revista rock post - nirvana - ed. 30

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Revista Rock Post - ANO 03 - Nº 30 - Distribuição Gratuita - CNPJ 12.859.676/0001-14 BIOGRAFIA *GUITARRAS & AFINS * NOTÍCIAS * CURIOSIDADES (Kurt) E mais... Biografia Edição Online Entrevistas Moretools e South Cry na Coluna The Rocker Entrevista The Agonist The Byrds Celebration no Brasil BONUS TRACK: Mother Zombie, Confiteor, Cruscifire, Ignition Code, Desecrated Sphere, Deicide, Sized, Morfolk, Dynahead, Prellude, Helllight, Lycanthropy * RELEASES Hawthorn e Granell * DESTAQUE Mother Zombie

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Rock Post Nirvana, junho-2011, 30º edição

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Page 1: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

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0001

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BIOGRAFIA *GUITARRAS & AFINS * NOTÍCIAS * CURIOSIDADES (Kurt)

E mais...

Biografia

Edição Online

Entrevistas Moretools e South Cry na Coluna The Rocker

Entrevista The Agonist

The Byrds Celebration no Brasil

BONUS TRACK: Mother Zombie, Confiteor, Cruscifire, Ignition Code, Desecrated Sphere, Deicide, Sized, Morfolk, Dynahead, Prellude, Helllight, Lycanthropy

* RELEASES Hawthorn e Granell

* DESTAQUE Mother Zombie

Page 2: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

Editorial Olá Leitor (a), Completando 17 anos da morte do idolo Kurt Cobain, fizemos uma edição especial narrando a banda Nirvana, com toda a trajetória para o sucesso culminando com a morte de Cobain. Mesmo após anos o Nirvana ainda faz a cabeça de muitos jovens e transformaram o Grunge em um estilo adotado por muitos. Além desta super biografia, trouxemos a en-trevista com o The Agonist, feita por Costábile Salzano Jr, e mais South Cry e Moretools na Coluna The Rocker. Confira o restante da re-vista que também está imperdível, com direito a fotos do show do The Byrds e tudo mais.

Fernanda Duarte Editora-Chefe

Fotos da Capa: Internet / Divulgação Bandas

Edição Nº 30 / Ano 03 / Junho 20110

Equipe Rock Post

(Colaboraram nesta edição)

Fernanda Duarte (Redação e Edição)

Douglas Santos (Artes)

Costábile Salzano Jr. (Colaborador)

Anselmo Piraino (Colaborador)

João Messias/The Rocker (Colaborador)

Roberto Dziura Jr (Colaborador)

Redação Rock Post Endereço de Correspondência: Rua Alberto Bidutti, 507 - Park Imperador Matão /SP - CEP 15991-274 Redação: [email protected] Edição: [email protected] Comercial: [email protected] Site: www.rockpost.com.br

24 - SHOWS: The Byrds Celebration

Seja um colaborador Rock Post

Contato: [email protected]

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Redação Rock Post Endereço de Correspondência: Rua Alberto Bidutti, 507 - Park Imperador Matão /SP - CEP 15991-274 Redação: [email protected] Edição: [email protected] Comercial: [email protected] Site: www.rockpost.com.br

Índice 2 - NOTÍCIAS

12 - curiosidades: Frases de Kurt Cobain

14 – THE ROCKER

entrevista moretools e

south cry

4 - BIOGRAFIA: Nirvana

20 - entrevista: The Agonist

24 - SHOWS: The Byrds Celebration

26 - GUITARRAS E AFINS: Iniciando no Blues

28 - Destaque: Mother Zombie

30 - bonus track: Mother Zombie, Confite-

or, Cruscifire, Ignition Code, Desecrated

Sphere, Deicide, Sized, Morfolk, Dynahead,

Prellude, Helllight, Lycanthropy

34 - releases: Hawtorn e granell

Page 4: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

NOTICIAS

2 Rock Post - Junho 2011

Megadeth: gravações do novo álbum são retomadas

Queen: Paul Roddgers não descarta nova turnê

O MEGADETH retomou as gravações

de seu novo álbum, no estúdio de

Dave Mustaine, Vic’s Garage, em

San Marcos California. As grava-

ções haviam sido interrompidas

quando o produtor Johnny K ficou

subitamente doente. De acordo

com Mustaine, no dia 29 de maio a

banda trabalhou os arranjos da 12º

e última música que aparecerá no

álbum, com os overdubs marcados

para começar semana que vem.

O site Contactmusic apurou que Paul Rodgers pode se reunir com Brian May e Roger Taylor para uma nova turnê. O vocalista não negou a possibilidade. “Pode ser. Deixamos a parceria de lado, pois queríamos caminhos diferentes. Fizemos duas turnês mundiais e depois do álbum (Cosmo Rocks) senti que não havia muito mais o que fazer. Mas me diverti com eles, então vamos ver, a possibilidade existe”.

O Chickenfoot retornou ao estúdio para finalizar o

trabalho em seu segundo álbum, provisoriamente

chamado de Chickenfoot IV. A previsão é que o disco

seja lançado no fim do ano. De acordo com o gui-

tarrista Joe Satriani, o novo play “é mais pesado e

melhor que o primeiro. Mal posso esperar para que

ele saia”.

Satriani promete álbum melhor

e mais pesado do Chickenfoot

Page 5: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

Junho 2011 - Rock Post 3

NEVERMORE: banda anuncia saídas de Jeff Loomis e Van Williams

A dupla composta por Jeff Loomis e Van Williams,

respectivamente guitarrista e baterista da banda

NEVERMORE, anunciou recentemente o seu des-

ligamento oficial do grupo.

Os músicos soltaram uma nota oficial para a im-

prensa mundial, relatando os principais aspectos

que os levaram a deixar o NEVERMORE, após o

cancelamento da turnê que o conjunto realizaria

ao lado do Symphony X:

Loomis e Williams tinham estado com a banda

desde o primeiro álbum auto-intitulado, lançado

em 1995. “Em uma decisão mútua, Jeff Loomis

HELLLIGHT: Banda tocará com Danzig em São Paulo

Imagens: Divulgação Bandas /Internet

Fonte: www.rockonstage.org

Fonte: Assessoria de Imprensa

Uma grande notícia para os fãs de música de qualidade,

especialmente os fãs de Doom Metal. A banda Danzig capi-

taneada pela lenda Glenn Danzig (Misfits, Samhain) irá se

apresentar no Brasil no mês de Julho.

O show acontecerá no dia 16 de julho. Para a abertura foi

confirmada a banda de Funeral Doom HELLLIGHT, que está

divulgando seu mais recente álbum ‘...and then the light

of consciouness became hell...’ lançado na Europa pelo

selo russo Solitude Prods.

“Nunca escondemos que o Danzig é uma grande influên-

cia para a banda e poder dividir o palco com essa lenda

é simplesmente fantástico!” comemora Fabio De Paula,

vocalista e guitarrista da HELLLIGHT.

Em breve mais informações do evento.

e Van Williams decidiram deixar o NEVERMORE. Chegou a hora de prosseguir o nosso próprio

caminho fora do grupo. Devido a conflitos internos e problemas em andamento no seio da ban-

da, sentimos que era a nossa hora de seguir em frente. Gostaríamos de agradecer a todos os

nossos fãs pelos anos de amor, apoio e entusiasmo. Esta não foi uma decisão fácil, mas muito

necessária neste momento, para que possamos nos encontrar novamente algum dia, em algum

lugar no tempo.””

O último álbum da banda contando com Jeff Loomis e Van Williams foi “The Obsidian Conspira-

cy”, lançado para o mercado brasileiro através da Shinigami Records, em maio de 2010.

“The Obsidian Conspiracy”, gravado com o renomado produtor Peter Wichers, é uma viagem

épica através do panteão do Metal mundial, levando o ouvinte a uma viagem introspectiva de

emoções, que poderia ser mais bem descrita como: “Uma trilha sonora para os sentidos”.

Page 6: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

capa

A carreira meteórica da banda e a morte precoce de seu líder

Page 7: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

Nascido em 20 de

Aberdeen, localizada a 220 quilômetros ao sul de Seat-tle, Washington. Seus pais se separaram quando ele tinha 7 anos, e desde então ele mo-rou em vários lugares dife-rentes. A separação provocou certo trauma em Kurt, o que fez dele uma criança tímida e infeliz. Era um garoto hipera-tivo e tomava medicamentos para concentrar-se na esc-ola, mas mesmo após várias tentativas ele não foi muito longe com os estudos.

Na maior parte do tempo Kurt ficava isolado curtindo músicas, pintando e escre-vendo. Frequentava a casa de parentes ou de seus amigos, que os pais acabavam acol-hendo por saber que o garoto tinha tantos problemas. Nes-ta época Kurt se aproximou do rock ‘n’ roll, e ouvia ban-das como Beatles, Monkees, Clash, Kiss, Black Sabbath, Sex Pistols e Led Zeppelin. Foi quando, aos 14 anos, ele ganhou uma guitarra de pre-sente de aniversário, e sua vida se tornaria uma estrada para a música.

Tudo Começou...Com o desejo que Kurt

Donald Cobain empregava em ter uma banda. Ele conheceu Krist Novoselic quando es-tudavam na Aberdeen High, porém ainda não eram ami-gos. Mas logo que começaram a freqüentar os ensaios do Melvins, uma banda local, fir-maram a amizade. Três anos mais tarde, depois de Kurt muito insistir com Novoselic para que ele ouvisse a fita

demo do projeto Fecal Mat-ter, Novoselic entra em con-tato com Kurt alegando que ouvira a fita e que poderiam então iniciar uma banda. Bob McFadden é chamado para o posto de baterista, mas o projeto não dura um mês com esta formação.

Em 1987 foi a vez do bat-erista Aaron Burckhard en-saiar no projeto e logo já estavam escrevendo mais canções. A decisão que não chegava nunca era qual nome a banda levaria. Nomes como Skid Row, Pen Cap Chew, Bliss e Ted Ed Fred chegaram a ser utilizados, mas estabelece-ram-se como Nirvana, que grudou na mente dos jovens anos depois. O nome foi es-colhido porque Kurt afir-mava que queria um nome agradável e bonito e não um nome agressivo pelos quais as bandas de rock optavam na época.

