revista de la fsm region america numero 49

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    1/16

    De Portada-Per-

    ICAREGION AMER

    AMERICA`SREGION

    CURSOMADORES

    DEFOR

    Conclusiones

    Octubre 14 del2011

    e po r tadaD

    Tal parece que

    n elyconstituyen parte

    1

    fueron dichas epresente,

    Fundacin de la CTCLa Unidad, su principal legado

    Edicin No: 49Enero/ 2012

    Sumario

    * D e p or t a d a

    - Fundacin de laCTC: La Unidad, su

    principal legado

    * A co n t e c er

    s ind ica l

    - Por una Amricasoberana

    * D e n u e st r a amr i ca

    - Amrica Latinatambm precisa de

    uma CELAC dospovos e dos

    trabalhadores.- Amrica Latina enMalvinas

    * D o ss ie r

    - 2012: Elparteaguas

    latinoamericano?

    * M u n d o econmico

    - El milagroeconmico de China

    - Liberalizacineconmica y

    empleo

    * Po r e l m u n d o

    - 2012, el ao delJuicio Final

    - Para comunicarsecon noso t ros po r favo r escr ibanos a :

    [email protected]

    Por: Jorge Luis Canela Ciurana

    EL Congreso constitutivo de la Confederacin de Trabajadores de Cuba (CTC)naci bajo la advocacin martiana no solo por haber culminado el 28 de enero de1939 (aniversario 86 del natalicio del Apstol), sino porque tom de este laestrategia de hacer converger fuerzas y tendencias para tener xito en la luchapor la independencia de la nacin.Los trabajadores cubanos haban padecido aos de persecucin, encarcelamiento,represin y asesinato de los dirigentes sindicales que encabezaban las accionespara hacer valer las aspiraciones por un salario justo, mejores condicioneslaborales y de vida, el derecho a una jubilacin decorosa, constituirorganizaciones que representaran sus intereses, y En esas circunstancias, LzaroPea fue lcido ejecutor de la estrategia de unidad de todas las fuerzassindicales, trazada por el Partido Comunista, dirigido entonces por Blas Roca.Fue una unidad alcanzada gracias a la inteligencia y el liderazgo de Lzaro, sucapacidad negociadora para arribar al consenso, su hbil manejo de lascoyunturas y su inigualable capacidad persuasiva en sus vnculos con lostrabajadores y otros lderes sindicales.Visionarias fueron sus palabras en aquella ocasin:...es la primera vez que asistimos a un Congreso consciente, cabal yenteramente de lo que la unidad es y significa para Cuba () la mayorsignificacin de nuestro Congreso radica en esa unidad consciente, que no ocultalas diferencias sostenidas, sino que se basa en ellas, para abolirlas en la accincotidiana y por la accin de la unidad () el simple hecho de aunar lasdiferencias de opinin hacia un fin grandioso, y limar esas diferencias, garantizaque esta ser una unidad duradera. Ser una unidad de fundamentos hondos;ser una unidad nacida y afirmada en las decisiones de los sindicatos y en lasdecisiones de toda la clase obrera."Nosotros, los trabajadores, queremos unirnos hoy para defender nuestro pan,

    nuestro salario y nuestra jornada ( ... ) Queremos hacer de ella, defensa de losintereses de toda la clase obrera, pero queremos tambin que sea defensa de losintereses de toda la nacin ( ... ) los trabajadores unidos con el resto de la pobla-cin, habremos de establecer un mejoramiento seguro y desarrollaremos unaaccin preciosa, por la defensa de la democracia y por desterrar el fascismo detoda la humanidad".

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    del mismo legado de Mart al convocar a la unin de veteranos para enfrentar el colonialismoespaol y con el propsito revelado apenas a horas de su deceso en combate, de impedir, con laindependencia de Cuba, que Estados Unidos cayera, con esa fuerza ms, sobre las tierras deAmrica.A la unidad de la nacin estamos convocados tambin hoy los cubanos, para enfrentar los difcilestiempos que corren, cuando nuestro archipilago no escapa de las inminentes consecuencias de laindiscriminada explotacin de los recursos naturales del planeta; cuando continuamos bajo el blo-

    queo, las amenazas y actos de agresin del poderoso vecino imperial, que no ha tenido escrpulosni contencin en sus ambiciones de dominacin mundial.Son estas poderosas razones las que comprometen hoya los trabajadores, como hace 73 aos alser fundada la CTC, a continuar consolidando lo que el General de Ejrcito Ral Castro Ruz hallamado el ms precioso legado de nuestra historia y del proceso revolucionario: la unidad de lanacin.

    Acontecer s ind ica l

    Por una Amrica

    soberanaPor: Fernando DamascenoEntre a publicao da Carta da Jamaica (documento de 1815 no qual est inserida a frase ao lado) e os diasatuais, passaramse quase dois sculos. Apesar da extenso desse perodo, nunca o desejo do grandelibertador latino-americano esteve to ao alcance daqueles que lutam por um continente livre e glorioso.

    Pela primeira vez, os povos da regio se veem diante da real possibilidade de alcanar um feito inviabilizadopor mais de 500 anos. Apesar desse novo cenrio, a distncia entre o projeto imaginado por Bolvar e suaprtica gigantesca e, no contexto globalizado da atualidade, qualquer avano dessa natureza resulta emimportantes alteraes das peas do xadrez geopoltico mundial.O pensador ingls Eric Hobsbawm j apontava, no comeo de 2010, o papel da Amrica Latina e da China naordem mundial do sculo 21, listando quatro pontosfundamentais para a compreenso dacontemporaneidade: o deslocamento do centroeconmico do Atlntico Norte para o Atlntico Sul e oleste da sia; o papel desses novos atores em meio crise sistmica do capitalismo; a perda dahegemona global, aps 2001, por parte dos EstadosUnidos; e a emergencia de um novo bloco de pases

    em desenvolvimento, reunidos em torno doschamados BRICS (Brasil, Rssia, ndia, China efrica do Sul).Em meio a essa anlise, Hobsbawm tambm faz umalerta, com os olhos de um nonagenrio, a respeitodo papel da clase trabalhadora na Europa e norestante do planeta. O declnio da classe operriamanual na industria parece, de fato, ter atingido seuestgio terminal.Ainda restam ou vo restar muitas pessoas fazendotrabalhos manuais, e a defesa das condies detrabalho delas continua a ser uma tarefa importantede todos os governos de esquerda. Mas essa defesano pode mais ser o alicerce principal das esperanas

    dessas pessoas: elas no possuem mais potencialpoltico, nem mesmo teoricamente, porque no

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    possuem o potencial de organizao da classe operria antiga, afirmou o historiador, em entrevista publicao inglesa New Left Review.At que ponto Hobsbawm tem razo, quando traa um cenrio to crtico em relao ao papel da classeoperria do sculo 21?No seria precipitado ignorar as particularidades dos trabalhadores de continentes diferentes? A questo daintegrao latino-americana sonhada por Bolvar pode ser um contraponto a uma anlise to pessimista?Olhos para a Amrica Latina

    indiscutvel a anlise de que a eleio de Hugo Chvez para a Presidncia da Venezuela, em 1998, tornou-seum marco para a Amrica Latina, por seu carter de rompimento com a estrutura de poder que se manteve (eainda se mantm, em grande medida) no controle das estruturas de poder do continente. Desde ento, Brasil,Bolvia, Equador, Uruguai, Chile, Nicargua e Argentina se somaram histrica luta de Cuba por uma Amricasoberana e sem as amarras do imperialismo. Nesses 13 anos, a necessidade de se criar uma realintegrao, de carter solidrio, se tornou latente. As recentes conquistas demonstram que esse o caminhoa ser perseguido. O mapa geoestratgico regional comea a refletir um novo eixo de equilbrio, distante da subordinaohumilhante apreciado pelos governos europeus e ditado pelo imperio estadunidense, avalia o cubano RamnCardona, secretrio para as Amricas da Federao Sindical Mundial (FSM), destacando o papel decisivo darecm-criada (leia mais na pgina 4) Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Comela, teremos voz prpria e nos incorporaremos ao processo de integrao regional que cada vez toma maiorcorpo, acima das diferenas e sistemas polticos de cada nao, afirma.A Celac sem dvida uma conquista histrica, mas o camino entre a eleio de Chvez e sua criao foi longo

