introdução à economia constitucional prof. giÁcomo balbinotto neto ufrgs

98
Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

Upload: internet

Post on 16-Apr-2015

107 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

Introdução à Economia Constitucional

PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO

UFRGS

Page 2: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

2

Por que necessitamos de uma constituição?

James Madison, Federalist 51 (February 6, 1788)

If men were angels, no government would be necessary. If angels were to government men, neither external nor internal controls on government would be necessary. In framing a government which is to be administered by men over men, the great difficulty lies in this: You must first enable the government to control the governed; and in the next place, oblige it to control itself.

Page 3: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

3

A Escola da Public Choice (Escolha Pública)

A escolha pública é um ramo da teoria econômica em que os conceitos da economia de mercado (preços, restrições, maximização) são aplicados à política e aos serviços públicos.

Na escolha pública, um político é visto como mais um agente que tem como objetivo maximizar o seu bem-estar, e não como um servidor altruísta dos interesses do público em geral.

Page 4: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

4

A Escola da Public Choice (Escolha Pública)

A teoria da escolha pública pode ser definida como a aplicação da análise econômica a tomada de decisões políticas que incluem a teoria do Estado, regras de votação, comportamento do eleitor, partidos políticos e regulação.

Page 5: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

5

A Escola da Public Choice (Escolha Pública)

Segundo Medema & Mercuro (1997, p.84), a public choice constitui-se numa abordagem da Law & Economics que se concentra predominantemente sobre a criação e implementação das leis que correm principalmente através do processo político.

Page 6: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

6

A Escola da Public Choice (Escolha Pública)

A análise econômica é estendida a tomada de decições não mercado (nonmarket decisionmaking): teoria do estado, regras de votação, escohas burocráticas, regulação, corrupção, lobbies etc.

Assume o pressuposto do comportamento racional.

A motivação para as trocas politicas é busca de vantagens mútuas.

Page 7: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

7

A Escola da Public Choice (Escolha Pública)

Principais autores:

Duncan BlackJames BuchananGordon Tullock

[c. Medema & Mercuro (1997, cap.3)]

Page 8: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

8

A Escola da Public Choice (Escolha Pública)

- economia constitucional [James Buchanan & Gordon Tullock – George Mason University] – O Cálculo do Consenso

Page 9: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

9

Bibliografia Recomendada

Page 10: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

10

Economia Constitucional

Page 11: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

11

Bibliografia Recomendada

Page 12: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

12

O Objeto da Economia Constitucional

A economia constitucional está preocupada fundamentalmente com a estrutura para um processo social, na qual a estrutura e as inter-relações entre as instituições políticas e econômicas, na qual todas são estruturadas para permitir que as pessoas, indivídual ou coletivamente, persigam os fins desejados.

A economia constitucional é assim, uma teria das regras pelas quais o processo econômico permitirá a cooperação entre os indivíduos.

Richard Mckenzie (1985, p.1)

Page 13: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

13

O Objeto da Economia Constitucional

A Constituição provê um sistema definido de direitos de propriedade que permite a uma economia de mercado se desenvolver: Checks and balances Cumprimeito dos contratos (Enforcement of

contracts) Regulação do comércio interestadual; Cumprimeito devido ao processo legal; Poder de cobrar impostos por leis aprovadas pelo

congresso; O poder de cunhar moeda.

Page 14: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

14

Definição de Constiuição

Uma constituição é um contrato social que fixa ou estabelece regras que irão governar o modo como a sociedade toma decisões coletivas.

Page 15: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

15

O Que é Economia Constitucional?

A economia constitucional, como uma sub-disciplina científica é caracterizada por um tipo particular de orientação na análise social.

Enquanto a análise econômica procura explicar as escolhas dos agentes econômicos, suas interações uns com os outros e os resultados destas interações, dentro de uma estrutura legal-institucional-constitucional, a economia constitucional busca explicar as propriedades de alternativos conjuntos de regras constitucionais que restringem a escolha e as atividades econômicas e políticas dos agentes econômicos.

Page 16: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

16

O Que é Economia Constitucional?