Novoselic se mudou para Tacoma e Kurt para Olympia, e perderam o contato com Burckhard. Em janeiro de 1988, Dale Crover do Melvins ensaiava com eles enquan-to gravavam suas primeiras demos. Mas Crover teve que se mudar para São Francisco e recomendou Dave Foster como novo baterista do Nir-vana. Foster não durou muito no Nirvana e Burckhard as-sume novamente o posto de baterista, que também não dura muito, depois de contar a Cobain que estava de res-saca para ensaiar.

Um anúncio na publicação musical de Seattle The Rock-et a procura de um baterista poderia ser a solução, porém não receberam nada que os agradasse. Um amigo em co-mum os apresentou a Chad

Channing, e pareceu ser ele, a melhor opção no momento. Channing, enquanto tocava com o Nirvana, comentou: “Eles nunca realmente dis-seram: ‘Ok, você está den-tro.’”, mas mesmo assim ele fez seu primeiro show com a banda em maio de 1988.

Os primeiros passos para a fama

O primeiro single “Love Buzz” foi lançado em no-vembro de 1988 pela grava-dora independente Sub Pop, de Seattle. A gravadora era novata e apesar de fazer um excelente trabalho de divul-gação de várias bandas que não encontravam apoio nas grandes gravadoras, a Sub Pop continuava a ser um pequeno selo com poucos recursos. Com o Nirvana a situação foi a mesma, “Love Buzz” foi lançado com atraso e houve um aumento no preço final do material, para tentar evitar a perda do dinheiro investido pela gravadora.

Mas em dezembro, a banda já começava as grava-ções de seu álbum de estreia, Bleach, com o produtor Jack Endino. Bleach teve influen-cia do rock pesado do Mel-vins e do Mudhoney (bandas da época), foi também influ-enciado pelo punk rock da década de 80, e contou com a influencia das músicas do

fevereiro de 1967, Kurt Donald Co-bain era natural de

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e “Dirty” do Sonic Youth) no Smart Studios em Madison, Wisconsin, na gravação do sucessor de Bleach. Durante as sessões, Cobain e No-voselic se decepcionaram com Channing na bateria, e ele expressou frustração em não estar ativamente envolvido nas composições. Como os bootlegs das demos do Nirvana com Vig começaram a circular na indústria musical e a chamar a atenção das grandes gravadoras, Channing deixou a banda em maio deste ano.

Sem baterista, o Nirvana pediu a Dale Crover (Melvins) para tocar bateria por umas sete datas na turnê americana da costa oeste com o Sonic Youth em agosto. Mas é com Pe-ters na bateria que o Nirvana grava, ainda em 1990, o single “Sliver”, e que além da faixa-tí-tulo possuía também a música “Dive”. Gravam também o EP “Blew” que saiu em uma edição limitada, o que faz dele um dos álbuns mais raros da história.

É nesta época que, Buzz Osborne do Mel-vins, apresentou a banda a Dave Grohl, em setembro de 1990. Dave procurava por uma nova banda após a separação da sua banda de hardcore punk chamada Scream, de Washing-ton. Poucos dias após chegar em Seattle, No-voselic e Cobain fizeram um teste com Grohl, e Novoselic acabou fazendo a seguinte afirma-ção: “Nós sabíamos em dois minutos que ele era o baterista certo.”

O Sucesso da Banda

Os dias de anonimato do Nirvana estavam chegando ao fim, já excursionavam até pela Europa e com a agenda de shows lotada. Grandes gravadoras assediavam a banda, então aconselhados pelo amigo Kim Gordon do Sonic Youth, decidiram assinar o contrato com a DGC (uma divisão da Geffen Records) em abril de 1991. A Sub Pop também ganhou com a mudança, afinal, o pequeno selo recebeu a rescisão de contrato com o Nirvana, paga pela DGC.

A banda logo começou as gravações do álbum Nevermind. Vários produtores foram chamados, mas acabou sendo escolhido Butch Vig para a produção do álbum, gravado no Sound City Studios em Van Nuys, Califórnia. Após as sessões de gravação concluídas, Vig e a banda começaram a mixar o álbum, mas não contentes com os resultados convocaram Andy Wallace, responsável pelas mixagens do Slayer, para finalizar o trabalho. Após o lançamento,

Black Sabbath também. Novoselic disse em uma entrevista, em 2001, para a Rolling Stone que a banda ouviu uma fita durante a turnê, enquanto viajavam de van, e nesta fita um lado era o álbum do The Smithereens e do outro um álbum da banda de black metal Celtic Frost, e notou que a combinação, provavelmente, teve uma influência também.

As gravações de Bleach, contaram com o investimento de Jason Everman, exatos US$ 606,17, sendo ele agregado a banda como se-gundo guitarrista. Embora ele não tenha to-cado no álbum, recebeu um crédito em Bleach porque, segundo Novoselic, eles “queriam que ele se sentisse mais a vontade na banda”.

Nesta época, Kurt Cobain já era notado por seu talento, era o líder e principal compositor do Nirvana. A banda foi fazendo seu nome no circuito underground da região e Kurt mostrava cada vez mais seus pesadelos como as drogas, mágoas familiares e seu problema estomacal crônico, que lhe incomodava ao extremo.

Em junho de 1989, o Nirvana embarcou em sua primeira turnê nacional, e o álbum Bleach era muito tocado nas rádios universitárias. Ao longo da turnê, o Nirvana cancelou as últi-mas datas e voltou para Washington devido o descontentamento com Everman. Mais tarde Everman afirmava ter deixado o grupo, porém a realidade era a sua demissão. Bleach iniciou suas vendas com 40.000 cópias, mesmo sem o apoio de marketing da gravadora.

Em abril de 1990, a banda começou a tra-balhar com o produtor Butch Vig (produtor de outros clássicos do rock alternativo, como o disco “Siamese Dream” do Smashing Pumpkins

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os membros do Nirvana ficar-am insatisfeitos com o som polido dado a Nevermind. Mas “Nevermind” é um clás-sico do início ao fim, citado como um dos melhores discos de rock de todos tempos.

O objetivo inicial da DGC era conseguir vender todas as aproximadamente 100.000 cópias prensadas, mas “Nev-ermind” acabou ultrapassan-do a marca de 10 milhões de cópias vendidas, e continua vendendo até hoje. O álbum chegou a primeira posição nas paradas americanas em fevereiro de 1991.

No Natal de 1991, Nev-ermind superava 400.000 có-pias vendidas por semana nos EUA. Em janeiro de 1992, o álbum tirou o álbum Dan-gerous do Michael Jackson do 1º lugar das paradas de álbuns da Billboard, e tam-bém liderou as paradas em vários outros países. No mês que Nevermind alcançou o 1º lugar, a Billboard proclamou: “Nirvana é aquela banda rara que tem tudo: aclamação da crítica, o respeito da indús-tria, o apelo pop da rádio e uma base sólida de rock uni-versitário/alternativo.”

Kurt Cobain: Depressão e Drogas

Logo que a fama começa a rondar o Nirvana, Kurt mostra que é uma pessoa que não sabe lidar com a pressão. O assédio da imprensa, dos fãs e a pressão para com-por sucessos transformaram o sonho do rock ‘n’ roll em um pesadelo para ele. A de-pressão, as drogas e o pensa-mento suicida começavam a se tornar frequentes. Mas o Nirvana decolava cada vez mais, e em 1992, era uma das

bandas de maior destaque no cenário mundial.

Os integrantes possuíam uma rotina carregada de shows, entrevistas para jor-nais e revistas, aparições em programas de televisão e out-ros tantos compromissos. Não havia tempo para descanso, tudo acontecia rápido e pre-cisavam estar em todos os lugares. Os shows eram lota-dos e chegavam a tocar para milhares de pessoas como aconteceu no Hollywood Rock de 1993 com um público de 35.000 pessoas. Os integran-tes preferiam os pequenos shows como era no inicio, confirma Dave Grohl: “Em um pequeno ginásio, nossa ener-gia flui melhor” comentando sobre o Hollywood Rock.

Kurt estava inseguro e as vezes colocava sua revol-ta com a mídia em prática, como em algumas apresenta-ções na televisão como a no

“Saturday Night Live”, onde Cobain e Novoselic se bei-jam após a performance da banda, também no “Head-banger’s Ball” (um programa da MTV) e em um programa da BBC chamado “Top of the Pops”, onde eles dublam “Smells Like Teen Spirit” de forma irônica.

Os garotos do Nirvana, mesmo fazendo fortuna, não mudavam as roupas rasga-das e velhas (as mesmas que usavam para os shows un-dergrounds), também con-tinuavam quebrando seus in-strumentos (bom agora dava pra comprar novos). Mas um dos fatos mais marcantes da banda provavelmente foi a simulação de uma masturba-ção feita por Kurt diante das câmeras do Hollywood Rock, além disso, o astro aproveitou para cuspir na câmera da Rede Globo, que transmitia o festival.

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O Casamento com Courtney e o nasci-mento de Frances

Kurt conheceu Courtney Love durante uma apresentação do Nirvana. Ela era na época vo-calista da banda Hole. A imprensa queria sa-ber tudo sobre Kurt e, sua vida pessoal, era o principal alvo. O romance com Courtney Love rendia fofocas e matérias para os inúmeros tablóides sensacionalistas, que noticiavam as brigas e tudo mais que acontecia na vida do casal.

A cerimônia de casamento de Kurt e Court-ney foi realizada no Hawaii, em fevereiro de 1992, e logo anunciaram que Courtney estava grávida. Os boatos de que o casal era viciado em heroína e outras drogas corriam na imp-rensa pelo mundo, mesmo com a negação do casal. Algumas instituições de proteção à cri-anças entraram com um processo na justiça de Los Angeles, para tirar a guarda do futuro bebê do casal, visando o bem estar da criança, mas as instituções não obtiveram êxito. A pequena Frances Bean Cobain nasceu em 18 de agosto de 1992, linda e saudável.

Os problemas de saúde de Cobain ficavam cada vez mais visíveis, chegando a cancelar shows do Nirvana. Em junho, pouco antes de Frances nascer, Kurt visitou um hospital em Belfast depois de um show na Europa, para tentar tratar de seu problema no estômago.

Após o nascimento da pequena Frances, Kurt acalmou os ânimos e suavizou sua rotina de shows.

