novos...Depois continuaram a existir os mais novos...

A Revolução revolucionou mas não deverá ofuscar o que de bom antes era feito...

Em 1974, Fevereiro. A revolução estava próxima.O “Notícias do Cadaval” festejava o seu III aniversário.Uniram-se esforços – Jornal e Câmara – surgiu um Jardim Infantil.Hoje, em seu lugar, junto ao Museu e antigo edifício da Câmara, surge um espaço urbanizado.Dois meses depois estalava a Revolução de Abril. O antes e depois começou a estar em causa. O dito jardiminfantil, porque tinha nascido no tempo da “outra senhora”, não chegou a ser adoptado pela nova onda deresponsáveis e foi morar para o outro lado da rua, mais precisamente para os terrenos da Misericórdia, nolocal onde lá mais atrás existiu uma Praça de Touros e que agora serve de refúgio aos mais idosos.O nosso Jardim Infantil, que antes já era jardim - o Jardim Municipal -, sucumbiu à nascença.Não deixou vestígios e poucos souberam, a não ser os fiéis leitores do nosso periódico, que estas iniciativasresultavam de aproveitamentos e improvisações, já que as verbas não abundavam. Lê-se, dado passo, noartigo publicado no n.º 36 do “Notícias”, a propósito da sua implantação: “Lá se podem ver algumas vigasde ferro que foram arrancadas da cadeia em abandono, no balouço. O pé do candeeiro , que antiga-mente se erguia na Praça da República, lá está a servir de base ao carrossel e a própria vedação foiretirada das Escolas Primárias, quando a Direcção Escolar determinou a unificação dos sexos...”.Asdrúbal da Silva Cruz, o “Toino” da Hortense e o Carlos Alberto Pinto Clemente, funcionários da edilidadede então, aparecem na reportagem como os executantes deste, na altura, interessante lançamento –felizmente ainda entre nós.Hoje temos o prazer de ver dois bons parques infantis, onde os custos não constituem problema... (só lápissão mais de uma dúzia) mas transparece um mal dos nossos tempos – a falta de uso e de aproveitamento.São muitos e variados os meios de diversão ao alcance dos mais novos. Que a abundância e as facilidadesnão lhes quebrem, em demasia, a imaginação e a dinâmica útil para enfrentar o futuro.Há valores que o tempo e as grandes mutações sociais e políticas, por muito boas que sejam, não devemdesfazer...

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ARevista Municipal é um meio privilegiado para o contacto com a população da área geográfica a que respeita, qual-

quer que seja a sua idade, actividade ou formação. Daí queaproveitemos o convite que a Autarquia nos endereçou parafalarmos de Educação e mais concretamente do Agrupamentode Jardins de Infância e Escolas do Concelho de Cadaval, re-centemente formado.Porque nos dirigimos a um público diversificado, importa escla-recer o que é um agrupamento, qual o seu enquadramento equais os seus objectivos.O seu enquadramento legal é estabelecido pelo D.L. n.º115 – A/98, pela Lei n.º 24/99, bem como pelo Decreto Regulamentarn.º 12/2000. É precisamente este último que, no seu artigo 2º,define o agrupamento como «unidade organizacional dotada deórgãos próprios de administração e gestão», integrando esta-belecimentos de ensino dos vários níveis do ensino básico.O agrupamento tem como objectivos garantir a sequencialidadee articulação do percurso escolar dos alunos de uma determina-da área geográfica; superar situações de isolamento, prevenin-do o abandono escolar e a exclusão social; reforçar a capacida-de pedagógica e o aproveitamento de recursos; garantir a apli-cação de um regime de autonomia e gestão comum a todos osestabelecimentos de educação que o integram e valorizar asexperiências existentes.Existem já agrupamentos em funcionamento em diversos pon-tos do país pelo que o nosso Concelho não deveria ficar alheioa esta realidade. O nosso agrupamento tem um carácter verti-cal, pois integra todos os estabelecimentos de ensino públicodesde o pré-escolar, passando pelo 1º, 2º e 3º ciclos da Escola

DAR AS MÃOS, POR UM ENSINO MELHORAgrupamento de Jardins de Infância e Escolas do Concelho

A 18 de Outubro, penúltimo dia da “Festa das Adiafas”, a CMC organizou uma recepção aprofessores e restantes funcionários das escolas do Concelho, um evento que visou,essencialmente, dar as boas-vindas e, ao mesmo tempo, viabilizar uma boa e rápidaintegração no Concelho onde exercerão funções.Para tal, esta festa de recepção iniciou-se com uma visita guiada à Associação de Produto-res Agrícolas da Sobrena (A.P.A.S.), que se iniciou com uma sumária explicação acerca doenquadramento geográfico e económico do Concelho, tendo, posteriormente, sido apre-sentada a associação, seus objectivos e actividades desenvolvidas e a desenvolver.Após uma breve visita pelas instalações da A.P.A.S., nomeadamente pelo laboratório ecampos experimentais, o corpo de professores e funcionários seguiu para o recinto da“Festa das Adiafas”, onde foram recebidos com uma actuação musical e com um beberete--convívio, tendo-lhes sido servido o “Leve de Honra” do certame.

Em prol de uma boa integraçãoRecepção a professores e funcionários

... Cu

ltura &

Edu

cação

Básica 2,3 de Cadaval. Envolve um total de alunos, entre os 1100 e 1200, mais de uma centena de educadores e professores, distribuídos por 36estabelecimentos de ensino.Há já vários meses que decorre o processo de constituição do agrupamento, estando já eleito o seu órgão de gestão, tendo nele assento os váriosníveis de ensino. Realizaram-se reuniões com o pessoal docente e não docente, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, pais e organizaçõesrepresentativas, Associações e Grupos Desportivos. Decorrem, neste momento, trabalhos preparatórios que permitem o arranque normal do anolectivo, nomeadamente no tocante à concretização do projecto de extensão curricular ao 4º ano de escolaridade nas áreas de Línguas Estrangeiras,Expressão Físico-Motora e Expressão Musical.Temos tido, da parte de todos os parceiros, uma enorme receptividade, diríamos mesmo um apoio inequívoco e esperamos que esta e outrasexperiências venham a ser uma realidade e contem com o empenho e participação de todos, de forma a contribuir para uma melhoria significativa daeducação das nossas crianças e jovens.É essa a nossa convicção,A Comissão Executiva Instaladora.

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Edu

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Decorreu, de 29 de Julho a 1 de Setembro, o Centro de Ocupaçãode Tempos Livres, cujo objectivo primordial se prende com a ocu-pação das crianças do nosso Concelho, com idades compreendi-das entre os 6 e os 10 anos, através de ateliers temáticos.Nesse intuito, foi constituída uma equipa de trabalho composta porfuncionários da CMC e por bolseiros de uma candidatura feita pela

Centro de Ocupação de Tempos Livres, no Cadaval

Umas férias bem passadas

Esta oferta de serviços, vulgarmente conhecida por «pro-longamentos», constitui uma resposta dos serviços pú-

blicos aos anseios das famílias que, perante a falta de ofertanos Jardins de Infância, estavam limitados às ofertas exis-tentes na vila do Cadaval.Com este projecto pretende-se que todas as famílias doConcelho do Cadaval com crianças em idade pré-escolar,tenham os mesmos apoios, seja qual for a freguesia onderesidam.Para o presente ano lectivo a C.A.F. tem como serviços ocomplemento de horário e o fornecimento de refeições, quesão financiados pelo Ministério da Educação, mediante acor-do de cooperação, e pelos agregados familiares. Estão en-volvidos 5 Jardins de Infância - Alguber, Cadaval, Chão deSapo, Dagorda e Vilar – num total de 80 crianças, 8monitoras e 2 auxiliares. No que respeita às refeições foramestabelecidos acordos com instituições do Concelho – Es-

Respondendo a uma necessidade sentida por um cada vez maior número de famílias e com oobjectivo de cumprir todas as indicações do Ministério da Educação, o Pelouro da Educaçãoda CMC propôs, para este ano lectivo, um novo modelo para a Componente de Apoio à Família(C.A.F.), no âmbito da Educação Pré-Escolar.

Novo modelo para a Componente de Apoio à Família

REFORÇAR O APOIO EDUCATIVO EM TODO O CONCELHO

cola Secundária de Montejunto, Centro Social e Paroquial de Alguber e Cáritas Paroquial do Vilar- , a fim de garantir um fornecimento de qualidadee de fácil acesso, sob o ponto de vista financeiro, por parte das famílias envolvidas.A CMC, através do seu pelouro da Educação, encontra-se a estudar a possibilidade deste serviço se estender pelas interrupções lectivas,garantindo, deste modo, maior cobertura temporal da C.A.F..

edilidade ao Instituto Por-tuguês da Juventude.A Biblioteca Municipalconstituiu o principal localde dinamização desteCentro, embora muitasactividades se tenhamdesenvolvido fora daque-le espaço, nomeadamen-

te, em lares de terceira idade, museus, piscinamunicipal, campo de jogos etc., uma vez que oprojecto, elaborado pela equipa da Autarquia,previa que cada atelier fosse desenvolvido nolocal onde as valências fossem as mais ade-quadas.Do diverso leque de actividades levadas a efeito

poder-se-ão destacar o “encontro com os avós”, desenvolvido nos lares deterceira idade, o atelier de iniciação à natação e as seguintes visitas: ao Pavi-lhão do Conhecimento (Parque das Nações), à A.P.A.S. e a campos agrícolasdo Concelho, à Serra de Montejunto, à Escola de Música da Associação Filar-mónica e Cultural do Cadaval e ida à praia.