    assim como ainda levar muito tempo para que o continente tenha uma integrao real. Durante essatrajetria, os governos progressistas da regio tiveram papel preponderante, mas esse processo no teria sidovitorioso sem uma base social forte, composta principalmente pela classe trabalhadora da regio e seusmovimentos polticos e sociais. Os trabalhadores e trabalhadoras foram fundamentais para cada uma das vitrias eleitorais que as forasprogresistas conquistaram desde a dcada de 1990, avalia o presidente da CTB, Wagner Gomes. Isso precisaser destacado, at porque antes da vitria de Chvez, Lula e outros lderes, o que tivemos foi uma avalanchede governos neoliberais em todo o continente, que tiraram nossos direitos, promoveram desemprego etiveram uma atitude de subservincia aos Estados Unidos. E mesmo assim conseguimos ter fora parareverter um quadro completamente desfavorvel, analisa o dirigente.Joo Batista Lemos, vicepresidente da FSM e dirigente nacional da CTB, cita a luta dos trabalhadores e dosmovimentos sociais latino-americanos contra a rea de Livre Comrcio dasAmricas (Alca) como exemplo de combatividade que precedeu as primeiras vitrias eleitorais no continente. Fomos capazes de nos contrapor a um projeto que s atendia aos interesses do imperialismo norte-americano. Mostramos que com unidade era possvel apostar em um outro modelo comercial para nossaregio, preservando nossa soberania e apostando no desenvolvimento de cada uma das naeslatinoamericanas, recorda.Trip progresistaPara Batista, a integrao que a Amrica Latina precisa e tem totais condies de colocar em prtica formada por um trip, composto por governos progressistas, participao efetiva dos movimentos sociais eprotagonismo da classe trabalhadora. A integrao que precisamos, para que tenha o xito que esperamos,no pode ser apenas comercial e aduaneira. Tem que ser tambm dos povos envolvidos, de modo que cadanao complemente as necesidades das outras, para que todas possam se desenvolver, sustenta.Ramn Cardona destaca que a situao vista atualmente na Europa serve como exemplo do que no deve serseguido pelos povos latino-americanos em termos de integrao. A criao da Celac partedo reconhecimentode igualdade dos Estados, do respeito soberania e autodeterminao de cada povo, do rechao a qualquerameaa e do uso da fora, do acatamento das normas e princpios do direito internacional, sustenta o

    dirigente da FSM, que tambm v outro ponto antagnico em relao integrao latinoamericana e a doVelho Continente: Iremos avanar contra a corrente do cenrio mundial marcado pela crise do sistemaeconmico, de orientao capitalista, que gera crescentes tenses nas democracias representativas de naesdesenvolvidas e desperta o surgimento do nacionalismo chauvinista e a expanso imperialista no OrienteMdio e na frica.Batista cita a experiencia da Aliana Bolivariana para as Amricas (Alba) como exemplo de integrao solidriaem parte do continente e um contraponto tentativa de implantao da Alca. Trata-se de uma tentativa deintegrao econmica regional que no se baseia essencialmente na liberalizao comercial, mas sim em umaviso de bem-estar social, troca e auxlio econmico mtuo. Esperamos que a Celac consigaexpandir por todaa Amrica Latina esse mesmo vis.A iniciativa do ESNAA partir de um cenrio poltico mais favorvel, foi possvel ao movimento sindical organizado (e comprometidocom a integrao regional) da Amrica Latina discutir de que maneira contribuir efetivamente para odesenvolvimento do continente. Em 2008, na cidade equatoriana de Quito, vinha tona a primeira edio doEncontro Sindical Nossa Amrica (ESNA), experiencia pioneira e baseada em trs eixos fundamentais:

    3 A luta pelo trabalho e pelo pleno emprego, contra a desregulamentao e a herana neoliberal, pela

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    reduo da jornada de trabalho e pelos direitos sociais; A luta poltica, de apoio s mudanas poltico-sociais no continente, ligando a luta sindical a uma maior

    perspectiva de poder, a partir de uma integrao soberana e solidria; A luta pela soberania nacional, alimentar, energtica e da biodiversidade do continente.

    O movimento sindical sem sombra de dvidas precisa se engajar mais nessa luta. Temosainda uma necessidade muito grande de implementar mudanas para obtermos mais avanos econmicos e,consequentemente, nos fortalecer e desenvolver, defende Batista, na condio de uma das principais

    lideranas do ESNA, presente em todas as suas quatro edies (no Equador, Brasil, Venezuela e Nicargua).Juan Castillo, representante do Plenrio Intersindical de Trabalhadores e Conveno Nacional dosTrabalhadores (PIT-CNT) do Uruguai e coordenador do ESNA, entende que o evento, cuja prxima edio serrealizada no Mxico, em 2012, j se tornou um ponto de encontro inevitvel para qualquer entidade quequeira debater a realidade do continente. Isso parans importante, ainda mais diante dos ltimos acontecimentos da crise econmica nos Estados Unidos, comconsequncias sociais importantes, como vemos agora na Europa em alguns pases onde era impensvel veralgo dessa natureza at pouco tempo atrs, como na Inglaterra, afirma.Batista destaca que o protagonismo dos trabalhadores importante no-somente para servir de contrapontoaos interesses imperialistas, mas tambm para fazer frente ao poderio exercido pelos empresrios latino-americanos. Temos que defender nossos interesses, a partir da valorizao do trabalho, mas deixando claro aoempresariado que estamos dispostos a defender o mercado da regio, afirmou.

    De nues t ra Amr i ca

    Amrica Latina tambm precisa deuma CELAC dos povos e dos

    trabalhadores.Por: Fernando Camasceno

    A transio para o sculo 21 na Amrica Latina tem sido caracterizada por uma srie de transformaespolticas e sociais, que exigem reflexes mais aprofundadas at mesm daqueles que acompanham de pertoesse processo. Atlio Boron algum que se prope a ese tipo de contribuio intelectual. Cientista poltico esocilogo, doutor em Cincia Poltica pela Universidade de Harvard, profesor da Universidade de Buenos Aires(UBA) e diretor do Programa Latino-americano de Educao a Distncia em Cincias Sociais (PLED), Boron um argentino que costuma se definir como um latino-americano convicto e orgulhoso do continente ondenasceu.

    A conversa com Boron, feita portelefone, se deu poucos dias aps aoficializao da Comunidade de EstadosLatino-Americanos e Caribenhos (Celac),iniciativa que tem no socilogo umgrande entusiasta. Ele, no entanto, vaialm, ao defendera necessidade de umaentidade popular de carter semelhantepara acelerar a integrao regional. AAmrica Latina tambm precisa de umaCelac dos povos e dos trabalhadores,sustenta.Ao longo da entrevista, seu ponto devista sobre o papel do Brasil para aacelerao da integrao regionaldesperta a ateno. O estudiosoargentino no poupa crticas elitebrasileira, por uma viso que Boronconsidera retrgrada e que,

    historicamente, evitou que o processo de integrao no continente se aprofundasse. Sua elite pensa que o

    Brasil sozinho pode emergir, ataca.A conversa com o intelectual argentino tambm passou rapidamente pela publicao de Aristteles emMacondo, livro recm-lanado no Brasil, cujas pginas trazem mais uma de suas contribuies ao debate

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    sobre a realidade poltica na Amrica Latina. Boron ataca diretamente as teorias sobre o fim da histria ereafirma a importncia da luta de classes e do combate ao imperialismo. Atlio Boron tambm falou sobrequais alguns aspectos da integrao ocorrida no entorno da Unio Europeia devem ser evitados, no intuito deque a populao latinoamericana no tenha de lidar no futuro com problemas semelhantes ao da atual criseque assola o Velho Continente. Precisamos manter nossa soberania, sustenta, antes de fazer uma rpidaanlise do papel que vem sendo desempenhado por Cristina Kirchner em seu pas e de sua expectativa para osegundo mandato da presidenta argentina.

    Confira a seguir:Viso Class is ta : At l io , nossa conversa ser sobre in tegrao la t ino-amer icana, mas ser ia i n te ressan te tam bm ouv i - l o um pou co a respe i to de seu novo l i v ro , A r i s t te les em Macondo . Umde seus temas a l im i tao do chamado cap i t a l i smo democr t i co em nosso con t inen te . poss ve l d i ze r , depo is de a lguns avanos nos l t im os anos , que estam os em um a fase de t r ans i o rum o a uma ve rdade i ra dem ocracia ou i sso a inda algo mu i to d i s tan te? A t l io Bo ron : Veja, a tese dolibro a de que existe uma transioque comeou h muito tempo, halgumas dcadas, desde que acabouoregime autoritrio em pases comoBrasil, Uruguai e Argentina. Mesmodepois de quase 30 anos, muitodifcilpoder dizer que completamos uma transio para um regime realmente democrtico. H um discursotriunfalista que aseguraque a Amrica Latina j completoua transio para a democracia, masentendo queisso no verdadeiro.Entendo que essa uma transio que foi iniciada, mas ainda no se encerrou. Temos um regimepsditatorial, mas que no pode ser denominado como democrtico. O que temos so regimes plutocrticos,

