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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” ASPECTOS RELEVANTES DE UMA GERÊNCIA DE PROJETOS EFICIENTE. Por: Pedro Arlindo Barroso Hardman Vianna Orientador Prof. Luiz Claudio Lopes Alves D. Sc. Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ASPECTOS RELEVANTES DE UMA GERÊNCIA DE

PROJETOS EFICIENTE.

Por: Pedro Arlindo Barroso Hardman Vianna

Orientador

Prof. Luiz Claudio Lopes Alves D. Sc.

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ASPECTOS RELEVANTES DE UMA GERÊNCIA DE

PROJETOS EFICIENTE

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de Especialista em Gestão de

Projetos.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por guiar meus passos.

Aos meus pais, José Maria e Beatriz, pela ajuda

em todos os instantes e por serem verdadeiros

exemplos de amizade, companheirismo e amor.

Aos meus avós, Turiano e Yolanda, pelo incentivo

e apoio aos estudos.

Aos meus irmãos, Leonardo e Guilherme, e ao

meu primo, Alexandre, que muitas vezes, sem

perceberem, me ensinaram muito sobre a vida.

À minha família, que é fantástica e extraordinária.

À minha namorada, Thais Lima, pelo carinho, por

tantos momentos maravilhosos e por fazer meus

dias mais felizes.

E a todos que, de alguma forma, contribuíram na

realização deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta obra ao meu tio, José Alfredo

Hardman Vianna, por tantos passeios

maravilhosos, pelos muitos gestos de carinho,

pela sua proteção e por estar sempre presente

em nossos corações.

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“Vestido de hidrogênio incandescente,

Vaguei um século, improficuamente,

Pelas monotonias siderais...

Subi talvez às máximas alturas,

Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,

É necessário que inda eu suba mais!”

Augusto dos Anjos

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RESUMO O desenvolvimento tecnológico e a criatividade no mercado geram

grandes expectativas e diversos meios de alcançar objetivos anteriormente

inatingíveis. Com isso, observa-se um grande aumento em termos de recursos

para o método de projetos, que consiste na presença de instigadores,

patrocinadores, conselheiros, gerentes e membros de equipe de projeto.

Quando o projeto é bem estruturado e se desenvolve de forma tranqüila,

seus desafios são enriquecedores. Mas se ele for mal definido ou gerenciado,

se torna um estresse, que pode resultar em desastres financeiros e prejudicar

carreiras promissoras.

Com o intuito de criar uma metodologia sistemática de organização em

projetos, o PMI (Project Management Institute) criou um guia, o PMBOK, que

ajuda a gerenciar o projeto através de nove áreas de gestão.

O objetivo deste trabalho é proporcionar uma visão didática de como é

um projeto, como ele pode ser definido e medido. Além de detalhar de forma

simples as nove áreas propostas pelo PMBOK.

No final desta obra, serão mostrados diversos casos de sucesso ou

fracasso de projetos, que tiveram como ponto determinante a boa ou má

administração de projetos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

O Conceito de Projeto e seus Objetivos. 10

CAPÍTULO II

As Nove Áreas de Conhecimento da Gestão de Projetos. 15

CAPÍTULO III

Casos Falhos e de Sucesso de Gerência de Projetos. 40

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 47

ÍNDICE 48

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é proporcionar uma visão geral sobre a gestão

de projetos. Mostrar o que significa um projeto, como ele é elaborado, sua

estrutura, ferramentas e técnicas. Mostrar exemplos de grandes projetos, e

comparar suas atuações na administração com técnicas consagradas de uma

eficiente gerência de projetos. Desta forma, é possível constatar que empresas

gigantes e líderes de mercado podem ter tudo a perder senão investirem bem

numa gerência de projetos otimizada e organizada.

A motivação deste estudo é estabelecer conceitos simples de serem

adotados, utilizando uma metodologia eficiente, capaz de otimizar os lucros de

um projeto. Esta abordagem surge de uma necessidade de uma boa

administração, para que negócios sejam vantajosos para todos que participam

deles.

O primeiro capítulo mostra o conceito do gerenciamento de projetos, seu

ciclo de vida e métodos que são utilizados para melhor dimensionar o projeto.

O perfil de um gestor de projetos e características de um projeto como: a

temporariedade, a singularidade e a progressividade também são abordados

neste capítulo.

No segundo, o foco passa a ser as nove áreas da gerência de projetos

(PMI, 2004). Utilizando como bibliografia principal o PMBOK (PMI, 2004), serão

feitos relatos sobre o gerenciamento de: escopo, tempo, custo, qualidade,

risco, comunicação, RH, aquisições e integração em projetos. Essas nove

áreas são consideradas a essência de uma eficiente gerência de projetos.

Seguindo os procedimentos apresentados em cada área de conhecimento tem-

se a sustentação do trabalho e consequentemente o sucesso do

empreendimento.

No terceiro capítulo, são mostrados casos de falhas em gerência de

projetos, que ocasionaram: a ruína de verdadeiros impérios da economia, o

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9 gasto de elevado capital ou a perda de uma oportunidade fantástica. Além de

curiosos casos que foram solucionados graças à presença de um bom gestor.

Na conclusão é feita uma abordagem, juntando o conhecimento

adquirido através dos capítulos anteriores, desenvolvendo uma visão

estratégica e sistemática para uma eficiente gerência de projetos.

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CAPÍTULO I

O CONCEITO DE PROJETO E SEUS OBJETIVOS

Neste capítulo, são abordados o conceito e os objetivos de um projeto.

O ciclo de vida e diversas ferramentas também são mencionados para que seja

possível mensurar o começo, o meio e o fim de um projeto.

1.1 – Conceito de Projeto.

Projeto pode ser definido como um esforço momentâneo que é realizado

para criar um serviço ou um produto único (PMI, 2004).

Atualmente existe uma grande popularidade em relação ao tema de

Gestão de Projetos. Isso acontece porque o custo, o prazo e a qualidade, hoje

em dia, são fatores determinantes para o sucesso de um projeto.

Projetos atuais são empreendimentos independentes, possuem

propósitos e objetivos distintos e possuem uma duração limitada. Eles também

têm: datas determinadas para o começo e para o fim; recursos financeiros e

pessoais próprios; e a sua própria administração e estrutura administrativa.

O projeto tem uma função pré-definida, que gerará resultados esperados

dentro de uma empresa ou de um determinado trabalho.

1.2 - Características em Conhecimento de Projetos

Existem algumas importantes características para os projetos, que são:

o aprendizado por meio de erros, a temporariedade, a singularidade e a

progressividade de cada projeto (FGV-Management, 2007).

O aprendizado por meio de erros tem que ser uma característica comum

do gerente de projetos. O gerente de projetos é o responsável pela integração

dos recursos humanos com os materiais utilizados, para que seja possível

alcançar o objetivo determinado. Ele precisa aprender o máximo possível com

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11 as falhas de outras pessoas, para que desta forma possa construir um futuro

com menos riscos.

A temporariedade é uma das principais características do projeto. Este é

finalizado quando alcança seus objetivos ou quando sua meta está tão distante

que não é interessante seguir adiante.

A singularidade do projeto é o que faz com que cada projeto seja único,

portanto é mais uma característica de projetos.

Existe também a progressividade dos projetos, que permite o seu

desenvolvimento em etapas incrementais.

Projetos e atividades em curso possuem várias diferenças. A perspectiva

de um projeto é estritamente definida e ela é limitada por tempo e recursos, e

seus objetivos são mais claros e detalhados. Já na maioria das atividades em

curso, o foco está no retorno sobre o investimento e na sobrevivência da

empresa em longo prazo.

