só na revista auto press nº

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Ano 2, Número 108, 27 de maio de 2016 SALTO HI-TECH AUDI Q7 TRAZ BONS EQUIPAMENTOS E MOTOR VIGOROSO PARA SE DESTACAR ENTRE OS SUVS MÉDIO-GRANDES PREMIUM NISSAN SENTRA E AINDA: BMW SÉRIE 7 PEUGEOT 2008 DUCATI SCRAMBLER ICON SCANIA ETANOL PARA A CLARIANT

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Ano 2, Número 108, 27 de maio de 2016

Salto hi-techaudi Q7 traz bonS eQuipamentoS e motor vigoroSo

para Se deStacar entre oS SuvS médio-grandeS premium

NissaN seNtra e aiNda: BMW série 7 Peugeot 2008 ducati scraMBler icoN scaNia etaNol Para a clariaNt

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Sumárioedição de 27 de Maio 2016

EDITORIAL

03 - audi Q7 aMBitioN

14 - NissaN seNtra liNha 2017

22- BMW série 7 No Brasil

29- Peugeot 2008

37- ducati scraMBler icoN

Por cimaDisposta a se manter no topo do segmento de automóveis premium no Brasil, a Audi não para de promover lançamentos por aqui. E alguns têm se dado melhor que o esperado no mercado nacional. O maior utilitário esportivo, o médio-grande Q7, veio em fevereiro e, cheio de tecno-logia embarcada, está vendendo 60% a mais que as unidades planejadas com seu poderoso motor de 333 cv. E é avaliado pela “Revista Auto Press” nesta edição. Além dele, a linha 2017 do Sentra também passa por um teste depois de receber o primeiro face-lift da atual geração. Outro lançamento esperado para 2017 no Brasil aparece nesta edição. Com vendas previstas para o mês que vem, o novo BMW Série 7 chega ao país em versão única e com uma exagerada eti-queta de preço que ultrapassa os R$ 700 mil. Da Espanha, o Peugeot 2008 dá as caras com visual atualizado e motorização a gasolina apenas com motor 1.2 de três cilindros, em versões aspiradas ou turbinadas que rendem de 82 cv a 130 cv. No mundo das duas rodas, uma volta na Ducati Scrambler, que mistura visual retrô a tecnologias extremamente modernas da marca italiana. Já entre os veículos comerciais, a Scania comemora a venda de caminhões movidos com etanol em parceria com a Clariant, que fabrica o aditivo Master Batch ED 95, que permite que motores desenhados para consumir diesel consumam etanol.Boa leitura!

34 - scaNia etaNol Para a clariaNt

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por márcio maioauto preSS

audi Q7 Surpreende com bonS eQuipamentoS e deSempenho na diSputa com oS SuvS maiS luxuoSoS

vantagem tecnológica

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A Audi não está disposta a perder a liderança entre as marcas premium que atuam no Brasil. Para isso, a fabricante das quatro argolas resolveu apostar alto no

país e, além de se comprometer a promover, em média, um lan-çamento por mês em 2016, mira forte nos segmentos que mais crescem por aqui. Não teria sentido ficar de fora da concorrência entre os SUVs, cada vez mais acirrada. E, para isso, trouxe a se-gunda geração de seu maior utilitário esportivo, o médio-grande Q7. Não que os 22 emplacamentos mensais registrados desde sua chegada, em fevereiro, façam tanta diferença nas 3.998 to-tais da Audi no primeiro quadrimestre do ano. Mas certamente sua tecnologia embarcada e porte impressionam quem recorre às concessionárias da marca em busca de outros modelos mais em conta.

A nova geração do Q7 veio com boas vantagens em relação à anterior. A começar pelo peso, que caiu 325 kg com a adoção de materiais mais leves. Com isso, a promessa é de uma economia de consumo de cerca de 28%. Não só pelo “emagrecimento”, mas também em função do sistema start/stop, que desliga o motor quando o carro atinge velocidade inferior a 7 km/h. As dimen-sões também diminuíram, mas nada que comprometa o espaço e o conforto dos ocupantes: são 3,7 centímetros a menos no com-primento e 1,5 cm na largura. No total, agora ele tem 5,05 metros de comprimento, 1,97 m de altura, 1,74 m de largura e 2,99 m de distância entre-eixos.

Esteticamente, o Q7 mantém o visual sóbrio de antes. A grade dianteira tem frisos grossos e cromados que se alinham aos faróis. Na lateral, um grande vinco percorre o perfil inteiro, se ligando ao contorno da lanterna e dos faróis. Disponível apenas na versão Ambition, o carro já conta com o novo virtual cockpit, que tam-bém marca presença nos últimos lançamentos da Audi no Bra-sil. Trata-se de uma tela de 12,3 polegadas personalizável com as

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principais informações do veículo. Há também head up display e central multimídia com sistema de voz, navegação GPS, Blue-tooth e acesso à internet – porém, sem tela touch – e sistema de som premium da Bose.

O couro dos revestimentos pode ser em quatro tonalidades diferentes: preta, cinza, bege ou marrom. Na frente, todos os ajustes são elétricos e o do motorista conta com memória. Ar-condicionado automático de quatro zonas e iluminação interna em leds são de série. Mas tecnologias como alerta de desem-barque, terceira fileira de bancos com acionamento elétrico, sus-pensão pneumática adaptativa e até eixo traseiro dinâmico, que

esterça eletricamente as rodas em até 5º, podem ser adquiridos como opcionais.

O Audi Q7 é movido por um 3.0 TSFI de 333 cv de potência e 44,9 kgfm de torque, sempre acompanhado pelo sistema de tra-ção integral Quattro e câmbio automático de oito velocidades. O preço inicial parte de R$ 399.990, mas com todos os opcionais juntos, pode chegar a R$ 489.490. Esses valores talvez expliquem as tímidas 66 unidades vendidas entre fevereiro e abril deste ano. Mas, surpreendentemente, isso é 60% mais do esperado pela Audi. A meta era emplacar apenas 150 unidades até o final do ano, ou cerca de 13 unidades por mês.

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ponto a pontoDesempenho – O 3.0 V6 de 333 cv do Audi Q7 é bem vigoroso. É só pisar com vontade o acelerador para ele se acender. O SUV re-age de maneira imediata e a velocidade sobe de forma surpreen-dente diante de suas quase duas toneladas. O zero a 100 km/h em apenas 6,1 segundos comprova isso. Nota 10.Estabilidade – O Q7 se mostra absolutamente neutro nas cur-vas, apesar do porte de utilitário médio-grande. Mesmo quando se exagera na velocidade, a sensação de segurança é constante. Mérito, principalmente, da eficiente tração integral, que faz com que as quatro rodas mantenham sempre a aderência. A direção elétrica também ajuda ao dar mais firmeza a cada avanço do pon-teiro do velocímetro. Nota 10.Interatividade – De maneira geral, tudo é muito bem resolvido no modelo alemão. A começar pela pequena alavanca da trans-missão, bastante prática. O cockpit virtual, presente nos últimos lançamentos da fabricante, é complementado pelo head up dis-play. Já a central multimídia segue o tal padrão alemão: não tem entrada USB nem tela touch. Ela é operada por comandos vocais, por um botão giratório ou por um pouco prático touchpad. A terceira fileira de bancos, no entanto, conta com acionamento elé-trico – o que facilita demais seu funcionamento – e o porta-malas se abre por um sensor de movimento sob o para-choque quando a chave está próxima. Nota 8.Consumo – O InMetro não avaliou o Audi Q7 no Programa Brasileiro de Etiquetagem. Segundo a Agência de Proteção Ambi-ental dos Estados Unidos, EPA, o Q7 faz 8,1 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada, o que dá a média combinada de 8,9 km/l. Nota 6.Conforto – O espaço é bom e os bancos são extremamente con-

