tecnicas de hipnose clinica e pratica apostila do curso
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Tecnicas de Hipnose Clinica e PraticaTRANSCRIPT
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ESCOLA DE PSICANALISE SIGMUNDO FREUD
www.sbpma.org
TÉCNICAS DE
HIPNOSE CLÍNICA
E PRÁTICA
Ivan Lima de Azevedo
Psicanalista Clínico e Hipnologo
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“Explorar o ser interior é a chave para o indivíduo
se conhecer.
Vai destrancar a porta para as causas dos
problemas de comportamento e personalidade, dos
distúrbios e doenças emocionais e de muitas outras
dificuldades pessoais que todos nós costumamos ter.
Quando conhecemos as razões e motivações
existentes por trás destas coisas, é mais fácil
solucionar ou superar os problemas e fazer as
mudanças que proporcionarão saúde, felicidade e
sucesso”. LeCRON
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................... 04
CONCEITUAÇÃO ............................................................................... 05
A TERAPÊUTICA HIPNÓTICA ............................................................... 06
HIPNOTERAPIA ................................................................................. 07
HIPNOÁNALISE ................................................................................ 07
HIPNIATRIA ..................................................................................... 07
HIPNODONTIA.................................................................................. 08
HIPNOSE NA VIDA DIARIA ................................................................. 08
CONTRA INDICAÇÃO DA HIPNOSE ...................................................... 10
FENOMENOLOGIA DOS ESTADOS HIPNÓTICOS .................................... 10
RELACIONADOS A MEMÓRIA .................................................... 11
ESTÁGIOS DA HIPNOSE .................................................................... 11
TESTE DE SUGESTIONABILIDADE ....................................................... 13
EXECUTANDO TESTES DE SUGESTIONABILIDADE ................................ 14
TESTE DAS MÃOS ................................................................... 14
TESTE DA OSCILAÇÃO ............................................................ 14
MÉTODOS SUBJETIVOS DE INDUÇÃO HIPNÓTICA ................................. 15
MÉTODO DE BERNHEIM ..................................................................... 15
ENTRANDO EM TRANSE HIPNOIDAL LEVE PRÓPRIO P/ HINOTERAPIA ...... 16
MÉTODO DE BRAID ........................................................................... 17
MÉTODO DE INDUÇÃO (VARIANTE DE BRAID)...................................... 18
MÉTODO DO OLHAR FIXO NUM PONTO ................................................ 18
INDUÇÃO DE RELAXAMENTO PROGRESSIVO ........................................ 18
INDUÇÃO DA RESPIRAÇÃO ................................................................ 20
INDUÇÃO DE UM LUGAR AGRADÁVEL .................................................. 20
INDUÇÃO DA LEVITAÇÃO DAS MÃOS .................................................. 21
CONCLUSÃO .................................................................................... 21
BIBLIOGRAFIA ................................................................................. 21
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INTRODUÇÃO
Com certeza vocês ficaram hipnotizados
espontaneamente centenas ou milhares de vezes
L.M Lê Cron, L´auto-hipnose
Considerando a redescoberta e importância da Hipnose como recurso auxiliar nas
terapias e objetivando o aprimoramento profissional a Escola de Psicanálise
Sigmund Freud, promove este curso de Hipnoterapia e hipnoanalise.
O Curso tem como objetivo mostrar o que é a hipnose a partir de sua evolução
histórica e suas diversas teorias que analisam este fenômeno, desde sua origem
até a contemporaneidade, bem como capacitar os participantes para o emprego
de técnicas rápidas e modernas de hipnose, visando melhorar o seu desempenho
profissional, e possibilitando ao paciente uma melhora, rápida da sua patologia.
O presente material é parte do curso de hipnose Prática e Clinica promovido pela
Escola de Psicanálise Sigmund Freud.
Algumas das induções aqui apresentadas são frutos de experiência do professor
Ivan Lima com seus pacientes.
Ao participante deste, não é suficiente apenas ter assistido o curso e ter feito uma
leitura desta apostila para se tornar um grande hipnólogo, pois se assim o fosse,
o cristão assistiria a missa ( ou culto), lia a Bíblia e já estava no céu, mas é
preciso complementar seu cabedal com outras leituras, e mais do que nunca, é
absolutamente essencial que aproveite cada oportunidade que se lhe depare, a fim
de realizar cotidianamente uma ou mais experiências deste gênero.
O Hipnotismo é uma arte. É a arte de convencer. Hipnotizar é convencer e
convencer é sugestionar. Só sugestiona quem convence e só quem convence
hipnotiza. Quanto a mim sou apenas um hipnotizador, o que apresento aqui é
apenas uma sugestão, caso queira, poderá desfrutar desta indução. Acredito eu,
que após este curso sua visão em relação ao ser humano não será a mesma.
Lembro, ainda de um ditado popular que diz: “cada cabeça é um mundo”, ou
seja, se permitir-nos poderemos ao menos contribuir para um mundo melhor.
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CONCEITUAÇÃO
HIPNOSE
Conceitos mais antigos de hipnose:
1) Hipnose é guiar um sonho.
2) Hipnose é um natural, alterado estado de consciência.
3) Hipnose é um estado de relaxamento e hipersugestionabilidade
maior responsividade.
4) Hipnose é um estado de transição entre estar acordado e adormecer
Tradicionalmente, hipnose tem sido considerada como estado subjetivo de
experienciação no qual o indivíduo tem capacidades ou experiências geralmente
diferentes daquelas que experimenta quando acordado.
Numa visão mais “moderna” hipnose é um processo de comunicação
efetiva que influencia e produz mudanças. Hipnose é vista como um fenômeno
relacional.
Hipnose é uma ponte entre o hemisfério cerebral direito e o
esquerdo (Zeig).
Hipnose é a zona neutra, o ponto morto para que aconteça a troca
de marcha (Zeig).
Hipnose é um ato de amor (Sofia).
Toda hipnose é transe, nem todo transe é hipnose.
“Um estado de transe é um estado alternativo de consciência, isto é,
uma forma diferente de estar acordado, onde a atenção está orientada mais
intensamente para o interior do que para o exterior, com flutuações particulares
em cada caso. Durante o transe a pessoa tem uma grande atividade interna, sem
perder o estado de alerta, isto é, estando acordada.” (Tereza Robles).