Incesticide

Em março de 1992, Cobain começava a ar-rumar encrenca no Nirvana, quando resolveu alterar o contrato de direitos de composição da banda (que até a esse ponto tinha sido dividido em partes iguais). Como Cobain ha-via escrito a maioria das músicas até então, ele queria que 75% dos direitos fossem seus. Até ai tudo bem, pois Grohl e Novoselic não se opuseram ao pedido de Cobain, só ficaram contrariados quando o vocalista quis retroagir o contrato para o lançamento de Nevermind, ai os desentendimentos entre os dois lados quase separou a banda. Cobain levou os 75%, após muita discussão e isso abalou as estrutu-ras da banda.

Nesta época os rumores eram de que a banda estava se separando devido à saúde de Cobain, mas mesmo assim o Nirvana participou da noite de encerramento do Reading Festival na Inglaterra em 1992. Esta apresentação do Nirvana é uma das mais memoráveis da car-reira da banda. Dias depois, o Nirvana se apre-sentou no MTV Video Music Awards, levando os prêmios de “Melhor Vídeo Alternativo” e “Ar-tista Revelação”.

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A gravadora pressionava para lançar um novo álbum e enquanto o lançamento não ocorria decidiram lan-çar a coletânea Incesticide em dezembro de 1992. Um acordo entre a DGC e a Sub Pop levou a este lançamento que trazia várias gravações raras do Nirvana e um som mais sujo, afinal, a maioria das faixas foram produzidas e gravadas no período anterior ao estrelato do grupo. A capa do disco possui um desenho feito por Kurt.

Nevermind tinha saído há 15 meses e um novo single, “In Bloom”, havia sido lança-do. A Geffen/DGC optou por não promover pesadamente Incesticide, que foi certifica-do ouro pela Recording Indus-try Association of America em fevereiro do ano seguinte.

In Utero e a morte de Co-

bainEm fevereiro de 1993, o

Nirvana lançou “Puss”/”Oh, the Guilt”, um split single com o The Jesus Lizard, pela gra-vadora independente Touch & Go. Para a produção do novo álbum a banda escolhe Steve Albini. Embora houvesse es-peculações de que a banda chamou Albini por ser um produtor mais underground, Cobain alegava que o som de Albini era simplesmente a cara que o Nirvana deve-ria ter, com um som natural e sem os efeitos de estúdio. Ainda neste mês começava as gravações no Pachyderm Studio em Cannon Falls, Min-nesota. O álbum foi gravado e mixado em duas semanas custando apenas US$ 25,000.

Rumores de que a DGC não lançaria o álbum roda-vam pela imprensa. Embora

os rumores não fossem ver-dadeiros, a banda realmente estava descontente com certos aspectos das mixa-gens de Albini. O produtor do R.E.M. (banda que Cobain era grande admirador), Scott Litt, foi chamado para ajudar a remixar as canções “Heart-Shaped Box” e “All Apolo-gies”.

O ideal de Kurt era atingir a mesma posição do R.E.M – ele planejava, compor e gra-var co Michael Stipe e comen-tou em uma entrevista sobre a banda: “Não sei como eles fazem” – “Deus, eles são os

maiores. Eles têm lidado com o sucesso como se fossem santos e continuam fazendo uma ótima música”. Enquan-to isso o Nirvana, na visão de Kurt, “empacou. Nós fomos categorizados. Grunge é um termo tão forte quanto new wave. E você não consegue escapar dele. E (junto com o termo você também) vai sair de moda.”

In Utero estreou em setembro de 1993, em 1º lugar na parada de álbuns da Billboard 200, alcançando a marca de quatro milhões de cópias nos Estados Unidos. Naquele mês de outubro, o Nirvana embarcou em sua primeira turnê nos Estados Unidos em dois anos. Para a

turnê, a banda chamou Pat Smear (The Germs) como um segundo guitarrista.

Em novembro de 1993, o Nirvana gravou uma perfor-mance para o programa de televisão MTV Unplugged. Aumentada por Smear e pela celista Lori Goldston, a banda procurou se desviar da típica abordagem do show, optando por não tocar suas canções mais reconhecidas. Em vez disso, o Nirvana tocou diver-sas covers, e convidou Cris e Curt Kirkwood do Meat Pup-pets para se juntar ao grupo para tocar três de suas can-ções.

No início de 1994, a banda embarcou em uma turnê eu-ropeia. Em Roma, na manhã de 4 de março, a esposa de Cobain, Courtney Love, en-controu Cobain inconsciente em seu quarto de hotel e ele foi levado às pressas para o hospital. Em uma conferência de imprensa o médico disse que Cobain tinha reagido a uma combinação prescrita como Rohypnol e álcool. O resto da turnê foi cancel-ada. Nas semanas seguintes, o vício de Cobain em heroína ressurgiu. Ele foi convencido a ir para a reabilitação, mas em menos de uma semana, ele pulou o muro e voltou de avião para Seattle.

No dia 06 de abril, o jornal Los Angeles Times, noticiava que o Nirvana estava fora da edição 94 da turnê Lolapal-looza e ainda enfatizava os rumores de que a banda teria acabado, mas a notícia mais chocante viria a seguir.

O corpo de Kurt Cobain foi encontrado as 8h30 da manhã do dia 08 de abril, uma sexta feira. Um eletricista chamado para consertar o sistema de alarme encontrou o corpo do

“... Nós fomos c a tego r i zados . Grunge é um termo tão forte quanto new wave. E você não consegue es-capar dele...”

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músico em sua casa em Seattle. Inicialmente, ele pensou tratar-se de um “manequim jogado no chão”. Cobain estava com o revolver cali-bre 38 ainda sobre o peito, apontando para o queixo e um bilhete suicida sob um vaso der-rubado. Conforme os médicos legistas, a morte de Kurt, teria ocorrido de 24 a 48 horas antes de encontrarem o corpo.

Apesar das repetidas insinuações e tentati-vas de suicídio anteriores, ninguém conseguiu conter Kurt e sua vontade de tirar a própria vida. Em entrevista a revista Rolling Stone no final de 1993, Kurt dá a entender que o Nirvana tinha chegado ao fim e mostrava-se desiludido com a fama e o sucesso alcançados por ele.

Courtney acabou lendo trechos do bilhete (deixado por Kurt) aos fãs da banda, demonst-rando tristeza e revolta: “Há anos venho me sentindo culpado” e continua “e o fato é que não consigo mais enganar nenhum de vocês. O pior crime é enganar”. Courtney comenta após ler o trecho: “Errado: o pior crime é ir embora”.

Com a morte de Kurt, o Nirvana oficial-mente deixou de existir e restava aos outros dois integrantes enterrar o passado e começar tudo novamente.

Mais lançamentosEm agosto de 1994, a DGC anunciou que

um álbum duplo chamado Verse Chorus Verse teria o material ao vivo de toda a carreira do grupo em um CD e sua performance no MTV Unplugged em outro, estava previsto para ser lançado em novembro. No entanto, Novoselic e Grohl não conseguiram, naquele momento, juntar o material, pois a perda do amigo era muito recente. O Material foi adiado e o MTV Unplugged in New York estreou no 1º lugar nas paradas da Billboard, em novembro de 1994. Poucas semanas depois, o primeiro vídeo com-pleto da banda, Live! Tonight! Sold Out!!, foi lançado. No ano seguinte, o MTV Unplugged in New York deu ao Nirvana um Grammy Award por “Melhor Álbum de Música Alternativa”.

Em 1996, a DGC finalmente lançou um ál-bum ao vivo do Nirvana, From the Muddy Banks of the Wishkah, que se tornou o terceiro lança-mento do Nirvana em uma fileira de estreia no topo das paradas de álbuns da Billboard.

Nirvana, foi um dos lançamentos da banda após a morte de Cobain. Este álbum contém a faixa inédita “You Know You’re Right”, a últi-ma canção do Nirvana gravada antes da morte de Cobain.

Em 1997, Novoselic, Grohl e Courtney Love formaram uma sociedade de responsabilidade limitada, o Nirvana LLC, para supervisionar to-dos os projetos relacionados ao Nirvana. Um box set com 45 faixas de raridades do Nirvana estava programado para ser lançado em outu-bro de 2001. Mas Courtney resolveu dissolver o Nirvana LLC, entrou com uma ação e uma liminar foi emitida impedindo o lançamento. Love alegou que Cobain foi a banda, que Grohl e Novoselic eram secundários e que ela assinou o acordo de parceria originalmente sob maus conselhos. Grohl e Novoselic pediram ao tri-bunal substituísse Love na parceria por outro representante do patrimônio de Kurt.

Antes que o processo fosse julgado Love, Novoselic e Grohl anunciaram que tinham chegado a um acordo em outubro de 2002. O lançamento da coletânea Nirvana, é autor-izado e conta com a faixa inédita “You Know You’re Right”, a última canção do Nirvana gravada antes da morte de Cobain. O box set, With the Lights Out, foi lançado em novem-bro de 2004. Sliver: The Best of the Box, que contém 19 faixas do box set e apresenta três faixas inéditas, foi lançado no final de 2005.

Em abril de 2006, Love anunciou que ela tinha arranjado para vender 25% de sua par-ticipação no catálogo de música do Nirvana, em um negócio estimado em US$ 50 milhões. A parte da publicação do Nirvana foi comprada pela Primary Wave Music, que foi fundada por Larry Mestel, um ex-CEO da Virgin Records. Outros lançamentos desde então foram feitos como o DVD Live! Tonight! Sold Out!! em 2006, e da versão completa sem cortes do MTV Un-plugged in New York em 2007. A performance da banda no Reading Festival de 1992 foi lan-çada em CD e DVD como Live at Reading em novembro de 2009. No mesmo mês, a Sub Pop lançou uma edição comemorativa de luxo dos 20 anos de Bleach, que inclui um show inédito ao vivo de 1990.

A vida continua

Dave Grohl e Krist Novoselic continuaram trabalhando com música. Grohl formou o Foo Fighters, onde ele é vocalista, guitarrista e compositor, sendo o principal membro da banda. O Foo Fighters se tornou o seu princi-pal projeto, tendo lançado vários álbuns com ele ao longo dos anos. O álbum In Your Honor de 2005 do Foo Fighters apresenta uma can-

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Fontes: Wikipedia / nirvanaforum.forumeiros.com/t27-biografia-nirvana / Revista Bizz - Ano 10 - Nº 4 - Ed-ição 105 - Abril, 1994 Imagens: Internet

ção chamada “Friend of a Friend”, composta por Grohl em 1990 sobre os primeiros encontros com Kurt Co-bain e Krist Novoselic. Além do en-volvimento no Foo Fighters, Grohl também tocou bateria para várias bandas, incluindo Tom Petty and the Heartbreakers, Queens of the Stone Age e Tenacious D. Em 2009, Grohl, Josh Homme, vocalista e guitarrista do Queens of the Stone Age, e John Paul Jones, baixista do Led Zeppelin, formaram o Them Crooked Vultures.