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fortáveis. Para quem precisar, há ainda uma opcional terceira fileira de bancos com acionamento elétrico, o que facilita a vida de quem precisar recorrer a ela. A suspensão filtra com eficiência os desníveis do solo e o isolamento acústico é competente – a não ser quando se exige demais de seu propulsor, fazendo com que um instigante ronco chegue à cabine. Apesar do tamanho do habitáculo, o ar-condicionado resfria rapidamente o ambiente. Nota 9.Tecnologia – O trem de força é moderno e não faltam itens tec-nológicos no interior. O modelo já traz o novo cockpit virtual da Audi e head up display. A iluminação interior é toda em leds e o sistema de áudio é Bose, com amplificador de 558 watts com 15 canais e 19 alto-falantes. O start/stop é inteligente – desliga o motor antes da parada do veículo – e, completo, o Q7 pode ter sensor de ponto cego, alerta de desembarque, assistente de visão noturna, sensor de tráfego cruzado traseiro para saída de vagas, assistência de farol alto, câmara 360º e eixo traseiro dinâmico, entre outros. A plataforma é nova e bem tecnológica, a MLB2, também utilizada pelo Bentley Bentaiga. Nota 9.Habitabilidade – O acesso é facilitado pelo excelente ângulo de abertura das portas e pelo sistema de travas e partida do motor sem chave. São 2,99 metros de distância entre-eixos, o que pro-porciona um amplo espaço interno. O porta-malas recebe 295 litros com sete lugares, excelentes 890 litros com cinco e, com a segunda fileira de bancos rebatida, 2.075 litros. Nota 9.Acabamento – A elegância e a sobriedade imperam no interior. O padrão é bem semelhante ao utilizado na linha A8, a mais re-quintada da fabricante das quatro argolas. Materiais nobres se misturam aos revestimentos em couro, que podem ter quatro op-ções de cores. Há peças em alumínio escovado e os plásticos são suaves ao toque. Nota 9.Design – O porte do Audi Q7 chama mais atenção que seu de-

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senho. A grade dianteira trapezoidal tem detalhes cromados, que se alinham aos faróis. Os vincos laterais partem do conjunto ótico dianteiro e vão até a ponta da lanterna. As linhas, de maneira ger-al, contribuem para dar uma ideia maior tanto de largura quanto de comprimento. Na traseira, as duas saídas duplas de escape re-forçam a imagem esportiva do SUV médio-grande. Nota 8.Custo/Benefício – A Audi pede R$ 399.990 pelo Q7, mas com-pleto pode chegar a quase R$ 490 mil. Um BMW X5 xDrive 35i

3.0 V6 de 306 cv parte de R$ 394.950, enquanto a Mercedes-Benz GLE 350d 4MATIC começa em R$ 401.900. A Volvo vende o XC90 Inscription 2.0 de 320 cv por R$ 383.950 – com mais apara-tos tecnológicos que o Q7. Já entre as marcas mais sofisticadas, o Q7 briga com os modelos de entrada, como o Porsche Cayenne 3.6 V6 de 300 cv, a R$ 380 mil, e o Range Rover Sport 3.0 SDV6 SE com 306 cv por R$ 411.700. Nota 6.Total – O Audi Q7 somou 84 pontos em 100 possíveis.

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impreSSõeS ao dirigir

tamanho é documentoJá no primeiro contato, o Audi Q7 surpreende com o desenho

adotado pela nova geração, que chegou ao Brasil em fevereiro último. Por fora, o modelo passa a impressão de não ser tão grande quanto de fato é. Mas basta entrar na cabine para perceber que se trata de um SUV médio-grande com espaço interno bem proveitoso. A própria ficha técnica não deixa dúvidas: são 2,99 metros de entre-eixos, com um porta-malas que, sem a opcional terceira fileira de bancos, que o deixa com sete lugares, comporta excelentes 890 litros. Viagens fa-miliares com inúmeras malas se tornam nada incômodas no veículo.

A área destinada a pernas, ombros e cabeça dos passageiros é bem farta. Além disso, os bancos têm densidade boa e se mostram bem agradáveis mesmo para os trajetos mais longos. Na frente, motorista e carona contam com ajustes elétricos – com memória para o condutor –, o que facilita ainda mais a procura pela melhor posição para dirigir. E, por mais que existam diversos comandos espalhados pelo habitá-culo, não é difícil se acostumar ao seu funcionamento. A exceção é a central multimídia, que ainda não traz tela sensível ao toque. Por mais que a marca defenda que isso evita as marcas de dedo no equi-pamento, é extremamente irritante ter de utilizar o touchpad. Existe a opção de comandos de voz, mas nem sempre é confortável utilizar essa tecnologia quando não se está só no carro.

Os materiais usados são visivelmente de qualidade e muito bom gosto. A alavanca do câmbio pode causar algum estranhamento, não apenas por seu formato reduzido. A posição “P” no Q7 é acionada a partir de um botão. Pode haver estranhamento inicial, mas basta al-gum convívio para perceber que, desta forma, sua utilização se tornou mais prática e eficiente.

Até por seus dados técnicos, já é de se esperar que o propulsor 3.0 V6 de 333 cv se mostre vigoroso. O bom torque de 44,9 kgfm aparece já a partir das 1.250 rpm e se mantém intacto até os 5 mil giros. O resultado é disposição não só para as arrancadas, mas tam-

bém retomadas e ultrapassagens eficientes em qualquer faixa de rota-ção. O motorista por de optar pelos modos de condução Eficiência, Conforto, Auto, Dynamic, Individual e Off-road. É no Dynamic que o SUV mostra toda a sua esportividade, com uma força surpreendente a medida em que se pisa mais fundo no pedal direito. E sua desen-voltura na estrada é digna de elogios. Mesmo em velocidade alta e curvas acentuadas, a estabilidade se mostra irretocável. A direção se mantém firme e o Q7 parece deslizar sobre trilhos. A capacidade para o fora de estrada também é notável. A tração integral Quattro, típica da fabricante, faz um trabalho exemplar quando se aciona o modo Off-road. A impressão que se tem é de que o utilitário está pronto para qualquer aventura.