“O transe é um período no qual as limitações que uma pessoa tem, no que
dizem respeito a sua estrutura comum de referências e crenças, ficam
temporariamente alterados, de modo que o paciente se torna receptivo aos
padrões, às associações e aos moldes de funcionamento que conduzem a solução
de problemas.” (M. Erickson).
“É um estado alterado de consciência, ou é um estado de consciência no
qual o conhecimento que você adquiriu durante toda sua vida e que você usa
automaticamente torna-se, de repente, disponível, Milton Erickson”.
“É um estado temporário de atenção modificada que se caracteriza por
uma sugestionabilidade aumentada, Abrahan Mason”.
“Abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de
sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na
percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamentos
e na memória Sociedade Brasileira de hipnose”.
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“Resulta da ação direta de uma vontade mais forte, ou seja, a vontade do
hipnotista, sobre uma vontade mais fraca, ou seja, a vontade do “sujet”, Karl
Wessmann”.
"A Hipnose é a habilidade de entrarmos em contato com a nossa capacidade de
otimização e criatividade, vencendo nossos limites. A hipnose é a ciência voltada
para a expansão do potencial humano", (Brian Weiss).
“É um estado artificialmente induzido, às vezes semelhante ao sono, porém
sempre fisiologicamente distinto do mesmo, tendente a aguçar a sugestibilidade,
acarretando modificações sensoriais e motoras, além de alterações de memória,
Karl Wessmann”.
É um estado de estreitamento de consciência, geralmente provocado
artificialmente, que se parece com o sono, porém dele se distingue
fisiologicamente, Antonio Carlos morais Passos”.
Sendo toda hipnose uma forma de auto-hipnose, é o próprio paciente que
permite que a mesma aconteça, detendo ele o controle durante todo o tempo que
passa em transe. Não se pode obrigar o hipnotizado a fazer o que não quer ou o
que fira seus princípios morais e mesmo revele segredos do seu passado.
Mesmo que a hipnose tenha sido desenvolvida, inicialmente, como um método
de cura (Mesmer), ela por si não cura nada. A hipnose é uma emoção límbica,
como qualquer emoção do nosso dia-a-dia, sua utilidade na educação
e reprogramação do comportamento supera qualquer outro procedimento, porque
polariza a atenção de forma seletiva, e concentrada, facilitando a programação do
subconsciente. Por meio da hipnose podemos desenvolver nossas habilidades
naturais e desbloquear nossas energias represadas, liberando o potencial do nosso
inconsciente elevando nossa capacidade de otimização.
A TERAPÊUTICA HIPNÓTICA
Atendidas as peculiaridades intrínsecas de cada caso, na prática as técnicas
terapêuticas aliadas à hipnose, comparadas a outras modalidades, apresentam
inestimável ganho pela maior eficácia que adquirem e pela abreviação no tempo
de tratamento. Não é isto, porém, sinônimo de resultado quase mágico,
instantâneo e infalível. Uma sugestão bem aplicada é freqüentemente mais eficaz
e, simultaneamente, menos danosa que a ingestão de qualquer medicamento. Para
agir num ponto do organismo, o medicamento dissolve-se em todo ele, perturba e
envenena mais ou menos todas as células. Voltaire definiu a medicina como a
arte de introduzir drogas pouco conhecidas em um organismo mais desconhecido
ainda. Isso obviamente não se aplica à sugestão hipnótica!
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HIPNOTERAPIA
Quando se usa a hipnose para tratar um problema psicológico, chamamos o
processo de Hipnose Clínica ou de Hipnoterapia, denominação que deriva da
junção das palavras hipnose e terapia em grego, sendo que a primeira vem de
Hypnos, o "Senhor do Sono" da mitologia e a segunda vem de Therapéutikos que
significa "cura" ou "cuidado". Em outras palavras, Hipnoterapia é o cuidado ou
cura através da Hipnose.
Hoje oficialmente considera-se a Hipnoterapia não como uma terapia alternativa,
mas uma alternativa terapêutica, uma das primeiras a ser escolhida devido a ser
completamente natural e segura, aos seus resultados rápidos e persistentes, custo-
efetividade e "efeitos colaterais" benéficos.
HIPNOANÁLISE
Termo usado por Hadfield em 1920, para denominar uma combinação de catarse
hipnótica e de sugestões re-educativas, que utiliza hipnose para ajudar a vencer
as resistências do paciente, e aceitar a assimilar as experiências relembradas. A
Hipnose facilita a "livre-associação", ajudando enormemente o trabalho analítico
em relação às fantasias inconscientes.
Não faz sentido supor que a psicoterapia no estado de vigília, que se dirige à
cerebração consciente, seja mais eficaz que a Hipnoanálise, que se dirige
diretamente ao sub-consciente, onde reside a causa do mal. Pode-se dizer que a
dependência do analisado em relação ao analista (psicanalista) é ainda mais forte,
muitas vezes chega a ponto de fazer o paciente aceitar passar anos no divã.
HIPINATRIA
A Sociedade de Hipnose Médica de São Paulo, na expectativa de homogeneizar a
terminologia adotada pelas diversas correntes, definiu-a da seguinte maneira:
Procedimento ou ato médico que utiliza a hipnose como parte predominante do
conjunto terapêutico. A referida Sociedade observa que este é o termo mais
adequado para o tratamento médico feito através da hipnose pura ou combinada
com fármacos. Esta nomenclatura deveu-se à demanda do Departamento de
Hipnologia, numa analogia com algumas especialidades médicas (Pediatria,
Psiquiatria, Foniatria, Fisiatria, etc.). Este termo, criado em 1968 pelos
professores Miguel Calille Junior e Antônio Carlos de Moraes Passos, foi
adotado pelo Conselho Federal de Medicina, no ano 2000, como adequado a ser
utilizado quando um médico fizer abordagem através do uso da Hipnose para
diagnóstico ou tratamento (iatria, do grego, "arte de curar"), sendo unanimemente
considerado por todas as escolas médicas de hipnose no Brasil. [PROCESSO-
CONSULTA CFM Nº 2.172/97 PC/CFM/Nº42/1999].
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HIPNODONTIA
Aplicação da hipnose e sugestões controladas na prática odontológica.
HIPÓTESES E TEORIAS ACERCA DO FUNCIONAMENTO DA
HIPNOSE
Afinal de contas, o que é a Hipnose? Diversas teorias surgiram para tentar
explicar esse estranho estado.