Novoselic formou algumas bandas depois da separação do Nirvana. Ele

hesitou e respondeu que Kurt “tinha muito mais presença e beleza. Era um líder, tinha força. Aliás, era incrivelmente bem dotado, se vocês querem saber”.

Ela também contou que Cobain chegou a ser cotado para participar do filme “Pulp Fic-tion”, de Quentin Tarantino, para o papel pos-teriormente cedido a Eric Stoltz. “Vocês nunca se perguntaram por qual razão ele agradece a Quentin (Tarantino) no encarte de ‘In Utero’?”, questiona. Além do galã Brad Pitt, outro co-tado para o papel foi Robert Pattinson (aquele do Crepusculo), mas Courtney disse não achar ele o mais adequado para o interpretar Kurt. Os rumores da atriz/cantora Scarlett Johans-son representá-la no longa não foram desmen-tidos.

Também recentemente, o vocalista do REM Michael Stipe diz ter tentado salvar a vida de Kurt Cobain. Todos sabiam da admiração que Kurt nutria pela banda e sua forma de encarar a fama. Em entrevista para a “Interview” Stipe conta que sabia dos problemas de Cobain com drogas pesadas e que propôs uma colabo-ração para ver se conseguia tirá-lo das drogas. Stipe falou essa era apenas uma desculpa para chegar perto de Cobain, mas que ele não apa-receu no estúdio quando chegou a hora de gra-var.

Segundo Stipe, Kurt pregou na parede a passagem de avião que ele lhe mandou e de-ixou o motorista esperando por mais de dez horas. Depois disso ele desistiu de ir atrás de Cobain. Em 1995 o REM escreveu a faixa Let Me In em homenagem a Kurt.

inicialmente formou a Sweet 75 e mais tarde a Eyes Adrift, com Curt Kirkwood, do Meat Pup-pets, e Bud Gaugh, do Sublime. Ele apareceu também na banda No WTO Combo, ao lado de Kim Thayil, do Soundgarden, e Jello Biafra, do Dead Kennedys. Foi membro da banda Flipper de 2006 a 2008. Novoselic tornou-se também um ativista político e fundou um comitê políti-co chamado JAMPAC (Joint Artists and Musi-cians Political Action Committee) para apoiar os direitos dos músicos. Ele também escreveu um livro, chamado Of Grunge and Govern-ment: Let’s Fix this Broken Democracy!, publi-cado em 2004, que cobre tanto o seu passado musical como a sua carreira política.

Em 2004, Grohl e Novoselic apareceram em cena para apoiar a candidatura de John Kerry à presidência dos Estados Unidos. Em 2010, o Foo Fighters realizou um concerto secreto em Los Angeles e Grohl chamou Novoselic e Pat Smear para tocarem “Marigold”, uma antiga canção escrita por Grohl e que aparece como uma B-side no single “Heart-Shaped Box” do Nirvana. Novoselic também participa do álbum Wasting Light do Foo Fighters, na canção “I Should Have Known”. Em entrevista a revista Rolling Sonte Grohl comentou sobre a partici-pação de Novoselic no Foo Fighters “É isso que amigos fazem”.

Fatos recentes Vários livros e filmes foram lançados para contar a história do anti-heroi Kurt Cobain, e recentemente Courtney deu declarações em entrevista a GQ Magazine sobre o próximo filme e, como sempre, gerou polêmica. Ao ser perguntada sobre a possibilidade de Brad Pitt interpretar Kurt no cinema, a cantora não

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CURIOSIDADES

“A mídia está levando para o ridiculo o que a minha geração faz e acredita. A moda, os designers, pessoas que fazem roupas, começam a colocar no mercado camisas como essa que estou vestindo por milhares de dólares.”

“Eu nunca quis cantar. Eu só queria ficar tocando gui-tarra no fundo do palco.”

“Pensam que eu sou um chato, um maluco que quer se matar o tempo in-teiro.”

Frases de Kurt Cobain

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Fonte: Revista Bizz - Ano 10 - Nº 4 - Edição 105 - Abril, 1994

“Nos últimos cinco anos eu desejei a morte todos os dias. Às vezes cheguei bem perto.”

“Até quando eu serei capaz de gritar até arrebentar os pulmões toda a noite, durante um ano inteiro de turnê?”

“Eu me drogo e brigo com minha mulher; o grande público não tem a capacidade de compreeender uma pessoa real e a mídia prefere coisas sensacionais.”

“Acho a liderança assustadora, porque eu sou tão confuso quanto à maioria. Eu não quero ser porta voz de ninguém.”

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Por João Messias (THE ROCKER)

coluna

Entrevista Moretools

Publicitário, estudante de Jornalismo, editor no fanzine New Horizons, colaborador da Revista Rock Post entre outros.

Dona de um poderoso, uma mescla de Death/Thrash com aquele Cross-over praticado por bandas como SOD/DRI, além de uma inteligente

divisão de vocais, o quinteto brasiliense tem tudo para cair no gosto da galera que gosta de algo mais agressivo, como pode ser ouvido em seu primeiro CD, auto intitulado, que transbor-da energia e qualidade!

Nesta entrevista feita com o baterista e produtor Riti Santiago, ele nos conta da sonor-idade do trabalho, como é produzir a própria banda, participações no CD e outras coisas mais!

Confiram a entrevista!

The Rocker: Moretools (o disco) é um con-vite ao “banging”, tendo como base a mescla de Death/Thrash, mas com uma grande dose de groove, que beira o Crossover em muitos mo-mentos, lembrando de bandas como DRI/SOD. Vocês curtem essas bandas?

Riti Santiago: Sim, muito!!! Na verdade, es-cutamos desde das velharias até as coisas novas! Mas pelo menos no meu caso,sempre acabo es-cutando as velharias. Estou com 40 anos e cresci ouvindo Metal, Hardcore, Thrash...o Moretools acaba sendo o resultado dessa mescla!

The Rocker: Como foram as gravações em es-túdio para o CD? Vocês já chegaram com tudo pronto ou algumas coisas foram feitas no próprio

estúdio?Riti Santiago: Chegamos com tudo pronto

sim. Fizemos uma pré-produção bem detalhada e nos preocupamos em estudio e executar da melhor maneira possível, como o metal pede!

The Rocker: O disco foi produzido pela própria banda? Quais as vantagens e desvanta-gens de produzir seu próprio CD?

Riti Santiago: O CD foi produzido por mim. Eu já tinha experiencia de outros trabalhos como produtor e foi natural eu assumir esse papel. A vantagem é o fato de já saber o caminho que de-veria ser seguido em termos de gravação e mixa-gem. A desvantagem é que sendo da ban-da as vezes você tem que digamos “brigar” para praticar as ideias! Mas em todo o processo de produção de um CD existem os momentos ten-sos! O importante é o resultado final!

The Rocker: Apesar de lançado há pouco tempo, o que estão achando da divulgação do trabalho?

Riti Santiago: Começou fraco,mas agora esta andando bem! O Maicon Leite da Wargods Press está fazendo nossa Assessoria e isso tem aju-dado bastante! Estamos fechando com um selo que também vai ajudar muito. O CD tem rece-bido boas criticas e estamos ai trabalhando para divulgar cade vez mais!

The Rocker: O que chama a atenção são a

14 Rock Post - Junho 2011

THE ROCKER

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Junho 2011 - Rock Post 15

divisão de vocais feitas por Hudson e Rhavi, dando uma maior agressividade e extremismo ao disco. Como surgiu a idéia de ter duas vozes no trabalho e quais os cuidados que a banda tem para as vozes não “embolem” as canções?

Riti Santiago:No começo da banda nos tivemos a ideia de colocar dois vocais na banda e chegamos a ensaiar algumas vezes com o Rhavi e outro vocalista (Mario Jr). Ficou demais! Mas infelizmente não deu para o Mario. Não que-riamos perder essa ideia e o Hudson, que já foi frontman de uma banda daqui do DF de nome Mantra assumiu esse papel. De acordo com a musica nos vamos trabalhando de uma maneria que as vozes se destaquem.

The Rocker: A faixa Taste of Blood conta com os vocais de Carol (Roasting). Como rolou esta participação e o que a sua voz contribuiu para o resultado final?

Riti Santiago: Eu acho a Carol um dos vocais mais foda aqui do DF! Já conhecia o seu trab-alho na época em que ela era vocal do Valhalla. Quando gravamos o CD, não pensamos em nen-huma participação.

Mas quando estavamos na mixagem do CD, pensei que seria legal a participação dela, pela amizade de muitos anos e pelo talento. E o re-sultado foi fantastico!

The Rocker: O disco, como eu já disse linhas acima, é bem extremo, mas o seu final sur-preende, com a faixa Still Buning, com um solos a lá Bay Área, alguns momentos de silêncio, e com um final agonizante. Como surgiu a idéia de encerrar o play desta forma?

Riti Santiago: Ao vivo eu solto umas vinhe-tas entre algumas musicas para dar um clima no show. Essa vinheta já usavamos antes e ai colocamos no CD. Eu já ouvi grandes discos que tem essa historia de faixas escondidas. Achamos bacana!

The Rocker: E como outro atrativo, More-tools vem com o vídeo para a faixa Pain Screams. Para vocês, qual a importância de um clipe para a divulgação do trabalho?

Riti Santiago: Hoje em dia a internet se tor-nou para nós independentes o maior e melhor meio de mostrar o trabalho. Esse clip foi feito por um diretor amigo nosso e ficou muito bom pelas condiçoes que tinhamos. A ideia era co-locar um video ao vivo também, onde a banda mostra realmente o que é. Nao deu,mas estamos em processo ai de gravar um DVD em breve!

The Rocker: E os shows? Há planos para levar o som de vocês em outros estados?