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Ficha técnica

audi Q7 ambition

Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.995 cm³, seis cilin-dros em “V”, quatro válvulas por cilindro e sobrealimentado por turbocompressor com intercooler. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.Potência máxima: 333 cv disponíveis entre 5.500 e 6.500 rpmAceleração de 0 a 100 km/h: 6,1 segundos.Velocidade máxima: 250 km/h, limitada eletronicamente.Torque máximo: 44,9 kgfm entre 1.250 e 5 mil rpm.Transmissão: Câmbio automático de oito velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Controle eletrônico de tração.Diâmetro e curso: 84,5 mm x 89,0 mm. Taxa de compressão: 10,8.Suspensão: Dianteira e traseira de cinco braços. Controle de estabilidade de série e suspensão adaptativa a ar e eixo traseiro dinâmico opcionais.Pneus: 285/45 R 20.Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD.Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas de cinco lugares (sete lugares opcionalmente). Com 5,05 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,74 m de altura e 2,99 m de distância entre-eixos. Airbags frontais e laterais.Peso: 1.970 kg.Capacidade do porta-malas: 890 litros, podendo chegar a 2.095 litros com o rebatimento dos bancos traseiros.Capacidade tanque de combustível: 85 litros.Itens de série: Ar-condicionado de quatro zonas, direção elétrica, acesso e partida do motor sem chave, saídas de ar em todo o painel central, tela MMI de 8,3 polegadas de alta

resolução eletricamente retrátil e que espelha celulares Android e IOS, virtual cockpit com painel TFT digital de 12,3 polegadas, head-up display, sistema de som Bose 3D, acionamento do porta-malas com movimentação das pernas, start/stop 2.0 que desliga o motor antes das paradas – a 7 km/h –, faróis de xenon com luzes diurnas em leds, lanternas em leds, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória para condutor, seis modos de direção, assistente de atenção, hold assist e limitador de velocid-ade ajustável.Preço: R$ 399.990.Opcionais:Pacote Tecnológico, com eixo traseiro dinâmico, night vision e faróis full led: R$ 32 mil.Pacote Side Assist, com sensor de ponto cego, assistente de desembarque e de tráfego reverso: R$ 7.500.Terceira fileiras de banco: R$ 20 mil.Suspensão adaptativa a ar: R$ 30 mil.

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mérito daconcorrência

A Toyota sabe que terá uma con-corrência bem mais acirrada para o Corolla nos próximos meses. Primeiro, com a chegada da nova geração do Chevrolet Cruze, no mês que vem, e depois com o novo Honda Civic. Mas a marca nipônica já se prepara para que as alterações previstas para serem apre-sentadas no seu sedã médio no Salão de São Paulo deste ano não se limitem à estética. A ideia é garantir a liderança no segmento apostando na segurança do modelo.

O Corolla deve receber, como item de série, controle eletrônico de estabilidade desde suas configurações mais simples. A tecnologia evita a perda do controle da direção. Para isso, corta força do motor e aumenta a pressão nos freios, quando é detectado o risco de derrapagem em situações de curvas, por exemplo. A intenção é estender a novi-dade também à linha compacta Etios. Mas isso deve demorar um pouco, já que a transmissão automática recebida recentemente já deve animar as vendas.

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Forma é conteúdoA Peugeot mostrou como será a nova geração do 3008, prevista

para ser lançada oficialmente no próximo Salão de Paris, neste ano. A intenção é prepará-lo para concorrer com utilitários como Honda CR-V, Toyota RAV4 e Hyundai ix35. Com 100 kg a menos, o carro ganhou um aspecto mais retangular e, no interior, traz o tradicional i-Cockpit da marca com painel de instrumentos em uma tela digital configurável. O carro ainda abusa dos comandos com visual inspi-rado na aviação, abaixo da central multimídia. A mudança também favorece o espaço interno, com 8 cm a mais de distância entre-eixos e porta-malas com 20 litros extras de capacidade, totalizando 520 litros.

O trem de força poderá ser o 1.2 três cilindros turbo de 130 cv ou o já conhecido 1.6 turbo de 165 cv, ambos a gasolina. Há ainda dois motores turbodiesel disponíveis, um 1.6 com 100 cv ou 120 cv e outro 2.0 de 150 cv ou 180 cv. O câmbio pode ser manual ou automático de seis marchas. Entre os itens de segurança, destacam-se alerta de distância e de fadiga do motorista, farol alto automático, controle de cruzeiro adaptativo com função de parada e retomada de movimento, assistente de estacionamento e alerta de ponto cego. A Peugeot ainda oferecerá, em alguns mercados, uma scooter elétrica ou bicicleta elé-trica dobrável, ambas projetadas para se integrarem ao porta-malas e serem recarregadas quando o SUV estiver em movimento.

encontro FerozA Aston Martin e o estúdio de design Zagato revelaram no Villa

D’Este, na Itália, o Vanquish Zagato, um novo conceito que surge da parceria já antiga entre as duas empresas. Com carroceria feita em fibra de carbono, o design da Zagato traz particularidades como o teto com duas bolhas – uma marca do estúdio – e colunas A na cor preta, para transmitir uma ideia de flutuação no teto.

As lanternas de leds são inspiradas no Vulcan, superesportivo mais potente da Aston Martin. Quatro saídas de escape nas extremi-dades reforçam a personalidade agressiva do modelo, junto a um difusor de fibra de carbono integrado ao para-choque. Sob o capô, há um motor V12 5.9 litros com capacidade para entregar 600 cv. O câmbio é automático de oito velocidades.

interação ampliadaEm conferência realizada em Mountain View, nos Estados

Unidos, a Google anunciou que o Waze estará no Android Auto, plataforma que integra funções e aplicativos do smartphone à central multimídia de automóveis por conexão USB. A partir da atualização – programada para o Android N –, bastará conectar o aparelho ao carro por wi-fi e ativar as funções dizendo “Ok, Google”. Em alguns meses, deve ser possível ainda ter o Waze como navegador padrão do Android Auto.

A Google divulgou que esta é a funcionalidade mais requisitada pelos usuários do Android Auto atualmente. Mas a empresa não parou por aí. A Google estuda também a interação total com os automóveis a partir do Android Auto. A ideia é não apenas mostrar informações de rota, como também a música em reprodução, noti-ficações de aplicativos como Whatsapp e de e-mail e até chamadas perdidas do celular.

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eStratégia de nichoSA Volvo apresentou dois conceitos que servirão de base para a cri-

ação de uma nova linha de veículos com a nomenclatura 40. Ambos são construídos sobre a nova plataforma modular CMA, para carros elétricos compactos da marca sueca, que também servirá de base para plataforma da próxima geração do hatch médio V40. Trata-se de um carro 100% elétrico plug in – com carregamento realizado a partir de tomadas de força.

Os conceitos apresentados são de um crossover e de um sedã. Ambos contam com tecnologia para segurança passiva e ativa, além de versões híbridas. A intenção principal é que, no futuro, eles dis-putem espaço com modelos como os alemães Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA e os sedãs Audi A3 e Mercedes-Benz CLA, além do futuro sedã compacto planejado pela BMW.

eSportividade aguçada - A Koenigsegg confirmou o desen-volvimento de um motor 1.6 litro capaz de gerar impressionantes 400 cv de potência. Esse trem de força será custeado pela Qoros, a marca de luxo do grupo chinês Chery. O diferencial em relação aos propul-sores atuais será a presença de atuadores eletropneumáticos que irão abrir ou fechar as válvulas no lugar do eixo de comando de válvulas. Assim, com elas acionadas individualmente e variando em cada cil-indro, ocorre uma possibilidade de elevar potência e torque em até 30%.

A utilização deste tipo de tecnologia facilita ainda uma outra prática que tem sido cada vez mais comum na busca pela eficiência energética no mercado automotivo: a desativação de cilindros, que garante boa redução de consumo de combustível. Outra novidade é a utilização de cilindros com diâmetro menor e maior curso, para re-duzir perdas de energia por calor no funcionamento do motor.

SuStentabilidade comercial - Os trabalhos estão avança-dos na Mercedes-Benz para lançar quatro novos modelos elétricos nos próximos quatro anos. A intenção é construir dois sedãs e dois crossovers que tenham características visuais independentes, mas que sejam facilmente identificados como carros com emissão zero de po-luentes. A iniciativa é uma forma de enfrentar a concorrência forte de rivais como os BMW i3 e i8, já vendidos por aqui, o Tesla Model S, que chega ao Brasil em breve, e a versão de produção do Audi e-tron Quattro Concept.