A hipnose é um construto complexo e na atualidade não existe uma teoria
predominante sobre a mesma ou que seja consensualmente aceita, mas sim um
contínuo de pontos de vista teóricos; e se entende a razão... Estamos tentando
definir um fenômeno do cérebro, este órgão sobre o qual conhecemos tão pouco
e do qual utilizamos somente uma parte mínima. As provas apresentadas a favor
de cada uma dessas filiações, desde os experimentos laboratoriais ao conteúdo de
verbalizações, fantasias, sonhos e manifestações do comportamento, são em
número deveras impressionante.
HIPNOSE NA VIDA DIARIA
Segundo Marlus Vinicius as manifestações da hipnose ocorrem na vida diária
sem que a maioria das pessoas perceba:
1. Quando assistimos a um filme, no cinema ou na televisão, e estamos realmente
gostando, nós nos emocionamos com as cenas do filme. Podemos rir, chorar,
ficar revoltados ou alegres com determinadas seqüências do filme; pode ocorrer
sudorese nas mãos, redução do ritmo respiratório. Nesses momentos em que
nossa atenção está focalizada nas cenas, e segundo o conteúdo das próprias cenas
e de acordo com as nossas experiências passadas, estamos hipnotizados.
Durantes essas cenas, nosso juízo crítico não se preocupa com a velocidade e
número das cenas, nem com a definição das imagens, ou até mesmo como foram
produzidas as cenas. Não pensamos tratar-se de um conto, nos envolvemos com
as cenas, sentimos as cenas com todos os nossos sentidos, e muitas vezes
deixamos de ouvir ou de prestar a atenção num barulho estranho ao filme, como
o som da campainha da nossa residência;
2. Quando estamos interessados na leitura de um determinado livro,
reagimos emocionalmente às descrições das situações interessantes sem estarmos
analisando criticamente o tamanho das letras, a ortografia, falhas na impressão.
Limitamos, desse modo, a nossa atenção visual ao conteúdo do que estamos
lendo e somos auto-hipnotizados;
3. Quando estamos ouvindo com entusiasmo uma música de nossa
preferência, permanecemos sem analisar criticamente a afinação do cantor ou a
performance da orquestra. Essencialmente, concentramos a nossa atenção no som
musical, permitindo que a música entre em nossa mente e em nosso corpo, e até
podemos ser hipnotizados pela música, a qual pode nos fazer recordar de um
acontecimento passado, ocorrendo uma relembrança ou mesmo uma
revivificação;
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4. Quando estamos dirigindo nosso carro de casa para o trabalho,
prestamos atenção consciente ao transito, contudo a direção do carro é realizada
em nível inconsciente. Nós não ficamos, conscientemente, engatando as marchas
e pisando no freio. Assim mesmo quando dirigimos o veículo prestando atenção
ao transito, uma série de estímulos chega ao nosso cérebro sem se tornar
consciente neste exato momento e pode ser armazenada em algum lugar do
encéfalo;
5. Quando uma pessoa está aprendendo a dançar, presta atenção ao
compasso musical, presta atenção na sua posição corporal, olha para os pés para
saber aonde irá posicioná-los. Enfim, procura seguir o professor ou o seu par.
Essa fase pode ser comparada às sugestões que o hipnoterapeuta formula ao
paciente durante o tratamento pela hipnose. Posteriormente, quando a pessoa já
sabe dançar, simplesmente ouve a música, deixa-a entrar pelo seu corpo e sai
dançando automaticamente;
O Tratamento bem-sucedido, pela hipnose, pode ser observado quando, por
exemplo:
1. O paciente reprogramou seu modo de alimentar-se para tornar-se e permanecer
esbelto;
2. Quando, por meio da hipnose, ampliou sua capacidade de aprender e relembrar
o aprendido;
Quando, por meio da hipnose, eliminou uma fobia;
Durante uma conferência ou uma aula, quando o aluno se interessa pela matéria
e o professor é habilidoso, o aluno permanece com sua atenção tão focalizada e
limitada ao assunto, isto é, está hipnotizado, que os ensinamentos são gravados
no seu inconsciente e mesmo no seu inconsciente. Ao terminar a conferência ou a
aula, o aluno sai satisfeito com os ensinamentos compreendidos, sendo capaz de
lembrá-los durante uma prova. Alternativamente quando o professor é chato, fala
bastante e apenas lê os dispositivos projetados, o aluno não se interessa pela
matéria e se distrai com qualquer coisa, não há focalização da atenção, nem
hipnose. Conseqüentemente, não há aprendizagem adequada. Muito
provavelmente o aluno será incapaz de lembrar durante a prova, nem para o seu
proveito durante a sua vida, o que esse professor tentou transmitir;
Muitas sugestões indiretas ocorrem no cotidiano e conduzem a respostas
similares às ocorridas na hipnose formal. Quantas vezes estamos passeando num
“shopping center” com o desejo de adquirir alguma peça para o vestuário
quando, passando pela frente de uma lanchonete, sentimos o odor do café,
recebemos uma sugestão sensorial olfativa direta, e somos levados a entrar e
saborear um cafezinho.
Da mesma forma uma sugestão direta aplicada na hora certa com palavras
corretas e poderosas, com tom emocional adequado ao contexto, pode fazer uma
multidão mover-se imediatamente sem que as pessoas parem para raciocinar e
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optar pela melhor alternativa de comportamento. Isto ocorre quando num cinema
durante a exibição de um filme alguém grita: “Fogo! Está pegando fogo!”.
Quantas vezes ao tirarmos uma roupa descobrimos que nos arranhamos num
braço ou numa extremidade do corpo, sendo que no momento do arranhão nada
sentimos, pois estávamos com a atenção concentrada em outra coisa, pois nesta
hora estávamos anestesiados.
Muitas vezes nos podemos entrar em hipnose, sem nenhuma sugestão verbal,
simplesmente dirigindo um veículo numa estrada com longas retas ou numa auto-
estrada; outras vezes, simplesmente assistindo a um programa de televisão.
Assim podemos compreender que a hipnose, na vida diária ocorre mais
freqüentemente do que imaginarmos, e contribui para o entendimento de que não
é necessária a indução formal para obtermos a hipnose. No consultório do
hipnólogo, faz-se a indução formal de hipnose para obtê-la no momento desejado
e com finalidades específicas.