    nos quais os interesses de uma classe dominante so protegidos basta ver os ndices de desigualdadeeconmica e social que ainda perduram nos pases da regio.O que ocorre que nessa viagem imaginria de Aristteles a Macondo o grande filsofo se depara com o quese tornou a democracia e no gosta nada do que v.Viso Class is ta : Ao se re fer i r aos a tua is s is temas po l t i cos de nosso cont inente comop lu toc rac ias , de que fo rma ana l i sa as expe r inc ias recen tes como a A lba , a Unasu l e o p rp r io Mercosu l? E qua is suas expecta t ivas para a const i t u io daCelac?A t l i o Bo ron : O panorama sciopoltico da Amrica Latina nos permite ver ao menos quatro tipos de regimespolticos atualmente: um deles o regime cubano, que foi submetido a todo tipo de agresso e sabotagem emesmo assim resistiu, por mais de 50 anos, com um modelo poltico absolutamente revolucionrio. Temostambm um modelo que podemos chamar de reformismo radical, no qual podemos colocar a Bolvia, aVenezuela e o Equador. So pases que fizeram grandes transformaes nos ltimos anos, como ampliar seucarter democrtico, permitindo uma soberania popular muito mais forte do que em qualquer outranao da Amrica, com uma srie de instituies que melhoraram a qualidade da representao democrtica,como as consultas populares e os referendos revogatrios. No plano social, podemos dizer para citar apenasum exemplo que a Venezuela e a Bolvia acabaram com o analfabetismo.O terceiro grupo formado basicamente por Brasil, Argentina e Uruguai, nos quais tivemosexperincias moderadas, com muitos elementos de mudana e reformas sociais, mas sem aprofundidade do grupo anterior. Enquanto a Venezuela aposta em experincias como o socialismo do sculo21, Argentina, Brasil e Uruguai entendem que preciso encontrar alguma soluo para seus problemas dentrodo sistema capitalista. J o quarto grupo formado por governos extremamente conservadores, como Mxico,Colmbia e Panam, que no viam a integrao latinoamericana como uma prioridade, mar passaram a v-lacomo uma necessidade depois da recente criseeconmica.De modo geral, sem dvida vejo com bons olhos os avanos desses processos. A Unasul, porexemplo, se mostrou como algo positivo ao desativar projetos reacionrios como a tentativa de golpe de

    Estado na Bolvia, com a diviso do pas, em 2008, e tambm na crise ocorrida no Equador, em 2010. Quanto Celac, ela ter uma tarefa mais complexa, de extrema importncia para a ampliao da democracia latino-americana, mas certamente veremos os Estados Unidos fazendo o impossvel para que ela no funcione.Viso Class is ta : Se ana l isarmos somente o pape l que a c lase t raba lhadora pode v i r a te r nessep rocesso de i n teg rao , qua l debe se r sua pos tu ra? A t l i o Bo ron : Ela fundamental, pois esse um processo que deve vir desde baixo, pois sem isso no huma verdadeira integrao. Se a classe trabalhadora no se mobiliza, no persegue os mecanismos deintegrao da regio e seu carter supranacional, mesmo tendo iniciativas importantes como a Unasul e agoraa Celac, h o risco de essas entidades carem nas mos de uma democracia internacional e perderem seupapel original. preciso, portanto, lutar por mais democracia tambm nesse nvel internacional.A classe trabalhadora tem que ter esse papel de avanar por mais conquistas. Tem que existir tambm umaCelac dos povos, dos trabalhadores. A nica garanta que temos de que a Celac vai funcionar est napossibilidade de ela abrir espao para os movimentos populares. As centrais sindicais da regio precisam teressa consciencia e trabalhar de forma efetiva pelos seus direitos.

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    Viso C lass i s ta : Ass i s t imos a tua lmen te a um cen r io deso lado r nos pa ses que fazem pa r te da Un io Eu rope ia . Que exemp los do Ve lho Con t inen t e a Am r i ca La t i na deve ev i t a r em seu p rocesso

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    de in teg rao , pa ra que no ve jam os po r aqu i , no fu tu r o , o que oco r re nes te m om en to em naes com o Grc ia , Por t uga l e Espanh a?A t l i o Bo ron : Acredito que o primeiro exemplo que no devemos fazer tem a ver com a soberana nacional.No devemos deleg-la a organismos internacionais, deixla ser controlada por burocratas. A Europa tem umasupremaca que hoje precisa ser subordinada burocracia. E essa burocracia sem dvida executa umprograma econmico a servio do capital.Em segundo lugar, preciso evitar que a integrao supranacional caia nas mos de grandes empresas. Vimos

    isso na Amrica Latina durante todo o auge do perodo neoliberal. A experincia da Unasul felizmente jdemonstrou que podemos superar isso. O fracasso est dado quando o capital se coloca acima dos interessessociais. preciso dar a devida ateno para os salrios e os direitos dos trabalhadores, algo que no foi feitoem Portugal, na Espanha, na Grcia. necessrio sempre pensar em como melhorar a situao de quem estna parte de baixo da sociedade, ao contrrio do capital, que sempre os nivela ainda mais para baixo.Viso Class is ta : Nesse proceso de in tegrao la t ino-amer icano, qua l sua op in io a respe i to do pape l do Bras i l? Estam os pront os para ocupar a pos io de l deres ou a inda tem os que evo lu i r m u i to pa ra chega rm os a esse pon to? A t l i o Bo ron : O Brasil tem essa caracterstica naturalmente, por ser nosso irmo maior, embora para ns issoseja um pouco difcil de admitir. Mas h um grande problema com sua clase dominante, que no tem nenhuminteresse em ver seu pas exercer esse papel de liderana. Vou lhe dar um exemplo concreto: j estive namaioria das grandes ciudades brasileiras e posso lhe falar que em nenhum hotel no qual eu tenha mehospedado jamais vi alguma TV por assinatura que transmitisse qualquer emisora da Amrica do Sul. E issono me parece ser por acaso. uma poltica planejada, que opta por permanecer completamente isolado em

    seu prprio continente. uma maneira de dominar o povo de seu pas,mesmo sabendo que ao seu redor esto diversos povos que falam um idioma que pode ser aprendidorapidamente pelos brasileiros algo que completamente impossvel na Europa, onde para se comunicar comas elites preciso falar ingls ou francs.Tenho a convico de que a elite brasileira tem uma ideia absolutamente atrasada. Issocontribui negativamente para as dificuldades que temos de avanar na integrao latinoamericana.Sua elite pensa que o Brasil sozinho pode emergir. Essa viso est longe de corresponderaos anseios de algum que deseja alcanar um maior protagonismo internacional. Por outro lado, o Brasil temtotais condies de exercer esse protagonismo, mas essa caracterstica certamente tem contribudonegativamente para nossa integrao ainda permanecerto atrasada.O Brasil, por exemplo, tem uma elite que sempre resistiu muito a Chvez e tambm prpria Celac. Oprprio Itamaraty no queria ver o Mxico na Celac, pelo receio de que o Mxico, por tambm ser muitogrande, pudesse diminuir o papel brasileiro no novo rgo. Isso absurdo. A verdade que a diplomacia doBrasil no esteve to bem nos ltimos anos, especialmente na ltima dcada, quando se preocupou mais como assento permanente no Conselho de Segurana das Naes Unidas.Viso C lass i s ta : A respe i to de seu pa s , a p res iden ta Cr i s t i na K i r chne r t eve h pouco tempo uma exp ress i va v i t r i a nas e le i es . O que espe ra r de seu segundo m anda to? A t l i o Bo ron : Ela sem dvida conseguiu alguns avanos, tanto sociais como em direitos humanos. A Argentina, sem dvida, hoje um pas com a desigualdade menor do que h oito anos, graas incluso de setoressociais que antes no recebiam qualquer ajuda e que muito sofreram com os anos de influncia neoliberal.Houve uma iniciativa ousada, doBenefcio Universal por Filho, algo na linha do Bolsa Famlia, que teve sua importncia. Temos que destacartambm a melhoria de questes bsicas para o povo e a possibilidade de insero de novos atores polticos.Por outro lado, apesar da retrica de que estamos avanando, a Argentina ainda sofre com o peso doneoliberalismo. A Carta Orgnica do Banco Central argentino ainda herana denosso ex-ministro ultraneoliberal, Domingos Cavallo. Houve tambm em alguns setores apenas medidas

    paliativas, mas agora a presidenta tem a tarefa de deixar mais para trs esse modelo neoliberal. Em resumo,a Argentina tem ainda que fazer uma mudana muito firme em sua poltica econmica e abrir mais espaospara os anseios populares.

    De nues t ra Amr i ca

    Amrica Latina en Malvinas

    Por: Jos Steinsleger

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    En la primera mitad del siglo XIX, el Banco de Inglaterra (fundado por el pirata William Paterson) respald alimperio esclavista de Brasil, urdi la balcanizacin de las Provincias Unidas del Ro de la Plata, y junto conWashington conspir contra la Federacin Moraznica y la Gran Colombia bolivariana. Y en la segunda mitad,

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    financi la guerra de la Triple Alianza contra Paraguay, y el militarismo chileno que en la del Pacfico despoj aPer de territorios sureos y dej a Bolivia sin mar.Minimizando el colonialismo en el Caribe, Asia, frica y Medio Oriente, los cipayos leen la historia de Inglaterracomo dechado de civilizacin versusbarbarie, cuando no ha sido ms que fbrica de historiadores sicofantes ypensadores que abominan todo lo que no es ingls y pensando que los dems pueblos slo pueden serfelices si adquieren sus instituciones, las costumbres, las maneras que a ellos los hacen felices (Ea deQueirs, 1882).