A probabilidade maior é de que a marca da estrela de três pontas aproveite alguns componentes estruturais do Classe C e do Classe S para os dois sedãs. O mesmo pode acontecer com que os crossovers, que herdariam elementos do GLA e GLC. Os modelos de três vol-umes serão produzidos sobre uma variação da MRA, plataforma desenvolvida pela fabricante para veículos elétricos. Já os crossovers usarão outra plataforma, uma evolução da usada no Classe B elétrico. Os quatro modelos usarão baterias capazes de garantir uma autono-mia de pelo menos 400 km em uso cotidiano.

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deFeSa prévianiSSan antecipa linha 2017 do Sentra para encarar

a anunciada diSputa doS novoS SedãS médioSpor luiz humberto monteiro pereira

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E m 2015 e no início de 2016, a grande briga do mercado automotivo nacional foi a dos utilitários esportivos/crossovers compactos, provocada pelo lançamento de

Jeep Renegade, Honda HR-V e Peugeot 2008. Mas os holofotes do “novidadeiro” consumidor nacional aparentemente já escol-heram o próximo alvo: os sedãs médios. Responsáveis por cerca de 7% das vendas no mercado brasileiro, por enquanto seu rank-ing permanece inalterado: liderança do Toyota Corolla, seguido de Honda Civic, Nissan Sentra, Chevrolet Cruze e Ford Focus. Desses, o Focus foi atualizado no ano passado e está igual ao similar europeu. E o Corolla, que apresentou sua 11ª geração há dois anos, deve estrear por aqui um “facelift” apenas em 2017. Mas outros concorrentes prometem “chumbo grosso” esse ano. O novo Civic já circula no Hemisfério Norte e estreia no Brasil no segundo semestre. E o novo Cruze, agora feito na Argenti-na, já chega às lojas em junho. Para não perder espaço, a Nissan resolveu sair na frente e acaba de lançar a linha 2017 do Sentra – inicialmente, essa remodelação era esperada apenas para o segundo semestre. O modelo é vendido em mais de 50 países e chega ao Brasil importado do México.

A Nissan sabe que não será tarefa fácil sustentar o terceiro lugar no segmento, conquistado em 2015 e também nos pri-meiros cinco meses de 2016. Afinal, a nova geração do Cruze traz muitas novidades e será oferecida em toda a rede nacional de concessionárias Chevrolet, que é três vezes maior que as 167 lojas brasileiras da Nissan. Para encarar essa árdua missão, a linha 2017 do sedã da marca japonesa conta apenas com um “facelift” da sétima geração, lançada no Brasil no final de 2013. Essa re-modelação foi apresentada no último salão de Los Angeles, em novembro passado. As novidades se concentram na parte frontal. Capô, a grade “V-Motion”, parachoques e faróis se inspiraram nos sedãs maiores da marca – Maxima e Altima. O conjunto ótico,

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que remete a olhos de águia, passa a ter uma assinatura interna em leds que lembra o formato de um bumerangue. De resto, ape-nas alterações pouco perceptíveis, como as novas rodas – aro 16 para versão S e aro 17 para SV e SL – ou o novo desenho interno das lanternas.

Por dentro, o volante é novo e imita o desenho do que é usado no esportivo 370Z. O quadro de instrumentos TFT – Thin Film Transfer – também é novo e o sistema de segurança Safety Shield reúne alerta de ponto cego, alerta de colisão frontal e alerta de tráfego cruzado traseiro. Controle de estabilidade e tração tam-bém passa a ser de série em todas as versões, assim como retro-visor foto cromático, rádio com display de 5 polegadas, sensor de estacionamento e acendimento automático dos faróis. Quem valoriza a conectividade vai gostar da inclusão do Nissan Con-nect, plataforma global da marca japonesa para a conexão do carro com apps de smartphones, como item de série para a versão intermediária SV – mas seu uso depende da compatibilidade do smartphone com o pacote de dados e do cadastro no aplicativo.

Em termos mecânicos, poucas inovações. Permanece o motor flex 2.0 de quatro cilindros e 16 válvulas, com controle de aber-tura de válvulas continuamente variável (CVVTCS), acoplado ao câmbio CVT. Ele continua a entregar 140 cv de potência a 5.100 rpm e torque de 20 kgfm a 4.800 rpm. A novidade é a extinção do câmbio manual, que era disponível na versão de entrada S. Agora, o câmbio continuamente variável é de série em todas as versões.

Os valores anunciados para o Sentra linha 2017 representam aquilo que a Nissan considera “valores competitivos” dentro do segmento de sedãs médios no Brasil – mas, apesar dos tempos “bicudos”, subiram em média 8% em relação ao ano/modelo anterior. Agora partem dos R$ 79.990 na versão S, chegam a R$ 84.990 na versão intermediária SV e atingem R$ 95.990 na versão “top” SL.

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primeiraS impreSSõeS

agradável harmoniaGuarulhos/SP - O teste de apresentação do novo Sentra foi feito em uma versão “top” SL, em um percurso de pouco mais de 200 km na periferia da cidade de Guarulhos. É difícil perceber alterações substanciais em termos de com-portamento dinâmico em relação ao modelo anterior, que já era bem resolvido nesse aspecto. Desde que se faça o giro subir, o motor atende às demandas e imprime acelerações consistentes quanto solicitado pelo pedal da direita, bem assessorado pela transmissão continuamente variável. Os espaços são generosos, inclusive para os passageiros do banco traseiro.

Como é normal nos câmbios CVT, eventualmente de-mora uma fração de segundo mais que o desejável para elevar os giros do motor e até se torna um tanto rumoroso em solicitações mais severas. Mas o fato é que o trem de força sempre tem energia para entregar, quando há de-manda. Além de permitir retomadas vigorosas, o sedã da Nissan tem comportamento sóbrio nas curvas, transmitin-do sensação de confiabilidade, e freia de forma eficiente e bem equilibrada. Segundo a Nissan, a assistência elétrica da direção também foi recalibrada para melhorar a dirigi-bilidade em altas velocidades. Não se sabe se as novidades do Sentra bastarão para encarar Chevrolet Cruze e Honda Civic de nova geração, que prometem novas plataformas, motores modernos e eficientes e inovações tecnológicas.

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Ficha técnica - niSSan Sentra 2017Motor: Bicombustível, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, com quatro cilin-dros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando variável nas válvulas de admissão e escape e duto de admissão de dupla geometria. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.Transmissão: Câmbio continuamente variável à frente (CVT) e marcha a ré. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração.Potência máxima: 140 cv a 5.100 rpm com etanol/gasolina.Torque máximo: 20 kgfm a 4.800 rpm etanol/gasolina.Diâmetro e curso: 84 mm x 90,1 mm. Taxa de compressão: 9,7:1.Aceleração de zero a 100 km/h: 10,2 segundos.Velocidade máxima: 186 km/h.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com barra estabi-lizadora. Traseira com eixo de torção, barra estabilizadora e molas helicoi-dais. Controle eletrônico de estabilidade.Freios: Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira. Oferece ABS com EBD.Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,64 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,50 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Airbags frontais de série (laterais e de cortina na versão SL).Peso: 1.327 kg (S), 1.337 kg (SV) e 1.360 kg (SL).Capacidade do porta-malas: 503 litros.Tanque de combustível: 52 litros.Produção: Aguascalientes, México.Itens de série: S: Abertura e fechamento das portas, abertura do porta-malas e aciona-mento do alarme através de controle remoto, acabamento dos bancos em veludo na cor preta, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado, banco traseiro bipartido 60/40 e dobrável, chave inteligente presencial I-Key, computador de bordo, comando interno de abertura do porta-malas e da tampa do tanque de combustível, console central dianteiro com tampa e apoio de braço integrado, controle de áudio no volante, direção elétrica, porta-luvas com sistema de amortecimento e chave, retrovisores externos com regulagem elétrica, retrovisor interno eletrocrômico, vidros elétri-cos com função “one touch” para motorista, volante com acabamento em couro, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, lanter-nas traseiras em leds, retrovisores externos com regulagem elétrica e led