CONTRA INDICAÇÕES DA HIPNOSE
O uso em Psicóticos, bordeline ou compensados, (mas que podem ser
tratadas por hipnoterapeutas e psicanalistas bem treinado);
Sem objetivo definido e construtivo, apenas para satisfazer insistentes
pedidos do paciente;
Se o estado do paciente não está determinado;
Satisfação do EGO do hipnotizador;
Remoção de sintomas sem se preocupar com a causa dos mesmos (o que
alguns questionam dizendo que o alívio pode ser permanente e que o
paciente, eventualmente, pode aproveitar esse período, sem sintomas, para
melhor adapatar-se a vida);
Eliminar sensações (fadiga, por exemplo) o que pode levar o paciente a
ultrapassar os limites de sua capacidade física.
FENOMENOLOGIAS DOS ESTADOS HIPNÓTICOS
Durante o transe hipnótico, de acordo com a sensibilidade individual
momentânea e segundo a profundidade do transe alcançada, pode-se verificar ou
induzir o surgimento de alguns fenômenos psicossomáticos. Vejamos alguns
deles:
RELACIONADOS À MEMÓRIA
Amnésia:Esquecer-se de pensamentos ou de fatos passados durante o
transe (espontaneamente ou não) ou em uma ocasião específica, o que
pode dar-se espontaneamente ou de acordo com orientações sugestivas do
hipnotizador.
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Hipermnésia: É a capacidade de lembrar-se de forma nítida e com
riqueza de detalhes de pensamentos, sentimentos ou eventos ocorridos e
completamente esquecidos.
Regressão de idade ( memória): O fenômeno de regressão de idade é
parcialmente baseado nos mecanismos de hipermnésia e amnésia. É a
capacidade de reviver pensamentos e sentimentos passados como se
fossem presentes, como se a pessoa estivesse em um momento específico
de uma idade anterior, no qual se comporta, pensa e reage de forma
similar à idade em questão, mas guarda todos os mecanismos de
aprendizado da idade atual [de forma que ela apresentará todo o controle
dos esfíncteres, e não irá urinar nas calças quando "regredir" a uma idade
em que ainda não tinha o controle sobre esses músculos, embora
reproduza comportamentos infantis.
ESTÁGIOS DA HIPNOSE1
LeCRON e Bordeaux, apresentam uma escala de graus do estado hipnótico e as
mudanças fisiológicas que se produzem em conseqüência do aprofundamento do
transe. sugere cinqüenta estágios. Muito embora há uma tendência de reduzir a
cinco estágios, dos quais apenas três indicam estados de hipnose propriamente
dita:
INSUSCETÍVEL - Não apresenta características hipnóticas de espécie alguma;
HIPNOIDAL – Corresponde ao estado de relaxamento – o “sujet” mostra uma
expressão de cansaço e freqüentemente um tremor de pálpebras, além de
contrações espasmódicas nos cantos da boca;
TRANSE LIGEIRO – o “sujet” sente os membros pesados, experimenta um
estado de alheamento, porém conserva plena consciência de tudo o que se passa
ao seu redor.
TRANSE MÉDIO - embora conserve alguma consciência do que se passa o
“sujet” está efetivamente hipnotizado. Não oferece resistência às sugestões,
salvo quando estas contrariam seu código moral. Produz catalepsia dos membros
e do corpo, alucinações motoras e cinestésicas. Aqui se consegue efeitos
analgésicos e até anestésicos.
TRANSE PROFUNDO OU ESTADO SONANBÚLICO – constitui-se no
maior transe, no sentido de profundidade. O “sujet” aceita sugestões as mais
bizarras. Neste estágio pode-se mandar o paciente abrir os olhos sem afetar o
transe. Ao abrir os olhos o paciente apresenta expressão fixa com pupilas
visivelmente dilatadas. A aparência é a de quem está imerso em sono profundo,
porém reage às sugestões do hipnotista. É o estagio próprio às anestesias
1Texto extraído do Livro O Hipnotismo de KAL WEISSMANN, Grande hipnotista que muito me servi
para a elaboração desta apostila.
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profundas. A indução a este transe exige algumas sessões e cerca de 30 a 40
minutos de trabalho.
Insuscentível – Ausência de toda e qualquer reação
Hipnoidal – 1 Relaxamento físico, 2 - Aparente sonolência, 3 – Tremor
das pálpebras, 4 – Fechamento dos olhos, 5 – Relaaxaamento mental e
letargia mental parcial, 6 – membros pesados.
Transe Ligeiro – 7 Catalepsia ocular, 8 – Catalepsia parcial dos membros,
9 – Inibição de pequenos grupos musculares, 10 – Respiração mais lenta e
mais profunda, 11 – Lassidão acentuada ( pouca inclinação a se mover,
falar, pensar, agir), 12 – Contrações espasmódicas daa boca e do maxilar
durante a indução, 13 – Rappor ente hipnotizado e o hipnotista, 14 –
Sugestões pós-hipnóticas simples, 15 – contrações oculares ao despertar.
16 – mudanças de personalidade, 17 – Sensação de peso no corpo inteiro,
18- Sensação de alheamento parcial.
Transe Médio – 19 – O hipnotizado reconhece estar no transe e sente,
embora não o descreva, 20 – inibição muscular completa, 21 – Amnésia
parcial, 22 – Glove anestesia (anestesia das mãos), 23 – Ilusões
sinestéticas, 24 – Ilusões de gosto, 25 – Alucinação olfativas, 26 –
Hiperacuidade das condições atmosféricas, 27 catalepsia geral dos
membros e do corpo inteiro.
Transe Profundo ou Sonambúlico – 28 – O hipnotizado pode abrir os
olhos sem afetar o transe, 29 – olhar fixo, esgazeado e pupilas delatadas,
30 – Sonambulismo, 31 – Amnésia completa, 32 – Amnésia pós-hipnótica
sistematizada, 33 – Anestesia completa, 34 – Anestesia pós-hipnótica, 35
– Sugestões pós-hipnóticas bizarras, 36 – Movimentos descontrolados do
globo ocular, movimentos desordenados, 37 – Sensações de leveza, estar
flutuando, inchanddo e alheamento, 38 – Rigidez e inibições nos
movimentos, 39 – O desaparecimento e a aproximação da voz do
hipnotista, 40 – Controle das funções orgânicas, pulsação do coração,
pressão sanguinea, digestão etc., 41 – Hipermnésia ( lembrar coisas
esquecidas), 42 – regressão de idade, 43 – Alucinações visuais positivas
pós-hipnóticas, 44 - Alucinações visuais negativas pós-hipnóticas, 45 -
Alucinações auditivas positivas pós-hipnóticas, 46 - Alucinações auditivas
negativas pós-hipnóticas, 47 – Estimulações de sonhos ( em transe ou pós-
hipnoticamente no sono normal), 48 – Hiperestesia, 49 – Sensações
olfativas ( aeromáticas e odores).