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Edu

cação

A 21 de Agosto último, a associação “NÚCLIO”, com acolaboração da Câmara Municipal, levou a efeito, na

vila do Cadaval, um evento denominado “A Astronomiano Verão”, idealizado e patrocinado pelo “Ciência Viva”,

cionaram, aos muitos curiosos pre-sentes, um melhor conhecimento do Sis-tema Solar, da Via Láctea e das outrasgaláxias, bem como dos últimos avan-ços na investigação astronómica ecosmológica.Para o fim da noite estava prevista a“observação das estrelas e planetas”,a levar a cabo no auditório externodos Paços do Concelho. Todavia, adensa nebulosidade permitiu, aos cu-riosos mais persistentes, tão somenteobservar a lua, e por pouco tempo.Refira-se que do distrito de Lisboa,apenas o Cadaval e Alenquer aderi-ram a esta acção, para além, é claro,de Lisboa, tendo-se realizado num to-tal de 16 localidades de 15 concelhosportugueses.

um organismo ligado ao Ministério daCiência e do Ensino Superior, cujo ob-jectivo consistiu em aproveitar as noitesde Verão para conhecer melhor o Uni-verso, na companhia dos astrónomos.Assim, o programa desta iniciativa pre-via iniciar-se, ao fim da tarde, com umasessão de “observação do Sol”, no Lar-go Infante D. Henrique, mediante a uti-lização de um telescópio. Mas apenasos que se anteciparam puderamvisionar um pouco da superfície solar,pois à hora marcada o céu ficaria enco-berto, gorando, assim, as expectativas.Ao anoitecer, no auditório dos Pa-ços do Concelho, decorreu umapalestra sobre o tema: “viagem peloUniverso”, durante a qual elemen-tos da associação “NÚCLIO” propor-

A CMC, em parceria com a Comissão daJuventude da Assembleia Municipal,

levou a cabo a “Festa de Recepção ao Alu-no”, uma iniciativa inédita neste Concelho,que decorreu entre 18 e 20 de Setembro,nas escolas do Cadaval e que contou como apoio do Agrupamento de Jardins de In-fância e Escolas do Concelho do Cadavalbem como da Escola Secundária c/ 3ºC.E.B. do Montejunto.O programa desta festa consagrada ao alunocontemplou um ciclo de sessões didácticas so-bre “O Ciclo da Água” - destinadas ao 1º C.E.B.- e “Universo profundo” que, por sua vez, tevecomo alvo estudantes do 2º Ciclo. Contemplou,também, um conjunto de workshopsdireccionadas para os diferentes níveis de en-

BOAS-VINDAS A ALUNOS DO CONCELHOFESTA DE RECEPÇÃO AO ALUNO

A presente iniciativa almejou, mediante três dias de animação ludico-pedagógica, fortaleceros laços sociais entre a comunidade educativa e, paralelamente, potenciar e sensibilizar osjovens para as grandes questões e flagelos sociais.

sino. Assim, aos alunos dos 7º e 8º anos falou-se de: “Educação Ambiental”, contando com apresença de uma representante da AssociaçãoPortuguesa da Educação Ambiental; “Agriculturae Ambiente”, conduzida pelo Eng.º RicardoMachado, e “Preservação da Natureza – Serrado Montejunto”, esta última coordenada porPaulo Marques (vide pág.16).Destinada ao 9º ano, realizou-se a workshop

“Sexualidades”, que reincidiu no auditório mu-nicipal e foi conduzida pela Dra. Ana Varela(C.A.E.Oeste). “Prevenção da Infecção peloVIH/Sida” foi a temática direccionada a estu-dantes do 12º ano, que contou com a interven-ção de membros da Associação ABRAÇO. Jáo 10º ano foi levado a reflectir sobre: “O pro-blema chama-se DROGA”, sessão dirigida por

representantes da Comunidade da Carvalhae da Associação DIANOVA (vide pág.20).Da pedagogia para a animação, o terceiro eúltimo dia desta Festa de Recepção prometiafazer as delícias dos mais jovens, mediante umaoferta musical para todos os gostos, que incluíauma “dance party” e um “festival jovem” queprevia a actuação de diversas bandas, inicia-tivas que, devido à forte intempérie, tiveram de

ser canceladas.Ainda assim, procedeu-se à entre-ga dos Prémios de Mérito Escolar(foto abaixo), na Escola Secundá-ria, por representantes da Autarquia,das escolas e da Comissão da Ju-ventude, evento que culminou comum beberete-convívio.

Cadaval viajoupelo Universo

Iniciativa “Astronomia no Verão”

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Decorreu de 12 a 19 de Outubro de 2002, a “Festa das Adiafas”,evento pela primeira vez realizado no recinto da Adega Coope-

rativa do Cadaval e que englobou, pela primeira vez, o “I Festival doVinho Leve da Região”.O programa festivo desta homenagem ao encerramento das vindimas eda colheita da fruta compreendeu diversos eventos e espaçosexpositivos, alguns dos quais merecem, aqui, especial referência.Logo no dia de abertura foi inaugurado o Museu Municipal do Cadavalpor Sua Excelência o Ministro da Cultura, Dr. Pedro Roseta (vide pág.7), dia em que aconteceu, também, a abertura oficial do referido certa-me bem como do festival de vinho em apreço.A visita solene contou, para além do supramencionado ministro, com apresença da Confraria dos Enófilos da Estremadura, entre diversasindividualidades, e incluiu uma “Prova de Vinhos”, na qual foi servido o“Leve de Honra” do certame.De referir que o “I Festival do Vinho Leve da Região” reuniu 9 adegasparticipantes que tiveram, assim, oportunidade de mostrar os seus vi-nhos, e foram elas as Adegas Cooperativas de: Arruda dos Vinhos,Bombarral, Cadaval, Carvoeira, Dois Portos, Labrugeira, S. Mamededa Ventosa, Vermelha e Companhia Agrícola do Sanguinhal.

A “Festa das Adiafas”, como o próprio conceito sugere, passa a encerrar em si a celebração do final detodas as colheitas do Concelho, sejam elas de carácter vitícola ou frutícola.Assim, Outubro foi o mês escolhido para, findas as labutas, agraciar mais um ano de dedicação à terra e,também, o que dela saiu.Tomando este certame pelo braço, o “I Festival de Vinho Leve da Região” vem distinguir o bom vinhoregional, de baixo teor alcoólico, banindo as restantes bebidas desta festa, cuja gastronomia e etnografiaconstituem imagem de marca. Pela elevada afluência diária, esta edição salda-se positivamente...

“FESTA DAS ADIAFAS”, NO CADAVAL

Agraciaro que da terra saiu

Para além do supracitado festival, a “Festa das Adiafas” incluiu umespaço institucional, no qual se fizeram representar a comissãoorganizadora - Câmara Municipal, Comissão Vitivinícola da Regiãoda Estremadura e Região de Turismo do Oeste - e Juntas de Fre-guesia concelhias. Incluiu também um pavilhão dedicado às activi-

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dades económicas do Concelho, onde estiveram representa-das as fruteiras locais bem como diversas empresas ligadasao sector. Ao mesmo tempo, no exterior, esteve patente umamostra de máquinas agrícolas.Não poderia faltar, também, o espaço de tasquinhas e restau-ração, este ano constituído por 8 tascas e 3 restaurantes que,diariamente, serviram o que de melhor e mais característico sefaz neste Concelho, para gáudio dos muitos comensais.Outro evento a registar tratou-se do espectáculo de “Recria-ção Histórica”, que aconteceu no dia 13, através do qual ogrupo de teatro ao vivo “Viv’arte”, trajando à época, encenouuma retrospectiva jocosa do conturbado período desde a fun-dação do Concelho até à sua restauração.Esta recriação, posta em cena no pátio do Museu Municipal etendo incluído arruadas pelas principais artérias da vila, sur-preendeu e animou cerca de uma centena de curiosos que,desta forma burlesca, ficaram um pouco mais conhecedores daHistória do Concelho. O espectáculo foi enriquecido por anima-ção jogral e circense, pela interactividade com o público e pelafiguração, que reuniu muitas caras conhecidas do Concelho...

A animação musical, por seu turno, ofereceu diariamente: música coral,popular, ligeira, serão de fados e festival de ranchos folclóricos.Saliente-se, por último, a conferência: “O vinho e a sua importância naeconomia nacional”, que decorreu dia 19, no auditório municipal, tendocontado com a participação de diversas individualidades ligadas ao sector(vide pág.17).Foi desta forma que a CMC deu o seu contributo para perpetuar a tradiçãode uma festa que tem tanto de cadavalense como de portuguesa.

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OS NOSSOS RECURSOS HUMANOS

... Informar o M

unícipe

Inaugura-se, nesta edição, uma nova secção dedicada à apresentação daqueles que trabalhamna Câmara Municipal, garantindo a efectiva prestação dos diversos serviços municipais deinteresse público...

OS NOSSOS RECURSOS HUMANOS

“AMBIENTE”

Limpar, manter e cuidar

Para abreviar, no tempo, a enunciação d’«Os Nossos Recursos Humanos», convencionou-se, sempre que necessário, reunir, num mesmogrupo, funcionários de sectores diferentes, todavia unidos por um intuito comum. Nesta edição, “dão as mãos” os funcionários/colaboradores dossectores: Higiene & Limpeza e Parques & Jardins (Divisão dos Serviços Urbanos e Ambiente) numa missão não raras vezes espinhosa e ingrata- a de cuidar do “Ambiente”, em sentido lato, do nosso Concelho.Referem-se, abaixo, as funções essenciais de cada um dos mencionados sectores:

- Higiene & Limpeza – Varredura da vila do Cadaval, recolha de lixo em todo o Concelho e colocação/retirada e manutenção de contentores.- Parques & Jardins – Manutenção de todos os jardins da vila do Cadaval.

A CEFF (Comissão Especializada de Fogos Florestais) Municipal do Cadavallevou a efeito, durante o passado ano, o Programa de Vigilância MóvelMotorizada, que decorreu durante os meses de Julho, Agosto e Setembro,com dois turnos/dia, das 10.30 às 18.30 horas, e das 18.30 às 01.30 horas,cuja acção incidiu, essencialmente, nas 3 principais áreas florestais do Conce-lho, perímetros florestais da Serra de Montejunto, Serra de Todo-o-Mundo e“Vale da Palha”. Esta operação foi desenvolvida em parceria com a Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Cadaval, tendo sido celebradoum protocolo de cooperação para o efeito.No âmbito da Preservação da Floresta contra Incêndios, Programa deInfra-estruturas Florestais, foram intervencionados diversos caminhos flo-restais na Serra de Montejunto, no espaço florestal existente nas freguesias deAlguber e Cercal e no espaço florestal existente nas freguesias de Cadaval ePero Moniz. A intervenção consistiu, essencialmente, na reparação de cami-nhos florestais, com regularização do piso, abertura de valetas e aplicação de“tout-venant”, numa extensão total de 11,5 Km. Foram assim atingidos osobjectivos da CEFF Municipal do Cadaval para o ano 2002.

C.E.F.F. Municipal do Cadaval

No passado dia 14 de Novembro decorreu, no auditório dosPaços do Concelho, uma reunião do Serviço

Municipal de Protecção Civil do Cadaval, quereuniu elementos da Comissão Municipal deProtecção Civil e Centro Municipal de Opera-

ções de Emergência de Protecção Civil.Esteve presente na referida reunião, a convite

do Sr. Presidente da Câmara Municipal, o Dr. João Ribeiro, De-legado do Serviço Distrital de Protecção Civil, que apresentou, atodos os presentes, o sistema de protecção civil, suas competên-cias e funcionamento.Esta reunião teve como objectivo a apresentação dos diversoselementos que compõem o serviço, por forma a estabelecer umamaior proximidade entre pessoas e entidades, bem como permitirque haja um conhecimento mais aprofundado, por parte de todosos intervenientes, do funcionamento deste serviço e do papel quecada qual deverá desempenhar.