A ênfase da economia constitucional é sobre as regras que definem a estrutura dentro das quais as escolhas comuns dos agentes econômicos e políticos são tomadas.

A economia constitucional envolve a escolha de regras ao contrário da escolha dentro das regras.

Page 17: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

17

Definição de Economia Constitucional

A Economia Constitucional pode ser definida como sendo a aplicação da análise econômica a seleção de regras eficientes e de instituições.

Page 18: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

18

Definição de Economia Constitucional

As escolhas constitucionais são escolhas entre regras alternativas (restrições); escolhas sub-constitucionais são escolhas entre estratégias alternativas disponíveis dentro das regras (restrições).

As preferências sub-constitucionais refletem os dilemas (trade-offs) entre cursos alternativos de ação.

[cf. Buchanan (1991, p. 61)]

Page 19: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

19

Definição de Economia Constitucional

Economia constitucional é um programa de pesquisas que analisa as propriedades das regras e instituições dentro das quais os indivíduos interagem e o processo dentro do qual estas regras e instituições são escolhidas.

A ênfase na escolha das restrições distingue este programa de pesquisas da economia convencional, destacando a interação cooperativa ao invés de conflitiva.

Ela está baseada no individualismo metodológico e na escolha racional que podem ser identificados como o núcleo duro deste programa de pesquisa.

[cf. Buchanan (1990)]

Page 20: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

20

Definição de Economia Constitucional

A principal questão da economia constitucional é como formar um uma constituição que seja mutuamente aceitável para um arranjo social entre uma comunidade de pessoas.

[cf. Buchanan (1990, p.3)]

Page 21: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

21

Definição de Economia Constitucional e a Escolha

Racional

Segundo Buchanan (1990), é assumido que os indivíduos são capazes de escolher entre alternativas de um modo ordenado. No que se refere a economia constitucional a capacidade de escolha racional é estendida para incluir a escolha entre restrições, tanto individuais como coletivas, dentro da qual escolhas subseqüentes irão ser feitas.

Page 22: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

22

O Individualismo Metodológico da Economia Constitucional?

Constitutional economics is informed by an explicit methodological individualism (Buchanan, 1990, p. 13). Only individuals choose and act. Whatever phenomena at the social aggregate level we seek to explain, we ought to show how they result from the actions and interactions of individual human beings who, separately and jointly, pursue their interests as they see them, based on their own understanding of the world around them (Vanberg, 1994, p. 1).

Page 23: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

23

Definição de Economia Constitucional

e o Individualismo Metodológico

O ponto central da análise econômica é o indivíduo. Visto que é ele que faz as escolha e quem toma as decisões.

[cf. Buchanan (1990] p.13)]

Page 24: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

24

Escolha Social

Diferentes estados econômicos serão escolhidos por diferentes indivíduos.

Como as preferências individuais podem ser agregadas com relação a todos os possíveis estados sociais?

Page 25: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

25

Agregando Preferências

x, y, z denotam diferentes estados econômicos;

3 agentes: Bill, Bertha e Bob.

O uso da maioria simples é uma solução?

Page 26: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

26

Agregando Preferências

Bill Bertha Bob

x y z

y z x

z x y

Mais preferido

Menos preferido

Page 27: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

27

Agregando Preferências

Bill Bertha Bob

x y z

y z x

z x y

Regra da maioria

x vence y

y vence z

z vence

Page 28: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

28

Por que necessitamos de uma constituição?

Não é possível, como demonstrou Kennet Arrow (1951), deduzir uma função de bem-estar social a partir das preferências dos indivíduos.

.

Page 29: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

29

Por que necessitamos de uma constituição?

Se como explicou Antony Downs (1958) , a ignorância política é um comportamento racional para a maioria dos eleitores e se, como acabamos de ver, as votações por maioria simples tendem a produzir maiorias cíclicas e resultados mais ou menos arbitrários, então, coloca-se a importante questão de saber como será possível proteger, em democracia, os interesses da minorias e direitos e liberdades dos indivíduos numa sociedade aberta e liberal.

Page 30: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

30

Por que necessitamos de uma constituição?