Transe Pleno – 50 Condições de estupor inibindo todas as atividades
espontâneas. Pode sugerir-se o sonambulismo para esse efeito.
Dentro desse esquema tem de se levar em conta as variantes das reações
individuais. Assim, alguns dos sintomas do transe profundo podem apresentar-se
em certas pessoas já no transe médio e até mesmo no transe ligeiro, ou não
apresentar-se de todo em outras pessoas. Mas de um modo geral essa escala
confere com os níveis acima indicados, salvo em casos nos quais os sintomas,
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que acabamos de indicar, se produzem por efeito de uma sugestão direta ou
indiretamente veiculada pelo hipnotista.
ALGUMAS REGRAS PARA AÇÃO HIPNÓTICA (WEISSMANN, Karl )
REPETIÇÃO
Um dos grandes segredos da força sugestiva está na repetição. É popular a
frase de um dos maiores demagogos da humanidade: “ Uma mentira repetida,
uma tantas vezes, torna-se verdade”, ou mesmo “ água mole pedra dura tanto
bate até que fura”.
Na psicodinâmica da personalidade a lei da repetição representa uma das forças
mais ponderáveis. Cada comando a ser fixados deve ser repetido pelo menos três
vezes.
TESTES DE SUGESTIBILIDADE
O uso da hipnose é freqüentemente baseado nas idéias de que só algumas
pessoas são hipnotizáveis e que as pessoas são hipnotizáveis em vários graus.
Para os clínicos tradicionais, os testes de sugestibilidade são vistos como um
modo desejável de avaliar se alguém é hipnotizável e, nesse caso em que grau.
Para Yapko, estes testes não indispensáveis. Ao invés disso é preferível que o
hipnotizador assuma a presença inevitável de sugestibilidade por parte do
paciente, entretanto para o hipnotizador que não compartilha desta perspectiva,
ou para o hipnotizador que ainda não se sente bastante experiente para avaliar
comunicações para dinâmica de sugestibilidade podem ser uma ferramenta muito
útil.
Testes de sugestibilidade em prática clínica são feitos em mini
encontros, onde são oferecidos blocos ritualizados de sugestões de relaxamento
ao paciente, seguidos por uma sugestão para uma resposta específica. Se o
paciente responder da maneira sugerida, ele ou ela, “passou” no teste. Se o
paciente não responder da maneira sugerida, então ele “falhou” no teste.
O objetivo principal dos testes de sugestibilidade é determinar o grau de
hipnotizabilidade do paciente. Porém, testes de sugestibilidade também podem
servir para vários propósitos:
Primeiro, usando testes de sugestibilidade para medir responsabilidade
hipnótica, podem ser obtidas valiosas informações considerando que a
aproximação pode ser melhor para um paciente em particular. Especificamente, a
aproximação deveria ser direta ou indireta? Sugestões deveriam estar em uma
forma positiva ou negativa? O comportamento do hipnotizador deveria ser
comandante, autoritário, ou calmo, permissivo? Muita ênfase foi colocada na
dinâmica de relação entre o hipnoterapeuta e o paciente, e testes de
sugestibilidade podem ser uma ferramenta útil para o ajudar a descobrir o estilo
que você usará para um cliente particular.
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Segundo: um segundo propósito do teste é servir como uma experiência de
condicionamento para entrar em hipnose. Experiências futuras envolverão muitas
da mesma dinâmica a um maior grau, e assim o teste de sugestibilidade pode ser
um “ensaio” para o paciente (Spiegel & Spiegel, 1987).
Terceiro: um outro propósito do teste de sugestibilidade pode ser na sua
habilidade para usar o pré-trabalho. Se os testes de sugestibilidade são
introduzidos como preliminar para o que “real” trabalho terapêutico seja feito,
pode ser uma oportunidade para pegar o paciente fora da guarda e oferecer
algumas sugestões terapêuticas que podem ser menos sujeitas a análise crítica do
paciente (Bates, 1993).
EXECUTANDO TESTES DE SUGESTIBILIDADE
Introduzir e executar o teste de sugestibilidade requer muita habilidade em
comunicação como em qualquer outra dimensão ao trabalhar com hipnose. São
as questões de cronometrar (quando na relação é oferecido) a resposta do
terapeuta para a resposta do paciente, e o fechamento e transição para a próxima
interação de fase. As instruções dadas ao paciente sobre a maneira exata de
executar o teste devem cercar-se de certo ritual e solenidade e acompanhadas de
exemplo demonstrativo. Muitos pacientes são refratários à instrução verbal,
porém propensos à imitação.
Entre os testes de sugestibilidade conhecidos, os mais comuns são:
IDEOMOTORES: servem para medir a ação motora da sugestão
hipnótica.
O TESTE DAS MÃOS:
Ao propor o teste das mãos, por exemplo, mostro primeiro em todos os detalhes
os movimentos a serem executados. Digo: “Faça” ou “Façam” como eu estou
fazendo. Assim: entrelaçando firmemente os dedos. As mãos, com os dedos
entrelaçados podem ser firmadas na nuca ou mantidas em cima da cabeça, com
as palmas voltadas para o operador. E continuo a instrução: “Continue com as
mãos nesta posição. Quando eu pedir, inspire profundamente e prenda a
respiração até eu terminar de contar até cinco. Ao terminar a contagem, soltará a
respiração, porém as mãos continuarão presas e cada vez mais presas. Não as
conseguirá soltar. Dada essa instrução, manda-se o paciente fechar os olhos, ou
fixar os olhos nos do hipnotizador. Ato contínuo, mando respirar fundo e prender
a respiração. Conto pausadamente até cinco. Se ao terminar a contagem o
paciente não consegue separar as mãos, não está selecionado, senão também
profundamente sugestionado, quando não hipnotizado”.