    Luego de la derrota militar en las islasMalvinas (1982), el historiador JorgeAbelardo Ramos record las palabrasburlonas de Margaret Thatcher al decir que habra sido la lucha de la democraciainglesa contra la dictadura argentina. Loirnico, concluye Ramos, no radicaba tantoen la proverbial hipocresa britnica, sino enla de ciertos intelectuales y polticos que, araz del infausto desenlace blico,descubrieron el terrorismo de Estado quevenan solapando desde 1976, y mucho msletal que el pattico gobierno constitucionalde Isabel Pern.

    Hace unos das, ajustado a esa poltica dedifamacin y arrogancia imperial, el premierDavid Cameron se pas de tragos. Frente ala solidaria decisin de los pases delMercosur de no permitir que buques conbandera de las llamadas Falklands atraquenen puertos de la subregin, sostuvo que elreclamo argentino sobre el archipilago del

    Atlntico sur era mucho ms que colonialismo (sic), porque esa gente los kelpers , habitantes de lasMalvinas quiere seguir siendo britnicaCameron se sirvi otro trago y, a continuacin, leer para creer: invoc el derecho de los pueblos a laautodeterminacin! Deferencia que Su Majestad le neg al pueblo de Hong Kong, cuando la ex coloniabritnica pas, finalmente, a manos de China popular (1997).El vicepresidente argentino, Amado Boudou, calific las declaraciones del ingls como un exabrupto torpe eignorante de la realidad histrica la Argentina naci en su pelea contra el colonialismo. Por su lado, elcanciller Hctor Timerman, de gira por los pases de Amrica Central, observ en entrevista con el diarioPgina 12 de Buenos Aires: Llama la atencin que Gran Bretaa hable de colonialismo cuando es un passinnimo de colonialismo.Dick Sawle, uno de los miembros de la Asamblea Legislativa de las Malvinas (3 mil habitantes), asegur queel Reino Unido ahora mismo no es un pas colonialista Es un error hablar de eventos de hace ms de 170aos. Opinin que a ms de unir al Congreso argentino en un solo puo, mereci del dirigente poltico PinoSolanas la siguiente aclaracin: De los 16 enclaves coloniales que an subsisten en el mundo, 11 son delReino Unido.Los ingleses sangran por la herida: en 1833 ocuparon las islas y en 1982 ganaron una batalla. Sin embargo,desde 2003 la poltica exterior independiente y soberana del gobierno de los Kirchner viene ganando la guerraen el campo de la diplomacia, las negociaciones que Londres se niega a entablar en el marco del derechointernacional y las resoluciones del Comit de Descolonizacin de Naciones Unidas.

    De hecho, Pgina 12 recuerda que la nica estrategia del Foreign Office ha sido la decisin de apelar alpodero militar y al Consejo de Seguridad de la ONU, una vez que no prosperara la maniobra para que laComunidad Europea reconociera a las islas como territorio britnico de ultramar. Frustracin que llev algeneral David Richards a elaborar planes de contingencia, frente a los informes de inteligencia recibidos porCameron, dando cuenta de una eventual invasin de pescadores para plantar en Malvinas banderasargentinas.Los tiempos han cambiado. La causa anticolonial de Malvinas ya no es un asunto meramente argentino.Amrica Latina cierra filas. En concreto, Chile y Uruguay rechazaron el ingreso de buques con rumbo a lasislas, los pases de Amrica Central se han solidarizado con Argentina, y el canciller Antonio Patriota, haciendohonor a su nombre, convalid estas posiciones en el transcurso de una conferencia de prensa sostenida juntocon su homlogo britnico, William Hage.El Departamento de Estado, inclusive, acaba de reconocer que el diferendo compete al entendimiento bilateralentre Argentina y Gran Bretaa. Las nicas posiciones discordantes fueron las de un par de senadores chilenos(pinochetistas), y la de Mxico.

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    A pesar de haber suscrito en todos los foros internacionales los derechos inalienables de Argentina sobre

    las Malvinas, la cancillera mexicana no ha dicho una palabra sobre de las bravatas polticas y maniobras

    militares de la piratera inglesa en las aguas del Atlntico Sur.

    Doss ier

    2012: El parteaguas

    latinoamericano?Lejos de cataclismos supuestamente avisados al mundo de hoy por nuestros antepasados,

    estudiosos aseguran que Amrica Latina se aboca este ao, por el contrario, al umbral de una era

    nueva

    Por: Marina Menndez QuinteroViendo a los indignados en las calles de Europa y Estados Unidos mientras el Fondo Monetario sigue dictandolas mismas recetas detonadoras del caos, pueden entenderse mejor, por contraste, las interpretaciones deestudiosos como el astrlogo chileno Jaime Hales. Amrica Latina, asegura, se adentra en una nueva poca.Sumado, como muchos, a quienes se niegan a creer en la denominada profeca maya que anunciara el fin dela Humanidad este ao, Hales, un democratacristiano que fue agregado cultural en Mxico antes de fundar laAcademia de Estudios Holsticos Syncronia, sostiene tambin que el mundo no se acaba el prximo 21 dediciembre, segn se ha aseverado atendiendo al calendario de una civilizacin asentada en el surestemexicano. En su opinin, el aviso real dejado por una sociedad que se destac por sus avanzadosconocimientos astrolgicos es otro para este 2012: El final de una tremenda y larga poca de miles de aos,para dar paso a algo completamente nuevo y diferente. Y ello ocurrir, afirma, en Latinoamrica.Pero no se trata solo de mticos augurios. Siguiendo los acontecimientos puede colegirse que, en efecto, algo

    distinto aqu se gesta.Segn el investigador, 2012 un perodo pequeito en un espacio de miles de aos ser un punto deinflexin donde los seres humanos, sobre todo de Amrica Latina, comenzamos a adquirir conciencia denuestra importancia y de la posibilidad de fundar algo nuevo.Ms all de los pronsticos mayas y de sus interpretaciones, esa es una posibilidad que puede adivinarseapenas se toma el pulso a esta regin del planeta.Pariendo un coraznDespoblados y en ruinas por la agresividad de los conquistadores cuyos descendientes sufren ahora el escarniode una forma distinta de saqueo, los terrenos ridos y altos donde la tambin slida arquitectura maya erigisus observatorios para estudiar los astros, estn habitados solamente por espritus. Por eso a expertos comoJaime Hales solo les queda interpretar su legado.No habra necesariamente, sin embargo, que acudir a la astrologa ni escuchar la voz de los ancestros.Quin podra ignorar que vivimos un momento indito en la historia latinoamericana y caribea?

    Nunca antes pareci tan extendida la conciencia y, lo que es igual de importante, la voluntad poltica paraenrumbar por camino propio nuestro destino. Los cambios en pos de l estn en marcha aunque concretarloscostar an dcadas, y rebasan el mero nuevo orden econmico y social que en muchos puntos de la reginempieza a prevalecer.Para percibir en toda su magnitud esas transformaciones no bastara sopesar que frente al desastre que elmanejo capitalista de la crisis econmica y financiera est infligiendo a los ciudadanos de Estados Unidos y lamayor parte de Europa, los pases latinoamericanos, de vuelta de los ajustes que radicalizaron a las masas yllevaron al poder a los gobiernos mayormente nacionalistas de hoy, crecieron (segn adelant la CEPAL) un4,3 por ciento en 2011, redujeron el desempleo, que ahora toca cifras rcord en naciones del Viejo Continente,y adelgazaron una pobreza aosa y gigantesca que, empero, contina siendo un reto. No por gusto en laltima Cumbre Iberoamericana, segn cont a Telesur el lder venezolano Hugo Chvez, el ahora expresidente del Gobierno espaol, Jos Luis Rodrguez Zapatero, fue concluyente: Espaa vino a or.

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    Tampoco resultara suficiente apuntar el notorio sesgo social que acompaa a las polticas de crecimiento,manejadas ms justamente por estados que recuperan el poder entregado antes a las transnacionales en

    virtud de la ley ciega del mercado y la privatizacin.