Riti Santiago: Sim!É o que mais a banda quer!agora que o cd saiu e estamos na divulga-ção e esperamos tocar por ao mais breve possível

The Rocker: Riti, você também produziu o disco da banda Uganga, Vol.3 - Caos, Carma e Conceito, além de participar do trabalho, e este disco vem recebendo ótimas críticas no Brasil e exterior. Como é ver esses resultados conquis-tados por uma banda que está há muito tempo na estrada?

Riti Santiago: Pô, além dos caras serem meus grandes amigos de muitos anos fico feliz com a repercussão desse trabalho! Eles confiaram em mim e fiz o melhor possível para que o CD ficasse foda! Eles mererem! Estão ai na luta assim como várias outras bandas do Brasil!!!Vida longa ao Uganga!

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16 Rock Post - Junho 2011

The Rocker: Muito obriga-do pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores da Revista Rock Post!

Riti Santiago: Valeu pela entrevista e espero que to-dos curtam nosso trabalho. O Moretools existe há 8 anos e só agora saiu o CD. Isso quer dizer no minimo que nós to-camos porque amamos o que fazemos! Nada paga isso! Acredite no seu trabalho! Se divirta! Isso e o mais impor-tante!

Metal sempre!!!

Já conhecida da nossa coluna, o South Cry é uma banda que está trabalhando firme para ser um dos grandes nomes da cena

mundial!E digo mundial porque o quarteto não poupou esforços para confeccio-nar seu novo trabalho, o ótimo Blue Moon, que foi gravado nas Bahamas, e contou com a produção de Sylvia Massy (Aerosmith, System Of A Down) e Terry Manning, que deu uma cara diferente ao trabalho, cujo trabalho destes profissionais evidenciou ainda mais o talento da banda!Nesta entrevista, a banda nos conta da experiência em gravar no exterior, shows, e muito mais!Confiram a entrevista!

The Rocker: Blue Moon já nasceu com o status de TOP por contar com

www.myspace.com/moretoolswww.wargodspress.com

Entrevista South Cry

a produção de Sylvia Massy, que tem bandas no cur-riculum como Aerosmith, System Of A Down, Red Hot, entre outros. O que os levaram a escolha desta profis-sional para produzir o disco?Daltri Barros: Na verdade alguns fatores influenciaram na escolha da Sylvia Massy. Além de excelente profis-sional, ela se identificou bastante com nosso trabalho, apresentando uma proposta mais interessante do que a os outros grandes produtores que tinham interesse

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Junho 2011 - Rock Post 17

em trabalhar com a banda.

The Rocker: Blue Moon foi gravado nas Baha-mas. Quais as diferenças em gravar o trabalho num local distante?Daltri Barros: Bem, na verdade Bahamas é realmente um lugar distante em termos ter-ritoriais. Porém, o estúdio onde gravamos o Blue Moon é lendário e já gravou grandes ban-das e grandes clássicos do Rock como: Back in Black (AC/DC), Powerslave, (Iron Maiden), Communiqué (Dire Straits), Undercover (Roll-ing Stones), entre muitos outros. Para a banda as diferenças foram muitas, principal-mente o fato de gravarmos com profissionais renomados como a Sylvia Massy e Terry Man-ning (ex engenheiro de som do Led Zeppelin). Outra diferença fundamental foi o fato de termos tido, pela primeira vez, um direcio-namento na produção. Quando gravamos o Beyond Metaphor (2003) e o Keep na Eye On Me (2008) nós praticamente gravamos o que queríamos ou o que achávamos que era mel-hor. Com a Sylvia à frente da produção, vários ajustes foram sugeridos por ela, o que fez uma grande e positiva diferença nas canções.

The Rocker: Sylvia chegou a produzir uma banda nacional chamada Toyshop, que muitos apostavam que seriam o próximo No Doubt? Vocês conhecem esta banda?Guill Erthal: Conhecíamos essa banda de forma bem distante. Chegamos a ouvir uma ou duas músicas da banda sim.

The Rocker: Ao ouvir o CD, percebi uma linha interessante no andamento das faixas, pois ele começa bem denso e melancólico e vai fi-cando mais visceral e em seu final volta a ser como no início. Essa ordem no track list teve o toque da produção ou isso partiu da banda?Guill Erthal: Nós, desde o Beyond Metaphor, sempre pensamos no track list com certo cuidado. Nesse disco novo o track list sofreu mudanças até ‘inesperadas’. Antes de ir-mos para Bahamas, nós enviamos as músicas para a Sylvia nos orientar e também para ela conhecer o material novo antes de entrarmos em estúdio. Fechamos que gravaríamos 12 canções. Já no estúdio, após os ensaios e ac-ertos dos arranjos, iniciamos a gravação das baterias. Quase no final da sessão da batera, nosso empresário contou a Sylvia que nós tín-

hamos outras canções ainda inacabas e uma versão de Help dos Beatles. Ela pediu para que tocássemos essas canções e ficou definido que uma canção nova entraria e que a versão de Help também. Com isso, duas canções sairiam e essas duas entrariam. Isso nos fez discutir novamente o track list. Sem dúvida que as opiniões da Sylvia, da banda e de todos os envolvidos no projeto foram ouvidas e aceitas. Foi uma decisão bem democrática. Além disso, nós colocamos as músicas em um site onde as pessoas ouvem e avaliam músi-cas. Usamos como critério um pouco também o gosto das pessoas.

The Rocker: L.i. A.r é bem moderna para os padrões da banda. Quais as inspirações music-ais desta canção?Daltri Barros: L.i.A.r foi a canção autoral que acabou entrando no álbum na última hora. Essa canção estava bem rudimentar, sem letra, arranjos, pois não iríamos gravá-la ini-cialmente. A idéia era que ela ficasse para um próximo álbum. Acho que o fato de termos que arranjá-la e compor sua letra em poucos dias influenciou bastante na forma final dela. Acredito que essa canção tenha uma influên-cia forte do rock dos anos 90, de bandas como Soundgarden, Rage Against the Machine. Tam-bém acho que ela tenha algo de Audioslave.

The Rocker: Outra faixa que merece menção é a versão para Help dos Beatles, onde vocês a deixaram com no estilo da banda. E saben-do que os fãs do Fab Four são muito devotos, quais as opiniões em relação a canção?Daltri Barros: Bem, na verdade as opiniões são as mais variadas. (Risos) No geral as pes-soas tem gostado bastante da versão, enten-dendo que essa foi nossa maneira de hom-enagear os ‘4 caras de Liverpool’. Mas sempre tem um ou outro (principalmente fãs fanáti-cos) que acha que estamos querendo refazer o trabalho dos Beatles, que somos prepo-tentes, etc. Mas no geral, a crítica e a maior parte do público tem elogiado bastante.

The Rocker: Com um grande trabalho nas mãos, como está sua divulgação perante pú-blico e crítica?Daltri Barros: A divulgação está indo muito bem. O álbum está tendo uma ótima aceita-ção nas rádios colegiais americanas, nos sites

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de música, revistas, etc. Aqui no Brasil a repercussão está sendo muito boa também. Inclusive com resenhas muito positivas feitas por você, pela Guitar Player e outros veículos de comunicação dentro e fora do país. Além disso, fomos uma das bandas selecionadas para a fase eliminatória carioca do Yamaha Brazilian Beat Festival que ocorrerá agora em Junho.

The Rocker: Como andam os shows? Vocês pretendem fazer apresentações pelo Brasil e até mesmo nos EUA, onde acredito que possa ser um grande mercado para a banda?Guill Erthal: Já estamos fechando shows pelo Brasil. Vamos tocar no Yamaha Festival no Rio dia 04/06 (Teatro Odisséia), no Festival Fora do Eixo em Nova Friburgo (Estado do RJ) dia 24/06. Estamos negociando e quase fechando, também, uma temporada de shows pelo Sul a partir de Agosto. Essas são as opor-tunidades mais concretas, mas existem outras possibilidades vindo por aí. Em relação aos EUA, estamos pensando em fazer shows por lá sim. Temos feito uma ampla divulgação em rádios colegiais, sites, revistas e esperamos em breve fechar uns shows por lá.

The Rocker: Para encerrar: O que falta para os brasileiros acreditarem de vez nas bandas do próprio país?Guill Erthal: Acho que na verdade o brasileiro tem dado valor as bandas do país. Acho que o valor não é muito dado principalmente pela mídia de grande porte. Grandes rádios, canais de TV, etc não apóiam muito a arte no Brasil. Isso não é só com a música em si. Vemos um espaço dominado por ‘panelinhas’ de gravadoras, no qual uma banda/artista que não pertence a essa ‘panelinha’ não consegue mostrar seu trabalho. Mas vejo um horizonte mais ‘ensolarado’, principalmente porque o roqueiro sempre apóia as bandas emergentes e busca meios alternativos para ouvir e conhecer o que está acontecendo no cenário rock. É só você ver a quantidade de sites, revistas, rádios, etc do gênero rock e que abrem espaço para quem tá começando. O Rock and Roll tem mais de 50 anos e não vai ser derrotado por meia dúzia de “engravata-dos” que tentam monopolizar um espaço. O roqueiro tem essa qualidade: de ser question-ador, de querer buscar coisas novas, apreciar

e admirar o talento do artista, seja ele da grande mídia ou não.

The Rocker: Amigos, muito obrigado pela en-trevista! Deixem uma mensagem aos leitores da Revista Rock Post!South Cry: Primeiramente queremos agra-decer à você por mais uma vez abrir o espaço para o nosso trabalho, João Messias. Quere-mos agradecer a toda equipe da Revista Rock Post e a todos os nossos fãs, familiares, ami-gos e a todas as pessoas que nos apóiam de alguma forma. A mensagem que deixamos aos leitores da Revista é para que procurem con-hecer nosso trabalho, pois temos a certeza de que irão gostar e se identificar. Aqui fica nosso site oficial e nosso myspace:. Temos também perfis no Facebook e no Orkut, inclusive individualmente. Sintam-se livres para nos adicionar e trocar idéias. Que-remos convidar a todos para nosso show no Yamaha Festival, dia 04 de Junho às 18hs no Teatro Odisséia no Rio de Janeiro. Um forte abraço a todos! Keep On Rocking!

www.southcry.comwww.myspace.com/southcry

18 Rock Post - Junho 2011

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Prontos para conquistar o Brasil

entrevista

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Após turnê pela América do Norte, banda The Agonist está ansiosa para encontrar fãs brasileiros

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entrevista

Pode até parecer que o cenário do Heavy Metal está estag-nado, sem novidades.