Projetos bem sucedidos são aqueles que entregam o produto ou serviço

especificado, com qualidade e dentro do escopo, prazo e orçamento

determinados nas primeiras fases do projeto.

1.3 - Perfil do Gerente de Projetos

De acordo com Keeling (2002), o gerente de projetos precisa ser o centro

de toda atividade. Ele tem que ser: a ligação entre os Interessados (Internos e

Externos) e as organizações, o responsável pelo progresso do projeto, o líder

da equipe, um bom comunicador e o controlador das finanças e outros

recursos.

Conforme Turner (1997), nas características de um gerente ideal

destacam-se: a personalidade forte e tolerante, a inteligência, uma habilidade

reconhecida, a preferência por áreas de trabalho que não sejam de sua

especialidade para poder analisar o projeto como um todo, o interesse

constante em finalizar o projeto dentro do prazo, o dinamismo empreendedor, a

energia e a persistência.

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12 Embora seja uma tarefa muito difícil, o gerente de projetos tem que

sempre buscar por essas qualidades. Porque o agrupamento do maior número

desses fatores aumenta consideravelmente a rentabilidade de um projeto.

1.4 - Ciclo de Vida do Projeto

Projetos passam por uma série de fases desde sua concepção até seu

ponto de conclusão. Cada uma dessas fases possui suas próprias

necessidades e características. O projeto passa por uma delas de cada vez, e

no decorrer desse processo o montante cumulativo de recursos e tempo gastos

aumentará, enquanto que o prazo e os recursos restantes diminuirão. Esta

série de fases recebe o nome de Ciclo de Vida do Projeto (Keeling, 2002).

O Ciclo de Vida oferece pontos de referência, e desta forma a equipe

pode perceber se está no caminho certo. Se um dos passos na sucessão

lógica das fases não foi efetuado corretamente, o problema pode ser

solucionado antes que passos posteriores sejam dados.

Muitos problemas de qualidade de projeto podem ser previstos por uma

rígida avaliação de riscos e viabilidade na fase conceitual, e por especificações

precisas na fase de planejamento. À medida que avança o ciclo de vida, a

correção de falhas de qualidade torna-se progressivamente dispendiosa.

1.4.1 - As Fases do Ciclo de Vida do Projeto

Conforme (FGV-Management, 2007), Conceituação (Iniciação),

Planejamento, Implementação (Execução), Controle (Monitoração) e

Conclusão (Encerramento) são as cinco fases do Ciclo de Vida do Projeto, vide

fig. (1.1).

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Figura 1.1 – Ciclo de Vida de um Projeto

Conceituação (Iniciação) é o ponto de partida, onde nasce a idéia. A

proposta do projeto é preparada conforme a idéia se consolida, definindo

justificativas, especificando métodos propostos, mostrando os custos e

benefícios estimados e outros aspectos. Assim que é obtida uma decisão

favorável à ação, é feito um estudo mais cuidadoso sobre a viabilidade do

projeto. Este estudo oferecerá recomendações importantes sobre o escopo, a

duração, os objetivos e outras características importantes do projeto.

Planejamento é a segunda fase no ciclo. Ela começa quando após a

Conceituação é tomada a decisão de prosseguir. Nesta fase um gerente e uma

equipe de especialistas serão selecionados. Os objetivos para a missão do

projeto têm que ser claros e tangíveis. Planos de atividade, finanças e recursos

serão desenvolvidos e integrados com um padrão de comunicação e com

normas de qualidade, segurança e administração.

Implementação (Execução) é a próxima fase do ciclo, nela os planos são

colocados em prática. Todas as atividades são monitoradas, controladas e

coordenadas, para que desta forma, seja possível alcançar os objetivos

definidos na conceituação e no planejamento do projeto. A eficiência do

trabalho será diretamente proporcional à qualidade dos planos formulados

anteriormente, à eficácia da administração, à disponibilidade de tecnologia e à

boa liderança do gerente de projetos junto à equipe. As análises de progresso

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14 são realizadas e os planos podem ser atualizados ou revistos caso haja

necessidade.

Controle (Monitoração) é a fase responsável por verificar se o projeto

está no caminho certo. Verifica se o Planejamento proposto está sendo

realizado de maneira correta pela fase de Execução. Esta fase não deixa

problemas se aglomerarem, estabelece um Controle do projeto, pois sabe que

se problemas não forem resolvidos imediatamente serão mais dispendiosos no

futuro.

Conclusão (Encerramento) é a última fase do Ciclo de Vida, e algumas

vezes ela não recebe a importância necessária. Nesta fase é definida a

preparação para o encerramento do projeto e para a entrega do produto ou

serviço. Esta fase também inclui os deveres e responsabilidades de

acompanhamento de como foi o projeto, através de análises, avaliações do

projeto e apresentação de relatórios de encerramento. Na Conclusão é feito um

cadastro dos profissionais que trabalharam no projeto, pode-se realizar uma

recolocação ou o aproveitamento destes funcionários em projetos similares. O

fechamento do projeto não pode ser menosprezado, para que assim o projeto

seja finalizado com aceitação garantida.

O progresso no Ciclo de Vida é baseado no tempo e em determinados

pontos estratégicos. Estes pontos estão na fase de conclusão do Planejamento

antes da assinatura do contrato, durante as fases de Implementação e Controle

e próximo ao começo da fase de Conclusão.

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CAPÍTULO II

AS NOVE ÁREAS DE CONHECIMENTO DA GESTÃO

DE PROJETOS

De acordo com o PMBOK (PMI, 2004), existem nove áreas de

conhecimento numa Gestão de Projetos eficiente. Estas áreas estão

relacionadas às gerências de: escopo, tempo, custo, qualidade, recursos

humanos, comunicação, aquisições, riscos e integração. Neste capítulo, serão

mostradas as principais características de cada área e seus processos de

acordo com o PMI.

2.1 – Gerenciamento do Escopo

Esta pode ser considerada como a área mais importante do

Gerenciamento de Projetos, um projeto que possui um bom Escopo tem

grandes chances de obter sucesso.

O Gerenciamento do Escopo possui cinco processos (PMI, 2004):

1. Planejamento do Escopo;

2. Definição do Escopo;

3. Criação da EAP (Estrutura Analítica do Projeto);

4. Verificação do Escopo;

5. Controle do Escopo.

A principal entrega é a Criação da EAP.

Primeiramente é criado o Escopo do Produto, a seguir, elabora-se o

Escopo do Projeto. Eles também podem interagir simultaneamente. O Escopo

do Produto apresenta características que devem ser incluídas no produto ou no

serviço, são requisitos; enquanto que o Escopo do Projeto estabelece o

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16 trabalho que irá ser cumprido para que o produto ou serviço atenda aos

requisitos, é um plano do projeto.

Project Charter ou Termo de Abertura do Projeto (desenvolvido na área

de Integração) é o primeiro documento oficial do projeto, pode ser considerado

como a “certidão de nascimento” do projeto.

2.1.1 – Planejamento do Escopo

Elabora a Declaração de Escopo Detalhada do Projeto, baseada na

Declaração de Escopo Preliminar do Projeto (originada na área de Integração).

Este processo permite a criação da EAP, pois especifica as entregas do projeto

e controla as solicitações de mudanças.

2.1.2 – Definição do Escopo

Mostra os objetivos do projeto, faz a descrição do Escopo do Produto

(Termo de Abertura do Projeto formalizado), notifica as restrições e premissas

do projeto, além de introduzir especificações.