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TESTE DA OSCILAÇÃO:
Um dos testes mais usados é o da oscilação. Havendo o paciente reagido mais ou
menos ao teste das mãos, passo ao teste da oscilação. Este teste oferece, como o
anterior, ensejo para algum ritual e solenidade. O paciente é solicitado a levantar
e largar os objetos que porventura tenha nas mãos. Recomenda-se em seguida,
conforme o caso, não se apoiar na cadeira ou na pessoa que esteja ao lado. Feita
essa recomendação, passo à demonstração, dizendo: A posição é esta: os pés
juntos. Os braços caídos ao longo do corpo. E relaxamento muscular. Fique de
corpo mole. Não em atitude, militar. Olhe para mim um instante. Pode fechar os
olhos. No caso de utilizar-me de som digo: Quando a música começar, você vai
sentir um balanço... O balanço continua... Você continua a balançar, etc. Em
lugar da música pode-se recorrer a um outro condicionamento qualquer com a
mesma probabilidade de êxito. Pode-se dizer também: vou contar até cinco...
Antes de chegar aos cinco, você sentirá um balanço... O balanço não é
considerado como um sintoma muito seguro de sugestibilidade. O grau e o modo
balanço indicam com relativa margem de segurança a sugestibilidade. Para
certificar-me da legitimidade da reação costumo bater inadvertidamente no
ombro do paciente. Se o mesmo não se assustar e se o ombro não cede à leve
pressão da minha mão, as probabilidades são mínimas. Se, ao contrário, o
paciente apresenta uma reação de molejo (alguns chegam a pular) é índice de alta
sugestibilidade.
Uma variante deste teste: é aquele em se colocam as mãos sobre os ombros do
paciente, o qual se mantém de olhos fechados. Ao aliviar a pressão das mãos e
finalmente suprimir o contato físico, o paciente, mesmo sem sugestão específica,
oscila, acompanhando as mãos do operador, como se fora atraído por força
emanada do hipnotizador. O paciente que reage satisfatoriamente a esta prova
pode ser considerado hipnotizado.
MÉTODOS SUBJETIVOS DE INDUÇÀO HIPNÓTICA
MÉTODO DE BERNHEIM:
Inicia-se dizendo ao “sujet”
Acredite que grandes benefícios advirão para o seu caso, através da hipnoterapia,
e que é perfeitamente possível curá-lo ou pelo menos melhorar o seu estado de
saúde por meio da hipnose;
Nada de penoso ou de estranho nesse processo que consiste num estado de sono
leve ou num estado de torpor que pode ser produzido em qualquer pessoa, estado
esse que restaura o equilíbrio do sistema nervoso;
Ato contínuo diz-se: olhe para mim e não pense senão unicamente no sono. Suas
pálpebras estão ficando cada vez mais pesadas, sua vista cansada, começa a
piscar, seus olhos, estão se fechando. Estão úmidos. Você já não enxerga
nitidamente. Seus olhos vão se fechando, fechando... Fecharam-se;
Há pacientes que fecham os olhos e entram em transe quase que imediatamente.
Já com outros é preciso repetir e insistir.
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Preste mais atenção nas minhas palavras. Preste mais atenção. Mais
concentração.
Às vezes pode-se esboçar um gesto. Pouco importa o tipo de gesto que se esboça.
Entre outros, dois dedos em V. Pedimos ao paciente que fixe os olhos nos dedos.
E incitando-o ao mesmo tempo a concentrar-se intensamente na idéia do sono;
Repetimos: As suas pálpebras estão pesadas. Estão se fechando. Já não consegue
abrir os olhos. Seus braços estão ficando pesados. Suas pernas já não sentem o
corpo. Suas mãos estão imóveis. Vai dormir. Em tom imperativo acrescento:
DURMA!
Em muitos casos esta ordem tem ação decisiva, e resolve o problema. O paciente
fecha imediatamente os olhos e dorme. Pelo menos se sente influenciado pela
hipnose. Assim que se possa notar que uma das sugestões está sendo aceita
aproveita-se para formular a seguinte;
Pede-se ao paciente que faça um sinal qualquer: movimento afirmativo ou
negativo com a cabeça, levantar o polegar direito para cima ou para baixo,
conforme a resposta seja positiva ou negativa. Cada sugestão a que o paciente
responde afirmativamente é considerada uma conquista e é preciso aproveitá-la
para outras consecutivas, dizendo ao paciente: está vendo como funciona bem!
Como está correspondendo! Seu sono está se aprofundando realmente. Seus
braços cada vez mais pesados. Já não consegue baixar os braços, etc.;
Se o paciente intenta baixar o braço, eu lhe resisto dizendo: Não adianta, meu
velho. Quanto mais se esforça para baixar o braço, mais o seu braço vai
levantando. Vou fazer agora com que seu braço seja atraído pela sua própria
cabeça, como se a cabeça fosse um imã.
Deixa-se o sinal hipnógeno e nas sessões subseqüentes fita-se o paciente durante
dois segundos e profere-se a ordem DURMA FULANO!
ENTRADO EM TRANSE HIPNOIDAL LEVE PRÓPRIO PARA
HIPNOTERAPIA
Gostaria que você se sentasse da forma como eu estou sentado, com as
mãos pousadas sobre as pernas, os pés tocando o chão, a coluna ereta, de uma
forma que seja confortável para você e, enquanto você se vai ajeitando, seria bom
que aproveitasse para ir-se voltando para dentro de você e, aproveitando esse
momento para estabelecer um bom relacionamento com você mesmo,
solucionando problemas e aprendendo, confortavelmente, alguma coisa mais
sobre você mesmo.
Talvez você possa encontrar alguma forma de não perder pessoas, fazendo
amizades e usufruindo a companhia das pessoas. Basta que você se volte para
dentro de você mesmo; e, com certeza, com os olhos fechados, fique mais
agradável para você este contato com você mesmo, permitindo-se seguir
aprendendo e desfrutando da própria aprendizagem... Enquanto minha voz fica
mais e mais presente para você, que pode procurar ir desfrutando de tudo que
você pode ir aprendendo... Saudavelmente e, enquanto sua mente consciente se
volta para dentro de você mesmo... Sua mente inconsciente pode ir encontrando
formas novas de relacionamento, porque é muito prazeroso saber-se capaz de
estar com as pessoas...
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E... Enquanto você entra... Para dentro de si mesmo... Eu gostaria que
você imaginasse um campo muito grande, gramado, de cor verde acentuado, com
árvores próximas, com flores de variadas cores, o céu... A água corrente por
perto... Onde você pode deixar-se ficar num ambiente calmo, seguro e
confortável para você. Onde possa soltar-se calmamente... E você continua
ouvindo minha voz, que se faz sua companheira.