A tentativa de responder a este problema constitui o principal objetivo da área de investigação no âmbito da teoria da escolha pública, conhecida como teoria econômica das constituições.

Page 31: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

31

Precursores

Adam Smith (1776) [cf. Buchanan (1987, p.587)]

Federalist Papers [Hamilton, Jay, Madison]

Charles Beard (1913); An Economic Interpretation of the Constitution of the United States

Freiburg School ou Ordo-Liberalism

Page 32: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

32

Precursores

Wickell (1889) destacou que o significado das regras dentro da qual as escolhas são feitas pelos agentes políticos e reconheceu que os esforços de uma reforma devem ser dirigidos em direção a uma mudança nas regras para tomadas de decisões ao invés de modificar os resultados esperados através da influência sobre o comportamento dos atores.

Page 33: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

33

Precursores

Wicksell (1889) propôs que uma regra de julgamento através da qual as mudanças nas regras pudessem ser julgadas. Ele introduziu o teste da unanimidade ou do consenso.

Este seria o ponto de partida para a avaliação das atividades governamentais.

Page 34: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

34

A economia constitucional tem seu domínio na determinação das próprias regras, sendo seu objetivo fundamental estabelecer as instituições sob as quais os participantes das escolhas públicas atuam (Buchanan, 1998).

O Objetivo da Economia Constitucional

Page 35: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

35

O Objetivo da Economia Constitucional

A constituição, numa perspectiva contratualista, deve estabelecer limites à ação do Estado e ao poder das maiorias, que a cada momento controlam o Governo.

Page 36: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

36

O Objetivo da Economia Constitucional:O véu da ignorância e o design

constitucional

A imparcialidade que se atribui como desejável à decisão de regras constitucionais no jogo de políticas está relacionada à incerteza decorrente do véu rawlsiano [Rawls (1971) e Buchanan e Tullock (1962)]. Assim, na deliberação constitucional – empreendida antes de o jogo começar – a incerteza quanto à situação em que se encontrará um determinado indivíduo, após uma seqüência de jogadas, fará com que sua racionalidade o leva e preferir regras constitucionais que sejam mais equânimes ou justas (fair).

[cf. Monteiro (2004,p. 59)]

Page 37: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

37

James Buchanan

for his development of the contractual and constitutional bases for the theory of economic and political decision-making.

Page 38: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

38

James Buchanan

Economia Constitucional

Nós necessitamos de um governo para estabelecer e fazer cumprir as regras dos direitos de propriedade e fazer com que se cumpram contratos.

Há também a necessidade de regras constitucionais que retrinjam o Estado.

Page 39: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

39

A Contribuição de James Buchanan

Buchanan's contribution is that he has transferred the concept of gain derived from mutual exchange between individuals to the realm of political decision-making.

The political process thus becomes a means of cooperation aimed at achieving reciprocal advantages. But the result of this process depends on "rules of the game", i.e., the constitution in a broad sense. This in turn emhasizes the vital importance of the formulation of constitutional rules and the possibility of constitutional reforms. According to Buchanan, it is often futile to advise politicians or influence the outcome of specfic issues. In a given system of rules, the outcome is to a large extent detemined by etablished political constellations.

Page 40: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

40

A Contribuição de James Buchanan

Once constitutional rules are adopted, the outcome on concrete issues is often given by the internal dynamics of the political system. Thus the design of constitutional rules and the possibility of constitutional reforms take on great importance. Attempts to advise paliticians or affect the outcome of specific issues are often futile; for any given rule system, the outcome is determined largely by prevailing political constellations

Page 41: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

41

A Contribuição de James Buchanan

Buchanan has extended the parallels between economic and political decision-making even further. Market behavior is based primarily on voluntary agreements and the exchange of goods and services which give rise to mutual advantages for the agents in market transactions. A prerequisite of the market system, however, is the establishment of a legal system that protects ownership rights and the realization of contractual agrements. The political system may also be regarded as a sytem based on voluntary agreements.