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    Es ms: lo que se gesta no toca solo a naciones, y podra involucrar a la regin entera si cristalizan esfuerzossupremos como el de la integracin plasmada en la recin nacida Comunidad de Estados Latinoamericanos yCaribeos (CELAC).Los nuevos derroteros estn en el sustrato que nos lleva a esa unin.Una nueva forma de vidaFluyendo junto a los programas de gobierno que no tienen por qu constituir un modelo nico aplicable atodos los pases palpita una nueva forma de vida que consolidara la independencia real desde adentro,

    potenciando lo que se ha dado en llamar endgeno y que tiene inspiracin, precisamente, en el pasado.Ms que un nuevo hombre, est en gestacin un nuevo tipo de sociedad caracterizada por esa filosofa delbuen vivir que desprecia lo banal y no esencial a la vida humana salvando, junto al hombre, a la MadreTierra: un modo de existencia enarbolada por otro indgena, el aymara Evo Morales, y que caracterizprecisamente hace cinco siglos a nuestras civilizaciones originarias.Sociedades armnicas que no se enfrentan, sino que colaboran, enlazadas por lo que podra llamarse unaverdadera buena vecindad. No la que preconiz la desintegracin panamericana desde el Norte paradevorarnos; hablo de esa otra no acuada y que aflora, sin embargo, cuando los mdicos cubanos salvanvidas en otras naciones, o el presidente Chvez brinda el petrleo venezolano a las pequeas islas antillanaspara formar ese arco energtico bautizado como Petrocaribe.Con su estratgica visin de humanidad y de futuro, tales gestos tienen mucho de esa vocacin sine qua nonpara sobrevivir en estos das convulsos en que pareciera, ciertamente, que el mundo se acaba.Solidaridad y complementariedad son las palabras de orden en Amrica Latina, y pudieran resultar la salvacindel hombre. La una, para brindar la mano y juntos pases pobres y pequeos, hacernos fuertes frente a los

    poderosos. Complementariedad para ofrecer al de al lado aquello que le falta y sustentarnos desde adentro,sin necesidad de depender de quienes oprimen y vivieron casi hasta ayer de nosotros.As, Latinoamrica teje sin teorizaciones previas, pero aportando conceptos totalmente nuevos, ese algo alque pudo aludir Hales y que rebasa lo concerniente, de manera estrecha, a uno u otro pas.Experiencias de implementacin reciente y que pudieran ser cada vez ms extendidas demuestran cmo esposible materializar en Amrica Latina y el Caribe ese nuevo modo de vida que llegara a salvar, incluso, a unacivilizacin que el egosmo tiene amenazada de muerte.Proyectos y empresas que rebasan los lmites territoriales y denominadas grannacionales una indita formade produccin conjunta echan a andar en el marco de la Alternativa Bolivariana para los Pueblos de NuestraAmrica (ALBA), en tanto la iniciativa de un Banco del Sur que dote a esos propsitos de financiamientopropio, se perfila como una necesidad impostergable que sera otro acontecimiento sin precedentes en elllamado Tercer Mundo.Lo que vieneClaro que no ser cosa que se definir en 12 meses. Pero el ao que recin ha comenzado resultar, noobstante, crucial para constatar si podemos o no lograrlo.De un lado, la recomposicin o la profundizacin de relaciones entre pases de la regin constituye un buenprembulo cuando toca en este ao a la CELAC la prueba de fuego de su primera Cumbre en Chile, donde seaquilatar el bro con que el conglomerado se estrena.A ello se suman acontecimientos que constituirn el nudo gordiano del ao, porque para asegurar que no sefrustre esta forja, seguir siendo imprescindible la inclinacin poltica de la balanza.Luego de los procesos que en 2011 reeligieron a Cristina Fernndez en Argentina y al nicaragense DanielOrtega, en tanto era llevado a la presidencia de Per el nacionalista Ollanta Humala, el prximo 1ro. de juliosern los comicios de Mxico, que tienen desde ya en vilo a buena parte del pas. La avistada posibilidad deuna vuelta del Partido Revolucionario Institucional (PRI) o la llegada a la primera magistratura de la izquierdapersonificada en Andrs Manuel Lpez Obrador con el sustento del Partido de la Revolucin Democrtica y eldel Trabajo, entre otras fuerzas polticas, constituirn noticia.Pero en octubre, las elecciones presidenciales venezolanas decidirn no solo la continuidad del proceso que

    Chvez, aspirante a la reeleccin, lidera. Con la Revolucin tambin estar sobre el tablero la integracinlatinoamericana, que se sabe tiene uno de sus principales puntales en la Venezuela Bolivariana.Mientras el denominado estado de bienestar es echado abajo en Europa por las medidas de ajuste de lasque los de esta parte del orbe vienen aleccionados y de vuelta; cuando la rebelda popular en pases del MedioOriente es manipulada por las potencias occidentales para otro reparto del mundo mediante no declaradasguerras, Amrica Latina y el Caribe sientan las bases para demostrar que, en verdad, se puede cambiar almundo. Tal ser el sino principal de sus gobiernos y pueblos en este 2012.Eso, quiz, fue lo que avizoraron nuestros mayas.

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    Mundo Econmico

    EL MILAGRO ECONMICO DE CHINA

    Por: Hedelberto Lpez Blanch

    Tras conversar con varios especialistas en Beijing y Shanghai, el autor analiza el creciente desarrollo de laRepblica Popular China.Pese a que algunos pronsticos de analistas occidentales auguraban que la crisis capitalista mundial afectarael desempeo de la Repblica Popular China, los datos recin publicados indican lo contrario pues el ProductoInterno Bruto (PIB) del gigante asitico creci 9,4 % en 2011.Pero no solo eso, sino que un informe del Fondo Monetario internacional (FMI) augura que la economa deChina superar a la de Estados Unidos, en trminos reales, en el 2016. Los analistas ms cautos posponen esaposibilidad para mediados de la dcada de 2020.El FMI analiza no solo los tipos de cambios verdaderos, sino tambin el escenario en trminos reales de laseconomas con Paridades de Poder Adquisitivo (PPA). O sea, compara lo que las personas ganan y gastan ensus economas domsticas.Bajo el PPA, la economa de China se extender de 11.2 billones de dlares este ao a 19 billones en el 2016.Mientras tanto, el tamao de la economa estadounidense aumentar de 15.2 billones de dlares a 18.8billones.China tiene una extensa cultura acumulada durante cinco milenios y ha logrado con laboriosidad e inteligenciacrear una civilizacin basada en un pas pluritnico unificado.Como indican algunos de sus economistas, el pas transita por un camino de desarrollo que responde a susituacin nacional: el camino del socialismo con peculiaridades chinasA partir de 1978 la nacin asitica estableci un proceso de reformas y aperturas para poner nfasis en laexploracin del camino de la modernizacin socialista en consonancia con la situacin bsica del pas y las

    demandas de la poca.El salto result vertiginoso: el volumen econmicoglobal se octuplic de 1978 a 2010 y alcanz unProducto Interno Bruto (PIB) de 5,88 billones dedlares. En 2011 desplaz a Japn y se convirti enla segunda economa mundial despus de EstadosUnidos.

    La modernizacin se observa por todas partes enesta inmensa nacin y con una base material msslida, se profundiza el desarrollo de laindustrializacin, la informatizacin, urbanizacin yla comercializacin.Asimismo, el nivel de vida de la poblacin haalcanzado grandes adelantos pues pas de lainsuficiencia de ropa y alimentos hacia la casisatisfaccin de las necesidades fundamentales desus 1 300 millones de habitantes.Si en 1978 existan ms de 300 millones de

    personas que vivan por debajo del ndice de pobreza, esa cifra se ha reducido a 25 millones y el Estado realizagrandes esfuerzos y ofrece ayuda a las familias para solventar a corto plazo esa situacin.La renta global nacional per cpita equivalente al nivel promedio mundial pas del 24,9 % en 2005 al 46,8 %

    en 2010.Otros datos son satisfactorios: El volumen global de importaciones y exportaciones aument de 20 600millones de dlares en 1978 a 2 974 billones de dlares en 2010; de 1979 a 2010 se utilizaron 1 048 billonesde dlares como inversin directa fornea.En la actualidad, China ha establecido mecanismos bilaterales de economa, comercio y cooperacin con 163pases y regiones, ha firmado 10 convenios sobre zonas de libre comercio; acuerdos de proteccin deinversiones con 129 naciones y 96 de eliminacin de doble tributacin.La nacin asitica tambin ha jugado un papel fundamental en la disminucin de los efectos de la crisiseconmica mundial (sobre todo para los pases en desarrollo) al importar un promedio anual de mercancaspor valor de 750 000 millones de dlares lo que significa alrededor de 14 millones de puestos de trabajo en lasregiones y pases concernientes.En los ltimos 10 aos, las inversiones directas en el exterior de tipo no financiero se increment de 1 000millones de dlares a 59 000 millones lo cual ayud al desarrollo de esas naciones.

    Con la profunda crisis que atraviesan Estados Unidos y la Unin Europea, el presidente Hu Jintao asegur queen 2012 el peso de los productos exportables se dirigir hacia los pases en vas de desarrollo debido a la

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    poca probabilidad del aumento de la demanda de los industrializados y al mismo tiempo se importarnmayores productos desde esas regiones.En una reciente visita de trabajo a esa nacin, pude observar y conocer el enorme desarrollo eninfraestructura, construcciones, carreteras y fbricas de todo tipo que se encuentran en ejecucin.Para indagar cmo se ha logrado el despegue econmico y cules son las perspectivas futuras de esa nacin,convers con Zhu Ping, vice jefe de Departamento de Asuntos Exteriores del diario Economic Daily, y conWang Xinhuan, director de Relaciones Internacionales del mismo rgano de prensa que se edita en Beijing.