1ª reunião do Serviço Municipal de Prot. Civil

Acento tónico na precaução Prevenir incêndios florestais

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... Informar o M

unícipe

Lin

has ú

teis

Câmara Municipal do Cadaval, Av.ª Dr. Francisco Sá Carneiro, 2550-103 Cadaval - Telf. 262 699 060 - Fax: 262 695 270 - www.cm-cadaval.pt

Biblioteca Municipal 262696155Bombeiros Volun. do Cadaval 262699110Câmara Municipal do Cadaval

Geral 262699060G. Apoio à Presidência 262699061Águas - Piq. Urgência 916172194

Cartório Notarial do Cadaval 262699140Centro de Interp. Ambiental 262777888Centro Saúde do Cadaval 262696400

Extensões do C. SaúdeChão do Sapo (Lamas) 262696788Vermelha 262696321Figueiros 262744216Painho 262741023Barreiras (Peral) 262744206Vilar 262777733

Comboios – Est. Bombarral 262605601Comi. Prot. Crianças e Jovens 262699068Conservatórias 262691470Correio

Estação do Cadaval 262699030Estação do Vilar 262770020

Cruz Vermelha Portuguesa 262696540EDP

Avarias 800505506Informações 800505505

EscolasAgrupamento de Escolas 262695001E.B 2,3 Cadaval 262695109Sec. Montejunto 262696313

FarmáciasFerreira (Figueiros) 262744152Leomar (Vermelha) 262696178Luso (Vilar) 262777153Misericórdia (Cadaval) 262696220Central (Cadaval) 262696176

Finanças (Repartição) 262696104Gabinete de Consulta Jurídica 262084626GNR - Cadaval 262696105Juntas de Freguesia

Alguber 262744000Cadaval 262696841

Presidente- 5ª feira de tarde – atend.º presencial(por marcação prévia)- 5ª feira (11.30/12.30 h) – atend.º telefónico

Vice-Presidente5ª feira de tarde (por marcação prévia)

Vereadora5ª feira – todo o dia (por marcação prévia)

Arquitecto (D.O.P.G.U.)5ª feira – todo o dia (por marcação prévia)

Engenheiros (D.O.P.M.U. e D.S.U.A.)2ª a 6ª (sem marcação)

SERVIÇOS (PAÇOS DO CONCELHO) 2ª a 6ª (08.30/16.00 h)

UNIVA - Gabinete de Informação, Orientação Profissional e Emprego do Cadaval

2ª, 4ª e 6ª (09.00/12.30 h e 14.00/16.00 h)

AtendimentoAtendimento

Decorreu, a 15 de Outubro, no auditório municipal, a 2ª reunião daCDSRL - Comissão Distrital de Segurança Rodoviária de Lisboa, tendocontado com a presença da Governadora Civil de Lisboa, Dra. TeresaCaeiro, promotora deste encontro.A reunião visou, entre outras coisas, fazer a análise dos dados estatísticossobre a Sinistralidade Rodoviária Distrital do 1º semestre de 2001/2002.Tencionou, igualmente, recolher informação, a partir dos representantesdas autarquias presentes, sobre as deficiências ao nível das estradas esinalização, bem como obter sugestões não só de correcção destas insu-ficiências como também de desenvolvimento de acções e campanhas deprevenção e redução da sinistralidade rodoviária.Em discussão estiveram ainda a elaboração de um plano de cooperaçãoentre as várias entidades que compõem esta Comissão bem como a ideiade eleição do “Concelho modelo” (urbano e/ou rural) do distrito de Lisboa.

Sinistralidade Rodoviária em debate2ª reunião da CDSRL, no Cadaval

O Governo celebrou, a 13 de Setembro último, no Parque das Nações,em Lisboa, um protocolo com vista ao financiamento da modernização dosserviços autárquicos de freguesias e municípios, um investimento quetotaliza a soma de 15 milhões de euros.Assim, de entre um total de 945 projectos a serem comparticipados emmetade do respectivo valor, incluem-se as candidaturas da Câmara Mu-nicipal do Cadaval, bem como as das Juntas de Freguesia de Peral,Vermelha e Vilar.No tocante à autar-quia cadavalense,para a implemen -tação da segundafase de modernizaçãoadministrativa dosseus serviços, conta-rá com a compar-ticipação de 14.950euros, ou seja, meta-de de um investimen-to global orçado em29.900 euros.

Financiamentos para a Modernização Administrativa

Melhorar os serviços: uma prioridade

Cercal 262486750Figueiros 262741139Lamas 262695421Painho 262744011Peral 262695250Pero Moniz 262691098Vermelha 262695058Vilar 262771060

Museu Municipal 262691690Parque de Campismo Rural 262777888Piscina Municipal 262691680Posto de Atendimento ao Cidadão 262699090Rodoviárias

Estremadura (T.Vedras) 261334150Boa Viagem (Alenquer) 263711303Tejo (Bombarral) 262605233

Telefones – P.T. Avarias ------16208Tribunal Judicial do Cadaval 262699010UNIVA - G.I.O.P.E.C. 262696540

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1616

... Am

biente & T

urismo

Inserido na Festa de Recepção ao Aluno, realizou-se, dia 18 deSetembro, um ciclo de workshops dedicados ao Ambiente. Na Escola

Básica 2,3 do Cadaval, alunos dos 7º e 8º anos aprenderam um poucomais sobre “Educação Ambiental”, numa acção que se baseou no con-ceito “reciclar”, onde uma professora representante da Associação Por-tuguesa da Educação Ambiental, ensinou a reaproveitar material, medi-ante o uso da imaginação.Ao mesmo tempo, na Secundária com 3º CEB de Montejunto, decorria

Educação Ambiental: uma disciplina da vida“Workshops” sobre Ambiente na Festa de Recepção ao Aluno

Decorreu no fim-de-semana de 5 e 6 de Outubro, na Serra de Montejunto,uma actividade de campo enquadrada no “Fim-de-Semana Europeude Observação de Aves”, organizada pela Paisagem Protegida daSerra de Montejunto e pela Sociedade Portuguesa para o Estudo dasAves - SPEA.Este evento, patrocinado pelo “BirdLife Internacional” e ocorrendo, si-multaneamente, em muitos países da Europa, tem por objectivo desper-tar, nos participantes, o gosto pela observação de aves e alertar não sópara a importância da sua conservação e dos respectivos habitats,mas também para atemática da Conserva-ção da Natureza emgeral.Foram, então, efec-tuados dois passeiospedestres entre os Ca-sais do Chorão e Ca-banas de Torres, ten-do sido observadas, nototal, 30 espécies deaves.Ao longo destas jorna-das de salutar contactocom a Natureza, foi também possível sensibilizar os 17 participantespara a riqueza do património natural existente na Serra de Montejunto epara a necessidade da sua preservação.

MONTEJUNTO,MIRADOURO GEOLÓGICOA Sociedade Portuguesa deEspeleologia organizou, em par-ceria com o Ministério da Ciênciae Tecnologia, a iniciativa de ob-servação de estruturas geológi-cas designada por “Geologia noVerão’2002", tendo a Serra deMontejunto constituído um doscircuitos visitados durante a passada época estival.O mencionado circuito, apelidado de “Serra de Montejunto - Miradouro daEstremadura”, fez-se nos dias 17, 18, 31 de Agosto, 1 e 14 de Setembroe contou com um total de 89 participantes, no conjunto das sessões.

Iniciativa “Geologia no Verão”

FIM-DE-SEMANA EUROPEU DE OBSERVAÇÃO DE AVES

Observar aves em Montejunto

a workshop: “Agricultu-ra e Ambiente”, con-duzida pelo Eng. Ri-cardo Machado. O ob-jectivo central destasessão foi, de acordocom aquele palestrante,o de sensibilizar os alu-nos para a importânciados agricultores para oAmbiente. Diga-se queesta acção contou comum auditório lotado por

cerca de 40 alunos participativos. Curioso é notar que os estudantespresentes filhos de agricultores, se ao princípio mostravam algum cons-trangimento em assumir a profissão dos pais, no final desta workshoptodos se manifestaram orgulhosos em relação à actividade dos seusencarregados.

Ainda na Secundária e paralelamente às anteriores, decorreu a workshop“Preservação da Natureza – Serra de Montejunto”, coordenada porPaulo Marques, técnico da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto.Segundo ele, esta sessão teve como objectivo principal, «sensibilizar os

alunos para o valor dopatrimónio natural exis-tente naquela área pro-tegida, bem como paraa necessidade da suapreservação. Com aabordagem deste tema,pretendia-se tambémincentivar os alunos aparticiparem em activi-dades de EducaçãoAmbiental, de futuro,nesta área protegida, as

quais se revestem de extrema importância para a salvaguarda dosvalores naturais de Montejunto.»Os trabalhos contaram com a presença de cerca de 40 alunos, tendo sidofeita uma sumária apresentação sobre a Serra de Montejunto, seguindo-se um período de debate, onde foram abordadas várias questões, taiscomo: quais as espécies animais e vegetais mais importantes, do ponto devista da Conservação da Natureza, e quais as razões que levaram àclassificação da Serra de Montejunto como área protegida.

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«Sem dimensão económica,não há futuro para o sector»

... a Econom

ia do Concelho

«Sem dimensão económica,não há futuro para o sector»

Conferência “O vinho e a sua importância na economia nacional”

É consensual que o vinho tem um papel fundamental na agriculturaportuguesa. Igualmente irrefutável é o facto do aumento de produ-ção e qualidade não serem acompanhados pelo de consumo e pre-ço, situação agravada pela concorrência crescente, a nível nacional

e internacional. Urge então criar alianças com vista a estabelecerestratégias de penetração no mercado. E o vinho leve, pela sua

especificidade, poderá arrastar consigo a promoção dos restantesprodutos vinícolas da região.

É consensual que o vinho tem um papel fundamental na agriculturaportuguesa. Igualmente irrefutável é o facto do aumento de produ-ção e qualidade não serem acompanhados pelo de consumo e pre-ço, situação agravada pela concorrência crescente, a nível nacional

e internacional. Urge então criar alianças com vista a estabelecerestratégias de penetração no mercado. E o vinho leve, pela sua

especificidade, poderá arrastar consigo a promoção dos restantesprodutos vinícolas da região.