Page 42: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

42

A Contribuição de James Buchanan

In this perspective the political process becomes primarily a way of cooperating to achieve mutual advantages - and not a means for redistributing resources among individuals. Owing to the high costs of arriving at decisions, however, the unanimity principle is difficult to apply in practice. The costs of making decisions based on a high degree of mutual agreement have to be weighed against the costs an individual faces when a majority decision goes against him. It thus becomes imperative to distinguish between fundamental decisions concerning the rules which govern future decisions on all kinds of issues and the decisions themselves.

Page 43: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

43

A Contribuição de James Buchanan

Once constitutional rules are adopted, the outcome on concrete issues is often given by the internal dynamics of the political system. Thus the design of constitutional rules and the possibility of constitutional reforms take on great importance. Attempts to advise paliticians or affect the outcome of specific issues are often futile; for any given rule system, the outcome is determined largely by prevailing political constellations

Page 44: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

44

O Diagrama Central do Cálculo do Concenso

Custos

% acordo

Custos

Custos de externalidade

Custos da tomada de decisão

Regra de votação

0

Page 45: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

45

Ordem Constitucional

Uma constituição numa economia de mercado pode ser entendida como um conjunto de regras que limitem os custos resultantes do processo político para os indivíduos, protegendo-os dos problemas associados às votações da maioria, ou em outras palavras dos custos potenciais impostos pelo processo político.

Page 46: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

46

Ordem Constitucional

As regras de maioria para decisões estratégicas e permite que mais decisões sejam alcançadas mais rapidamente.

Contudo, elas tem seus próprios riscos, pos como demonstrou Arrow, decisões baseadas na maioria pode não refletir de modo acurado as preferências sociais.

Page 47: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

47

Ordem Constitucional

Como indivíduos racionais podem estabelecer um contrato social que estabeleça regras de decisão que maximize o bem-estar social e ao mesmo tempo proteja os próprios indivíduos deles mesmos de uma redistribuição perversa através de ações coercitivas de um governo?

Page 48: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

48

O Impacto Econômico das Constituições

O estudo do impacto econômico das constituições faz parte do que atualmente chamamos Economia Constitucional, um campo de estudo que surgiu no início dos anos 1960 com o trabalho seminal de James Buchanan e Gordon Tullock, o Cálculo do Consenso.

Page 49: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

49

Comportamento Racional

Contemporary economists belive that economics is not defined by its subject matter but by its method. Economists try to understand and explain the world by assuming that phenomena they observe are the outcomes of people’s purposeful decisions. Individuals try to acheive their objectives, given their limitations – limited time, money, and energy – that is to say, the optimaze. The interactions of individuals will determine aggregate social outcomes – that is, markert equilibrium.

Ierulli, Glaeser & Tommasi (1995, p.1)

Page 50: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

50

Decisões Constitucionais

As decisões constitucionais implicam na tomada de decisão do mais alto nível, pois definem as “regras do jogo” que por sua vez irão estabelecer a estrutura de governança sob as quais irão ser tomadas decisões políticas, econômicas e sociais no futuro, mas principalmente sobre a alocação de recursos que em última instância irá determinar a “performance” da economia no longo prazo.

Page 51: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

51

O Impacto Econômico das Constituições

Para os economistas ligados a teoria dos direitos de propriedade como Douglass North (Prêmio Nobel de Economia), temos que as constituições têm, também, um papel econômico fundamental com relação ao desempenho econômico porque elas definem e dão forma aos direitos de propriedade, reduzindo os custos de transação e definindo as “regras do jogo” dentro da qual os indivíduos tomam suas decisões referentes ao investimento, consumo e poupança, que por sua vez promovem uma maior eficiência do sistema econômico.

Page 52: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

52

Douglas North (1992) defende, por exemplo, que “no mundo ocidental, a evolução dos tribunais, dos sistemas legais e de um sistema judicial relativamente imparcial tem desempenhado um papel preponderante no desenvolvimento de um complexo sistema de contratos capazes de se estenderem no tempo e no espaço, um requisito essencial para a especialização econômica”.