    Con el nombre de Peridico Econmico de China, el diario ha reportado los cambios ocurridos en ese pas enlos ltimos tiempos. Para Zhu Ping, los logros alcanzados en el abrupto desarrollo se debieron a la aperturainiciada en 1978 y la base fundamental fue abrirse al exterior y aprender las experiencias de los pases msdesarrollados lo que posibilit ahorrar tiempo para avanzar en la industrializacin y las innovaciones contecnologas propias en todos los sectores.Un ejemplo de lo que explicaba el interlocutor es que ya por las diversas ciudades se observan trenes ynumerosos autos confeccionados con tecnologas netamente nacionales lo cual tambin se ha extendido a laaeronutica, las telecomunicaciones de punta y la rama militar.Zhu indic que se cuenta con recursos humanos nacionales de excelencia en las diferentes esferas(universitarios y tcnicos superiores) que en 2015 sern 156 millones de personas, y as se continuarperfeccionando y asimilando nuevas tecnologas para ampliar la demanda interna de sus habitantes. Seincorporarn capitales a empresas de punta, manufactureras y de la agricultura para alcanzar una economaeficiente, flexible y con soporte fijo.En cuanto a la posibilidad de que el renmimbi o yuan pueda convertirse en un futuro en una moneda

    internacional opcional como el dlar o el euro, Wang Xinhuan seal que ya existen 10 pases donde senegocian los productos con esa denominacin y tambin se usa en el comercio internacional.Pero asegur Xinhuan que lo ms importante no ser en qu moneda se negocie, sino lograr un desarrolloequitativo, justo y social para el pueblo chino y que se eliminen las diferencias que aun subsisten entre laparte este y el oeste del territorio.Explic que China tiene una poblacin numerosa y una base econmica todava dbil. Posee el 7,9 % de latierra cultivable del mundo, el 6,5 % de los recursos de agua dulce del orbe y agrupa a cerca del 20 % de lapoblacin de la Tierra y sus xitos son compartidos por ms de 1 300 millones de chinos.Por tanto, satisfacer constantemente la demanda de subsistencia y desarrollo de su numerosa poblacinconstituye uno de los desafos ms difciles para su gobierno y Estado.No obstante, despus de esta visita a China, pienso que los logros alcanzados en tan corto perodo de tiempose pudieran resumir en pocas palabras: Un Milagro Econmico.

    Mundo econmico

    Liberalizacin econmica y empleo

    Buenos Aires, 12 de enero de 2012 Es un dato conocido que muchos analistas confunden, o aparentan confundir, el hecho de que dos fenmenosocurran al mismo tiempo con que exista una relacin de causalidad entre ambos. Este parece ser el caso deuna nota recientemente publicada por la Organizacin para la Cooperacin y el Desarrollo Econmico (OCDE),donde se sealan los supuestos beneficios de la liberalizacin econmica en trminos de empleo. Un claroobjetivo de una institucin asociada a la dominacin mundial y que hace propaganda por la liberalizacin de laeconoma en tiempos de crisis capitalista. Asociar la problemtica liberalizadora al crecimiento del empleo

    apunta a deslegitimar los reclamos de los trabajadores contra el ajuste que promueven las polticas anti crisisde las clases dominantes en el capitalismo mundial.El artculo de marras comienza planteando una pregunta tpica para este tipo de anlisis: el comerciointernacional acaba con los empleos o los genera? Uno estara tentado a responder una obviedad: depende.Depende de en qu contexto histrico nos situemos; de qu tipo de pases estemos hablando, de qu tipo decomercio, y en qu circunstancias. Una empresa puede trasladar parte de su produccin de Europa a Asia enbusca de bajos salarios, y esto puede generar desempleo en Europa, pero mantener el nivel de empleo globalinalterado. O puede redundar en un aumento global del empleo a causa de una mayor produccin, pero conmenores niveles de salario y peores condiciones laborales para los trabajadores depende.Pero aceptemos la propuesta del artculo. All parecen quedar desmentidas varias nociones de nuestro sentidocomn que se fueron construyendo a partir de nuestra experiencia histrica. El artculo resume: a) laseconomas abiertas, a diferencia de las protegidas, logran niveles ms altos de crecimiento econmico; b) laapertura comercial ha contribuido a la creacin neta de empleos; c) la estabilidad laboral total ha cambiado

    muy poco.

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    Discutamos los argumentos

    Ahora bien, de dnde surge esta informacin? Cules son los argumentos a partir de los cuales podemospensar que esto es cierto? Sobre la segunda pregunta el texto dice poco. Pero vayamos a la primera. Sabemosque, como deca de manera poco feliz el famoso econometrista, si uno tortura suficientemente los datos, estosacaban por confesar; pero qu datos utiliza la OCDE?Un anlisis muy sencillo con datos de la CEPAL y la Oficina de Estadsticas Laborales de Estados Unidos (BLS)

    nos muestra algo un poco distinto. En los ltimos 20 aos, la tasa de desempleo abierto en Estados Unidos,Japn, Francia, Alemania, Italia, Suecia e Inglaterra, ha crecido un 71%, 140%, 17%, 44%, 22%, 361% y11% respectivamente. Y en trminos absolutos en estos pases, el volumen de trabajos industriales ha cadoen un 20%, 26%, 22%, 1,4%, 5,4%, 30%, y 37% en el mismo perodo.Hablamos de los ltimos 20 aos porque entendemos que es a principios de los 90 donde podemos situar unaespecie de xito por la fiebre liberalizadora, y en este sentido es til ver los efectos de largo plazo de lasmedidas. Es el tiempo del fin de la bipolaridad y del sueo del fin de la historia y el fin de la ideologa quepermiti imaginar el triunfo del capitalismo sobre cualquier orden alternativo. En Amrica Latina ya conocemoslas consecuencias de las polticas hegemnicas en los 90. En Argentina, si bien en la ltima dcada eldesempleo ha cado, segn el INDEC, hasta el 7-8% de la poblacin econmicamente activa, no ha logradorecuperar los niveles cercanos al 3-5% que tuviera en todo el perodo que va desde mediados de la dcada del40 hasta fines de los 80. Y de hecho estamos hablando de un empleo totalmente distinto.Segn los datos del CEPED-UBA, el poder adquisitivo del salario es en la actualidad el ms bajo de toda laserie que transcurre de aquel entonces hasta ahora, lo que explica los enormes techos en la tasa de empleo

    (42% de la poblacin total) y en la poblacin que sale a buscarlo (como decamos al principio depende). Enlo que respecta a, Brasil por ejemplo, la tasa de desempleo en 2008 era aproximadamente el doble de la de1995, en Mxico est prcticamente en el mismo nivel, y en Chile ha subido un 2%.Pero en realidad, como decamos al principio, estos datos solos no alcanzan para explicar nada. Lo que shacen es mostrar que no parece haber una mejora sustantiva en los ndices de empleo como lo afirman losanalistas de la OCDE. Pero aunque mostrasen lo contrario (como por ejemplo en el caso de Ecuador), sera unerror que no tengamos en cuenta los efectos que la coyuntura internacional en trminos de los precios de losproductos de exportacin de nuestros pases estn teniendo sobre nuestras economas. Es decir, sera un errorque caigamos en el mismo juego que criticamos. No se puede analizar la pregunta que plantea el artculomostrando simplemente una correlacin entre apertura econmica y empleo, porque hay una enorme variedadde situaciones intervinientes que debemos considerar Lo que no estara mal que sugiramos al pasar es querevisen los datos, porque son muy sugestivos para que afirmemos todo lo contrario.Cambios en la divisin internacional del trabajoLo que s es cierto es que en los ltimos aos, la divisin internacional del trabajo tradicional de intercambiode productos primarios por manufacturas elaboradas entre periferia y centro respectivamente, est siendoreemplazada por un proceso complejo donde la periferia interviene tambin (dado que la exportacin deproductos primarios sigue existiendo) en la exportacin de productos elaborados, incluso aumentandosignificativamente su participacin en la exportacin de productos con un alto componente tecnolgico.En trminos muy esquemticos, lo que sucede es ciertas empresas con capacidad de operar a escalatransnacional, han adquirido la posibilidad de trasladar a la periferia segmentos enteros de las cadenasproductivas (producto del desarrollo de la tecnologa de la informtica y las comunicaciones), utilizando al pasreceptor exclusivamente como plataforma de exportacin.El proceso es sencillamente la bsqueda de bajos costos de mano de obra. En palabras de Giovanni Arrighi(1997:188), podemos decir que asistimos a una divisin del trabajo donde el centro es predominantemente ellugar de emplazamiento de las actividades cerebrales del capital corporativo y la periferia el locus de losmsculos y los nervios.Asistimos a un proceso de expansin de la relacin salarial, donde la fbrica del mundo se traslada desde el

    centro capitalista a la periferia. Ese es el lugar crecientemente asumido por China en la economa mundialcontempornea y que explica en buena medida el crecimiento del empleo y la explotacin mundial de lostrabajadores, pese a la disminucin del empleo, no solo por la crisis, en los principales pases capitalistasdesarrollados. En plena crisis ocurren prdidas de empleo en los territorios tradicionales e histricos deldesarrollo capitalista, al tiempo que se expande la relacin social de explotacin en nuevas fronterasterritoriales de valorizacin del capital.Grfico n 1. Relacin entre las exportaciones de alto contenido tecnolgico de pases seleccionados y losEstados Unidos.