indicador de direção, rodas de liga leve de 16 polegadas, airbags frontais, alarme perimétrico, faróis de neblina, Isofix, freios ABS com controle ele-trônico de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BA), sensor de es-tacionamento, travas elétricas, controle de tração e estabilidade, Bluetooth com comandos no volante, rádio CD Player com MP3, tela touchscreen com display de 5” colorido, entrada auxiliar para MP3 Player/iPod e co-nector USB no console central e sistema de som com 4 alto-falantes. Preço: R$ 79.990. SV: adiciona acabamento dos bancos em couro preto, ar-condicionado au-tomático digital dualzone, console central traseiro com tampa e apoio de braço integrado, controle de velocidade de cruzeiro, câmara de ré, sistema de navegação integrado ao painel com NissanConnect, sistema de som com 4 alto-falantes e 2 tweeters e rodas de liga leve de 17 polegadas. Preço: R$ 84.990. SL: adiciona banco do motorista com regulagem elétrica, retrovisores re-batíveis eletricamente, retrovisor interno com bússola digital, teto solar elétrico, painel de instrumentos com display central em TFT de 5’’, faróis dianteiros com design em leds, rodas de liga leve com design esportivo e acabamento grafite, airbags laterais e de cortina, alerta de colisão frontal, alerta de tráfego cruzado traseiro, monitoramento de ponto cego e sistema de som Bose Premium com 4 alto-falantes, 2 tweeters e 2 subwoofers. Preço: R$ 95.990.

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baú reviradoA BMW aproveitou o Concurso

d’Eleganza Villa d’Este, encontro de veículos antigos nos arredores do Lago Como, na Itália, para revelar dois concei-tos que remetem ao passado da marca. Tratam-se do 2002 Hommage e da moto R5 Hommage, que homenageiam os 50 anos do sedã 2002 e as oito décadas da R5, lançada em 1936 com motor boxer de dois comandos de válvulas no cabeçote e, pela primeira vez na história da marca, com compressor volumétrico em uma motocicleta de corrida.

O 2002 Turbo foi o antecessor do Série 3 e um dos sedãs mais famosos da marca. Apesar do novo visual, o conceito remete à antiga versão em detalhes como faixa na linha de cintura e as lanternas traseiras. Há ainda cores de divisão de corrida, a M Motorsports, saias laterais esportivas e arcos de roda mais largos. As maçanetas escondidas dão ao carro um toque moderno. Já a R5 Hommage adapta aos dias de hoje o que havia na moto original. O diferencial é um motor bicilíndrico original de 500 cm³, que era parte de uma moto de corrida danificada.

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olho na eFiciência A Citroën prepara uma novidade importante para o line up do compacto C3. Está marcada para junho a chegada do novo mo-tor 1.2 PureTech flex de três cilindros no hatch, para substituir o atual 1.5 flex nas versões Origine, Attraction e Tendance. O novo propulsor tem correia imersa em óleo, sistema de arrefecimento dividido entre bloco e cabeçote e coletor de escapamento inte-grado ao cabeçote, além de bomba de óleo variável. Ele entrega 84/90 cv a 5.750 rpm e torque de 12,2/13 kgfm a 2.750 rpm com gasolina/etanol. O preço de partida será de R$ 46.490.

porca errada – Segundo comunicado da Audi, os terminais de direção de 412 unidades do A3 Sedan 2.0 da linha 2016 podem ter sido fixados com uma porca imprópria. A fabricante convoca os proprietários para trocar o componente e, desta forma, evitar que se solte e possa causar perda do controle da direção. Os carros envolvidos no recall foram produzidos entre os dias 10 e 30 de setembro do ano passado.

Falta clareza – O presidente interino Michel Temer sancionou nesta semana a lei 13.290/2016, que torna obrigatório o uso do farol baixo durante o dia em rodovias brasileiras. A medida passa a valer em 45 dias e quem desobedecer perderá os quatro pontos comuns às infrações médias na Carteira Nacional de Habilitação e pagará multa de R$ 85,13. Mas, com o anúncio do aumento no valor das punições, essa taxa será em breve de R$ 130,16. A ideia é evitar que a baixa visibilidade provoque colisões nas estradas. A lei não estabelece se o farol baixo pode ser substituído pelas luzes diurnas que já equipam diversos modelos, como vários importados e os nacionais Peugeot 208 e Citroën C3.

perigo na caçamba – A Fiat Toro ainda não completou quatro meses de vendas, mas já tem seu primeiro recall anunciado pela marca. O chamado é a respeito das versões Freedom e Volcano com tração integral e motor diesel. O prob-lema está na trava do suporte do estepe, que corre o risco de se soltar com o veículo em movimento e provocar a queda do pneu sobressalente. Esse risco envolve não apenas os ocupantes do carro, mas também terceiros que estejam trafegando na via.

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previSta para vir A Yamaha começa a vender em junho, na Europa, a nova Tracer 700. No Brasil, no entanto, sua estreia deve acontecer apenas no ano que vem. Baseada na naked MT-07, ela também utiliza motor bicilíndrico de 689 cm³ com 74,8 cv a 9 mil rpm e 6,9 kgfm a 6.500 rpm e transmissão de seis

velocidades. Apesar de usar o mesmo quadro da MT-07, a balança de alumínio cresceu 5 centímetros e o curso da suspensão traseira monoamortecida passou de 5,5 cm para 13 cm, para priorizar o conforto. Visualmente, a Tracer 700 parece uma Tracer 900 menor.

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vitrine

por Fabio perrotta Jr. auto preSS

um luxo Só

novo bmW Série 7 chega ao braSil com recurSoS Que o tornam um paradigma de reQuinte e tecnologia

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O modelo mais luxuoso de uma marca de luxo tem funções mais importantes do que ser um sucesso de vendas. Caso da

sexta geração do sedã Série 7, da BMW. O modelo chega no Brasil na versão 750Li M Sport com diver-sas inovações para se tornar referência no segmento. Caso, por exemplo, do acionamento do sistema de multimídia por meio de gestos com as mãos e do uso de polímeros com fibra de carbono para cobrir a alma em alumínio da estrutura do automóvel. Esses recursos, certamente, serão encontrados no restante do line-up marca. Por enquanto, no entanto, eles ten-tam dar sentido ao preço pouco afável de R$ 709.950. E, não à toa, as projeções da marca são comedidas: a expectativa é emplacar apenas 50 unidades neste ano, ou seja, menos de dez por mês.

A receita é a básica de um topo de linha de luxo. O motor é um 4.4 V8 biturbo com 450 cv de potência e 66,2 kgfm de torque, gerenciado por uma transmissão automática de oito marchas, que leva sedã de zero a 100 km/h em apenas 4,7 segundos e à máxima de 250 km/h. O interior luxuoso é composto por materiais de alto padrão, como madeira nobre com detalhes em metal e couro Nappa com três opções de tons. Externamente, as novidades mais marcantes estão no conjunto ótico e no desenho dos para-choques. Os faróis são em full-led adaptativos,

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com assistente de farol alto, e a grade frontal é ativa – dependendo da situação, abre ou fecha as aletas para melhorar a refrigeração ou a aerodinâmica.