(Douglas North, Transaction Costs, Institutions and Economic Performance, Economic Center for Economic Growth, 1992)

A Nova Economia Institucional e a Contribuição de Douglass North

Page 53: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

53

Custos de Transação e Instituições

Douglass North (1986, 1989, 1994)

As instituições [direitos de propriedade, poder judiciário, federalismo, etc] evoluem e se modificam para reduzir custos de transação, são a chave para explicar o desempenho de uma economia.

Contudo, nem todas as instituições que emergem são eficientes.

Page 54: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

54

Por que alguns países são ricos e outros pobres?

Douglass North (1990):

The inability of societies to develop effective, low-cost enforcement of contracts is the most important source of both historical stagnation and contemporary underdevelopment in the third world.

Page 55: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

55

A Importância das Instituições Políticas e Legais

Far more important in determining the wealth of the the citizenary are the fundamental political and legal institutions of a nation. Institutions such as political stability, secure private property rigths, and legal system based on the rule of law create the incentives that encourage people to make long-lived investments in improving land and in all forms of physical and human capital. These investments raise capital stock, which in turn provides for more growth ovr time eventually yield much higher standards of living: They make us rich. Thus incentives, comprising both costs and beneficts, turn out to be na integral component of the foundations of economic analysis, as well as the foundation of society.

Miller, Benjamin e North (2005, p. 3)

Page 56: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

56

Economia Constitucional,Reformas Institucionais

Resultados Econômicos

Mercados

Regras Constitucionais

Resultados Políticos

Preferências Políticas

Decisões Políticas

Page 57: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

57

O Impacto Econômico das Constituições

Page 58: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

58

O Impacto Econômico das Constituições

O sucesso econômico das nações ou o seu desempenho econômico no longo prazo pode ser separado do seu sucesso político em termos de estabelecer adequadas regras constitucionais?

Ou em outras palavras, as regras constitucionais têm importância econômica?

Page 59: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

59

O Impacto Econômico das Constituições

Os economistas legais, como Richard Epstein, da Universidade de Chicago, buscaram enfatizar que as restrições constitucionais, na medida em que controlam as ações arbitrárias do Estado, antecipadamente. Isto aumenta o valor privado da riqueza e da renda o que tende a estimular e criar um ambiente no qual os indivíduos possam ter segurança quanto aos retornos do seu investimento.

Page 60: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

60

O Impacto Econômico das Constituições

Em outras palavras, na medida em que as constituições garantam os direitos fundamentais dos indivíduos, elas terão efeitos sobre o desempenho dos países, e nos ajudaram a explicar porque alguns países são ricos ou se tornarão prósperos enquanto outros são ou permanecerão pobres.

Page 61: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

61

O Impacto Econômico das Constituições

Os economistas relacionados a escola de Virgínia (como James Buchanan e Gordon Tullock) salientam que a constituição afeta o desempenho econômico, pois ela limita as atividades de rent-seeking (caça de rendas) relacionadas a intervenção do governo na economia, seja esta em termos fiscais (gastos e impostos) ou através do processo regulatório, que levariam a uma queda da atividade econômica.

Page 62: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

62

A Reforma Constitucional de uma Sociedade de Rent-Seeking

As várias propostas discutidas na literatura recente, elas tem se centrado em proporcionar uma estrutura legal que busque restringir a capacidade do governo de tomar emprestado, de endividar-se, de cobrar impostos e de mecanismos que dificultem a criação de rendas por parte dos políticos através de esquemas supra-majoritários de votação, de confirmação (aprovação em duas câmaras legislativas); refereduns; e em alguns sistemas federalistas, a aprovação por uma parte dos Estados bem como do Senado.

Page 63: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

63

O Impacto Econômico das Constituições

Por fim, para John Elster, professor da Universidade de Chigago, as constituições tem importância para o desempenho econômico de uma nação na medida em que elas possam promover a estabilidade econômica, a responsabilidade sobre as decisões tomadas e tornar as medidas críveis.

Page 64: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

64

O Impacto Econômico das Constituições

No que se refere a responsabilidade, as constituições devem assegurar que os políticos sejam responsáveis pelas ações que tomam e que exista um mecanismo de votação pelo qual eles posam ser excluídos caso não cumpram com suas promessas e com os preceitos constitucionais. Isto também deve ser aplicado ao poder executivo, a fim de que as suas ações sejam críveis.