Porém, se observarmos com mais atenção podemos per-ceber que a cada ano pres-enciamos o surgimento de novas estrelas prontas para brilhar. Este é o caso do The Agonist.

Trazendo uma sonoridade que flerta com o pop e o extremo Death Metal, os canadenses estão dando a cara pra bater com grandes performances e dois CDs bem recebidos pela mídia espe-cializada.

Liderada pela bela vocalista Alissa White-Gluz, Danny Ma-rino (guitarra), Chris Adolph (guitarra), Chris Kells (baixo) e Simon McKay (bateria) estão promovendo o álbum Lullabies For The Dormant Mind, lançado pela grava-dora Century Media. A turnê latino-americana começa no México, passa por Colômbia, Chile, Uruguai, Argentina e encerra com três shows pelo Brasil.

A reportagem conversou com a frontwoman Alissa White-Gluz para saber como está a expectativa dos músicos para conhecer os seus obcecados fãs brasileiros, a determina-ção em buscar uma sonori-dade única, discorreu sobre o cenário musical canadense, além de sua ligação com o PETA2, os planos para 2011 e afirma não ligar para o titulo de “Hottest Chicks in Heavy Metal”.

por Costábile Salzano Jr

O que os fãs podem espe-

rar da primeira turnê do The Agonist no Brasil?Alissa White-Gluz: Eles po-dem esperar 110% de toda energia que nós temos. Nós recebemos muito carinho dos nosso fãs brasileiros e eles merecem uma performance maravilhosa!

O The Agonist lançou dois bons álbuns. Qual tem sido a determinação do grupo para evoluir musicalmente em relação aos trabalhos antigos?Alissa White-Gluz: É sem-pre muito difícil tirar o seu último registro da cabeça, mas acredito que o mais importante é a criação de uma obra de arte a qual você pode sentir-se orgulhoso como músico e artista.

Você acredita que de al-guma forma o The Agonist chegou a sua identidade musical ou ainda falta al-guma coisa?Alissa White-Gluz: Acho que chegamos a um ponto onde temos uma imagem melhor de quem somos como artis-tas. No entanto, penso que ainda estamos nos desenvol-vendo a cada disco e acredito que toda banda deveria fazer isso. Na verdade, almejamos que cada álbum seja uma

experiência nova para nós e para os nossos ouvintes.

Como você apresentaria o The Agonist para alguém que nunca ouviu falar de vocês?Alissa White-Gluz: Se você gosta de música que pode levá-lo através de um es-pectro de emoções, então você deve ouvir The Agonist. Nossas influências musi-cais e artísticas são tão ecléticas que eu acho que isso transparece através da nossa música. Vamos do Pop ao extremo Death Metal. Gostamos de pegar todos os elementos musicais que podemos, que acreditamos ter substância em si. Todos os estilos de música podem ser bons, você só precisa ouvir isso.

Por que vocês mudaram o nome da banda para The Agonist. Qual é a ideia por trás disso?Alissa White-Gluz: Há um monte de sentido com as palavras The Agonist. Tenho certeza que o significado você pode encontrar em nos-sas músicas.

De onde veio a ideia para o titulo “Lullabies for the Dormant Mind”?

Se você gosta de música que pode levá-lo através

de um espectro de emoções, então você deve

ouvir The Agonist.

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Alissa White-Gluz: Essa inspiração veio enquanto eu estava escrevendo as letras! (risos)

Por que vocês escolheram gravar um cover de “Mono-chromatic Stains”, do Dark Tranquillity? E por que esta música so foi lançada na versão japonesa? Foi uma decisão da gravadora?Alissa White-Gluz: Na ver-dade foi uma ideia da Centu-ry Media. Eles nos pergunta-ram se havia a possibilidade de gravarmos um cover do Dark Tranquillity. Nosso baterista Simon sugeriu inicialmente Monochromatic Stains, pois foi uma música que ele cresceu ouvindo.

Depois de ouvir todos nós con-cordamos que seria uma boa escolha. No entanto, a nossa versão é um tanto diferente da música original.

O que você tem a dizer so-bre a turnê com o Kamelot?Alissa White-Gluz: Nós esta-mos muito felizes por excur-sionar pela América do Norte com grandes bandas e com bons amigos de novo. Nós já começamos a ver caras conhe-cidas no meio da multidão e um monte de fãs novos. Tem sido importante para nós. Depois um tempo sem dar as caras, o cenário do Rock/Metal canadense voltou a ter destaque devido ao sucesso

de Nickleback e Evanes-cence. O que você pode dizer sobre as bandas do seu país?Alissa White-Gluz: Há muitos músicos talentosos no Canadá, alguns acredito que vocês nun-ca ouviram falar. O Rush foi uma grande influência e acho que o mesmo pode ser dito para muitas outras bandas de metal progressivo. Quebec é especialmente conhecido pela sua famosa cena do Death Metal com as bandas Cryptop-sy, Kataklysm, Neuraxis, etc.

Você ganhou o titulo de uma das mulheres mais gatas do Metal pela Revolver Maga-zine. Como você se sente? Eu acredito que você preferiria ser lembrada como uma boa cantora a ser lembrada ape-nas por ter um rosto bonito, não é?Alissa White-Gluz: Não me im-porto com essas coisas. Toda industria está de cabeça para baixo.

Por que você decidiu se unir às causa dos animais, neste caso o PETA2?Alissa White-Gluz: Eu estou trabalhando em diversas orga-nizações por anos já, mas só agora que a mídia começou a dar importância.

Quais são os planos do The Agonist para 2011?Alissa White-Gluz: Compor e gravar um novo álbum é a nossa prioridade número 1. Nós vamos excursionar pela América do Sul e América do Norte, assim como já estamos planejando outras possibi-lidades internacionais até o final do ano.

Imagens: Divulgação Banda

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The Byrds Celebration Fotos do Show em Florianópolis

The Byrds Celebration Data: 17 de maio de 2011 Florianópolis - SC Local: John Bull Pub Fotos por Roberto Dziura Jr

24 Rock Post - Junho 2011

shows

The Byrds Celebration foi um dos princi-pais nomes da década de 60 e 70. O gru-po, conhecido por ser o único a competir em popularidade com Beatles e Rolling Stones, passou pelo Brasil no mês de maio pelas principais capitais do país.

Terry Jones Rogers (vocal/guitarra), Scott

Nienhaus (guitarra/vocal), Michael Curts (baixo/vocal) e Tim Politte (bateria/vo-cal) trouxeram no repertório todos os clássicos elétricos de Bob Dylan e seus próprios hits. O vocalista Terry Jones Rogers foi convi-dado por Michael Clarke a entrar no The Byrds, em 1988. Devido à longa associação do cantor com o grupo, Roger voltou a ser o frontman da banda justamente para esta turnê internacional.

Em 1991, o poder sonoro dos americanos entrou para o Rock & Roll Hall of Fame.

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Junho 2011 - Rock Post 25

Já em 2004, a revista Rolling Stone ranqueou o The Byrds na 45° posição na lista dos 100 mais importantes artistas de todos os tempos.

As imagens do show foram captadas pelo fotógrafo Roberto Dziura Jr e ce-didas para a edição de junho da Revista Rock Post. Mais fotos do show você pode ver em http://www.flickr.com/photos/rdziura .

Créditos: Roberto Dziura Jr.

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Guitarras & Afins Por Anselmo Piraino

Guitarras & Afins gu

itar

ras

Iniciando no Blues - Escalas

Como já enfatizamos na edição ante-rior, somente com a Penta Blues não teremos a capacidade de criar frases verdadeiramente “Bluesísticas”.

A Pentatônica Menor 6, gera uma sonoridade Blues bastante interessante, para conseguir-mos seus desenhos basta substituir a sétima menor da famosa Penta m7 pela sexta maior que encontra-se meio tom abaixo, na tonali-dade de A, por exemplo substituiríamos a nota G por F#. A Penta Maior 7 é outra ótima opção, já que os acordes dominantes(maiores com sétima menor) predominam no blues maior. A sonori-dade dessa escala é bastante exótica e merece um estudo detalhado para encontrarmos as saídas apropriadas. Para conseguir seus desen-hos devemos alterar a terça menor encontrada na Penta m7 por uma terça maior, no caso do Blues em A, trocar a nota C por C#. O Modo Mixolídio aparece com freqüência nas idéias blueseiras já que se trata de um Modo maior com sétima menor seus intervalos são: T-2M-3M-4J-5J-6M e 7m. No caso de A teremos: A-B-C#-D-E-F#-G.

Outro Modo muito explorado no Blues Maior é o Modo Dórico que apesar de ser um modo menor, pode ter sua terça menor encarada como uma nona aumentada, assim como acon-tece na própria Penta Blues. Para conseguir seus desenhos basta substituir a terça maior encontrada no Modo Mixolídio por uma terça menor. Se acrescentarmos uma quarta aumentada à esse modo, chegamos a um modo chamado Dórico Blues, escala também muito utilizada dentro do estilo.Esses são alguns exemplos das principais en-tre outras escalas possíveis, sobre os acordes Dominantes, poderíamos, por exemplo, apli-car a Escala Alterada, Tons Inteiros, Dom Dim etc... conseguindo um som mais Jazzístico ou Fusion, porém o intuito aqui é chegarmos a uma sonoridade Blues mais tradicional.O estudo destas escalas, obviamente, deve ser feito em separado até que se possa dominar cada uma isoladamente. Em seguida começare-mos a pensar em fundir estas escalas.É aí que entra a soma das escalas, onde conse-guiremos um maior espectro para chegarmos a uma melhor sonoridade.Em se tratando de um blues maior podemos

26 Rock Post - Junho 2011

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Junho 2011 - Rock Post 27

Sobre o colunista: Anselmo Piraino é professor com 22 anos de experiência e mais de 15 anos na área didática. Sua formação vem do Conservatório Nossa Senhora do Sion: Guitarra e Violão Erudito. EM&T: Graduado pelo Instituto de Guitarra e Tecnologia (IG&T).