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    1981/1986 1990 1999 2006

    Asia 5 Amrica Latina 33 Mxico

    Fuente: Pinazo y Piqu (2011), Desarrollo Latinoamericano en el marco de la Globalizacin, en Problemas delDesarrollo, UNAM, n 166.

    Ahora bien, esta exportacin de productos de alto contenido tecnolgico no ha alterado ni la participacin delos pases en valor agregado mundial, ni ha modificado sensiblemente el nivel de sus salarios.Fundamentalmente porque se trata de un traslado de segmentos intensivos en mano de obra, en busca de unareduccin en los costos, y no de un proceso de desarrollo industrial, en ninguno de los sentidos en que se

    pueda pensar la palabra.Esta ltima cuestin quizs nos sirva para pensar el esfuerzo argumentativo, y la tortura de datosconsiguiente, a los que comnmente se someten los idelogos del librecomercio, para hacernos creer lo buenoque es para nosotros que abramos nuestras fronteras y les dejemos hacer sus negocios.En sntesis, nos preocupan los contenidos profesionalistas y objetivos que difunden agenciasinternacionales que pretenden estar ms all de unos o de otros. En nuestro caso queremos enfatizar que laOCDE realiza anlisis que son fuente de informacin para la toma de decisiones en los mbitos de podermundial, especialmente el G20, ncleo que define el rumbo del capitalismo mundial en crisis.No solo se trata de denunciar y desarmar la argumentacin de las clases dominantes, sino de construirpensamiento propio para la emancipacin de las clases subalternas. Es que en los ltimos 20 aos no soloexisti la ofensiva dominadora del rgimen del capital por restaurar la dominacin capitalista objetada por lasluchas obreras y populares por dcadas en un marco bipolar. El proyecto del capital trata de obturar laspropuestas de emancipacin de los trabajadores, pero no puede evitar la experiencia de resistencia yconstruccin de alternativa poltica, social y cultural, algo que verifica la realidad de nuestramrica a

    comienzos del Siglo XXI. Vale adicionar que al proyecto del capital se le suma un modelo sindical conciliador yposibilista encarnado en el mbito global por la Central Sindical Internacional que deja afuera de larepresentacin a millones de trabajadores, la mayora precarizada; pero tambin debe registrarse laexperiencia renovadora del agrupamiento de trabajadores en el Encuentro Sindical Nuestra Amrica, expresinde un modelo unitario y de clase en proceso de extensin, que agrupa organizacin de trabajadores ms allde la organicidad sindical, interpelando a los trabajadores en el territorio y en las condiciones generalizadas deprecariedad para la instalacin de un modelo de organizacin y lucha de los trabajadores para la confrontacincon la iniciativa de las clases dominantes y la proposicin de alternativa anticapitalista.

    Julio Gambina Germn Pinazo Victor MendibilPresidente Miembro Fisyp Secretario GeneralFundacin de Investigaciones Sociales Federacin Judicial Argentina

    y Polticas, Fisyp

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    P or e l m u n d o

    2012, el ao del Juicio FinalPor: James Petras

    IntroduccinLa perspectiva social, poltica y econmica para 2012 es extremadamente negativa. El consenso casi universal,incluso entre los economistas ortodoxos convencionales, es pesimista respecto a la economa mundial. Aunqueincluso aqu sus predicciones subestiman el alcance y la profundidad de la crisis, hay poderosas razones paracreer que 2012 ser el principio de un declive mayor que el experimentado durante la Gran Recesin de 2008a 2009. Con menos recursos, mayor deuda y una creciente resistencia popular a salvar el sistema capitalista,los gobiernos no pueden rescatar el sistema.Muchas de las grandes instituciones y entornos econmicos responsables de la expansin capitalista regional ymundial durante las ltimas tres dcadas estn en proceso de desintegracin y desorden. Los anterioresmotores econmicos de la expansin global, Estados Unidos y la Unin Europea , han agotado suspotencialidades y estn en franco declive. Los nuevos centros de crecimiento -China, India, Brasil y Rusia- quedurante una corta dcada proporcionaron un nuevo mpetu al crecimiento mundial han recorrido todo eltrayecto posible y ahora se encuentran en rpida desaceleracin, lo que continuar durante el ao nuevo.

    El colapso de la Unin EuropeaConcretamente, la destruccin causada por la crisis en la Unin Europea la terminar de romper y suestructura de facto de complejos niveles se convertir en una serie de acuerdos bilaterales/multilaterales decomercio e inversin. Alemania, Francia, los Pases Bajos y Escandinavos intentarn aguantar la depresin.Inglaterra, en concreto la City , esplndidamente aislada, se hundir en un crecimiento negativo y susfinancieros se pelearn por encontrar nuevas oportunidades de especulacin entre los Estados petroleros del

    Golfo y otros nichos. Europa central y del este,en particular Polonia y la Repblica Checa ,fortalecern sus vnculos con Alemania, peropadecern las consecuencias del declive generalde los mercados mundiales. Europa del sur(Grecia, Espaa, Portugal e Italia) entrar endepresin a medida que los pagos masivos de ladeuda que se afrontan mediante las agresiones

    salvajes a los salarios y las prestaciones socialesreducen la demanda de los consumidores.El desempleo, que se encuentra en niveles dedepresin, y el subempleo que afecta a un terciode la fuerza de trabajo detonarn conflictossociales que durarn buena parte del ao y seconvertirn en levantamientos populares. Con eltiempo la desintegracin de la Unin Europea esinevitable. Se restituirn las monedas nacionalesen lugar del euro, lo que permitira ladevaluacin y el proteccionismo. El nacionalismoestar a la orden del da. Los prstamosconcedidos a los pases del sur por los bancos

    en Alemania, Francia y Suiza sern objeto degrandes prdidas. Se necesitarn importantes rescates, lo que polarizar las mayoras que pagan impuestos ylos banqueros en Alemania y Francia. La militancia sindical y el seudo populismo derechista (neofascismo)intensificarn las luchas nacionales y de clases.Es menos probable que una Europa polarizada, fragmentada y deprimida se una a una aventura militarestadounidense inspirada por los sionistas contra Irn (o incluso Siria). Una Europa acosada por la crisis seopondr a la actitud de confrontacin de Washington hacia Rusia y China.Estados Unidos: la recesin vuelve con venganzaLa economa estadounidense sufrir las consecuencias de su hinchado dficit fiscal y no podr salir de larecesin mundial de 2012 mediante el gasto. Tampoco podr superar el crecimiento negativo mediante laexportacin hacia Asia anteriormente dinmica, porque China, India y el resto de Asia estn perdiendo mpetueconmico. China crecer mucho menos que su media de 9%. India decrecer de 8% a 5% o ms. Por otraparte la poltica militar de alejamiento del rgimen de Obama, su poltica de exclusin y proteccionismoexcluir cualquier estmulo nuevo que proceda de China.

    El militarismo agrava la depresin econmicaEstados Unidos y el Reino Unido sern los mayores perdedores en la reconstruccin econmica de la posguerrairaqu. De los proyectos de infraestructura por valor de 186 billones de dlares, Estados Unidos y el Reino

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    http://www.rebelion.org/autores.php?id=11http://www.rebelion.org/autores.php?id=11
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    Unido ganarn menos del 5% (Financial Times 16 de diciembre de 2011). El resultado ser parecido en Libia yotros lugares. El militarismo imperial de Estados Unidos destruye a su adversario, se llena de deudas parahacerlo y las entidades civiles cosechan los lucrativos contratos econmicos de reconstruccin de la posguerra.La economa estadounidense se contraer en 2012 y un pronunciado incremento del desempleo sustituir larecuperacin sin creacin de empleo de 2011 . De hecho toda la fuerza de trabajo se encoger a medida quela gente que ya no recibe prestaciones por desempleo deja de inscribirse [como desempleados].La explotacin de la mano de obra (productividad) se intensificar a medida que los capitalistas obligan a los

    trabajadores a producir ms por menos dinero y de esta manera se ensancha la brecha salarial entre ingresosy ganancias.Recortes salvajes en los programas sociales acompaarn la depresin econmica y el aumento deldesempleo, con el objetivo de subvencionar a los bancos y las industrias con problemas financieros. Losdebates entre los partidos versarn sobre cun grandes han de ser los recortes para los trabajadores ypensionistas con el fin de procurar la confianza de los titulares de bonos. Confrontado con opcionesigualmente limitadas, el electorado reaccionar mediante el rechazo de los cargos actuales, la abstencin o lamovilizacin masiva organizada y espontnea, como la protesta Occupy Wall Street. El descontento, lahostilidad y la frustracin impregnarn la sociedad. Los demagogos del Partido Demcrata victimizarn aChina; los demagogos del Partido Republicano culparn a los inmigrantes. Los dos fulminarn a los fascistasislmicos, especialmente a Irn.Nuevas guerras en medio de la crisis: los sionistas aprietan el gatilloLos 52 presidentes de las principales organizaciones judas estadounidenses y sus seguidores Israel es loprimero en el Congreso, el Departamento de Estado, el Departamento del Tesoro y el Pentgono fomentarn