Page 65: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

65

O Impacto Econômico das Constituições

A responsabilidade constitucional assegura que sejam atingidos tanto os objetivos de eficiência econômica como de seguridade que permitem que sejam obtidos resultados que se refletem num aumento da taxa de crescimento econômico e do nível de renda.

Page 66: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

66

O Impacto Econômico das Constituições

Outro requisito é que a constituição proveja estabilidade das instituições, de modo que os direitos básicos não estejam sujeitos a mudanças de maioria eventuais ou de troca de favores e votos.

Isto tende a desencorajar a busca de rendas (rent-seeking).

Page 67: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

67

O Impacto Econômico das Constituições

Buchanan e Tullock (1962) enfatizaram que a incerteza que fazem face os indivíduos quando tomam parte de uma deliberação constitucional, faz com que a existência de um “véu de ignorância” os induza, num processo constitucional, a preferir regras que não levem ao favorecimento de nenhum conjunto particular de cidadãos.

[cf. também Rawls (1971)]

Page 68: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

68

O Impacto Econômico das Constituições

A constituição também deve assegurar a previsibilidade das mudanças a fim de que ela encoraje o planejamento de longo prazo dos indivíduos e impeça a ocorrência de uma legislação retroativa e de uma expropriação.

Page 69: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

69

O Impacto Econômico das Constituições

Outro aspecto que a constituição deve dar conta é com respeito a inconsistência dinâmica de modo a tornar críveis as ações de governo, bem como do uso de expedientes, tal como o bi-cameralismo que reduz a tomada de decisões intempestivas por parte do executivo de dos legisladores.

Page 70: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

70

O Impacto Econômico das Constituições

Recentemente Gwartney, Lawson e Block, examinando dados para 102 países encontraram existir um elevado grau de correlação entre liberdade econômica e nível de renda, bem como de sua taxa de crescimento.

Suas evidências permitiram inferir que aqueles países que alcançaram elevados níveis de crescimento econômico foram aqueles que optaram por estruturas constitucionais que privilegiaram a liberdade econômica.

Page 71: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

71

Elster, Jon (1995) The Impact of Constitutions on Economic Performance

Elster (1995) argumenta que as constituições afetam o desempenho econômico na medida em que elas promovem a estabilidade política, a credibilidade e a transparência das decisões.

Ele examina os efeitos das constituições tanto sobre a eficiência econômica (maximização da riqueza total ou utilidade) como a segurança econômica (garantindo o bem estar dos membros da sociedade).

Page 72: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

72

Elster, Jon (1995) The Impact of Constitutions on Economic Performance

Elster destaca que as constituições podem servir como um mecanismo de pré-comprometimentos que permite ao governo não adotar ações oportunistas.

Tais ações de pré-comprometimento requerem que os indivíduos possuam direitos políticos, um sistema político caracterizado pela separação dos poderes e transparência democrática, e uma constituição que torne mais difícil a mudança constitucional do que as leis ordinárias.

Page 73: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

73

As Conseqüências Econômicas da Constituição

Regras Constitucionais

Estrutura de Representativida

de

Resultados de Políticas

Constitucionais

Page 74: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

74

As Conseqüências Econômicas da Constituição

Page 75: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

75

O que é Liberdade Econômica?

Escolhas pessoais;

Trocas voluntárias;

Proteção as pessoas e a propriedade;

Liberdade de entrar e competir nos mercados;

Page 76: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

76

O Que é Liberdade Econômica?

Individuals have economic freedom when property they acquire without the use of force, fraud, or theft is protected from physical invasions by others and they are free to use, exchange, or give their property as long as their actions do not violate the identical rights of others. An index of economic freedom should measure the extent to which rightly acquired property is protected and individuals are engaged in voluntary transactions.

James Gwartney et al. 1996

Page 77: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

77

Aumento da Liberdade Econômica

5,75,2 5,1 5,2 5,5

5,96,3 6,4 6,4 6,4

0

2

4

6

8

10

Eco

nom

ic F

reed

om S

core

1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003

Source: The Fraser Source: The Fraser Institute.Institute.