“joint-ventures” entre adegas ou organismos; reorganização/organizaçãodo sector de comercialização, a nível interno; aposta mais forte na área dePromoção e Marketing (criação de uma marca de vinho leve, projectando-a “fora-de-portas”) e aposta na internacionalização, não só a nível de divul-gação, mas, fundamentalmente, em termos de comercialização.

CRIAR ALIANÇAS, DEFINIR ESTRATÉGIAS

O segundo tempo desta conferência designou-se: «O vinho no contextoda agricultura portuguesa; política europeia para o sector». Neste âmbi-to, ao Eng.º José Gaspar, da Adega Cooperativa do Cadaval, coubefazer o “Enquadramento do vinho no seio da vitivinicultura nacional”,tendo começado por fazer algumas considerações sobre o vinho leve.Segundo ele, dizer que este vinho é obtido a partir de uvas não madu-ras é um desprestígio, uma vez que elas são apanhadas com a maturaçãoideal para a produção daquele vinho, o qual deve ser encarado comoum vinho característico da região da Estremadura. Afirmou, também, serum crasso erro baixar o preço desse vinho quando as vendas descem,«um reflexo que fica, na maioria dos casos, a meio da cadeia de distri-buição, não chegando ao consumidor.» Defendeu, também ele, que«todos os operadores económicos do vinho leve se deverão juntarpara levar a cabo acções de promoção e divulgação».Apresentou, em seguida, dados maioritariamente relacionados com áreasde cultivo e níveis de produção. Como demonstrou, «é uma ilusãodizermos que uma produção baixa pode influenciar o preço internacio-nal, uma vez que não temos qualquer peso a nível da Europa emquantidade, o que não quer dizer que em qualidade seja assim».“O papel do vinho no contexto da agricultura portuguesa, tendo emconta a política europeia para o sector” foi o assunto abordado por JoãoMachado, Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal.De acordo com este palestrante, o vinho é das culturas que incorporamais tecnologia, todavia, não conta com ajudas directas à produção, temapenas ajudas ao investimento. Considerou, no entanto, positivo o factode o vinho depender do mercado, porque, como explicou, «nos obrigaa trabalhar para o mercado. Há que criar produtos que os consumido-res queiram consumir, bem como enquadramentos, a nível nacional eeuropeu, que permitam que haja preferência por este produto», já quea concorrência é cada vez maior e a qualidade não é menor. Em suaopinião, «sem dimensão económica, não há futuro para o sector».

Inserido no âmbito da “Festa das Adiafas”, realizou-se, a 19 de Outubro,no auditório dos Paços do Concelho, a conferência: “O vinho e a suaimportância na economia nacional”. Intervieram na sessão de aberturadeste encontro, Aristides Sécio, Presidente da CMC, o Eng.º João Car-valho Ghira, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Estremadura(CVRE) – também moderador da conferência - e o Dr. Paulo AlexandreCoelho, Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da AdministraçãoLocal, Dr. Miguel Relvas.

VINHO LEVE, PROMOTOR DOS RESTANTES PRODUTOS

O primeiro painel deste colóquio denominou-se “O vinho leve naregião”, abrindo com a intervenção do Eng.º Vasco Miguel, das

Adegas Cooperativas de Labrugeira e Carvoeira, que se debruçousobre “A origem dos vinhos leves”. Este conferencista remontou à suaexperiência enquanto Vice-Presidente da Comissão Parlamentar deAgricultura e Presidente da Sub-Comissão de Demarcações, referindoque, em 1991, criou-se a possibilidade de produzir vinhos leves, embo-ra ainda não regionais sendo, seguidamente, criada a possibilidade deexistência de vinhos regionais. Em ’93, cria-se a região da Estremadura(VRE), em termos de aptidão para a produção de vinhos de qualidadecom uma tipicidade específica.Seguiu-se o Eng.º Marco Silva, da Adega Cooperativa da Vermelha,abordando o tema: “Vantagens comparativas da região para a produ-ção do vinho leve, solo, clima e castas”. De acordo com este orador,constituem vantagens comparativas: o clima atlântico temperado, as ca-racterísticas do solo, o relevo pouco elevado e a qualidade das castasdo VRE, permitindo, num horizonte moderno, vinho leve de excelentequalidade na região.O Eng.º Nuno Galvão, da Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos,cuja exposição incidiu sobre: “O vinho leve, estratégias de comercialização”,salientou que o vinho leve poderá ser utilizado como “motor-de-arran-que” para a promoção da restante gama de produtos das adegas, por-que «é aromático, fresco, macio, de baixa graduação alcoólica, tem ima-gem jovem, boa relação qualidade/preço e elevado nível de oferta».Sublinhou ser importante «saber, dentro de cada adega, qual o pesoefectivo do vinho leve, comparativamente à restante gama dos produtos,de modo a poder estabelecer-se uma estratégia efectiva de penetraçãono mercado», que obedeça às seguintes linhas de orientação: criação de

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1818

... Desporto &

Tem

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Eternizar a memória daquele que foi o mais brilhanteciclista português de todos os tempos – Joaquim Agos-

tinho, é, desde logo, uma iniciativa de grande mérito.É com satisfação que a CMC se associa a este evento, nosentido de poder contribuir para a crescente valorizaçãodesta modalidade e, também, para promover, de formarelevante, o desenvolvimento turístico de toda uma re-gião, designadamente, a nossa Serra de Montejunto –“Varanda da Estremadura”, através da divulgação dainegável beleza e diversidade da sua paisagem.A 3ª etapa, que ligou Sobral de Monte Agraço a Cadaval/Alto do Montejunto, numa extensão de 131 Kms, foi, maisuma vez, determinante e decisiva na vitória do GrandePrémio de Ciclismo de Torres Vedras, uma vez que o

Etapa rainhavoltou a ser decisiva

24º TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO

Alimenta o desejo de manter formas ultrapassa-das de viver, que o tempo tornou decrépitas e

incapazes de dar resposta aos impulsos e anseiosdo nosso tempo. O Chinquilho é um jogo tradicio-nal português que representa a nossa cultura po-pular, mantendo bem vivos os costumes e tradi-ções do nosso povo, que se vêm perdendo aolongo do tempo, numa sociedade de consumoglobalizada. Torna-se, por isso, imperioso salva-guardar os nossos valores culturais mais antigos egenuínos, porque são eles a principal matriz danossa identidade como Nação.No âmbito da “Festa das Adiafas”, a CMC realizou,no passado dia 13 de Outubro, no pavilhão doClube Atlético do Cadaval, a 4ª edição do Torneio

de Chinquilho, que contou com um total de 60 par-ticipantes, vindos de concelhos próximos, taiscomo: Bombarral, Alenquer, Peniche, Lourinhã,Alcobaça, Marinha Grande e Figueira da Foz, cons-tituindo uma bela manifestação desportiva e de cul-tura popular.O evento foi ganho por Tiago Serrador (Lourinhã),com 100 pontos, tendo como prémio uma libra emouro, seguido de Luís Louzeiro (Peniche), com99 pontos, que recebeu meia libra em ouro e,finalmente, em terceiro lugar, ficou José Carvalho(Figueira da Foz), com 97 pontos, distinguido com2,5 pesos em ouro. Procedeu-se ainda à entregade prémios e lembranças a todos os participantesneste torneio.

Manter viva a nossa identidadeTORNEIO DE CHINQUILHO, NO CADAVAL

Realizou-se, a 28 de Outubro de 2002, o Raid “Figueira da Foz/Lisboa”, uma das competiçõesde automóveis mais antigas da Europa, organizada pelo Clube Português de AutomóveisAntigos, que este ano comemorou o seu centenário. Este passeio automóvel teve, como habi-tualmente, paragem obrigatória na nossa vila, junto ao largo da Adega Cooperativa do Cadaval.A Autarquia, a exemplo de anos anteriores, acolheu a caravana com um pequeno beberete elembranças a todos os que nos presenciaram com as suas relíquias de quatro rodas.O passeio contou com a participação de setenta veículos, todos construidos até 1930, oriundosdo nosso país e também de Espanha.O público aderiu, máquinas e coleccionadores mostraram as potencialidades e a CMC aprovei-tou para diversificar a sua oferta turística.

Numa edição comemorativa do centenário do seu Clube

AUTOMÓVEIS ANTIGOS PASSEARAM-SE PELO CADAVAL

espanhol David Bernabeu ganhou a etapa, conquistou a camisola amarela, não a largando mais até acabar como o grande vencedor do troféu“Joaquim Agostinho”.A 24ª edição do “Grande Prémio Internacional de Torres Vedras – Joaquim Agostinho” voltou, portanto, a conhecer um vencedor estrangeiro, oespanhol David Bernabeu, da equipa do Carvalheiros / Boavista, tendo esta ganho, também, colectivamente. Depois de sete anos consecutivos(1992 a 1998) de domínio nacional, surge agora a vez dos ciclistas estrangeiros dominarem a seu bel-prazer.

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... Desporto &

Tem

pos Livres

Armindo Florêncio Pereira, nas-cido a 01 de Maio de 1950, é natu-ral de Chão do Sapo, freguesia deLamas, Concelho do Cadaval.Armindo Pereira, também conheci-do pela alcunha de “Pé curto”, funcionário da Câmara Municipal doCadaval, leva já uma carreira de 32 anos de ciclismo, ou seja, umavida dedicada à estrada, nunca deixando de ser um homem traba-lhador, humilde e de um querer de fazer inveja a muitos jovens. Senão, veja-se oseu curriculum:1970 - Com apenas 20 anos, estreou-se nas classes amadoras do Atlético Clube dePortugal; 1971 - Representou o Futebol Clube de Alverca; 1972 – 1975 interrompeuo ciclismo, para cumprimento do serviço militar; 1975 – De volta à estrada, representouo Sport Lisboa e Benfica, ainda como amador, tendo sido Vice-Campeão Regional;1976 – Passou a profissional na equipa principal do Benfica, fez a sua primeira Volta aPortugal, tirou o 2º lugar numa etapa, terminando em 36º lugar na geral; 1977 –Ganhou a 1ª etapa do Campeonato Nacional; na Volta a Portugal, alcança o 24º lugarna geral; 1978 – Interrompeu a carreira desportiva; 1979 – Representou a equipa doManique de Cascais; ganhou o prémio de combatividade na Volta do Oeste; 1980 –representou a equipa da Ovarense; 1981 – Ganhou uma etapa no Prémio Sical; 1982– Abandonou o ciclismo profissional; 1986 - 1999 – Regressou à modalidade e repre-sentou a equipa do Motril de Leiria, já como veterano, onde ganhou dois Campeona-tos Nacionais A e B; 2000 – Representou o Núcleo Sportinguista de Torres Vedras;2001 – Na mesma equipa, em 25 corridas, ganhou 22; 2002 – Representa, actual-mente, o Núcleo Sportinguista de Torres Vedras. Quanto a participações internacio-nais: 1996 – Conquistou o 9º lugar no Campeonato da Europa e o 5º lugar na Volta dePalma de Maiorca; 2002 – Conquistou o 10º lugar no Campeonato da Europa e o 3ºlugar na Volta de Palma de Maiorca.