2.1.3 – Criação da EAP

A Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que é a principal entrega da área

de Escopo, separa o produto em partes, para garantir o cumprimento do

escopo. A EAP auxilia no planejamento, na definição dos recursos, na

estimativa de custos, através de uma representação gráfica das tarefas. Ela

define uma hierarquia dos produtos. Um exemplo de uma EAP pode ser visto

na fig. (2.1).

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Figura 2.1 – Exemplo de uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto).

É importante a criação do Dicionário da EAP, que é o documento que

define cada trabalho a ser realizado em cada elemento da EAP.

Existe um outro tipo de estrutura que pode ser montado a partir da EAP,

que é a CWBS (Contract Work Breakdown Strucuture). A CWBS consiste de

uma estruturação da EAP através da óptica de como serão adquiridos os

serviços que compõem a EAP, ou seja, quem realizará as tarefas.

2.1.4 – Verificação do Escopo

Este processo obtém a aceitação formal dos Stakeholders para o escopo

terminado do projeto e das entregas associadas.

2.1.5 – Controle do Escopo

Gerenciam mudanças no escopo do projeto e controlam o impacto

destas mudanças.

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2.2 – Gerenciamento do Tempo

Tem o objetivo de realizar o projeto no prazo previsto. Sofre bastante

influência das demais áreas, e utiliza muitos softwares para auxílio em

cronogramas.

O Gerenciamento do Tempo possui seis processos (PMI, 2004):

1. Definição das Atividades (Planejamento);

2. Seqüenciamento das Atividades (Planejamento);

3. Estimativa de Recursos das Atividades (Planejamento);

4. Estimativa de Duração das Atividades (Planejamento);

5. Desenvolvimento do Cronograma (Controle);

6. Controle do Cronograma (Controle).

A principal entrega é o Desenvolvimento do Cronograma.

Existem alguns conceitos que precisam ser analisados para uma boa

otimização dos processos no Gerenciamento do Tempo. Um deles é a Lei de

Parkinson que indica que o tempo de qualquer trabalho se expandirá até

preencher o tempo disponível para ele. A Matriz de Administração do Tempo

define as tarefas em uma tabela de urgente/não urgente x importante/não

importante, para que esta Matriz funcione bem é necessária a veracidade das

informações. Porque em um trabalho onde tudo é importante e urgente, todas

as coisas passam a ser não importantes e não urgentes, ou seja, é necessário

existir prioridade.

As tarefas podem possuir as seguintes relações entre si: Termino/Início

(uma só começa após o término da anterior), Início/Início (quando uma começa

a outra pode começar), Término/Término (uma só termina quando a anterior

terminar), Início/Término (a primeira inicia quando a segunda terminar). A mais

utilizada é a Término/Início (T/I).

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19 A técnica denominada Compactação ou “Crash” reduz o Cronograma

sem alterar o Escopo. Paralelismo ou “Fast Tracking” executa tarefas em

paralelo que antes seriam em sequência, isto faz com que o cronograma seja

diminuído.

Linha de Base (Baseline) é a versão específica do planejamento onde

todas as Partes Interessadas (Stakehoders) estão de acordo. Ela determina a

meta do projeto.

Existem algumas representações gráficas para ajudar na compreensão

do cronograma, duas delas são: a Rede Pert e o Gráfico de Gantt. A primeira

apresenta as atividades e seus relacionamentos através de setas, linhas e nós;

já o Gráfico de Gantt utiliza barras e vínculos para representar o cronograma.

2.2.1 – Definição das Atividades

Identifica e documenta o trabalho planejado que irá ser realizado, as

entregas e os pacotes de trabalho.

2.2.2 – Sequenciamento das Atividades

Realiza o relacionamento lógico entre as atividades do trabalho. Através

dos conceitos e técnicas mostrados anteriormente (Relações de Término/Início,

Redes Pert, etc).

2.2.3 – Estimativa de Recursos das Atividades

Determina os recursos que serão utilizados no projeto, como: pessoas,

equipamentos e materiais. Assim como as quantidades de cada recurso que

serão usadas e quando estarão disponíveis.

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2.2.4 – Estimativa de Duração das Atividades

A partir das relações obtidas nos processos anteriores, elabora-se a

progressão das atividades.

2.2.5 – Desenvolvimento do Cronograma

Esta é a principal entrega da área de Tempo. As Estimativas de

Recursos e Duração das Atividades são cuidadosamente revisadas, com o

objetivo de se criar um cronograma eficiente do projeto aprovado.

2.2.6 – Controle do Cronograma

Controla o andamento atual do Cronograma. Controla os fatores e

realiza o gerenciamento das mudanças no momento em que elas ocorrem.

2.3 – Gerenciamento do Custo

O objetivo do Gerenciamento de Custos é fazer com que seja possível

terminar o projeto sem que este perca qualidade, dentro do orçamento

aprovado. Os processos desta área envolvem planejamento, estimativa,

orçamentação e controle dos custos.

Ele possui três processos (PMI, 2004):

1. Estimativa de Custos (Planejamento);

2. Orçamentação (Planejamento);

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21 3. Controle de Custos (Controle).

As principais entregas desta área são a Estimativa de Custos e a

Orçamentação.

É importante a apresentação de diversos conceitos. Existem diferenças

entre Custo e Desembolso, o primeiro mede a variação econômica dos ativos

do projeto; o segundo está relacionado ao regime de caixa, medindo a variação

da saúde financeira da empresa.

No início de todo o projeto é mais prático definir mudanças, pois existe

maior facilidade para reduzir custos.

Entre os tipos de Estimativas de Custos mais utilizadas, destacam-se: a

Análoga e a Bottom-Up. A Estimativa Análoga é realizada de cima para baixo,

baseada em projetos anteriores. Ela precisa de muita experiência e

competência do avaliador. Já a Estimativa Bottom-Up é feita de baixo para

cima, realiza a soma de todas as partes para alcançar o todo. Utiliza muita

informática e não precisa de um avaliador altamente qualificado.

O Valor Presente Líquido (VPL) é uma técnica que traz para os dias

atuais todas as entradas e saídas de capital durante todo o projeto,

considerando a taxa de juros. Para poder realizar a comparação de maneira

certa do retorno em relação ao investimento. Quando o VPL for maior que zero

o retorno foi maior que os custos realizados.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) obtém a taxa de juros para que o VPL

seja igual a zero. Bastante útil para comparar tipos de investimentos. E Período

de Retorno é o tempo necessário para que o retorno se iguale ao investimento

feito.

Custo de Pareto define que 80% dos custos são empreendidos em 20%

do projeto.

A Técnica do Valor Agregado ou Earned Value Management (EVM) é

uma das mais importantes ferramentas de Controle de Custos. Para explicar

esta ferramenta de maneira simples, será mostrado um exemplo a seguir.

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22 O projeto de uma empresa é construir um muro de 5 metros em cinco dias,

com cada metro custando R$100,00. Ao final do terceiro dia foram concluídos 2

metros e gastos R$350,00. Aplicando a Técnica do Valor Agregado, têm-se:

Total Orçado (Budget at Complete)

BAC = R$500,00

Valor Planejado (Planned Value)

PV = 100 (valor planejado para ser gasto por dia) x 3 (número de dias)

PV = R$300,00

Custo Real (Actual Cost)

AC = R$350,00 (valor realmente gasto no final de 3 dias)

Valor Agregado (Earned Value)

EV = R$200,00 (quanto deveria ter sido gasto pelo trabalho realizado)

Variação do Custo (Cost Variance)

CV = EV – AC ; CV = - R$150,00

Como o valor de CV é negativo, significa que o custo realizado é maior que o

orçado.

Variação do Prazo (Schedule Variance)

SV = EV – PV ; SV = - R$100,00

Como o valor de SV é negativo, o projeto está atrasado.