E enquanto eu estive falando com você, pude observar que sua pálpebras
se movem rapidamente e involuntariamente, que o ritmo de sua respiração
mudou e que o fluxo de sua corrente sanguínea também ficou alterado; também o
ritmo de sua pulsação se modificou e sua cabeça tombou levemente para o lado
esquerdo, enquanto você continua a aprofundar mais e mais o seu transe,
voltando-se mais e mais para dentro de você mesmo, pronto para aprender, com
você mesmo, dessa riqueza interior que você trás com você. Suas mãos
continuam pousadas sobre as suas pernas e seus pés continuam tocando o chão,
entretanto, suas pernas mudaram um pouco de posição e eu pude perceber que
sua deglutição se modificou.
Enquanto tudo isso se passa você vai mais e mais e mais aprofundando seu
transe, voltando-se mais e mais para dentro de você, preenchendo com amizade
seu coração e buscando seguir e prosseguir aprendendo confortavelmente e
saudavelmente com você mesmo. E você pode deixar que sua mente inconsciente
tome conta, porque você não precisa fazer nada para isso.
Apenas você se volta mais para dentro de você mesmo...
MÉTODO DE BRAID (CANETA)
O paciente deve estar em posição confortável, com o terapeuta à sua frente;
O terapeuta deve portar uma caneta que deverá ser mostrada ao paciente e
posicionada acima dos seus olhos, permanecendo o paciente com a cabeça reta e
olhos para frente;
Pede-se ao paciente que, permanecendo com a cabeça nesta posição, olhe
fixamente para a ponta da caneta que é mantida 5cm acima da glabela e
ligeiramente para trás, sem piscar e nem mexes a cabeça;
Olhando fixamente a ponta da caneta, olhando fixamente a ponta da caneta...
(repetir três vezes). Sua vista vai ficando cansada... Cansada... (repetir três
vezes), suas pálpebras estão pesadas... Pesadas... (repetir três vezes), sua vista
está ficando turva... Turva... Você está com vontade de fechar os olhos... Fechar
os olhos...
Vamos então baixando lentamente a caneta, seguindo a linha média do dorso do
nariz, em direção à linha média do esterno. Se o paciente está olhando fixamente
a ponta da caneta, ele acaba fechando os olhos suavemente.
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MÉTODO DE INDUÇÃO – Variante de Braid
Olhe para o seu polegar fixamente...Resista o máximo que puder, mas seu braço
vai ficando pesado... Seus olhos vão se fechando na medida em que seu braço vai
pesando... Pesando... Pesando...Braço pesado... Muito pesado...Olhando
fixamente... Vai ver seu dedo duplo...
Olhos cansados... Pesados...Continue nesta indução até verificar que a mão do
paciente está quase tocando a perna, então continue...
Assim que sua mão tocar sua perna você ficará em transe profundo... Relaxado...
Profundo... Só ouve a música e a minha voz...E onde você for continuará ouvindo
minha voz...
MÉTODO DO OLHAR FIXO NUM PONTO
1. Pede-se ao paciente que se sente o mais confortável possível e que fixe o seu
olhar num determinado ponto da parede ou do teto;
2. Olhar fixamente, sem piscar... Sem piscar... Olhar fixo... Sem piscar...
3. O ponto fixado parece que se mexe...Ou não... Parece que embaça...;
4. Suas pálpebras estão ficando pesadas... Mais pesadas... E poderão ou não se
fechar... Pesadas... Mais pesadas... Fechando... Fechando... Mais pesadas... Mais
pesadas...;
5. Agora elas estão bem pesadas e fechadas... E é impossível abri-las...
Impossível...;
6. Colocar os polegares sobre as mesmas e mantê-las assim por um tempo;
7. pesquisam-se os sinais que indicam que o paciente está em transe;
7.1. Levanta-se o braço do paciente e fazendo-se isso se diz, ao mesmo
tempo, que ele (paciente) não tem controle sobre o braço e que ao soltá-lo ele
cairá livremente e soltar-se-á;
7.2. Reflexo palpebral;
7.3. Face desabada, com musculatura solta;
7.4. Tremor palpebral, etc.
INDUÇÃO DE RELAXAMENTO PROGRESSIVO
Aqui começa o transe:
Você pode fechar seus olhos...
Permita-se respirar profundamente, calmamente e sinta sua respiração...
Como é gostoso poder parar por alguns instantes... dar-se algum tempo...
Um tempo para se voltar para você mesmo...
De olhos fechados para fora... Você pode abrir os seus olhos internos...
olhos que vão poder olhar (sentir) você lá dentro...
Respire... inspirando calma... mente... solta... mente... abrindo o peito para
uma nova inspiração... abrindo o peito apertado de sentimentos (sofrimentos /
pensamentos)...
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Trabalhar a angústia... angústia... é uma palavra que vem do latim...
significa peito apertado...
Sua mente consciente pode ir ouvindo estas palavras que vão guiando
você... enquanto sua mente inconsciente pode sabiamente ir fazendo sua prória
viagem de conforto...
Inspirando... abrindo o peito... um novo fôlego... Expirando...
Ex/pressando... aquilo que fica preso lá dentro...
À medida que você faz esta respiração solta/mente... gostosa/mente... você
pode ir se soltando aí no sofá (cadeira), sentindo o seu corpo, seus pensamentos...
que partes estão mais tensas...
Mas não faça força... nem mesmo força para não fazer força... Deixe as
coisas acontecerem naturalmente... Até mesmo os pensamentos... sem
julgamento.
A respiração vai ajudando você, digerindo, limpando... levando oxigênio a
todas as suas células... retirando o gás carbônico e todas as toxinas que ficam
presas lá no fundo... Abrindo... Soltando... Protegidamente pelo seu
inconsciente...
E assim, enquanto sua mente consciente vai percebendo pequenos ajustes,
a sua mente mais profunda vai fazendo as mudanças necessárias, buscando seus
recursos interiores; porque aí dentro de você há um reservatório de bons recursos
para ajudá-lo a se sentir bem, agora!...
E você pode ir percebendo seu corpo... Ir soltando seus pés... Sinta os seus
pés no chão, dentro dos seus sapatos... você pode apoiar seus pés e se deixar ir
para dentro mais e mais...