Uma vidadedicadaà estrada

Armindo Pereira

OS NOSSOSCAMPEÕESOS NOSSOSCAMPEÕES

A bicicleta de montanha ou B.T.T. deixou de estar sim-plesmente na berlinda, para passar a fazer parte inte-

grante da vida de muitas pessoas, de todas as idades. Oprazer que se pode tirar de um passeio pelos locais maisrecônditos, em companhia de amigos ou unicamente emcomunhão com a natureza, faz do B.T.T. uma actividadecada vez mais praticada, até porque os benefícios físicos epsíquicos são evidentes.O Concelho do Cadaval reúne condições excepcionais paraeventos desta natureza e foi nesta perspectiva que a CMCdeitou mãos à obra realizando, no passado dia 27 de Outu-bro, a 1ª edição de um passeio de B.T.T. na vila do Cadaval.

1º PASSEIO DE B.T.T. DO CADAVAL

A organização contou com a presença de meia centena de participantes, sendo a maioria do Concelho, numa distância de 30 Kms, com duração de2 horas de esforço, prazer e cujo itinerário foi o seguinte: Cadaval, Pero Moniz, Martim Joanes, Palhais, Vila Nova da Serra, Carvalhal da Serra,Pragança, Charco, Rocha Forte, Póvoa, Casais da Olaria e, finalmente, Cadaval. O passeio concentrou, na Praça da República, a partida e achegada dos ciclistas, tendo sido distribuído um saco com abastecimento, uma t-shirt e um troféu por todos os participantes.

No passado dia 26 de Outubro no pavilhão dosdesportos de Vila do Conde, a Casa do Povo

conquistou mais um título a nível nacional – a Taça dePortugal, prova que encerrou as competições anuais

do calendário da Federação Portuguesa deDesportos Acrobáticos e Trampolins. Em competição,

estiveram mais de uma centena de atletas emrepresentação de vários clubes, onde estaassociação apresentou duas equipas, uma

ganhadora constituída pelos atletas: Ana Santos;Tiago Oliveira; Ana Filipa Oliveira e Danilo Amaro, e

outra em terceiro lugar.Devido ao excelente trabalho desenvolvido pela

secção de ginástica da Casa do Povo e ao facto deJoão Castelo integrar a selecção nacional de

Tumbling, esta estagiou durante alguns dias nanossa vila, o que serviu para descentralizar umpouco a modalidade e preparar o Europeu da

categoria.O Campeonato Europeu, na modalidade de

Tumbling, realizou-se em S. Petersburgo, na Rússia,de 9 a 18 de Novembro, tendo sido a Casa do Povo

representada pelo atleta concelhio João Castelo –júnior A, e pelo treinador Duarte Baltasar, nomeado

pela Federação para acompanhar a SelecçãoNacional de Tumbling, no qual tiveram

comportamento meritório.

Saborear a nossa paisagem

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2020

... Acção Social &

Saúde

Uma vez mais sob organização do Pelouro da Acção Social da edilidade,realizou-se, entre 9 e 13 de Setembro, uma Colónia de Férias Sénior,

denominada "Cultura e Sol", especialmente vocacionada para munícipes doConcelho com idade superior a 60 anos.A referida colónia teve a participação de cerca de 100 idosos e contou como seguinte itinerário para cada um dos cinco dias de veraneio: Praia deSanta Cruz, Praia do Baleal, Praia Fluvial - Olhos de Água, Praia da AreiaBranca, finalizando com um “Passeio Mistério”, que consistiu numa visitaguiada à “COOPVAL” - Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval eà “FRUTUS” - Estação Fruteira de Montejunto”, na Sobrena.Refira-se, por último, que a colónia em apreço foi gratuita e despediu-se comum almoço-convívio servido no Parque de Merendas de Montejunto e ofe-recido pela autarquia cadavalense.

Colónia de Férias “Um sorriso, um Sol”

Sol fez sorrir crianças do ConcelhoO Pelouro da Acção Social da Câmara Municipal

do Cadaval promoveu, no período de 22 a 26de Julho, uma Colónia de Férias, em regimeaberto, denominada “Um sorriso, um Sol”, quedecorreu na praia dos Super-Tubos, em Peniche.Esta iniciativa, que totalizou 50 participantes, tevecomo destinatários crianças com idadescompreendidas entre os 5 e os 15 anos de idade,oriundas de agregados familiares com processono Serviço de Acção Social autárquico, Comissãode Protecção de Crianças e Jovens e RendimentoMínimo Garantido.O principal objectivo desta acção visouproporcionar momentos de animação e lazer,através de actividades lúdico-pedagógicas,contribuindo assim para um desenvolvimentoharmonioso daquelas crianças.

O Concelho do Cadaval esteve uma vez mais representado na“Festa de Outono” – Certame das Instituições de Apoio a Idososda Região Oeste, decorrido de 10 a 13 de Outubro, naExpotorres,Torres Vedras.Para além das I.P.S.S. - instituições particulares de solidariedadesocial concelhias, também a CMC marcou presença neste even-to, com um “stand” dedicado às actividades que a Acção Socialtem desenvolvido no âmbito da 3ª Idade.Este certame anual, indo já na 7ª edição, é organizado pelasI.P.S.S. da zona Oeste, Instituto de Solidariedade Social, Câmarade Torres Vedras e Escola de Serviços e Comércio do Oeste.Nesta festa, cujo lema deste ano foi: “Envelhecer – Um Projectode Vida”, reunem-se, anualmente, 40 instituições provenientesdos concelhos de Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço eTorres Vedras.

FESTA DE OUTONO’2002

Reforçar a cidadaniada pessoa idosa Durante a “Festa de Recepção ao Aluno”, falou-se de Sexualidade,

HIV/Sida e Droga/Toxicodependência (vide pág. 11) – uma trilogia quemerece aqui referência, em jeito de conclusão, porquanto são temasque, infelizmente, não conseguimos dissociar.“Educação sexual” é um processo continuado que deverá começar pelospais, passando pelos educadores, especialmente os professores. O quese espera é que os jovens de hoje possam um dia, quando forem pais,sentir-se mais seguros na abordagem desta temática com os seus filhos.Quanto à temática “HIV/Sida”, o que importa reter é que duas das princi-pais formas de contágio deste Síndrome de Imunodeficiência Adquiridareside precisamente na Toxicodependência (partilha de seringas e objec-tos afins) e nas Relações Sexuais (através do sangue e dos fluidos genitais),daí que, neste caso, o uso (correcto) do preservativo constitua, até à data,a medida de protecção mais eficaz.No que toca ao fenómeno “Droga”, a sua natureza mutável - afectando umnúmero cada vez maior de segmentos da sociedade - e o carácterpluridimensional do problema, exigem uma resposta coordenada epluridisciplinar ao nível nacional.

Sexo, Sida e Droga

Uma trilogia a não esquecer

Colónia de Férias Sénior - "Cultura e Sol"

Cinco dias de veraneio para idosos do Cadaval

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... parar p’ra conversar

Rui Nunes LopesRui Nunes Lopes

Rui Nunes Lopes

Rui Nunes Lopes, 60 anos, concorre, “àúltima da hora”, a Presidente da CâmaraMunicipal do Cadaval, cargo que viria a

desempenhar de Janeiro de 1977 aDezembro de ’79. «Uma experiência

maravilhosa» é como apelida esta suapassagem pela chefia da autarquia, peloconhecimento que lhe proporcionou doConcelho, das pessoas e do sentir dasdificuldades próprias de uma época de

carências, em que, só à custa de umespírito de união, persistência e

sacrifício, se iam conseguindo as coisas.A sua vasta experiência de dirigente

desportivo foi determinante nesta suaopção de «fazer algo em prol da

sociedade e do Concelho». Hoje,reformado bancário e residente em Torres

Vedras, mantém-se ligado ao Cadavalapenas mediante as visitas regulares que

faz à sua estimada terra natal - o Vilar.

«Sentia a obrigação de fazer qualquer coisa»

Quando e em que circunstância se torna presidente da Câmara Municipal?Em ‘76 fui candidato “à pressa” pelo PS à Câmara. Eu tinha arranjado a listade candidatos para a Assembleia de Freguesia do Vilar e quando fui aoCadaval para entregar a lista e colaborar com alguma coisa, verifiquei, comtristeza, que não havia lista para a Câmara, nem para a Assembleia Municipal.Foi então que, no último dia, se conseguiu arranjar uma lista para a Câmara,quase “ad hoc” e acabámos por ganhar. Estou convencido que, com um bomtrabalho, nesse ano, tinha-se ganho a Câmara, possivelmente, com maioriaabsoluta. Mas as pessoas que deveriam ter tratado disso não trataram, falha-ram. Daí que o PS não tenha, nessa altura, apresentado lista à AssembleiaMunicipal, o que foi uma pena.

Qual foi a sua motivação principal ao ingressar na autarquia?Alguém tinha que ser. Eu, desde muito novo, sempre fiz parte de todas asiniciativas, quer de carácter socio-cultural, quer desportivo, no Vilar, e até noCadaval participei em algumas. Sentia que tinha obrigação de fazer qualquercoisa. Tinha uma experiência muito rica como dirigente desportivo e, por isso,achei que tinha a obrigação de dar qualquer coisa em prol da sociedade e doConcelho. A experiência foi maravilhosa.