Variação do Projeto em Relação ao Custo

CV% = (CV / EV) x 100 ; CV% = - 75%

O Custo está 75% maior do que o valor planejado.

Variação do Projeto em Relação ao Prazo

SV% = (SV / PV) x 100 ; SV% = - 33%

O projeto só realizou 77% do planejado.

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23 Índice de Performance de Custo (Cost Performance Índex)

CPI = EV / AC ; CPI = 0,57

Para cada R$1,00 gasto foi produzido apenas R$0,57, o projeto está com baixo

desempenho.

Estimativa de Conclusão (Estimate at Completion)

EAC = BAC / CPI ; EAC = R$877,20

Se o projeto continuar com esta tendência irá custar R$877,20 ao invés dos

R$500,00 planejados.

Índice de Performance de Prazo (Schedule Performance Índex)

SPI = EV / PV ; SPI = 0,66

Para cada dia planejado, apenas 0,66 dia é realizado.

Observa-se que se trata de uma técnica bastante eficiente que fornece

diversos parâmetros em relação ao custo e ao prazo estipulados, realizados e

futuramente efetuados caso o trabalho continue da maneira que vem sendo

feito. Na fig. (2.2) pode ser observado um exemplo da Técnica do Valor

Agregado graficamente.

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Figura 2.2 – Técnica do Valor Agregado analisada graficamente.

Fonte: Project Management Consulting

2.3.1 – Estimativa de Custos

Uma das principais entregas da área de Custos. Faz uma estimativa dos

custos dos recursos necessários para que o projeto seja implementado e

concluído. Utiliza ferramentas como as Estimativas Análoga e Bottom-Up.

2.3.2 – Orçamentação

Observa a Estimativa de Custos, e detalha quanto será gasto em cada

tarefa e em cada etapa do projeto. Detalha os custos de cada atividade

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25 individual ou cada pacote de trabalho e estabelece uma linha de base para os

custos. É uma das principais entregas da área de Custos.

2.3.3 – Controle de Custos

Controla os fatores que criam as variações nos custos; além de

identificar e gerenciar mudanças em relação aos custos. Utiliza uma das

melhores ferramentas para determinar custo e prazo em projetos, a Técnica do

Valor Agregado ou Earned Value Management (EVM).

2.4 – Gerenciamento da Qualidade.

Esta área visa proporcionar a satisfação do cliente, realizando uma

prevenção sobre a inspeção dos processos e gerando uma responsabilidade

no gestor de projetos para a melhoria contínua da produção.

Um produto tem qualidade quando ele é conforme o especificado, e

adequado ao uso.

O gerenciamento da qualidade possui três processos (PMI, 2004):

1. Planejamento da Qualidade (Planejamento);

2. Realizar a Garantia da Qualidade (Execução);

3. Realizar o Controle da Qualidade (Controle);

As principais entregas são: Realizar a Garantia da Qualidade e Realizar o

Controle da Qualidade.

Antes de definir os processos, é interessante mostrar alguns conceitos e

apresentar certas ferramentas utilizadas para o Gerenciamento da Qualidade.

Precisão é diferente de Exatidão, o primeiro define a homogeneidade de

medições repetidas que são agrupadas com pouca dispersão, enquanto que o

segundo é a correção com que o valor medido se aproxima do valor real.

Prevenção significa manter os erros fora do processo, já Inspeção é

manter os erros afastados dos clientes.

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26 Amostragem de Atributos mostra se o resultado está de acordo ou não,

enquanto que na Amostragem de Variáveis, o resultado tem que estar dentro

de uma margem de valores.

Causas Especiais são eventos improváveis que não tem a ver com o

processo, mas Causas Comuns são variações normais do processo que

poderiam ser previstas.

As principais ferramentas para a Gerência da Qualidade são: a Carta de

Controle, as Métricas de Qualidade e o Benchmarking.

A Carta de Controle indica se o produto está dentro dos Limites de

Controle (fator relacionado ao processo de obtenção), dentro da Tolerância

(resultado aceitável para o cliente, mas não sob controle) ou fora dos padrões

de controle (inaceitável para o cliente). Quando o resultado estiver fora dos

Limites de Controle, mas dentro da Tolerância é importante verificar o

processo; se ele tiver sete resultados numa curva ascendente ou descendente

também se torna necessário verificar o processo.

Métricas de Qualidade definem operacionalmente o que é cada coisa e

como ela será medida pelo Controle da Qualidade.

Benchmarking é a comparação com a melhor empresa no ramo

estudado.

2.4.1 – Planejamento da Qualidade

Identifica os padrões relevantes para o projeto e determina como

satisfazê-los. Ajustes nos custos, no cronograma e na qualidade desejada do

produto podem ser realizados para atender a estes padrões de qualidade, além

de modificações nas análises de risco devido às mudanças.

Para um bom Planejamento da Qualidade utiliza-se a Linha de Base da

Qualidade, que registra os objetivos de qualidade do projeto. Ela é uma

importante base para medição e emissão de Relatórios de Desempenho

(principal entrega da área de Comunicação).

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27

2.4.2 – Realizar a Garantia da Qualidade

Aplicação de atividades de qualidade planejadas e sistemáticas para

garantir que o projeto utilizará os métodos necessários para que o produto

atenda os requisitos estipulados e adequados ao uso dos clientes. Este

processo visa uma melhoria contínua do trabalho e do produto e requer a

participação de todos. Ele é mais focado na qualidade do processo de

obtenção do produto. Uma das principais entregas.

2.4.3 – Realizar o Controle da Qualidade

Este processo monitora resultados específicos para verificar se os

parâmetros estão de acordo com os padrões estabelecidos de qualidade e

busca maneiras de eliminar as causas dos resultados inesperados. Este é um

processo de controle e é mais focado na qualidade do produto. Ferramentas

utilizadas: Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa), Histogramas, Fluxogramas

e Diagrama de Pareto. Este processo é uma das principais entregas da área de

Qualidade.

2.5 – Gerenciamento de Riscos

Esta área gerencia um sistema de identificação, análise e resposta aos

riscos do projeto. Cria uma maximização dos riscos bons e minimização dos

ruins, atuando na probabilidade ou no impacto.

O Gerenciamento de Riscos possui seis processos (PMI, 2004):

1. Planejar o Gerenciamento de Riscos;

2. Identificar os Riscos;

3. Realizar a Análise Qualitativa de Riscos;

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28 4. Realizar a Análise Quantitativa de Riscos;

5. Planejar as Respostas aos Riscos;

6. Monitorar e Controlar os Riscos.

A principal entrega é Planejar as Respostas aos Riscos.

Existem vários tipos de riscos. O Risco do Negócio, onde pode haver

perdas ou ganhos; o Risco Puro, onde podem existir apenas perdas; o Risco

Conhecido, que é identificado com antecedência e o Risco Desconhecido, que

se divide em dois: known unknown (sabe que desconhece) e unknown

unknown (não faz idéia da possibilidade).

Para a identificação dos riscos são utilizadas diversas técnicas, as

principais são: a Técnica Delphi (Brainstorming à distância), Técnica de Grupo

Nominal – NGT (Brainstorming individual – agrupado, priorizado e direcionado)

e o Método de Analogia, porque em torno de 60% dos riscos se repetem em

projetos similares.

2.5.1 – Planejar o Gerenciamento de Riscos

É a decisão de como enfrentar, planejar e executar atividades de

gerenciamento de riscos. Precisa garantir que o nível do gerenciamento de

riscos está de acordo com a importância do projeto.

2.5.2 – Identificar os Riscos

Determina os riscos que podem interferir no projeto e documenta suas

características. Gera um processo iterativo, que conduz para os processos de

Análise Qualitativa de Riscos e Planejamento de Respostas aos Riscos

(principal entrega de Riscos).