Acesse www.anselmopiraino.com

simplesmente somar à Penta Blues uma Pen-tatônica Maior do mesmo tom:Exemplo: Penta Blues de A + Penta Maior de A= T-2M-3m(2Aum)-3M-4J-4Aum-5j-6M-7m, ou seja:A-B-C-C#-D-D#-E-F#-G, os cromatismos ficam evidentes entre a nona maior e a quinta justa, e devem ser explorados da maneira correta para conseguirmos os licks característicos do estilo. Nesse caso já obtivemos uma escala com 9 notas, levando-se em conta que uma escala cromática possui 12 notas, apenas 3 ficaram de fora, a nona menor, a sexta menor e a séti-ma maior. Os intervalos que ficaram excluídos também podem ser aproveitados como notas de passagem. O maior cuidado que se deve ter ao somar as escalas citadas, é quanto ao re-pouso. As notas de repouso devem ser estuda-das com critério, mas a boa e velha segurança da tônica além da terça e a quinta vale aqui também. Outra opção muito interessante em se tratan-do de cromatismos no Blues é o truque de preencher os desenhos das Pentatônicas com notas de passagem, esse resultado é consegui-do tocando as notas que se encontram entre uma nota e outra da Penta nos seus famosos desenhos 2 por corda. Não se esqueça que as notas acrescentadas são apenas de passagem, para fazer os repousos é só pensar nas notas que efetivamente fazem parte da Penta. Apesar de parecer que simplesmente estudan-do a fusão das escalas citadas teremos o sufici-ente, esta idéia não seria correta. Quando es-tudamos os desenhos em separado ou somando dois desenhos por exemplo, conseguimos criar

frases que não conseguiríamos visualizar se estudássemos apenas a soma de todas as pos-sibilidades. Portanto devemos realmente nos concentrar em cada um dos desenhos antes de tentar somá-los e sair tocando sobre um play-back de Blues... Cada ferramenta tem a sua função isolada, dominando a utilização de cada uma delas es-taremos aptos a usá-las em conjunto para um resultado eficiente, tenha isso em mente!!! Nas próximas edições veremos exemplos práti-cos da aplicação das escalas aqui comentadas.Abraços, boa diversão e até a próxima!!!

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destaque

28 Rock Post - Junho 2011

Formada no ano de 2004 por músicos já experientes de Jaboticabal-SP com a intenção de tocar clássicos do rock, a Mother Zombie sempre se destacou

pela qualidade na execução e pela energia nos shows.

Ao longo do tempo houveram algumas mu-danças na formação inicial da banda, e o decorrer dos anos aliado à estabilidade na formação, moldou o som da banda, que natu-ralmente desenvolveu um estilo alto, técnico e agressivo de tocar, o que pode ser classi-ficado como Thrash Metal.

Em 2005 foi gravado o primeiro Demo-CD da banda, contendo as faixas Mother Zombie, Castaway e Ultraviolence. O material foi gra-vado e produzido pelos próprios integrantes com a única intenção de registrar as com-posições.

Durante sua existência, a Mother Zombie tem se apresentado em diversas cidades do Estado de São Paulo em eventos que mantém viva a cultura Rock/Heavy underground, e nesses eventos teve a honra de dividir o palco com grandes bandas do cenário nacional e inter-

nacional, como Torture Squad, Andralls, Dr. Sin, Claustrofobia, Korzus, Angra, Biohazard (USA), Death Angel (USA), entre outros, fa-zendo com que a banda ganhasse cada vez mais experiência e coesão entre.

Atualmente o show da Mother Zombie é baseado em uma mescla de repertório autoral e alguns cover´s, e proporciona aos head-bangers e fãs do estilo uma forte experiência de interação entre público e banda sempre embalada por uma massa sonora de alto poder de fogo, e para que esta massa sonora soe ao mesmo tempo alta, potente e nítida, o grupo conta com equipamentos e instrumen-tos de ponta de marcas referência no mundo da música como Gibson, Washburn, Marshall, Yamaha, etc.

Em 2010 a banda lança seu primeiro EP, inti-tulado All Day long. Gravado no Under Studio de propriedade do produtor e músico Rômulo Felício, na cidade de Ribeirão Preto, All Day Long é mais um trabalho exemplar de Rômu-lo, responsável por produções de reconhecida qualidade, de bandas como Necrofobia, Life-times, Tormenta, Rondrakann e DarkAger,

Mother Zombie: Thrash Metal com responsabilidade

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Com o nascimento de All Day Long, e devido à qualidade deste trabalho, a Mother Zombie avançou mais um degrau, e pôde se apresen-tar em grandes eventos, como o Arraial do Rock (Franca-SP), e o Araraquara Rock, tendo se classificado entre mais de 130 bandas que participaram da seletiva, e onde teve a opor-tunidade de dividir o palco com grandes ban-das, como Korzus, Angra, MadGator, Holliness, Biohazard, entre tantas outras. Ainda em 2010, a Mother Zombie teve a honra de ser convidada para dividir o palco com a banda americana mundialmente conhecida - Death Angel - ícone do movimento conhecido como Thrash Metal da Bay Área de San Fran-cisco (USA), em uma noite inesquecível na cidade de Catanduva-SP.

A Mother Zombie orgulha-se de sua história de batalha no underground paulista, e toda esta experiência adquirida até o presente, proje-ta-se para um futuro onde ainda há muito o que conquistar. E a banda está pronta para o que está por vir!

Os Zombies são conscientes do papel que

cumprem perante os fãs do estilo, e se em-penham cada vez mais para proporcionar o melhor show possível para os headbanger´s e apaixonados pela música pesada em geral.

Junho 2011 - Rock Post 29

Imagens: Divulgação Banda

Mother Zombie é:Júlio Buzoli - VocalRodrigo Cândido - BaixoArthur Pacheco - GuitarraMurilo Martins - Bateria João Pacheco - Guitarra

Contato: [email protected]: www.myspace.com/motherzombi-enetWebsite: www.motherzombie.net

Page 32: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

reviews

All Day Long é o primeiro trabalho da banda Mother Zombie (Jaboticabal-SP), e já deixa claro que após a longa caminhada no cenário underground a banda está mais do que pronta para en-carar o universo thrash mun-dial com qualidade e muita técnica. A faixa título abre o caminho para uma viagem ao melhor que se pode ter do thrash, com uma mistura do clássico e moderno. Julio Buzzoli mostra toda a força do seu vocal e o trabalho das guitarras dos irmãos João e Arthur Pacheco é excelente: tem peso, sincronismo, com riffs e solos que vão arrepiar os headbangers. O baterista Murilo Martins mostrou toda a sua habilidade e o baixista Rodrigo Cândido levou todas as músicas com muita técnica e emoção, necessárias para o verdadeiro thrash metal. A produção do álbum ficou por conta da própria banda e de Rômulo Ramazini, já conhe-cido no cenário nacional. Meu

O primeiro lançamento da banda bahiana Confiteor é o EP “More Than Their Lies”. Eles conseguiram passar em apenas quatro canções sua proposta de trabalho. Aliás, uma proposta muita bem apresentada. Destaque para os riffs e o vocal de Dan Lou-reiro, que também é baixista na banda. Confiteor mostra um metal moderno, mas que não deixa de lado as raízes clássicas. Os guitarristas Vic-tor Mattos e Fred Barros pos-suem uma identidade que dá um formato único as canções da banda, além de Louis que mostra muita velocidade e pegada no pedal duplo. Con-fiteor tem peso para o metal e

Título: All Day Long Banda: Mother Zombie Ano: 2010 (CD)

Título: More Than Their Lies Banda: Confiteor Ano: 2010 (EP)

Para os amantes do estilo ex-tremo chega “Chaos Season” o álbum de estreia do Cruscifire. Com muitos arranjos técnicos e guturais bem elaborados o Cruscifire cria uma atmosfera obscura para enfatizar suas canções e transformá-las em obras do extremo.As gravações renderam um bom álbum, que mostra a téc-nica dos integrantes. Logo de-pois do lançamento de “Chaos Season”, o baterista Ricardo Cari deixou a banda. Victor Nabuco entrou para ocupar o lugar na bateria e para se-gundo guitarrista também foi chamado Murillo Romagnoli. Este álbum do Cruscifire vem para fortificar ainda mais o cenário do metal extremo no Brasil.

Título: Chaos Season Banda: Cruscifire Ano: 2010 (CD)

www.myspace.com/motherzombienet

www.myspace.com/confiteorofficial

30 Rock Post - Junho 2011

Por Fernanda Duarte

www.myspace.com/cruscifire

destaque em especial fica para as faixas, além de All Day Long, Suicide Town e Zombie Strippers. Em resumo, se você curte bandas de qualidade, precisa ouvir este álbum.

mostra que podemos aguardar um bom full-lenght em breve.

Page 33: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

Desecrated Sphere nasceu em 2011 e já traz em seu pri-meiro álbum com 10 músicas o peso e velocidade do death metal, com riffs marcantes e muita variação nas viradas de batera, além de um baixo bem casado em todo o instrumen-tal. O vocal de Renato Sgarbi chama a atenção também e deixa a atmosfera ainda mais sombria, continuando o pro-posto pela primeira canção Unnatural Transformation. Ruin foi uma das que mais me chamou a atenção, seguida no ranking por Hell is Here que é loucura total, rápida e com harmônicas. Haja fôlego Renato nesta faixa.Biological Butchery é a décima faixa do álbum e parece que vai acalmar os ânimos, em quase um minuto de uma pegada mais forte, porém a bateria chega com sua velo-cidade e o vocal entra para encerrar o álbum com mais uma ótima composição.

Ignition Code é uma banda Italiana, criada em 2007, que se encaixa como Melodic Technical Death ou Metalcore, estilos entre tantos que existem hoje. O demo Up-graded chegou as nossas mãos e vimos uma banda diferente do que estamos acostumados. Lembrou-me bandas no estilo Industrial, com um vocal puxa-do para o hardcore, por vezes soando pop. Algo que talvez intitular como death melódico não seja correto.A gravação soa muito bem, traz riffs e bateria muito bem desenvolvidos e vocal realmente lembra e chega as vezes ao death, mas eu não o nomearia desta forma, pois acredito que esteja modernizado demais para se encaixar neste estilo, que sempre busca manter-se fiel as raízes. O estilo da banda varia bas-tante nas músicas, bem tra-balhadas e bem gravadas por sinal. Criando uma atmosfera harcore, mas com muito mais peso e velocidade. A banda não segue um padrão, e isso a torna experimental e inova-dora.