Quais as carências mais flagrantes, em termos concelhios, que encontrou à suachegada?A Câmara não tinha praticamente nada. Posso-lhe dizer que, nos meus primei-ros dois anos, era o meu carro que era usado pelos fiscais da Câmara para sedeslocarem a vários lados. Foram tempos difíceis! Tive de optar pelo meuordenado de bancário já que o ordenado da Câmara era de apenas 10 contos!Era mais amor à camisola, não tenha dúvidas!Não havia transportes para nada, enfim, havia carências de tudo! A maior partedos lugares não tinham electricidade. Água, só havia no Cadaval, na Vermelhae Adão Lobo. Começámos praticamente do zero! O saneamento básico era outroproblema...Havia escolas a funcionar em barracões, como sucedia em Lamas, onde tive-mos de fazer uma escola à pressa, com um projecto que eu roubei no Ministérioda Educação. Ainda lá houve um engenheiro que me quis pôr em tribunal, masera só fogo de vista, porque o que era preciso era fazer e fez-se!

Nessa altura, sendo a minha mulher professora primária, o Concelho do Cadavalfoi dos concelhos do Oeste que começou a dar mais cedo um subsídio para asescolas, pouco, mas já era qualquer coisa.Havia carências a mais, não haviam verbas...

E em termos de gestão camarária? Que entraves sentiu?Enquanto hoje é a Câmara que planeia e decide as obras que faz, quando eu lácheguei, ainda não era bem assim. Ainda eram os directores-gerais que atribu-íam, ou não, as verbas para nós, nas Câmaras, podermos avançar com asobras. Era uma “guerra” das populações diante da autarquia e nossa, diantedos directores-gerais. Mas, muitas vezes, só se conseguiam verbas havendoprojectos aprovados e, quer aprovação, quer execução, principalmente a apro-vação, estavam ainda demasiado dependentes de Lisboa. Era muito difícil. Asobras eram comparticipadas em 60 a 80 por cento, e era preciso, depois, andara mendigar junto do Governador Civil, entre outras entidades, a restante per-centagem que faltasse para acabar as obras. Enfim, era preciso fazer muitascontas para conseguir levar a nau a bom porto.As receitas próprias da Câmara não chegavam para os vencimentos. A Câ-mara não tinha praticamente nada. Até a maquinaria para os cantoneiros, eoutros, trabalharem, era um problema! A Câmara, no meu tempo, comproumuita maquinaria. Começámos a fazer, pela primeira vez, arranjos de estradascom o pessoal da Câmara. Coisas pequenas, tais como largos, ruelas, nadase podia fazer e, a partir dessa altura, passou a ser possível. Até então, nãohavia nada, a Câmara não tinha equipamento nenhum.O único carro que a Câmara tinha caía de podre. Era terrível! Faltavam 6meses para acabar o meu mandato quando se comprou um carro novo para aCâmara. Havia muitos problemas. Foi um mandato complicado, porque, ima-gine o que é estar numa Câmara sem Assembleia Municipal a apoiar, quando,na própria Câmara, eu não tinha maioria. Procurei sempre criar um bom

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... parar p’ra conversar

entendimento com todos os partidos para, assim, conseguir governar com equi-líbrio. Era preciso saber negociar, e tive de o fazer muitas vezes...

Que balanço faz da sua passagem pela Câmara?A minha passagem pela Câmara foi maravilhosa, porque eu conheci um Conce-lho. Eu não conhecia o norte do Concelho, o qual, comparado com as outraszonas, era mesmo bastante pobre.Era preciso saber distribuir o que vinha, pelos diversos lados. É que as verbas,sendo poucas, não davam para fazer muitas coisas.Arrancou-se com obras de saneamento muito grandes que levavam anos afazer e mesmo que pudessem ser feitas em menos tempo, não haveria capa-cidade económica para tal. Daí que o pro-blema do saneamento básico levasse anosa resolver.Deixou-se um planeamento muito grande.Era, aliás, a única forma de trabalhar: pla-near a longo prazo e começar a executarlentamente. Era a única alternativa que ha-via no Concelho: trabalhar com calma.Havia, depois, algumas iniciativas, nalgu-mas aldeias, que viviam da carolice daspessoas e a Câmara, na altura, ainda nãotinha capacidade de resposta para ajudarcomo devia ser. Hoje, há muita coisa aandar que se iniciou nessa época. Existi-am já algumas colectividades, que faziamqualquer coisa, embora de âmbito maisdesportivo do que cultural.Tinha de se conseguir tocar todas as áreas,mas tinha de ser devagar, mexendo, pri-meiro, no que era prioritário. Havia, porexemplo, guerras horríveis em termos deacessos, havia aldeias que, no Inverno,ficavam quase sem acesso!Havia problemas muito graves que, a pou-co e pouco, se começaram a resolver.

Que outros aspectos gostaria de destacarda experiência de presidente de Câmara?Uma das fases boas que devo lembrar foi a criação da primeira habitação social[junto ao Pátio do Município]. Recordo-me que, naquela época, os cerca de 40andares que apareceram, fizeram com que as rendas baixassem bastante, atémesmo o preço de venda, que estava muito inflacionado. Idealizou-se fazer omesmo em algumas freguesias, mas era difícil. A rua dos funcionários daCâmara, no Cadaval, é também do meu tempo...Apareceu também, na altura, um programa de apoio aos edifícios velhos eorgulho-me porque o Cadaval foi, a nível nacional, dos concelhos que maisaproveitou esse programa. Houve, ainda nessa altura, obras comparticipadascom zero por cento de juros, através do Fundo de Fomento de Habitação e, noConcelho do Cadaval, houve muita gente que aproveitou esse fundo.De resto, na parte cultural, não houve uma evolução muito grande. Começou aaparecer qualquer coisa, mas devagar. Naquela altura era quase impossívelmexer em mais coisas!A escola [actualmente, secundária] foi, nessa altura, inaugurada, embora comalguns problemas que nós íamos resolvendo, conforme podíamos. Por exem-plo, como o Ministério não dava a verba necessária para a cantina trabalhar,teve que ser a Câmara a pagar a dois ou três funcionários.Não havia a recolha do lixo a não ser no Cadaval! Foi nessa altura que secomeçaram a comprar contentores e espalhar pelas principais localidades doConcelho. O primeiro carro do lixo comprou-se, também, nessa altura e fez-seum acordo com a Câmara do Bombarral, relativo ao “aterro” em Vale Francas.

Quando e como abandona a vida autárquica?Em Dezembro de 1979, perdi a Câmara para o Dr. João Correia, que concorreucomo AD. Nunca tive problemas em apoiá-lo naquilo que era preciso e ele sabiadisso. Pus sempre à frente do partido o apoio nas questões reais da Câmara.No entanto, devido à minha vida profissional, tive, mais tarde, de acabar porabandonar a política, porque tinha de pensar no meu futuro, e eu fui um bocado

prejudicado com a ausência de três anos do meu serviço de bancário. Masposso dizer-lhe que foi a melhor experiência que tive a nível de conhecimentodas pessoas e do “sentir” da realidade dos problemas das aldeias.Depois de ter saído da Câmara, afastei-me bastante do Concelho. Dediquei-meà minha vida aqui, em Torres, e hoje estou muito longe dos problemas efectivosdo Cadaval.

O que é que difere do Cadaval antigo para a actualidade?O Cadaval era uma terra pequena, fechada, hoje não sei. Mas sei que cresceumuito. A escola fez com que as pessoas se abrissem mais, a par com uma sériede iniciativas que fizeram com que o Cadaval abrisse. E tinha, de facto, que

abrir. O Cadaval tem que criar vida própria,porque ser apenas Concelho rural não che-ga. Ou arranja mais qualquer coisa, ou en-tão não cativará as pessoas para lá ficar,como habitantes.

Em que outras direcções, deverá, então,rumar o desenvolvimento concelhio?Há que criar uma indústria assente na agri-cultura e há que fazer um bom aproveita-mento de Montejunto porque Sintra estásaturada. Mas há que ver que o Cadavalestá situado no meio de três, quatro cidadesque são já semi-dormitórios, alguns de Lis-boa. Era bom que se criassem indústriaspara que houvesse independência em ter-mos de emprego, de modo a que o Conce-lho possa progredir em condições. Se nãohouver emprego, é difícil. Dá-se a fuga paraos grandes centros, e passa a ser só umdormitório, sem vida própria.

Actualmente, qual a ligação que mantémcom o Concelho?Neste momento, vou aos fins-de-semanaao Vilar, ver a minha família.Procuro falar e inteirar-me dos problemasdaquela localidade. Em relação ao Conce-

lho, fui-me afastando mesmo. Reconheço até que me afastei demasiado davida do Cadaval. Mas sempre tive o defeito de viver aquilo em que me metiacom demasiada intensidade, acabando por me isolar um bocado de outrasrealidades. B.F.

O percurso de um dirigenteAcademicamente falando, possui o antigo 7º ano liceal incompleto, tendoestudado em Lisboa, Tomar e por último, em Torres Vedras, sempre comoum activo praticante desportivo.Por volta dos vinte anos, emprega-se e, ao longo de 32 anos, trabalha comofuncionário da Caixa Geral de Depósitos. Durante os primeiros cinco, exer-ce em Lisboa, até conseguir transferência para Torres Vedras. Nessa altura,regressa ao Vilar, onde fica a residir até casar e, durante um ano, é presiden-te do Clube Atlético do Cadaval.Vai residir para Torres Vedras, retorna depois ao Vilar, mas opta, definitiva-mente, por viver em Torres, uma vez que a mulher lá ficara colocada. Pelocaminho, e por três anos, a aventura da presidência da Câmara Municipal...Como dirigente, para além do Clube Atlético do Cadaval, esteve cerca de 15anos na colectividade do Vilar, de cujo esforço de recuperação e dinamizaçãomuito se orgulha, não fosse o Vilar, para si, uma terra muito especial e deelevado potencial.Seguiu-se depois a direcção da “Física”, em Torres Vedras, onde se mante-ve durante 15 anos e onde também foi treinador de ténis de mesa.Após 5 anos como director da Casa do Benfica de Torres Vedras resolveparar, por saturação, cedendo a cadeira ao declarado espírito combativo dosmais novos.Hoje tem como hobbies passear, ver televisão e, enfim, o facto de residir emfrente da Casa do Benfica não passará, por certo, despercebido. ..

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Dia 28, sexta21.30 h - Espectáculo de teatro-revista: “Todos tesos”, pelo Grupo Gente Gira,no ciné-auditório da A.H.B.V.C.

Dia 2, domingo15.00 h - Corso pelas ruas da vila do Cadaval17.30 h - Espectáculo de teatro-revista: “Todos tesos”, pelo Grupo Gente Gira,no ciné-auditório da A.H.B.V.C.

Dia 3, segunda22.00 h - Desfile nocturno com passagem pelas ruas Padre José Inácio Pereira e1º Dezembro, terminando na Praça da República, com actuação de grupo musical.