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2.5.3 – Realizar Análise Qualitativa de Riscos

Visa classificar os riscos em ordem de prioridade, ou seja, concentra-se

em atacar os riscos de maior probabilidade de ocorrerem. A prioridade é

estabelecida através da probabilidade, do impacto, do prazo, da qualidade, e

de outras variáveis. Este processo gera uma tabela com riscos agrupados por

categoria e uma lista de riscos que necessitam de resposta em curto prazo.

2.5.4 – Realizar Análise Quantitativa de Riscos

Identifica através do processo anterior os efeitos destes riscos atribuindo

uma classificação numérica, classificando, desta forma, os que merecem mais

atenção.

2.5.5 – Planejar as respostas aos Riscos

É a principal entrega da área de Riscos, ela desenvolve ações para

aumentar as oportunidades e diminuir as ameaças. Identifica quem terá a

responsabilidade sobre cada risco, de forma acordada e financiada. Este

processo insere recursos e atividades no orçamento e no cronograma para

obter respostas precisas em relação aos riscos.

2.5.6 – Monitorar e Controlar os Riscos

Identifica e analisa os riscos que acabaram de surgir. Acompanha os

riscos que já foram identificados, cria condições para planos de contingência e

faz a revisão da execução de respostas aos riscos.

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2.6 – Gerenciamento das Comunicações

Conjunto de processos necessários para assegurar a geração, a coleta,

a distribuição e o armazenamento adequado das informações do projeto.

O Gestor de Projetos passa mais de 85% do seu tempo com

Comunicação (PMI, 2004). Ele precisa identificar os Stakeholders

(Interessados) no projeto, desta forma, é possível criar uma estratégia de

Comunicação eficiente. A Comunicação em Projetos é um dos aspectos que

menos é levado em consideração no planejamento, entretanto é um dos

problemas mais freqüentes, como podem ser vistos nas figs. (2.3) e (2.4)

(Galvão, 2005).

Figura 2.3 – Áreas mais consideradas no Planejamento de Projetos.

Fonte: Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos, PMI-Rio, 2005.

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Figura 2.4 – Obstáculos mais significativos na Gerência de Projetos.

Fonte: Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos, PMI-Rio, 2005

O Gerenciamento das Comunicações possui quatro processos (PMI,

2004):

1. Planejamento das Comunicações (Planejamento);

2. Distribuição das Informações (Execução);

3. Relatório de Desempenho (Controle);

4. Gerenciar as Partes Interessadas (Controle).

A principal entrega é o Relatório de Desempenho.

Existem três tipos de comunicação: a Comunicação para Cima, para

Baixo e para o Lado.

A Comunicação para Cima é o tipo de informação que é direcionada aos

grandes chefes, precisam ser problemas complicados que apresentem altos

riscos. Uma maneira de realizar essa comunicação é através de reuniões com

atas, para gerar um comprometimento da alta administração. É importante

levar as indagações sempre acompanhadas de possíveis soluções.

A Comunicação para Baixo é a informação passada para a equipe do

projeto, tem o objetivo de disseminar as informações. Ela pode ser feita através

de memorandos, e-mails, etc.

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32 A Comunicação para o Lado é destinada para clientes, fornecedores e

outros gestores de projeto. Ela é feita com muitas negociações e apoio,

portanto necessita de habilidade para negociar, carisma e sensibilidade. Este

tipo de comunicação é realizado com contratos, e-mails ou contato pessoal.

2.6.1 – Planejamento das Comunicações

Determina as informações que cada um dos Stakeholders irá receber,

como elas serão fornecidas e por quem.

2.6.2 – Distribuição das Informações

Coloca as informações à disposição dos Stakeholders num momento

apropriado. Este processo também responde às solicitações não previstas no

Planejamento das Comunicações.

2.6.3 – Relatório de Desempenho

Esta é a principal entrega da área de Comunicações. Este processo

envolve a coleta de todos os dados da Linha de Base (obtida no Planejamento

da Qualidade) que registra os objetivos de qualidade do projeto. O Relatório de

Desempenho mostra as informações sobre o desempenho do projeto para os

Stakeholders e como os recursos estão sendo utilizados para atingir os

objetivos. O Relatório apresenta informações sobre o escopo, o cronograma, o

custo e a qualidade, às vezes, ele também mostra dados sobre riscos e

aquisições.

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2.6.4 – Gerenciar os Stakeholders

Gerencia as comunicações satisfazendo as necessidades dos

Stakeholders no projeto. Este processo aumenta a capacidade das pessoas

trabalharem em harmonia e em conjunto, limitando as interrupções.

2.7 – Gerenciamento de Recursos Humanos (RH)

Esta área é responsável por integrar as suas práticas à estratégia da

organização, contribuindo para o sucesso dos objetivos organizacionais e, ao

mesmo tempo, alcançando os objetivos individuais dos empregados.

O gerenciamento de RH possui quatro processos (PMI, 2004):

1. Planejamento de Recursos Humanos (Planejamento);

2. Contratar a Equipe do Projeto (Execução);

3. Desenvolver a Equipe do Projeto (Execução);

4. Gerenciar a Equipe do Projeto (Controle).

A principal entrega desta área é Desenvolver a Equipe do Projeto.

Existem diversos tipos de estruturas organizacionais. Na Matriz

Funcional, o Gerente de Projetos usa os recursos na medida em que eles

estiverem disponíveis. Na Matriz Fraca, quem detém o poder é o dono do

recurso; já na Matriz Forte a opinião que predomina é a do Gestor de Projetos.

Na Matriz Projetizada, os recursos são exclusivos do Gestor de Projetos.

Confiltos são inevitáveis, por isso a importância de tentar prevê-los e

atacá-los com eficiência. Há alguns modos do Gerente de Projetos lidar com

estes conflitos, que são: Withdrawal (retirada, não se envolver no conflito);

Smoothing (utilizar “panos quentes”, ou seja, tentar acalmar a situação);

Problem Solving (confrontar o problema e resolvê-lo); Compromising (ceder de

um lado, pedir do outro, como um acordo); e Força (fazer valer quem tem a

maior Autoridade). De todos estes modos, o mais indicado é o Problem

Solving, mesmo que às vezes, possa parecer complicado. Porque um conflito

não solucionado gerará grandes prejuízos no decorrer do projeto.

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2.7.1 – Planejamento de Recursos Humanos

Determina funções, responsabilidades e relações hierárquicas do projeto

e cria planos de gerenciamento de pessoal. Precisa fazer com que Autoridade,

Responsabilidade e Competência caminhem juntas.

Autoridade é o direito de aplicar recursos do projeto, tomar decisões e

assinar provações. A Autoridade deve corresponder às Responsabilidades

individuais.

Responsabilidade é o trabalho que deve ser efetuado por cada membro

do projeto.

Competência é a habilidade e capacidade necessária para realizar as

atividades do projeto.

2.7.2 – Contratar ou Mobilizar a Equipe do Projeto

Este processo obtém os recursos humanos necessários para

implementar o projeto.

2.7.3 – Desenvolver a Equipe do Projeto

Esta é a principal entrega da área de Recursos Humanos. Ela constitui

em aumentar, capacitar e aprimorar o conhecimento da equipe do projeto, a

partir da necessidade de cada um. A formação de equipes precisa acontecer

em todo momento numa gestão eficiente.

Competência pode ser considerada como o agrupamento de três letras:

C + H + A, que significam respectivamente: Conhecimento (saber através de

aprendizado e experiência), Habilidade (capacidade de usar o conhecimento na

execução de tarefas), Atitude (sentimentos positivos e mente aberta diante de

fatos ou situações adversas).