Enquanto você solta seus pés e os sente... Pode ir soltando pernas... o
pensamento calmamente... solta/mente... aliviando cada tensão muscular...
Pode ir sentindo as pernas apoiadas ao sofá (cadeira), deixando-as aí
ficarem... Pode ir soltando quadris... abdômen... soltando peso... tensão...
A mente consciente focaliza, localiza... A mente inconsciente desliza,
solta, relaxa... Porque é sua parte sábia que ajuda você a descobrir algum
conforto, paz e relaxamento...
Vai soltando o peito... a respiração... Soltando as costas nas costas do sofá
(cadeira), vértebra... músculo por músculo...
Você pode se deixar ir, soltando... relaxando... enquanto sua mente
inconsciente já trabalha sabiamente para ajudá-lo em suas questões (...)...
Soltando... Relaxando...
E o corpo... pescoço... nuca... soltando, relaxando... aliviada/mente.
E você pode sentir a cabeça, os músculos da cabeça, da face... que coisa
boa é poder se dar algum tempo... Tempo de revisão... Tempo de soltar... Tempo
de aproveitar... Aproveite saudavelmente este momento...
A esta altura... eu vou observando mudanças em você... Enquanto eu fui
falando... sua pulsação mudou... seus batimentos cardíacos se tornaram mais
compassados... seu rosto está com uma expressão mais suave...
(e assim por diante, vá colocando aquilo da constelação hipnótica que você
percebe e que ajude a pessoa a relaxar ainda mais... observe bem antes de falar).
Como disse um professor meu, em suas induções: tudo é questão de
treinamento, quanto mais a gente treina, mais e mais aprende... Desde pequenino,
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levou algum tempo no aprendizado do caminhar, andar com suas próprias pernas.
Primeiro, foi ajudado pela mão de um adulto, que lhe deu o apoio; depois a
vontade era tão grande de andar, que você foi querendo dar seus próprios passos
sozinho. Às vezes caía, mas levantava, caminhava lento e tropeçando, mas queria
aprender. Quanto mais você treinava, mais você aprendia, até que você aprendeu
a andar com suas próprias pernas. Andou, correu, brincou, coisas que sabe fazer
até hoje. Sua mente inconsciente, hoje, não pensa para fazê-las. Simplesmente o
faz! Os aprendizados vão sendo armazenados dentro do nosso inconsciente e este
os guarda como uma fonte de recursos, que pode ser processada
automaticamente, protegidamente... para lhe ajudar... em qualquer momento de
sua vida... Pois foi assim também quando você foi para a escola aprender a ler e
escrever... Levou tempo treinando e aprendendo cada letra, seu som e formato...
juntando as letras... o m com três perninhas, o n com duas... a diferença do p
para o b... e juntando letras foi formando palavras... e treinando você foi
aprendendo, automaticamente, a utilizá-las. Hoje, você lê e escreve
automaticamente, sem ter que pensar... Seu inconsciente toma conta de seus
aprendizados, daquilo que saudavelmente, automaticamente, você pode utilizar
em seus aprendizados... E, como todo aprendizado, vai sendo armazenado em seu
favor, lá no fundo de sua mente, para você utilizar quando quiser... Você também
faz novos aprendizados, todos os dias... Além de poder reaprender muitas coisas
boas e novas a cada dia. Quanto mais você treina, mais você é capaz de ir
aprendendo... e sua mente inconsciente pode ajudá-lo com uma fonte inesgotável
de recursos que você tem. Aproveitando... relaxando... Um novo momento de
aprendizado... e você pode ir aprendendo a respirar.... inspirando um novo
fôlego... expirando as toxinas lá de dentro... soltando o corpo para soltar a
mente... saudavelmente... e assim, das próximas vezes em que você entrar em
transe, você poderá se aprofundar ainda mais nesta viagem de bem-estar.... agora,
aqui, você levará a saudável sensação de bem-estar para um resto de dia (noite)
agradável, assim como novos dias agradáveis... em que virão pensamentos,
sonhos, lembranças, que te ajudarão, cada vez mais, a realizar o que você deseja:
equilibrar... restaurar... recuperar... aprendendo a cada momento... mais
livremente...
Assim, agora respire gostosamente e vá se serenamente ativo, ativamente
sereno, bem desperto aqui, de volta à sala... ouvindo os sons ao redor... ouvindo a
minha voz e se orientando a este momento... mantendo o bem-estar...
... Se você quiser pode se lembrar do que foi dito, ou pode esquecer de se
lembrar... ou pode deixar por conta da sua mente inconsciente ir lembrando você
daquilo que for necessário...
INDUÇÃO DA RESPIRAÇÃO
INDUÇÃO DE UM LUGAR AGRADÁVEL
INDUÇÃO DA LEVITAÇÃO DAS MÃOS
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Esta é uma indução que ajuda a mostrar ao cliente que ele está em transe e
que tem uma força maior, seu inconsciente, que é capaz de fazer muitas coisas
que ele pensa que não consegue.
CONCLUSÕES
É LÍCITA a hipnose praticada pelo psicólogo, odontólogo, médico e
outros profissionais afins com uma finalidade terapêutica, observadas
todas as precauções tanto da ciência quanto da ética médica, porque neste
caso a supressão da consciência esta permitida pela moral natural
compatível com o espírito do Evangelho.
NÃO É LÍCITA a hipnose praticada como diversão e as demonstrações
teatrais de hipnotismo feita por leigos ou eclesiásticos.
É LÍCITA também a hipnose praticada por pessoa competente para fins
científicos.
NÃO É LÍCITA a hipnose praticada por pessoa que não é competente.
NÃO É LÍCITA a hipnose praticada como divertimento num grupo de
pacientes, seja por leigos, seja por eclesiásticos ( REB Jun l957).
Convém notar que a maioria dos autores condena de maneira formal a hipnose
praticada como divertimento e os shows de hipnose pela televisão por pseudos
“professores”.
È ainda conveniente recordar que os hipnotizadores teatrais mesclam suas
demonstrações de “hipnotismo” com truques engenhosamente preparados que
dão a falsa idéia de um poder sobrenatural que eles não têm. Decreto lei nº
51.0009 de 22.07.1961
O Decreto lei de 22.07.1961 que proibia espetáculos de hipnotismo em circo,
teatro e televisão, foi revogado pelo ex-presidente Collor.
A FICHA CLÍNICA DE ANAMNESE
BIBLIOGRAFIA