Dia 4, terça15.00 h - Corso pelas ruas da vila do Cadaval21.30 h - Espectáculo de teatro-revista: “Todos tesos”, pelo Grupo Gente Gira,no ciné-auditório da A.H.B.V.C.

Organização: A.H. Bombeiros Voluntários Cadaval e Câmara Municipal CadavalApoio: Juntas de Freguesia e associações/colectividades do Concelho

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..Deliberar sobre o C

Suplemento da Revista Municipal n.º 8 (Julho a Outubro 2002) da Câmara Municipal do Cadaval

Assembleia Municipal

...Deliberar sobre o Concelho

- Aprovação da Moção relativa aos aspectos fundamentais,recomendados pela Assembleia Municipal ao executivo municipal, aserem salvaguardados na constituição da Comissão deAcompanhamento do ASO (CA);- Aprovação da Moção de repúdio à criação de um imposto especialsobre o vinho, bem como de apelo aos organismos e entidadescompetentes no sentido de actuarem em defesa dos vitivinicultores e dosector da vinha e do vinho;- Eleição do Senhor Álvaro Nunes Luís, para representante daAssembleia Municipal do Cadaval no Conselho Geral do CentroHospitalar de Torres Vedras;- Aprovação da 1ª Revisão ao Orçamento e 1ª Revisão às GrandesOpções do Plano (POCAL – Plano Oficial de Contabilidade dasAutarquias Locais);- Aprovação da fixação, em 1,2%, da taxa a aplicar na ContribuiçãoAutárquica para os prédios urbanos para o ano 2003;- Aprovação da formalização da cedência do Lote 4A, com 2.415m2, doLoteamento do Campo da Eira, na Vila do Cadaval, à Casa do Povo doConcelho do Cadaval;- Aprovação da formalização da cedência do Lote 7A, com 2.637m2, àAssociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Cadaval, doLoteamento do Campo da Eira, na Vila do Cadaval;- Aprovação da utilidade pública municipal do imóvel da AssociaçãoFilarmónica 1º de Dezembro - 1882, Pragança, para efeitos de isençãode Contribuição Autárquica;- Aprovação da alteração ao Regulamento do horário de funcionamentodos estabelecimentos comerciais do município do Cadaval(funcionamento de estabelecimento comercial);- Aprovação da utilidade pública municipal do imóvel da União dosAmigos da Boiça do Louro, para efeitos de isenção de ContribuiçãoAutárquica.

O órgão deliberativo do Município realizou, no decurso do quadrimestrecompreendido entre Julho e Outubro de 2002, a seguinte sessãopública:

SESSÃO ORDINÁRIA DE 13 DE SETEMBRO

No período de reuniões compreendido entre 16 de Julho e 22 deOutubro, foram estes alguns dos assuntos apreciados pelo órgãoexecutivo camarário:

Câmara Municipal

LOTEAMENTOS

Neste âmbito, deferiram-se os seguintes processos:

- Procº. n.º 45/2001, de MARIA DEOLINDA SANTOS CARVALHOGASPAR E OUTRA – Loteamento localizado no sítio do Talho da Fonte,na vila do Cadaval;- Procº. n.º 103/2001, de MARIA MERCÊS RIBEIRO MARTINSGONÇALVES e OUTROS - Loteamento localizado no sítio do ValeTouro, na localidade de Vale Canada, Freguesia de Vermelha;- Procº. n.º 16/2002, de AMADEU FONSECA CARDOSO - Loteamentolocalizado na Rua Montejunto, na localidade de S. Salvador, Freguesiade Cercal;- Procº. n.º 39/2002, de RAUL RIBEIRO AUGUSTO, e OUTROS –Loteamento localizado em Palhoça, Freguesia de Figueiros;- Procº. n.º 25/2002, de AFALMIFI, Construções, Lda. - Loteamentolocalizado em Chão do Sapo, Freguesia de Lamas.

OBRAS PÚBLICAS / EMPREITADAS

- Aprovação do Estudo Prévio para o Projecto das NOVAS OFICINASMUNICIPAIS (aprovação por fases);- Aprovação do Novo Projecto do CAMPO DE JOGOS MUNICIPAL;- Adjudicação, à firma MÁRIO PEREIRA CARTAXO, Ldª., com sede nalocalidade e freguesia da Vermelha, concelho de Cadaval, pelo preçoglobal de € 155.754,49 (cento e cinquenta e cinco mil setecentos ecinquenta e quatro euros e quarenta e nove cêntimos), que não inclui oIVA à taxa legal em vigor, da empreitada de REQUALIFICAÇÃOURBANÍSTICA DE FIGUEIROS – RUA PRINCIPAL.

GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

- Aprovação da proposta de 1ª Revisão ao Orçamento e 1ª Revisão àsGrandes Opções do Plano, devendo a mesma ser submetida aaprovação pela Assembleia Municipal;- Autorização para contratação de empréstimo até ao montante de938.599,45 euros, com vista ao financiamento complementar dos projectosde investimento aprovados e homologados no âmbito do III QuadroComunitário de Apoio;- Autorização para contratação de empréstimo até ao montante de165.408,47 euros para o financiamento complementar do projecto“Reforço do Abastecimento de Água à Vila do Cadaval – CondutaAdutora”, aprovado no âmbito do III Q.C.A.;- Autorização para contratação de empréstimo no montante de 147.672,00euros para o financiamento das 2ª e 3ª chamadas de subscrição docapital social da empresa “Águas do Oeste”.

eliberar sobre o Con

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RENOVAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTOMaria Graziela Peixoto Esteves Soares – Auxiliar de Serviços Gerais

CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTORafael Caetano Oliveira – Auxiliar AdministrativoLuís Alberto Ferreira Lopes - CoveiroAdelaide da Silva Tavares - Aux. Acção EducativaAlcina da Conceição Duarte Ribeiro - Assist. Acção EducativaDucínea Marques Rosa Azevedo Oliveira - Aux. Acção EducativaFilomena Maria Santos Fialho - Aux. Acção EducativaMaia Carolina F. da Silva M. Ferreira - Aux. Acção Educativa

MOVIMENTOS DE PESSOAL(DE JULHO A OUTUBRO DE 2002)

PEDIDOS DE APOIO / ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS

- Atribuição de um subsídio no valor de € 500,00 (quinhentos euros), àASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE CASALINHO,destinado a fazer face às despesas com as actividades a desenvolverpela referida associação;- Atribuição de um subsídio no valor de € 400,00 (quatrocentos euros),à SOCIEDADE CULTURAL DESPORTIVA E RECREATIVA DEFIGUEIROS , destinado à realização do “2º FESTIVAL de ROCK”;- Atribuição de um subsídio no valor de € 100,00 (cem euros), àSOCIEDADE DESPORTIVA E RECREATIVA E ALGUBER, comoforma de apoio à realização do “2º Torneio de Sueca” promovido pelareferida sociedade;- Atribuição de um subsídio no valor de € 250,00 (duzentos e cinquentaeuros), à ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA CULTURAL E RECREATIVADE PAINHO, destinado à realização do I Torneio “NON STOP” deFutebol de 5, promovido pela referida associação;- Atribuição de um subsídio no valor de € 500,00 (quinhentos euros), àCASA DO BENFICANO CADAVAL, como forma de apoio ao Projectode Ocupação de Jovens (Futebol de Salão);- Atribuição de um subsídio no valor de € 1500,00 (mil e quinhentoseuros), à ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROSVOLUNTÁRIOS DO CADAVAL, como forma de apoio ao pagamentodas despesas efectuadas no “ENCONTRO DE FANFARRAS”;- Isenção do pagamento, por parte do GRUPO DESPORTIVO ERECREATIVO MURTEIRENSE, da taxa de alvará de licença para aobra de construção do Centro de Dia da Murteira;- Atribuição de um subsídio no valor de € 500,00 (quinhentos euros),ao CENTRO CULTURAL DESPORTIVO E RECREATIVO DEBARREIRAS , destinado à aquisição de mobiliário;- Atribuição de um subsídio no valor de € 500,00 (quinhentos euros), àASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DA SOBRENA,destinado às actividades desportivas a promover pela associação emapreço;- Comparticipação em despesas de fotocópias do PRÉ-ESCOLAR E1º C.E.B. DO CONCELHO;- Atribuição de um subsídio no valor de € 250,00 (duzentos e cinquentaeuros), ao GRUPO MOTARD FALCÕES DO MONTEJUNTO, comoforma de apoio à realização do “5º ENCONTRO MOTARD”, promovidopelo grupo em causa;- Atribuição de um subsídio no valor de € 200,00 (duzentos euros), àSOCIEDADE DESPORTIVA E RECREATIVA DE ALGUBER ,destinado ao apoio do “II TORNEIO DE FUTEBOL DE SALÃO”;- Atribuição de um subsídio no valor de € 750,00 (setecentos e cinquentaeuros), ao CLUBE ATLÉTICO DO CADAVAL, destinado a despesascom campeonatos juvenis;- Isenção do pagamento, por parte da ASSOCIAÇÃO CULTURAL EDESPORTIVA DA PALHOÇA, do pagamento da taxa de alvará delicença para obras na sede da referida associação;- Atribuição de um subsídio no valor de € 500,00 (quinhentos euros), àUNIÃO CULTURAL E RECREATIVA DE PÊRO MONIZ “OSMODESTOS”, destinado a obras de conservação da sede;- Atribuição de um subsídio no valor de € 1500,00 (mil e quinhentoseuros), ao GRUPO GENTE GIRA, destinado à atribuição do prémiode concurso “CANTIGAS DE ESTRELAS”;- Atribuição de um subsídio no valor de € 1000,00 (mil euros), aoGRUPO DESPORTIVO VILARENSE, destinado à aquisição dematerial para a prática de ginástica;- Continuação da atribuição de um subsídio mensal no valor de €250,00 (duzentos e cinquenta euros), à COORDENAÇÃOCONCELHIA DE EDUCAÇÃO RECORRENTE E EXTRA-ESCOLAR ,

destinado ao pagamento de uma bolsa a uma funcionária que colaboraa meio tempo na Coordenação, e à aquisição de material de secretaria;- Atribuição de um subsídio, no valor de € 420,00 (quatrocentos evinte euros), à ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DEEDUCAÇÃO DOS ALUNOS DA ESCOLA DO ENSINO BÁSICO 2,3DE CADAVAL, como forma de apoio às despesas suportadas pelasassociação em causa, aquando da realização do Certame “ANIMARTE”;- Atribuição de um subsídio no valor de € 400,00 (quatrocentos euros),à ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA E CULTURAL DO CADAVAL,destinado a apoiar as actividades desenvolvidas pela Banda Filarmónica;- Atribuição de um subsídio no valor de € 1.000,00 (mil euros), àASSOCIAÇÃO DESPORTIVA CULTURAL RECREATIVA DO PAINHO,como forma de apoio às actividades desportivas a desenvolver pelaassociação em causa.