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35 Dentre as muitas práticas de desenvolvimento de uma equipe,

destacam-se: o Coaching, onde são estabelecidas metas por um “treinador”

que fornece feedback; e o Mentoring, que é como o Coaching, mas com maior

foco no indivíduo.

A principal informação ou saída deste processo é a Avaliação de

Desempenho da Equipe.

2.7.4 – Gerenciar a Equipe do Projeto

Acompanha o desempenho da equipe, fornecendo feedback, resolvendo

problemas e coordenando mudanças. Este processo melhora o desempenho

do projeto e gerencia principalmente conflitos que irão ocorrer no projeto. A sua

principal saída ou informação são as Mudanças Solicitadas.

2.8 – Gerenciamento de Aquisições

Nesta área será definido o que comprar ou não comprar. É necessário

avaliar a capacidade de sua equipe, a disponibilidade de fornecedores, o custo,

o prazo, os riscos e os fatores de qualidade referentes ao projeto.

O Gerenciamento de Aquisições possui seis processos (PMI, 2004):

1. Planejar Compras e Aquisições;

2. Planejar Contratações;

3. Solicitar Propostas de Fornecedores;

4. Selecionar Fornecedores;

5. Administração de Contrato;

6. Encerramento do Contrato.

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2.8.1 – Planejar Compras e Aquisições

Determina o que comprar e contratar. E quando serão realizadas estas

aquisições. Leva em consideração os fatores de ambiente do trabalho, o

escopo e a estrutura analítica do projeto (EAP). Utilizando como ferramenta

opiniões especializadas, decide fazer ou comprar.

2.8.2 - Planejar Contratações

Faz a documentação dos requerimentos do produto e identifica os

principais fornecedores. Pelas decisões de fazer ou comprar obtidas em

Planejar Compras e Aquisições e utilizando como ferramentas: opinião

especializada e formulários padrão; obtêm-se critérios de avaliação entre os

fornecedores especializados.

2.8.3 - Solicitar Propostas de Fornecedores

Neste processo, obtêm-se propostas dos fornecedores em relação a

cotações de preço, cartas-convite, licitação, etc. Realiza reuniões com os

licitantes e determina uma lista com os fornecedores qualificados.

2.8.4 - Selecionar Fornecedores

Realiza a escolha dos possíveis fornecedores. Analisando as propostas

e a lista de fornecedores qualificados, através de uma triagem, decide-se pelas

melhores empresas qualificadas. Faz-se uso de contratos para gerir os

negócios.

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2.8.5 - Administração de Contratos

Gerencia os relacionamentos entre os fornecedores. Através do

contrato, de Relatórios de Desempenho e de inspeções e auditorias são feitas

a documentação do contrato e ações corretivas recomendadas.

2.8.6 – Encerramento do Contrato

Este processo visa completar e finalizar o contrato, sem deixar nenhuma

ação pendente. Realiza uma auditoria final no contrato, e encerra o contrato

sem pendências.

2.9 – Gerenciamento de Integração

A Integração tem características de unificação e de ações integradoras

muito importantes para o início e término de um projeto. Além de fazer uma

importante junção das áreas no decorrer do projeto. Busca gerenciar

expectativas de clientes e outras Partes Interessadas (Stakeholders). Realiza

também compensações entre objetivos e alternativas conflitantes. Esta área

leva a crer que todas as demais áreas estão interligadas.

O gerenciamento de Integração possui sete processos (PMI, 2004):

1. Desenvolver o Termo de Abertura do Projeto;

2. Desenvolver a Declaração do Escopo Preliminar do Projeto;

3. Desenvolver o Plano de Gerenciamento do Projeto;

4. Orientar e Gerenciar a Execução do Projeto;

5. Monitorar e Controlar o Trabalho do Projeto;

6. Controle Integrado de Mudanças;

7. Encerrar o Projeto.

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2.9.1 – Desenvolver o Termo de Abertura do Projeto

O Termo de Abertura do Projeto ou Project Charter é a “certidão de

nascimento” do projeto. Ocorre na fase de Iniciação do Projeto.

2.9.2 – Desenvolver a Declaração do Escopo Preliminar do

Projeto

A partir do Termo de Abertura do Projeto, surge a necessidade de criar

uma Declaração do Escopo Preliminar do Projeto. Esta Declaração será uma

espécie de passo inicial para a Declaração de Escopo.

2.9.3 – Desenvolver o Plano de Gerenciamento do Projeto

Utiliza como entrada a Declaração Preliminar do Escopo do Projeto e

fatores ambientais da empresa, usando como ferramentas metodologias de

gerenciamento de projetos e opinião especializada, cria-se o Plano de

Gerenciamento do Projeto. Este plano organiza o projeto em etapas e

entregas.

2.9.4 – Orientar e Gerenciar a Execução do Projeto

A partir do Plano de Gerenciamento do Projeto, ações corretivas e

preventivas aprovadas, e outras entradas, têm-se os produtos, as mudanças

implementadas e informações sobre o desempenho do trabalho.

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2.9.5 – Monitorar e Controlar o Trabalho do Projeto

Utilizando a Técnica do Valor Agregado é feito um controle do projeto.

As saídas deste processo são: previsões do trabalho, reparos de defeitos

recomendados e ações corretivas.

2.9.6 – Controle Integrado de Mudanças

Neste processo são analisadas que mudanças serão implementadas.

Surgem, portanto, um novo Plano de Gerenciamento do Projeto e uma

atualizada Declaração de Escopo, de acordo com as mudanças necessárias.

2.9.7 – Encerrar o Projeto

Este é um grande processo, que muitas vezes não é muito valorizado

pelo gerente de projetos. Um projeto precisa encerrar sem pendências, ou seja,

é importante verificar se o resultado final foi alcançado, relatar os erros que

aconteceram, fazer um cadastro de todos os funcionários e Stakeholders do

projeto e registrar de forma eficiente o trabalho realizado. Para que desta

forma, num futuro projeto similar, seja possível efetua-lo ainda melhor.

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CAPÍTULO III

CASOS FALHOS E DE SUCESSO DE

GERÊNCIA DE PROJETOS

Neste capítulo, serão mencionados e analisados curiosos casos de

gestão de projetos. Nestes episódios será possível perceber que o fracasso de

vários projetos está intimamente ligado às falhas na gerência, enquanto que

casos de sucesso, por utilizarem os ideais de uma eficiente gerência de

projetos obtêm vitórias merecidas.

3.1 – A Importância da Mudança e da Comunicação na Gerência

de Projetos.

Um projeto é uma máquina de mudanças. Por causa disso é bem

recebido por alguns, temido e algumas vezes até obstruído por outros. Essas

pessoas que causam a obstrução, não necessariamente querem prejudicar o

projeto, mas acabam sendo uma das principais causas de um fracasso.

Conforme (Keeling, 2002), a comunicação, além de ser uma via para a

inteligência e o controle, é uma rota pela qual os obstáculos à mudança e às

atitudes baseadas em experiências passadas são superados.

Uma história a seguir, relatada no Curso de Empreendedorismo na

UERJ (2004), mostra como a resistência à mudança pode causar perdas

irreparáveis num projeto.

Antigamente, aproximadamente 90% dos relógios vendidos no mundo

eram suíços. A Suíça era reconhecida mundialmente como a melhor fabricante

de relógios e lucrava muito dinheiro nesse mercado, mas hoje em dia apenas

10% dos relógios vendidos no mundo são suíços.