O novo BMW Série 7 também é o maior carro já produzido em série pela fabricante bávara. Ele mede 5,24 metros de comprimento, 3,21 m de distância entre-eixos – 14 centímetros a mais que o modelo anterior –, 1,48 m de altura e 2,17 m de largura, incluindo os espelhos retrovisores laterais. Por aqui ele virá sempre com pacote M Sport, que agrega elementosde desenho esportivo como para-choques, saias laterais e rodas de liga leve de 20 polegadas. O interior do Série 7 se destaca pelos sistemas Comfort Access e Soft Close. Enquanto o primeiro possibilita a abertura e o fechamento automático das portas sem contato manual, inclusive a do porta-malas, o outro as puxa automaticamente, fechando-as completa-mente. Todos os bancos vêm com ajustes elétricos, aquecimento, ventilação e massageador. Quem viaja atrás ainda desfruta do Executive Lounge Seating, que rebate e abre um apoio para os pés instalado no banco dianteiro direito.

O sistema de som é de alta definição, com ampli-ficador de 10 canais e 16 alto falantes. Fornecido pela Bowers & Wilkins, traz telas de 10 polegadas, de alta resolução e com leitor de Blu-Ray, instaladas nos en-costos dos bancos dianteiros. Tudo controlado pelo

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BMW Touch Command Control, um tablet de sete polegadas integrado ao descanso de braço central traseiro, que pode ser removido e levado a qualquer lugar – o que garante acesso à internet. Por meio dele também é possível acessar TV, rádio, DVD e Blu-Ray, além de quase todas as funções do veículo. Outro item de conforto para quem vai atrás é o BMW In-dividual Cool Box, uma pequena geladeira integrada aos assentos com capacidade para 15 litros.

O carro ainda traz mais dois mimos aos futuros clientes. O primeiro é o Sky Lounge, um teto solar elétrico panorâmico com 16 mil pontos iluminados por fibra ótica, que se assemelha a um céu estrelado – recurso famoso nos Rolls-Royce, marca controlada pela própria BMW. O outro é o Ambient Air, tecno-logia que permite regular a intensidade e o tipo de aroma predominante dentro do veículo, com quatro opções de fragrâncias. Um sistema que chama a at-ença é o Gesture Control, que consiste em um sensor 3D que reconhece gestos específicos para determi-nadas funções, como controlar o volume do áudio, atender ou recusar ligações e navegar pelo menu do GPS. Este sistema também agrega o iDrive touch, seletor sensível ao toque apto a reconhecer sinais e letras desenhadas com a ponta dos dedos, tela de 10,3 polegadas, também sensível ao toque e instalada no console central.

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A chave, chamada de Display Key, vem equipada com um pequeno visor de LCD colorido, sensível ao toque. Por meio dela é possível travar e destravar portas, acender e apagar as luzes internas e erguer ou recolher os vidros laterais, assim como acessar diver-sas informações sobre o veículo, como localização, autonomia, serviços e reparos. Entre os equipamen-tos de assistência ao condutor, os destaques ficam por conta do painel de instrumentos multifuncional de 12,3 polegadas. Ele combina velocímetro, conta-giros, odômetro e marcador de combustível, com informações de rota, chamadas telefônicas e entre-tenimento. Estas características podem ser configu-radas de acordo com o modo de condução escolhido – há o Eco Pro, Sport, Confort e Adaptive. O pacote tecnológico do novo BMW Série 7 de contempla ainda o BMW Head-up Display, visor que projeta dados e alertas dos sistemas de assistência BMW Night Vision e Driving Assistant Plus no para-brisa do carro e evita que o motorista desvie o olhar do trânsito. Um conjunto de câmeras e sensores permite a visualização em efeito 3D de todo o entorno do veículo, facilitando manobras e prevenindo colisões. Em movimento, o conforto é realçado com a atuação da direção elétrica e da suspensão pneumática de dois eixos com auto-nivelamento.

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A Volkswagen lançou a série especial Run para os compactos Up e Fox. As edições são limitadas, têm visual esportivo, focadas no público jovem e não devem ficar mais do que cinco meses dis-poníveis. No Up, a base é a configuração Move e o preço parte de R$ 44.370, sempre com motor aspirado de 82 cv, com trans-missão manual ou automatizada i-Motion. Há adesivos laterais com a palavra “Run” e rodas de liga leve de 15 polegadas escure-

cidas, assim como os faróis, lanternas de neblina e retrovisores. No interior, apliques alusivos à série no painel e nos bancos e forração em couro no volante, alavanca do câmbio e freio e teto e colunas na cor preta diferenciam a versão. Já o Fox Run tem motor 1.6 8V de 104 cv e é feito em cima da variante Comfortline, por R$ 53.040. Ele ganha ainda grade dianteira preta brilhante do tipo colmeia, além dos adereços já presentes no Up.

toQue agreSSivo

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A segunda geração do Chevrolet Cruze chega às lojas brasilei-ras ainda em junho. O sedã está sendo produzido na fábrica da marca em Rosário, na Argentina, onde já é comercializado desde o início do mês. Além das mudanças estéticas, a principal novidade é a redução de 113 kg em seu peso e a adoção do novo motor 1.4 turbo com injeção direta, que rende 150 cv, em substituição ao 1.8 de 140 cv do modelo. O câmbio também foi mexido, mas segue automático com seis velocidades.

paSSaporte carimbado

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peugeot renova o viSual do 2008 na europae adota o motor 1.2 de trêS cilindroS

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por por ivana gabriella cencido inFomotori.com/itália

com Fábio perrotta Jr.auto preSS

corpo e alma

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T em certas horas que o descompasso entre os lança-mentos da Peugeot na matriz

francesa e no Brasil fica evidente. O SUV compacto 2008 ainda tem cheiro de novidade por aqui, ao mesmo tempo que na Europa o modelo já recebe uma reestilização de meia-vida – afinal, ele foi lançado em Genebra, em 2013, dois anos antes de ser produzido em Porto Real, no Rio de Janeiro. Nessa chama-da fase 2, os retoques visuais são sutis e se concentram na frente do modelo. A grade agora exibe desenho vertical e abriga o emblema da marca, que an-tes aparecia no capô. O conjunto ótico também é novo e lembra o desenho aplicado em outros carros do line-up da marca francesa. No geral, as linhas são mais robustas. Há inserções de apli-ques prateados na base do para-choque – para dar uma imagem aventureira ao veículo – e luzes traseiras com efeito 3D.

No interior, o já conhecido i-Cock-pit recebeu aprimoramentos. Agora, o 2008 pode espelhar smartphones dire-tamente na central multimídia, receber novas personalizações de couro e gan-hou um teto de vidro ainda maior. Os engenheiros da Peugeot também tra-

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balharam para aumentar a segurança do carro. Caso do Active Street Brake, dispositivo que pode frear o carro au-tomaticamente, mas somente a velocid-ades inferiores a 30 km/h. Na Europa, o SUV compacto é oferecido em quatro versões de acabamento: a Access, Ac-tive, Allure e GT Line, sendo esta última a mais esportiva, caracterizada por ro-das de liga leve de 17 polegadas, preto brilhante no lugar de acabamentos cromados, logotipo GT Line, pedais de alumínio, costuras vermelhas nos ban-cos e estofamento de couro perfurado.