DIVERSOS

- Aprovação da realização da “FESTA DE RECEPÇÃO AO ALUNO” econsequente autorização do pagamento das inerentes despesas com aorganização deste evento;- Aprovação das normas inerentes à “COMPONENTE DE APOIO ÀFAMÍLIA PARA A EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR”;- Aprovação da realização da COLÓNIA DE FÉRIAS SÉNIOR“CULTURA E SOL” e consequente autorização do pagamento dasdespesas inerentes à concretização deste evento;- Aprovação da realização da CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DEGÉNEROS ALIMENTÍCIOS, BRINQUEDOS, ROUPAS E ARTIGOS DEMOBILIÁRIOS – NATAL 2002;- Aprovação da realização da CAMPANHA DE COLHEITA DE SANGUE( 16 Novembro 2002) e consequente autorização do pagamento daseventuais despesas com a concretização desta campanha;- Aprovação do Protocolo a celebrar entre a Câmara Municipal doCadaval e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários doCadaval relativo ao Programa de Vigilância Móvel Motorizada,decorrente da actividade da Comissão Especializada de Fogos Florestaisdo Concelho do Cadaval;- Aprovação de moção de protesto à AMO, relativa a questões ligadas aoassunto “Polo Tecnológico e Industrial”;- Aprovação de moção de repúdio ao “Imposto Especial sobre o Vinho”e de apelo a organismos e entidades competentes, no sentido de tudoser feito em defesa dos viticultores e do sector da vinha e do vinho.- Aprovação de toponímias nas localidades de Cadaval, Casal Cabreiro,Pêro Moniz e Martim Joanes.

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Mónica Alexandra Lourenço dos Santos - Aux. Acção EducativaOrísia Maria Gaspar Henriques Maneca - Aux. Acção EducativaPaula Cristina André Nunes - Aux. Acção EducativaRute Isabel Moreira Ferreira Santos Coelho - Aux. Acção EducativaSílvia dos Reis Andrade Zélia Maria Ribeiro Correia Lourenço - Aux.Acção Educativa

FIM DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTOMaria João da Silva Miranda

NOMEAÇÕES – INGRESSOSJosé Francisco Rodrigues Trindade – Cantoneiro de Vias MunicipaisVítor Manuel Geada Agostinho - Cantoneiro de Vias Municipais

APOSENTAÇÕESMaria de Lurdes Canadas Sobral Henriques – Chefe de Secção

PROMOÇÕESCarlos Manuel Rosa dos Santos – Chefe de Secção

TRANSIÇÕES DE CARREIRAPaulo Jorge Faustino Caetano – Transição da carreira de Operadorde Estação Elevatória, do grupo de Pessoal Auxiliar, para a mesmacarreira, do Grupo de Pessoal Operário Altamente Qualificado;António Augusto Fernandes Santos – Transição da carreira de Operadorde Estação Elevatória, do grupo de Pessoal Auxiliar, para a mesmacarreira, do Grupo de Pessoal Operário Altamente Qualificado;Carlos Manuel Fonseca Pereira – Transição da carreira de Operadorde Estação Elevatória, do grupo de Pessoal Auxiliar, para a mesmacarreira, do Grupo de Pessoal Operário Altamente Qualificado;António Santos Trindade – Transição da carreira de Operador deEstação Elevatória ou depuradora, do grupo de Pessoal Auxiliar, paraa mesma carreira, do Grupo de Pessoal Operário Altamente Qualificado;Mário Humberto Rodrigues – Transição da carreira Mecânico deContadores do grupo de Pessoal Operário Qualificado, para a carreirade Mecânico de Instrumentos de Precisão do grupo de Pessoal AltamenteQualificado.

EDITALDEFINIÇÃO DA TAXA A APLICAR NA CONTRIBUIÇÃO AUTÁRQUICAPARA OS PRÉDIOS URBANOS———ARISTIDES LOURENÇO SÉCIO, Presidente da Câmara Municipalde Cadaval:------------------------------------------------------------------------------------------———Torna público, nos termos do art.º 16.º, do Código da ContribuiçãoAutárquica, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442-C/88, de 30 de Novembro, coma redacção introduzida pelas Leis nºs. 52-C/96 e 109-B/2001, ambas de 27 deDezembro, que esta Câmara Municipal, em sua reunião ordinária, realizada em18 de Junho último, deliberou, por unanimidade, manter em 1,2% a taxa daCONTRIBUIÇÃO AUTÁRQUICA, respeitante à cobrança a efectuar no ano2003, sobre o valor tributável dos prédios urbanos.——-------------------------------———Mais se torna público que, a referida deliberação, apresentada, nostermos e para os efeitos previstos na alínea f), do n.º 2, do art.º 53.º, da Lei n.º169/99, de 18 de Setembro, com a alteração introduzida pela Lei n.º 5-A/2002,de 11 de Janeiro, sob a forma de proposta, à Assembleia Municipal, foi aprovada,por maioria, por este órgão autárquico, na sua sessão ordinária de 13 de Setembrocorrente.——————————---------------------------------------------------------------———Para conhecimento geral se publica o presente Edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do Concelho.———————————E eu, Maria de Lourdes Canadas Sobral Henriques, Chefe da Secçãode Contabilidade, o subscrevi.———————————————-—————

Paços do Município de Cadaval, 23 de Setembro de 2002O Presidente da Câmara

( Aristides Lourenço Sécio )

Reuniões Públicas do Órgão Executivo para o 1º semestre de 2003Início das reuniões e período de atendimento ao público: 14.30 horas

Câmara Municipal do Cadaval

Aristides Lourenço Sécio, Presidente da Câmara Municipal de Cadaval:--------Torna público de conformidade com o disposto nos artigos 1º, 3º, nº2 e 4º da Leinº 26/94, de 19 de Agosto, a relação das Transferências Correntes e de Capital,efectuadas durante o 1º Semestre 2002.-----------------------------------------------------------

Adão Lobo Sporting Club - 624,70 €Assoc. Cult e Recreativa de S. Salvador e Espinheira - 1.000,00 €Assoc. Filarmónica e Cultural do Cadaval - 1.945,32 €Assoc. Estudantes da Escola Secundária de Montejunto - 400,00 €Assoc. Melhor. Cultura Desporto de Casais de Montejunto - 249,40 €Associação Académica de Coimbra - 50,00 €Associação Cultural e Recreativa da Tojeira - 374,10 €Associação Cultural e Recreativa da Sobrena - 250,00 €Associação Desp. Cult. e Recreativa do Painho - 498,80 €Associação Desportiva de Vermelha - 400,00 €Associação Humanitária B.V. de Cadaval - 14.750,28 €Associação de Melhoramentos de Pêro Moniz - 400,00 €Associação Musical Vilarense - 500,00 €Associação Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro de Pragança - 1.945,32 €Bombeiros Voluntários do Cadaval – Serv. de Protecção Civil - 5.387,04 €Bombeiros Voluntários do Cadaval - 3.297,60 €Coordenação Concelhia da Educação Rec. Extra Escolar - 1.197,12 €Câmara Cadaval Clube - 17.631,94 €Cáritas Paroquial do Vilar - 249,40 €Casa do Povo de Cadaval - 3.890,64 €Centro Desp., Recreativo e Cultural de Chão do Sapo - 250,00 €Centro Popular de Rocha Forte - 1.346,76 €Centro Social e Paroquial de Alguber - 24,94 €Centro Social e Paroquial de Lamas - 274,34 €Comissão de Melhoramentos da Capela de D. Durão - 498,80 €Conselho Cons. De Acção Social Escolar - 3.636,49 €Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo do Cadaval - 1.621,09 €Fábrica Igreja Paroquial de N. Srª. do Ó do Vilar - 1.496,40 €Fábrica de Igreja Paroquial de S. Vicente - Cercal - 498,80 €Fábrica da Igreja de Lamas - 400,00 €Grupo Coral da Assoc. Hum. dos Bombeiros Volunt. do Cadaval - 1.346,76 €Grupo Desportivo Vilarense - 500,00 €Grupo Gente Gira - 570,00 €Instituição – Obra do Ardina - 1.000,00 €Lar de 3ª Idade da Quinta do Cidral - Alguber - 249,40 €Rancho Folclórico do Vilar - 500,00 €Santa Casa da Misericórdia do Cadaval - 299,28 €UDO – União Desportiva do Oeste - 1.750,00 €

EDITAL

PUBLICITAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES E DE CAPITAL

Para constar e devidos efeitos se fez o presente EDITAL e outros de igual teor quevão ser afixados nos locais mais públicos do costume. ------------------------------------E eu, Armanda Maria Reis Cruz Ribeiro, a Chefe de Secção de Taxas, Tarifas eLicenças da Câmara Municipal de Cadaval, o Subscrevi.---------------------------------

Paços do Município de Cadaval, 30 de Setembro de 2002O Presidente da Câmara

( Aristides Lourenço Sécio )

Freguesia de Alguber .................11 de Fevereiro; “ de Cercal ................... 11 de Março; “ de Figueiros............... 08 de Abril;

“ de Lamas................... 06 de Maio; “ de Painho.................. 03 de Junho.

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Outras obras

Recorte este cupão e envie-o por carta para o Gabinete de Informação e Relações Públicas da Câmara Municipal do Cadaval, Av. Dr. Francisco Sá Carneiro - 2550-103 CADAVAL

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Caixa de Sugestões

Outras obras Outras obras

DAGORDA

VERMELHA

Decorreram, no período aque respeita esta revista, poradministração directa, várias obras,das quais poder-se-á referir: alcatroamentos nas localida-des de Vermelha e Dagorda (vide fotos acima), prolonga-mento de ramais de esgotos no Vilar e construção de umpontão em Adão Lobo.Outras obras, da responsabilidade das respectivas Juntasde Freguesia, tiveram a colaboração da Câmara Municipal,nomeadamente, em termos de cedência de materiais, dasquais poder-se-ão destacar: calcetamentos em D.Durão,Ventosa e Vilar (cedência de pedra de calçada), construçãode um cruzeiro em Vila Nova (cedência de pedra) e de umpoço à entrada do Pereiro (cedência de materiais).

TEL.:

MÃOS À OBRA MUNICIPALMÃOS À OBRA MUNICIPAL

VILAR