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41 Isto aconteceu porque os suíços eram uma potência em relógios

analógicos (relógios de ponteiro) e quando o mundo começou a investir em

relógios digitais (com mostradores digitais), eles simplesmente renegaram esse

novo tipo de mercado. Muitos empresários suíços falavam que tinham os

melhores relógios do mundo e os relógios com mostradores digitais não eram

tão bonitos e nem tão eficientes quanto os analógicos suíços. Realmente não

eram, mas eram mais práticos, e foi isso que conquistou o mercado.

Analisando a situação, surge a indagação de quem teria inventado o

relógio digital. O descobridor de tal equipamento um suíço. Mas as empresas

de relógio seguiram a afirmativa de que em “time que está ganhando não se

mexe”, e não deram a devida importância para a invenção. Americanos e

japoneses gostaram da idéia, investiram nesse novo negócio e hoje em dia são

os que dominam a exportação de relógios.

Os suíços tinham os melhores engenheiros, uma ótima administração e

tiveram uma idéia que revolucionaria o mercado de relógios, mas mesmo assim

foram derrotados e passados para trás. Tudo isso por falta de visão de futuro,

medo da mudança e falhas em uma boa comunicação que pudesse mostrar as

vantagens que um novo projeto tem a oferecer.

Por isso nunca deixem de se comunicar e de buscar a inovação em todo

momento, porque isso pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

3.2 – Sem Troca de Informação, não há soluções.

Antigamente o gerente tinha uma postura agressiva o que era

considerada uma administração firme e decidida, e imprescindível para um

bom gerente.

Em curto prazo esse estilo gerava algum resultado, mas a médio e longo

prazo o trabalho estava destinado ao fracasso. Porque, desta forma, os

empregados trabalhavam por causa do medo e não tinham compromisso com

o projeto.

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42 Felizmente hoje em dia o foco é justamente o oposto, o gerente de

projeto tem que ser um líder e extrair de cada profissional o melhor que ele

pode oferecer, fornecendo um ambiente agradável e propício para isso.

Pois emoções positivas e sentimentos de satisfação são benéficos à

comunicação. Num ambiente agradável os empregados se sentirão mais à

vontade para exprimir suas opiniões e idéias gerando frutos para o projeto.

Já sentimentos de culpa ou ansiedade normalmente são destrutivos e

difíceis de dissipar. Isto acaba com qualquer tipo de comunicação, o que gera

muitos problemas para o projeto.

Sem troca de informações, não há decisão nem organização no grupo.

Conforme (Maximiano, 2004), uma das evidências mais dramáticas surgiu dos

estudos sobre acidentes com aviões. Estes estudos revelaram que muitos

acidentes poderiam ter sido evitados se os integrantes das equipes de vôo

tivessem disposição para fornecer e receber informações. Um exemplo

conhecido é do avião da Vasp que, em 1989, caiu na Amazônia, causando a

morte de 12 pessoas. Isso ocorreu porque o avião tomou a direção incorreta,

esgotando o combustível. Um dos passageiros acostumado a viajar naquele

horário, percebeu o erro, porque viu o Sol do lado errado da aeronave, e tentou

dar o aviso. Mas ele foi ignorado, porque “não entendia do assunto”.

Muitas vezes, a suposição de que uma pessoa não tem contribuição

relevante a fornecer, porque é leiga, pode provocar a perda de informações

importantes e comprometer o desempenho do projeto.

Os profissionais precisam ser humildes para escutar mais quem quer

que seja, porque às vezes as respostas para as perguntas estão mais próximas

do que se imagina.

3.3 - Analisar o ambiente: fator de sucesso para um projeto.

Muitos projetos podem gerar lucros em um ambiente e em outro lugar o

mesmo projeto pode acarretar grandes prejuízos. Isto acontece em muitos

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43 projetos devido a um fator chave: não prestar atenção no ambiente e na cultura

da região onde o projeto está sendo inserido.

Serão mostrados a seguir dois exemplos relatados no Curso de Gestão

de Projetos da Faculdade Estácio de Sá (2008).

O restaurante Gula-Gula fez bastante sucesso no Rio de Janeiro devido

a dois importantes quesitos: o preço baixo e a rapidez. Abriu várias filiais nesta

cidade, ganhou muito dinheiro e resolveu expandir seus negócios. Por causa

disso, resolveu investir em uma nova cidade: São Paulo. Mas para a grande

surpresa dos donos do restaurante, o Gula-Gula foi um fracasso total na maior

cidade do país. Isto aconteceu, porque em São Paulo diferentemente do Rio as

pessoas não buscam preço baixo e velocidade. A busca é justamente pelos

restaurantes mais caros, mais refinados e com extrema qualidade; a rapidez na

refeição não é tão relevante para os paulistas. O prejuízo foi fruto de uma falta

de análise no ambiente e na cultura da região.

Outro exemplo é o caso do carro da Ford: o EcoSport. Em todo o Brasil,

este carro teve uma venda dentro da expectativa, mas em Pernambuco a sua

vendagem foi péssima. Depois de pesquisar a razão deste fato, concluiu-se

que o problema foi o nome do carro. Porque o povo brasileiro é apaixonado por

futebol, e no estado de Pernambuco existem duas grandes torcidas: a do

Náutico e a do Sport. Nenhum torcedor do Náutico compraria um carro com o

nome do time rival. Seria o mesmo, que na cidade do Rio de Janeiro, o

torcedor do Flamengo ou do Fluminense comprasse um carro chamado

EcoBotafogo ou EcoVasco; isto nunca iria acontecer. A Ford não analisou a

cultura do país e não realizou uma pesquisa sobre a aceitação do nome de seu

produto no estado de Pernambuco. Por causa destas falhas perdeu muito

dinheiro.

Portanto, antes de lançar um produto ou iniciar um projeto em algum

local, é preciso prestar bastante atenção no ambiente e na cultura deste lugar.

Porque não vai adiantar nada, vender os melhores óculos na terra dos cegos.

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3.4 - Utilizar a Razão sem desprezar a Emoção.

Existem decisões que utilizam a razão e outras que usam a emoção. O

gerente de projetos precisa adotar o racional, mas sem deixar de lado o

emocional. Um caso a seguir, ilustra este relato.

Numa empresa de automóveis, os funcionários foram surpreendidos

com uma estranha história. Um cliente afirmava que quando ia de carro

comprar sorvete de creme, ao voltar para seu veículo, o automóvel não

pegava. Mas quando comprava sorvete de nozes o carro funcionava sem

problemas. Os empregados da empresa pensaram tratar-se de um trote e a

razão impediu que observassem o caso com atenção. O gerente reparou as

risadas e perguntou do que se tratava. Depois de explicada a queixa do cliente,

o gerente fez questão de dar crédito à história e mandou uma equipe

investigar.

Os engenheiros da empresa repetiram com o cliente o trajeto que ele

fazia para comprar sorvetes, e constataram que realmente era verdade. Após

alguns estudos, descobriram a causa: o sorvete de creme, por ser um sabor

muito pedido, era prontamente entregue ao cliente e seu preço era de cinco

reais, o que agilizava o pedido. Já o sorvete de nozes, cuja procura era menor,

gerava a necessidade do atendente ir até a pia lavar a colher. Além disso, o

sorvete custava seis reais e vinte centavos, o que atrasava o troco e

consequentemente o pedido. Foi calculada uma diferença de quatro minutos

entre um pedido e outro. Analisando o carro, descobriram uma falha na

ventoinha. Devido a este fato, quando se tratava do pedido do sorvete de

nozes a peça tinha tempo para esfriar e o carro pegava, o que não acontecia

no pedido do sorvete de creme.

A empresa realizou a troca da peça defeituosa em todos os modelos

vendidos. Graças a uma queixa aparentemente absurda, foi economizado

muito dinheiro.