Page 78: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

78

Liberdade Econômica e Renda Per Capita

$0

$5.000

$10.000

$15.000

$20.000

$25.000

$30.000

GD

P P

er C

apit

a (p

pp

), 2

003

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Menos Livre …………… Mais LivreMenos Livre …………… Mais LivreSources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators CD-ROM, 2005.Indicators CD-ROM, 2005.

Page 79: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

79

Liberdade Econômica e Crescimento Econômico

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

GD

P P

er

Ca

pit

a %

Gro

wth

,

19

94

-20

03

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators CD-ROM, 2005.CD-ROM, 2005.

Menos Livre …….……… Mais LivreMenos Livre …….……… Mais Livre

Page 80: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

80

Liberdade Econômica e Mortalidade Infantil

0

20

40

60

80

100

Per

1,0

00 li

ve b

irth

s, 2

003

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

TopQuintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators CD-ROM, CD-ROM, 2005.2005.

Menos Livre …….………… Mais LivreMenos Livre …….………… Mais Livre

Page 81: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

81

Liberdade Econômica e Investimento

$0

$1.000

$2.000

$3.000

$4.000

$5.000

Gro

ss

Inv

es

tme

nt

pe

r C

ap

ita

(c

on

sta

nt

20

00

US

$),

20

03

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators CD-ROM, 2005.CD-ROM, 2005.

Menos Livre …..…………… Mais LivreMenos Livre …..…………… Mais Livre

Page 82: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

82

Mortalidade Adulta e Liberdade Econômica(2000)

0

100

200

300

400

500

Mo

rtal

ity r

ate,

ad

ult

(per

1,

000

adu

lts)

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

TopQuintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators CD-CD-ROM, 2005.ROM, 2005.

Menos Livre ……..………… Mais LivreMenos Livre ……..………… Mais Livre

Page 83: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

83

Liberdade Econômica e Desemprego

0,0

3,0

6,0

9,0

12,0

15,0

To

tal U

ne

mp

loy

me

nt

(% o

f to

tal

lab

or

forc

e),

20

00

-20

02

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators CD-ROM, 2005.Indicators CD-ROM, 2005.

Menos Livre ……..………… Mais LivreMenos Livre ……..………… Mais Livre

Page 84: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

84

0

5

10

15

20

25

Perc

en

tag

e o

f ch

ild

ren

10-1

4 w

ho

are

in

th

e

lab

ou

r fo

rce

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

TopQuintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators Sources: The Fraser Institute; The World Bank, World Development Indicators

CD-ROM, 2005.CD-ROM, 2005.

Menos Livre …….………….… Mais LivreMenos Livre …….………….… Mais Livre

Liberdade Econômica e Trabalho Infantil

Page 85: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

85

Liberdade Econômica e Conflitos

0,0

3,0

6,0

9,0

12,0

Nu

mb

er o

f C

onfl

icts

,

199

2-20

01

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Sources: The Fraser Institute.Sources: The Fraser Institute.

Menos Livre …..…………… Mais LivreMenos Livre …..…………… Mais Livre

Page 86: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

86

Liberdade Econômica e Pobreza (Human Poverty Index, 2002)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Hu

man

Po

vert

y I

nd

ex

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Sources: The Fraser Institute; United Nations Development Programmme, Human Development Indicators 2004, available at http://hdr.undp.org/statistics/data/index_indicators.cfm (accessed on July 5, 2005).

Menos Livre …..………..…… Mais LivreMenos Livre …..………..…… Mais Livre

Page 87: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

87

Liberdade Econômica vs. Corrupção10 = alta corrupção e 0 = altamente limpo (highly

clean)

0

2

4

6

8

10

Co

rru

pti

on

Ra

tin

g

(ou

t o

f 1

0)

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

Top Quintile

Sources: The Fraser Institute; Transparency International, Corruption Perceptions Index Sources: The Fraser Institute; Transparency International, Corruption Perceptions Index 2004, 2004, available at http://www.transparency.org/cpi/2004/cpi2004.en.html#cpi2004 (accessed on available at http://www.transparency.org/cpi/2004/cpi2004.en.html#cpi2004 (accessed on

July 5, 2005).July 5, 2005).