Por lá, o Peugeot 2008 parte dos 15.860 euros, o que equivale a R$ 63.500. As opções de motorização a gasolina se resumem ao Puretech 1.2 litro de três cilindros, de 82 cv. Este mesmo propulsor é utilizado aqui pelo hatch compacto 208, mas rende 84/90 cv com gasolina/etanol. Esse 1.2 é ofe-recido ainda com turbocompressor, o que eleva a potência a 110 cv ou a 130 cv, dependendo da pressão do turbo. Há ainda três opções de propulsores diesel, sempre com 1.6 litro, variando entre 75 e 120 cv. O motor 1.6 16V de 120 cv, que antes era o mais forte das configurações a gasolina, não está mais disponível para o modelo.

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primeiraS impreSSõeS

pronto para a brigaValência/Espanha – A praticidade do Peugeot 2008 é o que mais impressiona. Sua capacidade de se adaptar a todos os tipos de terreno torna-o perfeito para qual-quer utilização. Não importa se o uso será estritamente urbano, para fazer viagens eventuais ou usá-lo diari-amente para o trabalho, o 2008 atende qualquer exigên-cia. O SUV compacto da marca francesa é um veículo capaz de garantir um excelente nível de conforto e eficiência de combustível. Entre as curvas da costa ibérica, nota-se uma ligeira inclinação da carroceria, mas a precisão de condução é excelente e o seletor de terrenos no console otimiza o conjunto de acordo com o tipo de piso em que se trafega.

Os modos de condução são quatro: Normal, Neve, Lama e Areia. A direção é precisa, a navegação é dinâmica e a visibilidade dianteira e lateral, excelente. A traseira não é tão ruim, mas ainda há a câmera de ré para facilitar as manobras. Outro ponto a favor do 2008 é o espaço disponível para os passageiros: os compar-timentos de armazenamento da cabine comportam 24 litros no total. O porta-malas leva bons 355 litros, mas com os assentos rebaixados, essa capacidade chega a 1.400 litros. É espaço que em nada se parece com o de um compacto.

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A BMW revelou as versões M140i e M240i, que substituem as M135i e M235i no line up do Série 1 e Série 2. Com motor de seis cilindros 3.0 litros de 340 cv e 51 kgfm de torque, os modelos ficam mais rápidos. Eles farem o zero a 100 km/h em 4,8 segundos com câmbio manual de seis marchas, em 4,6 s com caixa automática de oito velocidades ou em 4,4 s, com tração integral xDrive.

dupla endiabrada

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tranSmundo

Scania do braSil vende primeiroS caminhõeS movidoS a etanol para empreSa Que deSenvolve “nova geração” do combuStível vegetal

troca de experiênciaSpor luiz humberto monteiro pereira

auto preSS

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À s vezes, a venda de caminhões pode representar valores mui-to maiores que a quantidade de reais envolvida no negócio. É o caso das três unidades do modelo P 270 4X2, movidos

a etanol, comercializados no ano passado pela Scania do Brasil para a Clariant, uma multinacional da indústria química sediada na Suíça e que possui fábricas em todo o mundo – quatro delas no Brasil. Além de serem os primeiros caminhões movidos a etanol comercializados pela Scania na América Latina, os modelos – chamados na Clariant de Ecotrucks – estão sendo usados para colocar à prova o chamado “etanol de segunda geração”, produzido à partir de bagaço de cana-de-açúcar.

O etanol combustível utilizado pelos caminhões da Scania já uti-lizava em sua composição o aditivo Master Batch ED 95, fabricado pela Clariant no Brasil. Esse aditivo permite que motores desenhados para consumir diesel utilizem etanol hidratado, ajustando as características do combustível às necessidades do motor para obter um bom funciona-mento do veículo. E a produção local foi fundamental para a viabilidade do projeto, ao gerar otimização de custos e de logística. Como segunda etapa do projeto, a Clariant passou a adicionar ao combustível habitual o “etanol de segunda geração”, fabricado a partir de bagaço de cana através de uma tecnologia que a empresa suíça patenteou e chama de Sunliq-uid. Trata-se de um processo biotecnológico para a fabricação de etanol celulósico a partir de resíduos agrícolas – como palha de trigo e milho ou bagaço e palha da cana – que usa enzimas específicas que dividem a celulose em açúcares fermentáveis, com alta produtividade.

Desde julho de 2012, a Clariant opera uma planta pré-comercial em Straubing, na Alemanha. Lá foram processados resíduos de cana-de-açúcar do Brasil, o que gerou parte do combustível que abastece os Ecotrucks na fábrica de Suzano. “A iniciativa apoia o cumprimento das metas ambientais e reforça nossa abordagem de sustentabilidade, inclu-sive comprovando os resultados positivos das soluções que oferecemos ao mercado de biocombustível”, afirma Paulo Itapura, Gerente de Sus-tentabilidade da Clariant para a América Latina. “Concluímos diversos testes e obtivemos a validação técnica e econômica da tecnologia Sun-liquid, que já está disponível para comercialização no Brasil”, comple-menta Martin Mitchell, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Clariant para Américas. Segundo ele, a Clariant estuda onde implantará

sua primeira unidade industrial no mundo para produção comercial do Sunliquid – e o Brasil é um dos candidatos a abrigar essa fábrica.

Na unidade da Clariant em Suzano, os Ecotrucks realizam o carre-gamento de isotanques, com capacidade para 25 mil litros de produtos químicos, levando-os até a frota rodoviária de caminhões que parte para as entregas nos clientes da empresa. Os três pesados P 270 trabalham 24 horas, divididos em quatro turnos nos sete dias da semana, e circulam apenas dentro da unidade de Suzano, o maior complexo industrial da empresa na América Latina.

Ao desenvolver a nova tecnologia e colocá-la em prática em parceria com a Scania, a Clariant obteve um “efeito colateral” interessante: mel-horou seus resultados ambientais na fábrica de Suzano, na Grande São Paulo. A adoção dos caminhões a etanol que utilizam o “etanol de se-gunda geração”, cerca de um ano desde sua implantação, gerou redução aproximada de 90% nas emissões de CO2 em relação aos caminhões a diesel convencionais adotados anteriormente.

Na Scania, a parceria com a Clariant também rende bons resultados. “O exemplo da Clariant atrai o interesse de outras empresas, que já con-sultam a Scania sobre o uso do caminhão a etanol no dia a dia. O camin-hão a etanol é uma solução para empresas comprometidas em diminuir os impactos ambientais. É uma opção 100% viável”, diz Celso Mendon-ça, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Scania no Brasil.

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A Geely e sua subsidiária London Taxi Company vão gastar mais de US$ 435 milhões, equivalentes a R$ 1,4 bilhão, no desenvolvimento de uma versão híbrida dos tradicionais táxis de Londres. O TX5 será financiado principalmente por investidores

de olho em projetos sustentáveis e estão previstos para entrar em operação até o fim de 2017. A motorização utilizada, no entanto, permanece em segredo. Os trabalhos em cima do protótipo do modelo começarão já nos próximos dias.

tranSporte ecológico

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retrô com glamourducati Scrambler é divertida e muito moderna,

maS vem embalada em viSual retrô

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por eduardo rochaauto preSS

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A Ducati Scrambler é um exemplo gritante de que a emoção que uma

motocicleta proporciona não está necessariamente ligada aos números que ela apresenta na ficha técnica. Sem deboche ou pieguice, ela traz o mesmo espírito da Scrambler OHC original de 1962, com motor monocilíndrico de 250 cc e 24 cv. Meio século atrás, uma moto com esta potência que batesse os 130 km/h era capaz de deixar a adrenalina do piloto nas alturas. Já com os níveis de conforto e estabilidade atuais atuais, ela precisou se reinventar para manter a mesma “pegada”. Ela virou uma motocicleta bicilíndrica com 800 cc e 75 cv. A disparidade de potência e tamanho serve para compensar a evolução ciclística.