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45 Mas tudo isso não teria acontecido sem a ótima percepção do gerente

de projetos. Ele conseguiu enxergar além da razão, e teve uma decisão sem

deixar de lado a emoção.

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46

CONCLUSÃO

Neste trabalho foi feito um estudo sobre as principais características de

um projeto.

No Capítulo I, foram mostrados os objetivos de um projeto, as suas

diferenças em relação às atividades contínuas, as características de um bom

Gestor de Projetos e as fases do Ciclo de Vida de um Projeto.

No Capítulo II, foi feita uma ligação entre as características do projeto e

as nove áreas de conhecimento propostas pelo PMBOK (PMI, 2004) para uma

eficiente Gerência de Projetos. Foram detalhados os processos de cada área,

para que ficasse clara a ligação entre eles. Este capítulo detalha a

organização, a execução, o controle e o encerramento de um projeto através

destas nove áreas, criando uma metodologia simples e eficiente na difícil arte

de gerir projetos.

Foram estudados no Capítulo III, casos curiosos de sucessos e

fracassos em projetos. Partindo do apoio das áreas do PMBOK, percebe-se

que existe uma grande relação entre os fracassos e uma má administração dos

projetos. Principalmente se a análise for em torno da área de Comunicação em

Projetos. Como foi visto, a Comunicação é uma das áreas que dão menos

importância no planejamento de um projeto, entretanto é por causa dela que

surgem os maiores problemas. Para exemplificar isto, têm-se os casos

mostrados no Capítulo III, como o desastre de avião e o exemplo do sorvete.

Nota-se que cada vez mais é necessário uma metodologia prática,

organizada e determinada para que projetos sejam iniciados, realizados e

finalizados com eficiência. Surgindo a importância de cursos e certificações

para a Gerência de Projetos, valorizando a especialidade em gerir, coordenar e

executar projetos. Pois conforme a FGV-Management (2007), empresas que

adotaram as técnicas de Gerenciamento de Projetos alcançaram grandes

benefícios.

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Bibliografia

� PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conjunto de

Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). Newtown

Square, 2004.

� FGV-MANAGEMENT _ BITTENCOURT, André; SOARES, Carlos;

FINOCCHIO, José; FIRMINO, Lincoln. Fundamentos do Gerenciamento de

Projetos. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2007.

� KEELING, Ralph. Gestão de Projetos – Uma Abordagem Global. São Paulo,

Editora Saraiva, 2002.

� TURNER, B. The Shorter MBA – A Practical approach to the key business

Skills. Londres, Harper Collins Publishers Ltd., 1997.

� PROJECT MANAGEMENT CONSULTING. Earned Value: Concepts

Displayed Graphically. Aew Services, January, 2002.

� GALVÃO, Mauro. Planejamento de Comunicações em Projetos. 2005.

� PMI-RIO. Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos. 2005.

� UERJ (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO). Curso de

Empreendedorismo. 2004.

� MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. Sexta

Edição, São Paulo, Editora Atlas, 2004.

� FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ. Curso de Gestão de Projetos. 2008.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O CONCEITO DE PROJETO E SEUS OBJETIVOS 10

1.1 – Conceito de Projeto 10

1.2 – Características em Conhecimento de Projetos 10

1.3 – Perfil do Gerente de Projetos 11

1.4 – Ciclo de Vida do Projeto 12

1.4.1 – As Fases do Ciclo de Vida do Projeto 12

CAPÍTULO II

AS NOVE ÁREAS DE CONHECIMENTO DA GESTÃO DE

PROJETOS 15

2.1 – Gerenciamento do Escopo 15

2.1.1 – Planejamento do Escopo 16

2.1.2 – Definição do Escopo 16

2.1.3 – Criação da EAP 16

2.1.4 – Verificação do Escopo 17

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49 2.1.5 – Controle do Escopo 17

2.2 – Gerenciamento do Tempo 18

2.2.1 – Definição das Atividades 19

2.2.2 – Seqüenciamento das Atividades 19

2.2.3 – Estimativa de Recursos das Atividades 19

2.2.4 – Estimativa de Duração das Atividades 20

2.2.5 – Desenvolvimento do Cronograma 20

2.2.6 – Controle do Cronograma 20

2.3 – Gerenciamento do Custo 20

2.3.1 – Estimativa de Custos 24

2.3.2 – Orçamentação 24

2.3.3 – Controle de Custos 25

2.4 – Gerenciamento da Qualidade 25

2.4.1 – Planejamento da Qualidade 26

2.4.2 – Realizar a Garantia da Qualidade 27

2.4.3 – Realizar o Controle da Qualidade 27

2.5 – Gerenciamento de Riscos 27

2.5.1 – Plano de Gerenciamento dos Riscos 28

2.5.2 – Identificar os Riscos 28

2.5.3 – Realizar a Análise Qualitativa de Riscos 29

2.5.4 – Realizar a Análise Quantitativa de Riscos 29

2.5.5 – Planejar as Respostas aos Riscos 29

2.5.6 – Monitorar e Controlar os Riscos 29

2.6 – Gerenciamento das Comunicações 30

2.6.1 – Planejamento das Comunicações 32

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50 2.6.2 – Distribuição das Informações 32

2.6.3 – Relatório de Desempenho 32

2.6.4 – Gerenciar as Partes Interessadas 33

2.7 – Gerenciamento de Recursos Humanos (RH) 33

2.7.1 – Planejamento de Recursos Humanos 34

2.7.2 – Contratar a Equipe do Projeto 34

2.7.3 – Desenvolver a Equipe do Projeto 34

2.7.4 – Gerenciar a Equipe do Projeto 35

2.8 – Gerenciamento de Aquisições 35

2.8.1 – Planejar Compras ou Aquisições 36

2.8.2 – Planejar Contratações 36

2.8.3 – Solicitar Propostas de Fornecedores 36

2.8.4 – Selecionar Fornecedores 36

2.8.5 – Administração de Contrato 37

2.8.6 – Encerramento de Contrato 37

2.9 – Gerenciamento de Integração 37

2.9.1 – Desenvolver o Termo de Abertura do Projeto 38

2.9.2 – Desenvolver o Escopo Preliminar do Projeto 38

2.9.3 – Desenvolver o Plano de Gerenciamento do Projeto 38

2.9.4 – Orientar e Gerenciar a Execução do Projeto 38

2.9.5 – Monitorar e Controlar o Trabalho do Projeto 39

2.9.6 – Controle Integrado de Mudanças 39

2.9.7 – Encerrar o Projeto 39

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51 CAPÍTULO III

CASOS FALHOS E DE SUCESSO DE GERÊNCIA DE

PROJETOS 40

3.1 – A Importância da Mudança e da Comunicação

na Gerência de Projetos 40

3.2 – Sem Troca de Informação, Não Há Soluções 41

3.3 – Analisar o Ambiente: Fator de Sucesso para um Projeto 42

3.4 – Utilizar a Razão sem Desprezar a Emoção 44

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 47

ÍNDICE 48

ÍNDICE DE FIGURAS 52

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ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1.1 – Ciclo de Vida de um Projeto 13

FIGURA 2.1 – Exemplo de uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto) 17

FIGURA 2.2 - Técnica do Valor Agregado analisada graficamente. 24

Fonte: Project Management Consulting

FIGURA 2.3 – Áreas mais consideradas no Planejamento de Projetos. 30

Fonte: Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de

Projetos, PMI-Rio, 2005.

FIGURA 2.4 - Obstáculos mais significativos na Gerência de Projetos. 31

Fonte: Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de

Projetos, PMI-Rio, 2005