Menos Livre …..………....…… Mais LivreMenos Livre …..………....…… Mais Livre

Page 88: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

88

Estabilidade Política e Liberdade Econômica -2.5 =baixa estabilidade política e 2.5 =alta

estabilidade política

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

Po

liti

cal

Sta

bil

ity,

2004

BottomQuintile

FourthQuintile

ThirdQuintile

SecondQuintile

TopQuintile

Sources: The Fraser Institute; The World Bank Group, Governance & Anti-Corruption, available at http://info.worldbank.org/governance/kkz2004/tables.asp

(accessed on July 5, 2005).

Menos Livre …..………..…… Mais LivreMenos Livre …..………..…… Mais Livre

Page 89: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

89

Liberdade Econômica, Direitos Políticos e Liberdades

Cívis

3,7

2,6

1,61,8

4,3

3,6

2,8

2,11,8

4,6

01122334455

Bottom Fourth Third Second Top

Political Rights IndexCivil Liberties Index

EFW Quintiles, 2002

Note: Political Rights and Civil Liberties are measured on 1-7 scale: 1 is highest degree of freedom; 7 lowest. Source: Freedom House

Page 90: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

90

Liberdade Econômica e Investimento por trabalhador, 1980-

2000

$845

$3.319

$10.871

$68$444

$3.117

$0

$2.000

$4.000

$6.000

$8.000

$10.000

$12.000

EFW < 5 5 < EFW < 7 EFW > 7

Investment perworker, 1980-2000(US$)

Foreign directinvestment perworker, 1980-2000(US$)

Page 91: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

91

O Impacto Econômico das Constituições

A principal mensagem do seu trabalho foi que a liberdade econômica está estritamente relacionada com o crescimento e a prosperidade econômica.

Estas evidências, então nos levam a ver quais os tipo de cláusulas constitucionais podem levar a uma maior liberdade econômica e, portanto produzir uma maior prosperidade no futuro.

Page 92: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

92

O Impacto Econômico das Constituições

Assim, isto nos mostra que a forma pela quais as sociedades se organizam tem uma importância fundamental para o seu desempenho.

Constituições que garantam a liberdade econômica e política, que assegurem a interferência mínima por parte do governo, seja esta através da regulamentação ou da produção direta, que proteja os direitos de propriedade permitirá que gerações correntes e futuras desfrute de maior crescimento e prosperidade.

Page 93: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

Evidências Empíricas

Page 94: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

94

North & Weingast (1989)

North e Weingast (1995) demostraram como a Revolução Gloriosa de 1688 levou a criação de instituições criveis sobre a segurança dos direitos de propriedade, protegendo a riqueza e eliminando o confisco, o qual resultou num estímulo ao crescimento econômico subsequente na Inglaterra.

Page 95: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

95

Richard Scully (1992)

Scully (1992) encontrou evidências de que, para uma amostra de 115 países, no período 1960-1980, de que economias politicamente abertas que possuíam um estado democrático de direito (rule of law), mostraram maior crescimento econômico no período.

Page 96: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

96

De Long & Shleifer (1993)

De Long & Shleifer (1993) mostraram como a ausência de um absolustismo arbitrário foi muito importante em estimular o crescimento econômico na Europa medieval.

De um modo geral, eles encontraram evidências de que quanto mais absolutista era o estado feudal, menor era o crescimento econômico.

Page 97: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

97

Montenegro (1995)Montenegro (1995) foi um dos primeiro trabalhos a relacionar os aspectos constitucionais ao crescimento econômico.

Ele encontrou evidências de que, para uma amostra de 38 países, no final dos anos 1980 as constituições com um número excessivo de artigos, de modo a torná-las excessivamente complicadas, poderiam reduzir a taxa de crescimento econômico.

Ainda segundo ele, longas constituições estariam associadas a baixos níveis de crescimento per capita.

Page 98: Introdução à Economia Constitucional PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS

Economia Constitucional e Desempenho Econômico

PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO

UFRGS/PPGE