    la guerra con Irn. Si tienen xito, la consecuencia ser una conflagracin regional y la depresin mundial.Dado el xito del rgimen extremista israel para conseguir la obediencia ciega del Congreso estadounidense yla Casa Blanca acerca de sus polticas blicas, hay que descartar cualquier duda.China: mecanismos compensatorios en 2012China se enfrentar a la recesin global de 2012 con varias posibilidades de aminorar sus consecuencias. Peknpodra producir bienes y servicios para los 700 millones de consumidores internos que actualmente estn fueradel circuito econmico. Al aumentar los salarios, los servicios sociales y la seguridad del medioambiente, Chinapodra compensar la prdida de mercados exteriores. El crecimiento econmico de China, que dependefuertemente de la especulacin inmobiliaria, se ver afectado adversamente cuando estalle esta burbuja. Seproducir una fuerte depresin, bancarrotas municipales y ms conflicto social y de clases. Esto podra traerms represin o una gradual democratizacin, lo que afectar profundamente a las relaciones entre elmercado y el Estado. Lo ms probable es que la crisis econmica fortalecer el control estatal del mercado.Rusia se enfrenta a la crisisEn Rusia la eleccin del Presidente Putin conducir a menos apoyo de los levantamientos y sancionespromovidas por Estados Unidos contra los aliados y socios comerciales rusos. Putin reforzar sus vnculos conChina y se beneficiar de la desintegracin de la UE y el debilitamiento de la OTAN.La oposicin apoyada por los medios occidentales utilizar su influencia financiera para erosionar la imagen dePutin y alentar los boicoteos a la inversin, aunque perder las elecciones presidenciales por un margengrande. La recesin mundial debilitar la economa rusa y la forzar a escoger entre una mayor propiedadpblica o una mayor dependencia de fondos estatales para rescatar a destacados oligarcas.La transicin entre 2011 y 2012: del estancamiento y la recesin regionales a la crisis mundialEl ao 2011 prepar la infraestructura para la desintegracin de la Unin Europea. La crisis empez con ladefuncin del euro, el estancamiento en Estados Unidos y el estallido de protestas masivas contra lasdesigualdades obscenas a nivel mundial. Los acontecimientos de 2011 constituyeron un ensayo general delnuevo ao de guerras comerciales a gran escala entre las grandes potencias, lo que agudizar las luchasimperialistas y la probabilidad de que las rebeliones populares se conviertan en revoluciones. Adems, elrecrudecimiento de la fiebre blica orquestada por los sionistas contra Irn en 2011 promete convertirse en la

    mayor guerra regional desde el conflicto entre Estados Unidos, India y China.En 2011, el rgimen de Obama anunci una poltica de confrontacin militar con Rusia y China y otras polticasdestinadas a socavar y degradar el auge de China como poder econmico mundial. Frente a la crecienterecesin econmica y el declive de los mercados exteriores, sobre todo en Europa, se desarrollar unaimportante guerra comercial. Washington perseguir con agresividad polticas que limiten las exportaciones einversiones chinas. La Casa Blanca incrementar sus esfuerzos para desestabilizar el comercio e inversiones deChina en Asia, frica y otros lugares. Podemos esperar mayores esfuerzos por parte de Estados Unidos paraexplotar los conflictos internos tnicos y populares y para incrementar su presencia militar frente a la costachina. Tampoco se debe descartar una gran provocacin o incidente fabricado dentro de este contexto. En2012 esto podra dar lugar a rabiosos llamamientos chovinistas a una nueva y costosa Guerra Fra. Obama haproporcionado el marco y la justificacin para una confrontacin a gran escala y largo plazo con China, lo quese interpretar como un esfuerzo desesperado de apuntalar la influencia estadounidense y las posicionesestratgicas en Asia. El cuadriltero de poder militar estadounidense -Estados Unidos, Japn, Australia yCorea del Sur- con el apoyo satlite de Filipinas, enfrentar los vnculos de mercado de China con lapropaganda militar de Washington.

    15Europa: ms austeridad y lucha de clases

  • 8/3/2019 Revista de la FSM Region America numero 49

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    Los programas de austeridad impuestos en Europa, desde el Reino Unido a Latvia y Europa del sur seafianzarn en 2012. Despidos masivos en el sector pblico y menos salarios y empleos en el sector privadoconducirn a un ao de lucha de clases y continuos desafos a los gobiernos. Las suspensiones de pagoacompaarn las polticas de austeridad en el sur, lo que dar como resultado quiebras de bancos en Franciay Alemania. La clase financiera dirigente del Reino Unido, aislada de Europa pero predominante all, animar alos conservadores a reprimir los disturbios populares y laborales. Emerger un nuevo estilo de gobiernoautocrtico neoThatcher; la oposicin sindical emitir protestas vacas y tensar la correa del populacho

    rebelde. En resumen, las regresivas polticas socioeconmicas introducidas en 2011 han establecido elescenario para nuevos regmenes de estados policiales y posibles confrontaciones sangrientas ms intensascon los trabajadores y jvenes desempleados sin futuro.Las guerras futuras que pondrn fin a Estados Unidos como lo conocemosDentro de Estados Unidos, Obama ha puesto los cimientos para una nueva y gran guerra en Oriente Prximoal concentrar ahora a los soldados que operaban en Iraq y Afganistn contra Irn. Con el fin de menoscabar aIrn, Washington est desarrollando operaciones militares y civiles clandestinas contra los aliados iranes enSiria, Pakistn, Venezuela y China. La clave de la estrategia blica de Estados Unidos e Israel contra Irn esuna serie de guerras en estados vecinos, sanciones econmicas a escala mundial, ataques cibernticosdestinados a neutralizar industrias vitales y asesinatos terroristas clandestinos de cientficos y militares. Elimpulso, la planificacin y la ejecucin de las polticas estadounidenses que conducirn a la guerra con Irn sepueden atribuir empricamente y sin ninguna duda a la configuracin sionista de poder (CSP) que ocupaposiciones estratgicas en el gobierno estadounidense, los medios de comunicacin de masas y la sociedadcivil. Un anlisis sistemtico de los diseadores de las polticas estadounidenses que implementan las

    sanciones econmicas en el Congreso descubrir los papeles fundamentales que ejercen los megasionistas(Israel es lo primero) Ileana Ros-Lehtinen y Howard Berman; Dennis Ross en la Casa Blanca , Jeffrey Feltmanen el Departamento de Estado y Stuart Levy y su sustituto David Cohen en el Departamento del Tesoro. LaCasa Blanca est totalmente en deuda con los recaudadores de fondos sionistas y recibe rdenes de los 52presidentes de las principales organizaciones judas estadounidenses. La estrategia israel-sionista es rodear aIrn, debilitarlo econmicamente y atacarlo militarmente. La invasin de Iraq fue la primera guerra de EstadosUnidos realizada para Israel; la guerra de Libia la segunda; la actual guerra por poderes contra Siria es latercera. Estas guerras han destruido o estn destruyendo a los adversarios de Israel. En 2011 las sancioneseconmicas diseadas para crear descontento en Irn fueron las principales armas escogidas. La campaa desanciones globales ocup todas las energas de los principales grupos de presin judo-sionistas. No hanencontrado ninguna oposicin en los medios de comunicacin de masas, el Congreso o la Casa Blanca. La CSPno ha recibido prcticamente ninguna crtica por parte de las revistas, movimientos o grupos socialistas, deizquierdas o progresistas, salvo pocas insignes excepciones. El traslado de tropas estadounidenses de Iraq alas fronteras de Irn realizado el ao pasado, las sanciones y el impulso de la Quinta Columna de Israel dentrode Estados Unidos extendieron la guerra en Oriente Prximo. Esto seguramente significar una agresinsorpresa area y martima por parte de las fuerzas estadounidenses, basada en el pretexto de inminenteataque nuclear urdido por el Mossad israel y fielmente transmitido por la CSP a sus lacayos del Congresoestadounidense y la Casa Blanca para el consumo mundial. Ser una guerra larga, sangrienta y destructivapara Israel; Estados Unidos costear los gastos militares directos y el resto del mundo pagar el carsimoprecio econmico. La guerra de Estados Unidos promovida por los sionistas convertir la recesin de principiosde 2012 en una importante depresin para finales del ao y probablemente provocar levantamientosmasivos.ConclusinTodo indica que 2012 ser un ao decisivo de crisis econmica implacable que se extender desde Europa yEstados Unidos a Asia y sus dependencias en frica y Amrica Latina. La crisis ser verdaderamente global.Las confrontaciones imperiales y las guerras coloniales minarn cualquier esfuerzo de atenuar esta crisis.Como respuesta surgirn movimientos de masas cuyas protestas y rebeliones, esperemos, se transformarn

    en revoluciones sociales y en la toma del poder poltico.

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