Título: The Unmasking Reality Banda: Desecrated Sphere Ano: 2011 (CD)

Título: Upgraded Banda: Ignition Code Ano: 2010 (Demo)

www.myspace.com/ignitioncode

Junho 2011 - Rock Post 31

www.myspace.com/desecrated-sphere

O Deicide é praticamente sinônimo de Death Metal, e lança o décimo álbum da carreira sob o título “To Hell With God”. Desde a saída dos irmãos Hoffman da banda, o som passou por mudanças, que não agradou muito aos fãs.Mas “To Hell With God” parece que vem agradando aos mais fanáticos pelo estilo e colocou o Deicide de volta na lista das favoritas do estilo. O álbum foi lançado pela Century Media e aqui no Brasil chegou pela Shinigami Records. Agressivo e técnico, o álbum traz um excelente trabalho de riffs e o destaque fica para o baterista Steve Asheim, com muito peso e velocidade. O álbum foi muito bem produ-zido e deixa claro todos os instrumentos, sob a produção dos próprios músicos Steve Asheim, Glen Benton e Mark Lewis. Glen Benton também é responsável por todas as letras.

Título: To Hell With God Banda: Deicide Ano: 2010 (CD)

www.myspace.com/theofficialdeic-idemyspacepage

Page 34: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

reviews

O Sized, começou sua carreira em 2008, uma banda relativa-mente nova no cenário nacio-nal, porém que tem mostrado sua cara e vontade de levar sua proposta musical aos thrashers de plantão. Após o demo, chega o pri-meiro álbum da banda intitu-lado “Confronting The Mirror”, que começa com uma bela capa e um encarte muito ba-cana que mostra a banda em vários momentos. As músicas, compostas por Kavera e Quira, seguem a linha Thrash Metal, mas não descartam elementos mais novos em suas músicas também. A produção ficou por conta de Alexandre Schenei-der e a capa por Vitor Sabag e Warlleson Paulo.

Título: Confronting the Mirror Banda: Sized Ano: 2011 (CD)

Depois do bem recebido pela mídia, Antigen (2008), chega em 2011 “Youniverse”, o segundo álbum de estúdio da banda Dynahead. Apostando em elementos mais atuais para o Prog Metal e o Thrash muito visível em suas com-posições, o Dynahead, banda da capital federal, estreou em 2004 e desde então vem se destacando no cenário nacio-nal, recebendo ótimas criticas da mídia especializada. An-tigen veio em 2008 com Caio Duarte (vocal), Pablo Vilela (guitarra), Diogo Mafra (gui-tarra), DiegoTeixeira (baixo) e Rafael Dantas (bateria) e agora com onze músicas, Youniverse promete con-tinuar despontando a banda pelo mundo. O vocal de Caio Duarte faz o diferencial e a banda mostra a versatilidade dos músicos no geral, com riffs muito bem elaborados em um trabalho digno e conceitua-do. o encarte do CD merece destaque, um digipack muito bem trabalhado por Gustavo Sazes. Dynahead é um dos nome mais promissores do metal nacional. Parabéns pelo trabalho!

Título: Youniverse Banda: Dynahead Ano: 2011 (CD)

32 Rock Post - Junho 2011

Título: World of Lies Banda: Morfolk Ano: 2010 (CD)

www.myspace.com/sizedbr

www.myspace.com/morfolk

www.dynahead.com.br

O Morfolk nasceu em 1990, e apesar de pausarem a banda por seis anos, lançam em 2010 seu segundo álbum, World of Lies. A banda de São José dos Campos, lançou várias demos e seu primeiro álbum foi “Blind’s Paradise”, lançado em 2006. Depois de algumas mudanças na formação o Morfolk con-seguiu finalizar seu álbum e temos um excelente resultado.Death Metal do começo ao fim, fiel as raízes mais tradicionais, e que foi muito esperado pela galera que acompanha a car-reira da banda. O vocal de Romulo se encaixou bem a proposta da banda e encara os riffs e o contexto geral com muita agressividade. Ryan Roskowinski, tocou na banda entre 2003 e 2005, as-sumiu novamente seu posto no baixo e assim o Morfolk mostra seu trabalho em prol do Death Metal com qualidade e muita honra ao que fazem. Vale a pena conferir o trabalho dos caras.

Page 35: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

HellLight é uma banda que tive o prazer de conhecer pessoalmente e acredito que mereçam todo o destaque no cenário nacional. Não só pelo talento como pela simplici-dade e carisma. Liderados por Fábio e Alexandre, o Hell-light há seis anos batalha no cenário nacional, gravaram entre novembro de 2007 e fevereiro de 2008 sete faixas para o debut álbum Funeral Doom, lançado pela Ancient Dreams Records e produzido por Fábio e Robson, sob a mixagem de Fábio e Carolina. O Doom Metal ganhou destaque nos últimos anos no Brasil, mas o Helllight acabou realmente chamando a aten-ção da gravadora alemã que apostou as fichas na banda, até por Helllight ser um dos representantes mais fieis ao estilo. A atmosfera é preen-chida pelo vocal de Fábio, teclados e o trabalho da bateria com Phill. As melodias são sombrias e lentas, porém muito pesadas. Se você apre-cia o Doom Metal não pode deixar de conferir Funeral Doom do Helllight.

Título: Funeral Doom Banda: Helllight Ano: 2008

O Lycanthropy nasceu em 2007, em Ituiutaba, Minas Gerais, lançando sua primeira demo em 2009 intitulada “Run While You Can”.“Beware” é o segundo demo da banda, gravado entre maio e setembro de 2010, e traz quatro faixas bem produzidas sob a tutela de Ricardo Con-fessori (Shaman, Angra), que tocou nas três canções do EP, sendo a primeira faixa uma introdução feita pelo Tran-szendenz e backing vocals de Lennon Icewulf. Além disso, o álbum conta com uma bela capa e encarte produzidos pela Metal Media.O álbum é baseado noThrash e Death Metal. Thales Matheus é baterista na banda que está compondo material para seu primeiro álbum.

Gosto de receber material de bandas mais antigas, principal-mente das nacionais dos anos 90, que é o caso do Prellude, de Mogi das Cruzes (SP), que nasceu em 1995, com seu rock/metal bem anos 1980. A banda já lançou CDs, demos e partici-pou de coletâneas dentro e fora do Brasil, isso já faz a gente ter uma ideia do quanto os caras gostam do que fazem para se manter no underground durante tanto tempo.O álbum “Máquina do Tempo” traz uma capa bem diferente, com um desenho tipo “arte de quadrinhos” feito por Fer-nando (Top Tattoo Studio). Em 10 faixas eles resumem o amor pelo rock e pelo metal, com letras em português e riffs de clareza e simplicidade que com certeza agradarão aos ouvintes que curtiram muito as bandas oitentistas do estilo.Prellude está entre as inúmeras bandas do metal nacional que construíram a história do estilo no cenário nacional. Máquina do Tempo é um bom álbum para curtir e voltar as raízes, vale a pena!

Título: Máquina do Tempo Artista: Prellude Ano: 2008 (CD)

www.myspace.com/prellude

Junho 2011 - Rock Post 33

Envie seu CD para: Revista Rock Post Rua Alberto Bidutti, 507 Park Imperador Matão -SP Cep 15991-274 Contato: [email protected]/helllight

Título: Beware Banda: Lycanthropy Ano: 2010 (EP)

www.myspace.com/lycanthropybr

Page 36: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

Influenciado por bandas escandinavas o Haw-thorn teve seu início em outubro de 2004, na cidade de Curitiba - Paraná, com o intuito de fazer um metal extremo sinfônico, abusando de melodias e vocalizações. Atualmente o Hawthorn esta divulgando seu novo CD chama-do Thorns and Blood, um CD que mescla o viking e o black sinfônico, com bastante vocal-izações. Suas letras falam de um caminho de sangue,sacrifício e morte, sobre o caminho da cruz e dor sobre sua fé em Deus.No começo do ano a banda lançou seu pri-meiro cd Thorns and Blood(2010), através do

selo americano Sullen Records, uma parce-ria que tem rendido uma boa exposição da banda fora do país, e após um começo de ano com bastante shows, destacando o Show com Eluveitie em São Paulo dia 29?01/2011 e a eliminatória regional do Battle Metal na ci-dade de Curitiba, a banda começa a gravar seu segundo CD chamado Sword’s Path, um Cd que fala de batalhas e conflitos humanos, o trab-alho será lançado pelo selo americano Intensse Millenium Records.

www.hawthorn.com.br

releases

34 Rock Post - Junho 2011

Page 37: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

A banda Granell é da cidade de Três Lagoas,

Mato Grosso do Sul, é formada e pelos irmãos

Enio Torres (vocalista e guitarrista) e Josué

Torres (baixo) e o baterista Lucas Medina Eles

estão juntos há quase dez anos, trabalham

com um mix do pop, rock e funk americano,

produzindo um som diferenciado. O estado de

Mato Grosso do Sul é conhecido por exportar

talentos da música sertaneja, mas os meninos

criaram um estilo próprio e acabam de finali-

zar o primeiro CD.

Apesar de já conviverem juntos há

mais tempo, o projeto da banda começou no

ano de 2003, mais foi colocado realmente em

prática apenas no início de 2006, com letras

que trazem mensagens de esperança, amor e

crítica social.

O reconhecimento do trabalho veio

após o lançamento do clipe Pra Você, no site

You Tube. O vídeo conseguiu mostrar o estilo

musical que a Banda Granell oferece. O suces-

so do clipe postado foi tão grande que desper-

tou interesse da MTV, Multishow, e de algumas

TVs regionais.

O primeiro CD recebe o título de Granell,

contém dez faixas, sendo sete compostas pelo

vocalista Ênio Torres. O álbum contém desde

canções românticas a versões mais agitadas.

Tem influência dos mais diversos estilos mu-

sicais que vão de Jamiroquai, Journey, Cold

Play, Lulu Santos, Tim Maia, Hot Hot Heat, The

Killers, Men at Work, Lenine, David Matheus

Band, Maroon 5, kings of Lions, P.O.D, etc.

Quem tiver interesse em conhecer a história

da banda e baixar suas músicas, pode acessar

o site www.bandagranell.com.br .

Clipe noYoutube, http://www.youtube.com/

watch?v=_Q8iRcrFnUQ

Telefones de contato para shows: (67) 3521-

6851 e (67) 9601-6244 .

www.bandagranell.com.br

Junho 2011 - Rock Post 35

Page 38: Revista Rock Post - Nirvana - ed. 30

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