A diversão começa antes mesmo de se ligar o motor. O visual do modelo de entrada da Ducati parece simples, mas na verdade é bem sofisticado. Há um trabalho árduo da marca para esconder os aspectos mais modernos ou tecnológicos do modelo. São diversos elementos que

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remetem a uma motocicleta dos anos 1960, como o quadro tubular pintado de preto, tanque em gota, escape 2 em 1 curto com emendas de solda, banco tradicional, em um nível, farol redondo entre dois piscas projetados e um só quadro de instrumento re-dondo. Cada um deles, porém, passou por uma releitura moderna. O tanque, por exemplo, recebe painéis laterais em alumínio, onde fica encravado o nome da fabricante, o farol tem um anel interno em led e o painel é em LCD. Completam o visual as rodas de liga de 10 raios e o monochoque traseiro com a mola exposta no lado esquerdo, como a de um bichoque.

A versão Icon recebe apenas pin-tura vermelha ou amarela, aplicada ao tanque, para-lama dianteiro e à curtís-sima rabeta. Ela é a configuração de entrada e custa R$ 36.900. As demais versões são mais caras conforme vão sendo acrescentados alguns detalhes. A Classic recebe para-lamas maiores em alumínio, banco marrom e rodas raiadas enquanto a Urban Enduro tem para-lama dianteiro alto, banco em gomos e farol com um tela prote-

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tora em metal. A Full Throttle e a Flat Track Pro têm duas saídas de escape, sendo que a Flat tem uma plaqueta de identificação na lateral, como nas an-tigas motos de competição. A Sixty2 elimina todos os brilhos da moto. A ponta do escape é pintada de preto e o tanque recebe adesivos no lugar do painel de alumínio e os para-lamas são como os da Classic. A versão Italia Independent ganha uma roupa-gem esportiva vintage, com quadro pintado na cor da moto, guidão baixo e banco de duas alturas. Nas lojas, ainda há um sem-número de acessórios que permitem personalizar a Scrambler, seguindo bem a lógica de mistura deste gênero de moto.

Na parte mecânica, a Ducati Scrambler segue os dogmas de engen-haria que celebrizaram as motos da marca. Caso do desenho do motor, um bicilíndrico em “L”, e também do sistema de acionamento das duas válvulas de cada cilindro, que é desmodrômico. Ou seja, as válvulas de admissão e de escape abrem e fecham através do movimento de balancins, sem auxílio de molas. Isso

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evita flutuações das válvulas em altas rotações. No caso, o propulsor de exa-tos 803 cc tem sua potência máxima de 75 cv em 8.250 rpm – o torque de 6,94 kgfm surge às 5.750 rpm. Não se trata nem de um regime de giros tão exigente, mas ainda assim torna as respostas do motor à torcida do punho mais rápidas.

A suspensão também é orien-tada para um comportamento mais esportivo. Na origem da Scrambler está a ideia de pegar motos street e dar a elas alguns recursos típicos de off-road. Por isso, o monochoque da Kayaba da traseira é ajustável na pré-carga da mola e tem um curso longo, de 150 mm. Na frente, os telescópicos também da Kayaba, têm os mesmos 150 mm de curso e são invertidos – up-side-down –, para reduzir o peso na roda e dar maior agilidade na direção. Também no sentido de melhorar a maneabilidade, o disco de freio dianteiro é radial, com 330 mm de diâmetro e tem quatro pistões. Na traseira, ele tem 245 mm e é flutuante e tem pistão único. O ABS nas duas rodas é de série.

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impreSSõeS ao pilotar

charme e FúriaAs 800 cc e os 75 cv podem até insinuar que a Ducati Scrambler

tem os requisitos necessários para enfrentar estrada com facilidade. Não é bem assim. Ela é uma releitura do modelo de 1962, uma moto pequena com muita potência e agilidade. E foi isso que a marca itali-ana decidiu manter no novo projeto. A Scrambler acelera forte, tem suspensões de grande amplitude e é capaz de encarar a buraqueira das cidades com charme e destreza. O baixo peso – 186 kg em ordem de marcha – e a posição de pilotar, com o corpo ereto como numa trail antiga, facilitam muito a pilotagem. E é isso que a torna tão divertida.

Mas qualquer tecnologia tem prós e contras. No caso do sistema desmodrômico, o pró são as respostas imediatas do propulsor a qualquer provocação. Nas primeiras arrancadas, até que se pegue a sintonia fina do acelerador, parece que a moto tem até a intenção de derrubar o piloto. Arrancar com ela é como soltar um animal indócil que está numa jaula. A Scrambler tem uma personalidade realmente selvagem. A agressividade do desempenho junto com a estabilidade, o chassi equilibradíssimo e o ótimo curso das suspensões deixa a sen-sação que se poderia até fazer um Parkur motorizado, passando pelos obstáculos sem qualquer dificuldade.

O preço pago por tamanha desenvoltura vem na trepidação do motor. Sem as molas para amenizar as marteladas das válvulas, a vib-ração é de afrouxar obturação. O banco também não tem o estofo ne-cessário para fornecer um bom nível de conforto. Por isso, em viagens muito longas, é de bom tom parar, no máximo, a cada duas horas. Em viagens de uma ou duas horas, porém, a Scrambler faz o tempo voar, pois é sempre muito agradável de pilotar. Já fora do asfalto, ela fica bem à vontade. O bom curso das suspensões e os pneus Dual Sport aceitam muito bem as investidas nas estradas de terra. A impressão é que se pode fazer qualquer manobra, por mais abusada que seja, que a Scrambler encara bem. Seja na cidade, na terra ou mesmo na estrada.

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Ficha técnicaducati Scrambler icon

Motor: A gasolina, 803 cc, dois cilindros em “L” inclina-dos a 90° e duas válvulas desmodrômicas por cilindro a 11º. Refrigeração a ar e injeção eletrônica de combustível. Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.Potência máxima: 75 cv a 8.250 rpm.Torque máximo: 6,94 kgfm a 5.750 giros.Diâmetro e curso: 88 mm x 66 mm. Taxa de compressão: 11,1:1.Suspensão: Dianteira com garfo telescópico invertido da Kayaba de 150 mm de curso e traseira monoamortecedor da Kayaba com carga pré-ajustável e 150 mm de curso.Pneu: 110/80 R18 na frente e 180/55 R17 atrás. Freios: Disco radial simples de 330 mm na dianteira e flutuante de 245 mm na traseira. Oferece ABS de série.Dimensões: 2,16 m de comprimento, 0,84 m de largura, 1,15 m de altura, 1,44 m de distancia entre-eixos e 0,79 m de altura do assento em relação ao solo.Peso: 170 kg a seco e 186 kg em ordem de marcha.Tanque de combustível: 13,5 litros.Produção: Bolonha, Itália.Lançamento mundial: 2014.Lançamento no Brasil: 2016.Preço: R$ 36.900.

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Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 108, 27 de maio de 2016Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.224 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: [email protected] Diretores Editores: Eduardo Rocha [email protected] Luiz Humberto Monteiro Pereira [email protected] Reportagem: Márcio MaioVictor Alves [email protected] Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino [email protected]

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Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge [email protected] Publicidade: Arlete Aguiar [email protected] Produção: Harley Guimarães [email protected]

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